The New Mistery escrita por May


Capítulo 7
Conversations


Notas iniciais do capítulo

Oii, alguém aqui?
Bem primeiramente, antes que tudo, antes de disser qualquer coisa, por PRIMEIRÍSSIMO lugar: DESCULPAS. Sim, sim, eu sei que fui uma completa vaca por não ter postado antes, e também estou ciente da quantidade de desculpas que já apresentei antes para não ter postado anteriormente, entretanto, todavia, eu realmente tenho boas desculpas:
1° Eu tive um super,mega, ultra, bloqueio para escrever qualquer coisa. Também depois de um ano inteiro escrevendo só resumo de matéria do vestibular, escrever qualquer coisa da minha cabeça foi dificil.
2º Viajei na passagem do Natal até o dia 10 de janeiro para a Bahia, yes eu fui para o literal e vi o mar pela primeira vez no Nordeste *-*
3º Eu arrumei um emprego, sim, um emprego num parquinho de férias trabalhando doze horas por dia e com apenas um semi-folga.
Bom, foram esses os motivos para eu não escrever, mas não pensem que eu parei completamente tenho toda a fic planejada já, menos um pequena parte final que ainda está meio sem planejamento, mas discutiremos isso mais adiante.
Bom, enfim apesar disto finalmente consegui postar aqui e com uma boa noticia: EU SOU CALOURAAAA, pois é, pois é, pois é, sou caloura de engenharia civil na UEL.- Agora sim, vamos ao capitulo de hoje:



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A casa estava silenciosa, já se passava das seis da tarde e os raios de sol eram poucos vindos do oeste. Sam estava concentrado no que via no notebook e acabou não percebendo que as visitas acabavam de se juntar a ele.

–Olá. –anunciou a loira assustando o Winchester.

– Oi. – respondeu o rapaz um tanto sem jeito, fechando o computador.

– Só queríamos agradecer pelo quarto e por tudo que estão fazendo por nós. – informou Mariana com um sorriso singelo.

Sam ficou alguns instantes sem fala, perdido na beleza da garota a sua frente, no sorriso que iluminava seus olhos verdes... Olhos de um tom profundo que ele poderia ter ficado admirando para sempre. Uma risadinha o trouxe de volta para a realidade. O rapaz se sentiu constrangido ao perceber que havia estado encarando a morena por um longo tempo. Passou as mãos pelos cabelos novamente sem jeito o que a garota achou um ato encantador.

– Não por isso. Fiquem à vontade, posso oferecer alguma coisa? – Sam indagou se levantando.

– Não, não. Estamos bem, obrigada.

Priscila que estava fora do campo de visão do Winchester, mas completamente visível para a morena começou a imitar o dialogo fazendo caretas. Mariana se controlou para não rir, mas ainda esboçou um pequeno sorriso que Sam não compreendeu, porém achou encantador.

– Então, por favor, juntem-se a mim, podemos assistir a algum filme... Ou querem que eu chame Maya?

– O filme parece ótimo para mim. – respondeu a morena.

–É claro que parece. –resmungou Priscila revirando os olhos e levou um cutucão da amiga.

– Podem ir escolhendo o filme, Maya tem coleção deles, fiquem à vontade. – reforçou o caçador. – Já volto.

O Winchester mais novo deixou a sala levando o notebook, enquanto as garotas procuravam algo para assistir. Ficaram surpresas pela quantidade de DVD’s ali, a maioria era de romance, contudo também havia alguns de suspense e até mesmo terror.

Quando ficaram sozinhas a loira devolveu um DVD ao seu lugar e se virou para a amiga.

– Você realmente acha que vai funcionar?

– Porque não funcionaria? Eles não têm nada contra nós e só estamos aqui porque eles cruzaram nosso caminho primeiro. Vai ficar tudo bem... – garantiu Mariana ainda procurando por um filme.

No andar superior Maya saía do banheiro com um pijama velho de moletom e uma toalha envolvendo os cabelos, parou em frente ao espelho e fitou seu rosto por um instante, ela era uma garota bonita, não tinha uma beleza chamativa, porém definitivamente não era feia. Os cabelos ruivos caiam como cascatas sobre suas costas em cachos sutis contrastantes com sua pele alva, seus olhos eram de um verde profundo e a boca era uma linha fina e delicada, seu corpo tinha todas as curvas onde deveriam estar.

Ela sorriu e sua imagem copiou o gesto, apesar de tudo que ocorrera na sua vida ainda se sentia a mesma, não havia se perdido na amargura ou na vontade de vingança na qual as maiorias dos caçadores viviam e se orgulhava disto. Ainda se fitava no espelho quando seus olhos avistaram outro detalhe em sua face: a pequena cicatriz quase totalmente esquecida agora. Tocou com a ponta dos dedos e não pode impedir uma lágrima discreta de cair.

