Caçadora de Asas escrita por Chang Mei


Capítulo 3
Akumas e o cheiro da morte


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem deste capítulo, nele mostrarei a qual parte Mei pertence. Akumas não são muito racionais quando se trata de poder.



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Nas aulas após o intervalo nada de importante aconteceu a não ser por eu ter amigos para conversar com eles entre as aulas, fiquei feliz por tê-los e os feito sozinha, ou quase, eu devia ter agradecido o professor Carlos, mas fiquei envergonhada de falar com ele, apesar de ter me ajudado, eu o veria somente na próxima semana. Na última aula me convidaram para comer alguma coisa e eu aceitei. Conversamos sobre tudo, fui neste dia que fiquei sabendo que Marco era o representante da classe e responsável por calouros, no caso eu.

Quarta-feira, dia de escolher uma nova atividade a fazer, como esgrima era segunda, terça e sexta eu tinha dois dias livres para fazer economia doméstica. Inscrevi-me para fazer o curso neste dois dias e Ana começou a fazer nestes dois dias para que pudéssemos conversar com alguém da sala. Reparei que Gustavo me olhava de longe este dia, parecia que ele sabia que eu escondia algo. Mas não comentou nada a não ser para chamá-lo de Gust, acho por ele gostar de fantasmas, contudo não houve nada que me incomodava.

Marco me cumprimentou como sempre, com um lindo sorriso e um oi. Nos falamos durante um pequeno intervalo entre duas aulas e ele me disse:

– Fico muito feliz por você ter feito amizades, mas nós ainda podemos ser amigos não é?

– Claro, podemos ser amigos, por que não? - respondi.

Acho que fiquei feliz por ele quer ser meu amigo e ele me pediu o meu número, mas quando eu fui passar o professor entrou e paramos de nos falar na aula, mas nada o impediu de me passar um bilhete com um ponto de interrogação e eu escrevi meu número e perguntei o dele. Sua resposta foi que ele me mandaria uma mensagem mais tarde eu assenti com a cabeça e continuei a prestar atenção na aula. No fim da aula me despedi de todos e fui para minha casa. Minhas asas já estavam doloridas pelo tempo que ficaram escondidas.

Naquela quarta fiquei muito feliz, eu tinha amigos e um garoto pediu meu número para conversarmos. Tudo estaria perfeito, se eu não sentisse o cheiro de sangue no ar, isso era um fato horrível, pois significa que um igual a mim foi morto injustamente. Meus Guardiões legais me contaram quando eu era pequena sobre mim e meus semelhantes.

Nós éramos chamados de Akumas, nós nascemos com asas, mas sem nenhuma razão aparente, éramos sorteadas para sermos assim, normalmente nós éramos abandonados por nossos pais e criados pelos Guardiões. Alguns de nós nascemos com asas brancas ou acinzentadas e outros com asas escuras e avermelhada. Quanto mais escura a suas asas, o seu destino será mais negro, mas eu decidi que mesmo tendo asas negras como a noite que eu seria uma pessoa diferente a que fui destinada. Muitos escolheram matar nossos semelhantes para poderem aumentar seu poder já que ao matar um ganhamos o tempo de sua vida.

Muitos Akumas com asas brancas e negras foram mortos. Meu atual guardião me disse que há um lugar onde conta à história de minha "espécie" e como conseguir a imortalidade. Por isso os meus semelhantes continuam se matando e tentando encontrar este lugar, a ilha Angel. Ao morrer injustamente exalam um cheiro de sangue, mas se cometeram atos injustificáveis, como matar um igual, ou morrerem por mãos humanas eles não exalam cheiro de sangue ou nada do gênero, eles simplesmente somem e morrem para a nossa história, sendo somente mais um humano morto.

Os Guardiões são humanos normais que sabem da nossa existência e nos protegem dos humanos que não tem conhecimento da nossa existência. Eles passaram de geração em geração o nosso segredo, sem falhar uma única vez, já que até nossas asas terminassem de formar ou que recebêssemos um protetor éramos alvos fáceis. Os protetores eram diferentes, no meu caso é um cola, mas ele pode ser qualquer coisa desde que fique junto de você.

Os mais velhos eram os alvos por terem mais mortes acumuladas alguns acreditavam que seria o caminho mais perto da imortalidade, por esta razão os mais velhos se matavam ou matavam os jovens que os enfrentavam. Todos que matavam um akuma velho morriam por circunstâncias estranhas ou pior por suicídio. Não era normal alguém querer a imortalidade e se matar, no fim as cinco primeiras gerações de akumas foram extintos.

Meu guardião se chamava Jonathan ele não era muito mais velho do que eu, nós temos quatro anos de diferença, então nós temos uma boa relação familiar. Eu cresci junto a ele e sua família, mas os 19 anos ele saiu de casa e veio a esse apartamento. Eu fiquei com os pais dele e o seu irmão mais novo, mas o pequeno Leandro estava crescendo e não entendia o por que de eu ter asas e ele não, por esta razão eu me mudei para o apartamento de Jonathan aos 16 anos, cerca de um ano e meio atrás.

Por se preocupar comigo ele me pôs em uma van para ir e voltar da escola, quando descobriu que um akuma foi exterminado perto de casa, tentei esconder este fato, mas John disse que o terror estava em meu rosto. Eu começaria ir de van na segunda semana de aula, mas não ocorreu nada de mais no resto da semana por isso não me incomodei. Nos finais de semana eu aproveitava para tirar meu colar e ficar com minhas asas expostas, assim me sentia mais confortável. Por ficar assim eu não saia de casa e conversava com meus amigos por mensagens, conversei muito com Marco e Gust, e um pouco com Ana, já que ela não gosta de mensagens de texto.

Ao entrar na van eu vi Marco encostado no vidro com fone de ouvidos, quando ele me percebeu me deu o sorriso mais lindo que já havia visto e me convidou a sentar dizendo:

– Que bela surpresa te ver na mesma van que eu, não sabia que você morava perto de casa.

– Meu irmão insistiu para eu ir se van e não quis afrontá-lo. Muito legal te ver aqui também.

Sentei-me ao lado dele, meio desajeitada e conversamos até a escola, neste meio tempo descobrimos muitas coisas em comum, como estilo musical, rock clássico, planos e o amor por artes marciais, mas isso ele não sabia. Saímos juntos da van e fomos para sala de aula todos se viraram com um olhar estranho a nós, mas logo tudo voltara ao normal, ao menos quase tudo, Ana me veio com piadinhas do estilo de:

– Vocês dois em?

Contudo ao passar da semana eles acostumariam, o que me surpreendeu foi o fato de eu me dar melhor com o Gust do que com a Ana, ele me entendia mais do que ela. Foi então que comecei a perceber algo, ele me analisava, cada gesto e expressões corporais.

Na aula de esgrima foi ter minha primeira aula de combate, minha sorte que eu havia chegado antes. Quando os outros participantes chegaram eu já estava vestida, impedindo que eles vissem meu rosto, mas mesmo de mascara Gust me olhava como sempre, ele deveria estar suspeitando de algo. A aula foi muito legal, consegui executar todos os movimentos com perfeição, já que minha identidade estava em risco, eu devia ser a melhor.


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Notas finais do capítulo

Essa van ainda terá muita história, o que acharam? Comentem, digam algo.
Bjos Mei



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