Pov. Lorelei Greenaway

A festa luxuosa de Mark Lohan estava bombando mais uma vez, ouço alguém chamar por meu nome, voz masculina me viro rapidamente.

–É ela não vem – diz Mark, um loiro com o físico digamos que ótimo, olhos azuis e barba que o deixava mais sexy, voz rouca e potente.

–Droga! Você me disse que era certeza que ela vinha Mark!

–Pois é, mas ela cancelou, ela sabia que você vinha?

–Não sei, faz tempo que não falo com ela, sabe disso. Nem temos um por quê de ter contato. – digo acendendo mais um cigarro, estou nervosa.

–Bom, vamos colocar cinquenta por cento de probabilidade que ela sabia que você viria, algum convidado daqui pode ter muito bem ser aliado dela. Bom, se ela não veio sabendo que viria é porque tem... – o interrompo

–Medo do diabo? – digo apontando para mim mesma, e sorrio.

–Exato! – diz ele com um sorriso nos lábios – ou esteja só se preparando para o Grand Finale.

–Acho que não, é loira. É burra. Não é inteligente o bastante para alcançar uma profissional como eu.

–Não se esqueça que ela guarda raiva e rancor ... – o interrompo novamente

–Eu também, cresci assim então isso não altera nada! – digo ajeitando meu vestido que era vermelho assim como o meu batom.

–Certo...

~~ ~~

Pov. Lia Greenaway

Olho para Paris e sua Torre Eiffel completamente acesa enquanto minha varanda se esconde as sombras, respiro fundo e calculo cada detalhe, Alex Lioncourt em jogo, minha vida em jogo. Tudo estava definitivamente em jogo, um passo em falso e tudo iria pelos ares. Cada conquista, cada derrota, cada tropeço, cada recaída, cada vez que me ergui, cada vez que me atingiram. E estou aqui de pé, não é agora que vou cair por causa da ruiva que odeio desde minha infância, roubando tudo o que era meu. Namorados, atenção, minha família, tudo. Ela acabou com minha vida com meus 13 anos de idade, argilosa como sempre e nunca amou nossos pais armou um incêndio muito bem planejado no dia de natal, maldita. Objetivo? Ficar com a fortuna de meus pais, porque não seria só meus pais mortos e sim toda a nossa família, ficaria com a fortuna da nossa família inteira. Ela calculou tudo muito bem, só não contava que eu iria sobreviver. Cresci sem família, sendo só apenas eu e eu, ela saiu por ai, mudou de identidade, saiu da Bélgica nossa cidade natal e foi morar em Chicago, sempre mudando de cidade e estado. Parei de segui-la aos 18 anos e fui viver minha vida, mas sabia que quando a hora chegasse eu iria me vingar e quando essa hora chegasse já estaria muito bem preparada, aos 17 fiz treinos de defesa pessoal, aos 19 comprei várias armas, aos 20 conheci Alex Lioncourt moreno, alto, pouco musculoso, olhos castanhos e muito sexy.

E agora aos 22 estou aqui em minha varanda fumando um cigarro, revendo minha vida, calculando cada passo que vou dar contra Lorelei Greenaway, onde Alex ficará nisso tudo ele é o único que nego colocar em risco, mas ele já tinha se envolvido demais com as irmãs Greenaway foi seduzido descaradamente pela ruiva que um dia já foi loira, e caiu de amores por mim, Lia Greenaway. Seria um feitiço? Ou uma maldição? Seria coincidência? Ou traições do coração? Amaldiçoados ou não o fim já estava com marcado, com hora e data. Assim como naquele maldito ano, 25 de dezembro não seria mais o mesmo nem para mim, nem para Alex Lioncourt, muito menos para Lorelei. A vida iria trair cada um nós, seja eu, ou Alex, ou Lorelei. Seria ele meu aliado? Ou aliado dela? Seria o amor dele por mim mais forte? Ou a sedução dela? Não se tratava de dinheiro em risco, e sim de vidas.