– As coisas vão ficar bem. – sussurrou para si mesma, antes de limpar o rosto com o braço e libertar os cabelos da toalha.

Algumas batidas na porta desviaram a atenção da ruiva.

– Entre!

Sam entrou no quarto no instante seguinte e se sentou na cama da garota, ambos se fitaram por alguns instantes, antes do Winchester desviar sua atenção para uma fotografia que estava no meio dos travesseiros da cama, nela encontravam-se Dean, Castiel e ele os três segurando a ruiva deitada. Sorriu com a memória daquele dia, Dean havia voltado do Inferno há pouco tempo.

– O que está acontecendo Maya? –perguntou preocupado. - Você e o Cas não se falaram o dia inteiro, ele sumiu e você nem ao menos parece preocupada, passou o dia inteiro aqui neste quarto...

A ruiva respirou fundo e abandonou o pente sobre a pequena penteadeira.

– Não está acontecendo nada, Sam. O Cas não sumiu, ele deve estar em alguma supermissão angelical como sempre, quando ele quiser aparece por aqui. Eu fiquei no meu quarto porque estou cansada e por que, a nossa ida até o museu mexeu comigo, okay? Eu posso estar feliz o tempo todo como se não me importasse como que aconteceu antes, mas eu me importo. Meu irmão morreu, Sam, às vezes preciso de algum tempo para assimilar tudo.

– Eu sei e... Sinto muito. – sussurrou o Winchester.

– Tudo bem... Eu só sinto a falta dele. – confessou a garota sentando ao lado o caçador que a abraçou. Instantes depois a garota se desvencilhou do abraço e sorriu. – Mas agora nós temos convidados em casa, que falta de educação a nossa de deixá-las assim. –murmurou ela se levantando em seguida encarou o Winchester. - Você não deveria deixar duas damas sozinhas na sala para vir atrás de mim, o que Mariana vai pensar?

O caçador encarou a ruiva por um instante, o cenho franzido. O que ela quis dizer sobre Mariana pensar... O Winchester sentiu seu rosto ficando um tanto vermelho quando percebeu o que a garota insinuara.

–Não há nada entre mim e ela... –o rapaz tentou explicar, entretanto desistiu sabendo que ela teimaria naquele assunto e apenas se levantou da cama. – Vou descer, nós vamos assistir a um filme não demore.

Maya sorriu para ele sem se manifestar mais, sabia que era uma questão de tempo para aqueles dois estarem juntos, era como um sexto sentido. Ela estava feliz por isso.

– Já era hora de arranjar alguém, Sam Winchester. – murmurou ela alegre pelo amigo e determinada a dar um “empurrãozinho” se necessário.

Terminou de pentear os cabelos e os prendeu em um coque frouxo e úmido, calçou as pantufas e já ia se retirar do quarto quando notou a janela aberta. Um arrepio percorreu o seu corpo, olhou em volta desconfiada sem avistar nada de sobrenatural seguiu até a janela ainda com uma sensação esquisita, antes de fechá-la deu uma olhada em volta e pegou seu canivete de prata sobre o criado mudo, convencida de que estava ficando paranoica fechou a janela e as cortinas. Dali de cima a ruiva não pode avistar o vulto acabando de adentrar a floresta.

***

– Então é isso. Você tem certeza que quer fazer isso? –perguntou Dean sentado no bar de frente com Castiel.

– Sim... –murmurou ele sem convicção e então, após pensar um pouco, pegou o copo que o Winchester acabara de encher e virou. – Acho que precisava disto.

– Ela vai ficar arrasada, Castiel. – o caçador avisou pesaroso,sem concordar com o plano que acabara de planejar com o amigo.

– Ela vai ficar melhor assim... – respondeu o anjo enchendo o copo novamente.

– Se ela ao menos desconfiar... Cas, você vai perdê-la para sempre. –alertou.

O anjo mirou Dean por uns instantes, mas ele não podia pensar naquilo agora, tinha que fazer o melhor para a mulher que amava mesmo que significasse ganhar o ódio dela. Ele teria que lidar com o ódio e aquentaria, grato, se ela estivesse bem.

– Não posso pensar nisto agora. –respondeu ele virando o copo novamente.

– Hey, vai com calma aí. – protestou o loiro preocupado.

– Você e Sam vão cuidar dela não é? –quis confirmar o anjo.

– Se ela não perceber esse seu plano maluco... Cas, eu e Sam sempre vamos estar ao lado dela. Mas talvez fosse melhor reconsiderar, ela vai ter o coração partido e ela não merece isso.

– Eu já me sinto culpado o suficiente, Dean. – replicou o anjo virando o terceiro copo sem hesitar.