O jogo iria começar, e todos iriamos acabar no mesmo caminho, qualquer um que participasse iria acabar no inferno mais cedo ou mais tarde. Não faria diferença, soube que Lorelei se tornou uma atiradora profissional que matara todos que conhece por dinheiro sinto que fará o mesmo com Alex. Mas a que preço? Dinheiro era tudo pra ela? Tenho que concordar com suas atitudes nesse nosso ramo nada pode impedir uma bala sair do cano preto de uma arma. Ainda mais sentimentos, o único que me fez sentir algum sentimento foi Alex, ele não pode e nem vai morrer.

–Pensativa é? – nem vejo-o abrir a porta da varanda

–Cada detalhe tem que ser impecável! – digo sorrindo e vejo que ele está sem camisa e apenas com um calção cáqui.

–Não vai me contar o plano? – diz fazendo biquinho

–Não posso, não tenho certeza que está do meu lado

–Quer que eu mesmo a mate para provar isso? Eu amo você, Lia Greenaway

–Eu também amo você Alex, mas esse plano não pode falhar. Ele custa a minha vida e a sua.

–Eu sei – diz pensativo

–Mas já que quer provar já sei um plano!

~~

Pov. Alex Lioncourt

–Lorelei?

–Alex! Estava aguardando a sua ligação baby, como vai?

–Muito bem, mas vou estar melhor quando você for ao Café Marly comigo amanhã ás nove e meia, não aceito um não como resposta.

–Café Marly? Com você? Lógico

–Nós nos vemos amanhã então?

–Fechado

–Até amanha deusa ruiva! – diz ele desligando – provado que eu te amo?

~~

Pov. Alex Lioncourt

–Lorelei! –digo abraçando a ruiva que estava vestindo um vestido preto rodado que ia até seu joelho, estava usando óculos de sol, era primavera em Paris e já pela manhã era muito abafado.

–Alex! O que deu em você? Me convidando para um café, isso é uma surpresa para mim! –diz retirando o óculos

–Quero fazer-lhe um convite! – digo quando o garçom chega – um cappuccino, o que vai querer Lore?

–Também

–Dois cappuccinos por favor – digo e ele sai – no Natal minha empresa dará uma grande festa aos funcionários, quero que seja a minha convidada de honra!

–Claro, por que não? – diz sorridente – que horas seria?

–Te pego as sete pode ser?

–Com muito prazer – diz e nossos cappuccinos chegam

–Vá bonita – sorrio

–Já sou – toma um gole do cappuccino – e minha irmã, não se falaram mais?

–Não tenho contato com ela desde janeiro de 2013

–Vocês terminaram antes de nos conhecermos, não é?

–Claro, é uma sem sal – digo com desdém – diferente de você! – e a ruiva me puxa para um beijo, correspondo.

~~

Pov. Lorelei Greenaway

–Acha que foi por livre e espontânea vontade Mark? – pergunto ao loiro

–Talvez seja, estou checando aqui com meus contatos e eles nunca mais foram vistos juntos desde janeiro de 2013.

–Então, ele está nas minhas mãos é?

–Com toda certeza!

~~

Pov. Lia Greenaway

Estou na cobertura do meu prédio observando a Torre Eiffel iluminada com toda sua luxuosidade e grandeza, Alex me abraça por trás e sinto seu perfume amadeirado tomando o ar.

–Depois que tudo acabar vamos para onde? – pergunta o moreno

–Todas as cidades do mundo! O mundo é nosso meu amor! – digo abrindo os braços

–Quer ser minha também?

–Já sou – e então ele me solta

–Estou falando de verdade Lia – me faz virar pra ele, se ajoelha e tira uma caixinha vermelha de veludo do bolso interno de seu casaco – quer casar comigo? – sinto minhas pernas amolecerem e minha visão ficar embaçada por conta das lágrimas – eu amo você! Casa comigo!

–SIM SIM SIM SIM SIM SIM – digo gritando, ele levanta e me gira quando me coloca no chão, coloca o anel de brilhantes finos no meu dedo anelar.