***

No fim os quatro acabaram assistindo HSM, depois de risos, piadas e xingamentos após descobrirem os três DVD guardados entre alguns filmes adolescentes no meio das coisas da ruiva.

Qual é? Eu também tive a minha fase, ué.” fora a forma como ela se justificou depois de dar de ombros. Sam riu enquanto as garotas cantavam junto com as músicas e até mesmo se arriscou em algumas. Eles jogaram pipocas para cima e tentaram acertar em suas próprias bocas e riram quando erraram, implicaram uns com os outros e brigaram com os personagens nos momentos errados. No final foi um típico programa adolescente, nenhum deles tinha idade para aquilo, mas eles não se importaram, porque de alguma forma parecia certo.

Já tinham assistido aos dois primeiros filmes e o terceiro estava pelo inicio quando um relâmpago clareou o céu, o que levou Maya a soltar um pequeno grito.

–Ótimo começou a chover. – reclamou ela quando escutou os primeiros pingos caírem sobre o telhado. Sam conferiu o horário já tinha pelo menos cinco horas desde que o irmão sairá de casa para fazer compras e não voltara.

Priscila e Mariana também perceberam aquilo naquele instante, todos estiveram tão distraídos que não perceberam quando anoitecera sem a chegada do Winchester mais velho.

Logo começou a ser ouvido o som de patinhas arranhando a porta e alguns gemidos. Maya lembrou-se da cachorrinha de cedo e de forma impulsiva abriu a porta para o animal molhado.

– Vamos, amiguinha, venha para cá. – murmurou ela para o animal dando passagem. A Yorkie parou na porta olhou para dentro como se analisasse o lugar e então entrou e ficou beirando os pés da ruiva. –Você deve estar com frio. O que acha de eu arrumar uma toalha para você?

Sam olhou a cena estupefato, sabia que aquilo seria razão para algumas futuras discussões, mas não pôde brigar com ela, por tanto apenas observou ela avisar que já voltava e subir as escadas levando o animalzinho.

– Ela vai mesmo adotar um cachorro? –perguntou Mariana sem acreditar.

– Pelo que tudo indica...

Os três ficaram em silêncio. Passaram-se vários minutos até que Priscila finalmente cansou-se do silêncio perturbador que se instalara e anunciou que iria dormir. Maya também não retornou.

Mariana finalmente cansou-se do silêncio, e soltou um suspiro ao perceber que seria ela a ter que puxar assunto.

– E então quem diria que um dia eu conheceria os tão famosos Winchesters. –murmurou ela sem nada melhor para dizer.

– Famosos é? –respondeu Sam, dirigindo sua atenção para a garota. Ela estava deitada no sofá, os cabelos estavam jogados ao seu redor cobrindo toda a almofada que lhe servia de apoio, mas a morena não o olhava, e sim fitava o teto entretida.

– Pois é, sabe o lance de irmãos que lutam contra monstros conquista as pessoas e... Também o lance de voltar do inferno isso hum... Impressiona! – respondeu ela procurando as palavras e por fim lhe lançando um olhar rápido.

– Isso impressionou você?- perguntou o Winchester interessado, se virando para a garota.

– Como não impressionaria? - ela disse simplesmente enrolando uma mexa do cabelo com o dedo. – A diferença é que eles nunca sequer pensaram em como seria ir para o inferno, eu... já.

O Winchester se virou completamente na direção da garota, surpreso.

– Já?

– Sim, eu penso nisto com frequência na verdade. – confidenciou.

–Por quê?

A garota se sentou alarmada consigo mesma por ter falado aquelas coisas e feito a conversa seguir aquele caminho, não estava pronta para conversar sobre aquilo, não estava pronta para falar sobre aquela parte da sua vida, não naquele momento. Não com Sam Winchester.

A ausência de palavras era tudo que existia naquele instante na sala, o andar superior também estava silencioso. Sam não conseguia parar de encarar Mary que por sua vez, parecia tentar acalmar sua respiração.

– Cada um têm seus motivos para começar a caçar. Eu tive os meus. – sussurrou ela por fim. Sam não lhe respondeu, mas tinha inconscientemente de aproximado da garota, que também havia se inclinado na direção do caçador.

O silêncio reinou novamente enquanto ambos sentiam a respiração do outro em seu rosto. Olhos nos olhos, verde no verde. Eles não eram capazes de compreender a força que os mantinha ali, próximo ao outro, dependente. A distância torturando ambos. Então, incapazes de fazer qualquer outra coisa, se aproximaram sem nunca desviarem a atenção até selarem seus lábios e foi neste instante, é claro, que chegou Dean carregando um Castiel pra lá de bêbado.


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Não?
Quero agradecer a Bilulu, CherryBomb e Blue Black, que comentaram o capitulo anterior e me fizeram muito feliz, com o carinho e a delicada atenção.
Beijos e até o próximo capitulo.