Talvez o silencio nunca me perdoe por ter dito que te amo, sou vitima de mim mesmo de minhas próprias frases, da minhas própria consciência eu tenho procurado entender a minha vida mais as conclusões a que cheguei não são nada conclusivas eu esperei o tempo necessário para compreender que na verdade não posso ter você [...]

Neurose (Reação em cadeia)

–COMO ASSIM VOCÊ NÃO SABE ONDE TÁ A MERDA DA CHAVE!- gritei para Lysandre exasperada meu pulso já doía e estava machucando, maldita algema.

–GRITAR COMIGO NÃO VAI AJUDAR MINHA MEMÓRIA-ele reclamou também gritando.

–PORQUE VOCÊS NÃO PARAM DE GRITAR UM COM O OUTRO E VÃO SE FODER EM ALGUM QUARTO POR AI?-perguntou Rosalya também gritando para se fazer ouvida e oportuna como sempre.

–A IDÉIA FOI SUA, FALA SERIO VOCÊ COMPROU ESSA PORRA ONDE?

–não num lugar muito bonito- ela falou com um sorrisinho cínico no rosto- tinha um chicotes e algumas roupas bem... Coisadas- falou ao não encontrar as palavras certas.

–Puta que pariu você comprou isso aqui num sexy shop?- perguntei deixando de gritar minhas cordas vocais já doíam pra burro.

–quem sabe?- ela sorriu.

Fiz bico.

–você é má- falei me acamando.

Estávamos em uma casa afastada da cidade, o sitio da família de Rosa, era um lugar bem agradável mais eu me perguntei porque estávamos ali se podíamos muito bem ficar no meu apartamento ou na casa do Lys, Armin e May não estavam lá, talvez eles tenham seguido o conselho da Rosalya.

–eu volto amanha- ela falou dando outro sorriso cinico para mim.

Indiquei as algemas.

–a chave- falei – eu tenho certeza que esta com você.

Ela deu de ombros e saiu me deixando sozinha com Lysandre.

–ótimo – falei- Lys aqui tem alguma cozinha ao algo do tipo?

Ele assentiu e me puxou em direção a cozinha procurei com a ajuda dele nos armários e até encontrar uma faca, enfiei no buraquinho da algema e torci, nada.

Fiz bico como uma criança de novo, ate lembrar dos filmes, peguei um grampo do meu cabelo e enfiei no buraquinho da algema e torci, infelizmente não foi como nos filmes demorou um bocado de tempo pra abrir mais pelo menos abriu.

Tirei a algema com aversão de nossos pulsos.~

–então- falei quando voltamos para a sala- porque você quis seguir o plano da Rosalya.

Ele se sentou no sofá massageando o pulso, eu me sentei numa poltrona na sua frente .

–não sei- falou ele e deu um sorriso de canto- talvez porque ela quase me bateu, me mandando virar homem.

–ela quase te bateu?- falei rindo- nossa, me sinto especial agora.

–e também porque você falou: a não ser que você consiga convencer inumeras pessoas a desistirem de sua viajem, não.

Cocei a cabeça corada.

–eu não disse isso- falei.

–disse sim, então com a ajuda dos pais do Castiel descobrimos que você ia de jatinho e facilitou ainda mais o plano da Rosalya.

–nem eu sabia que ia de jatinho- falei- pra mim eu ia de vôo comercial, como vocês descobriram?

Ele deu de ombros.

–com a ajuda dos pais do Castiel, na verdade o Castiel foi um verdadeiro ‘’anjo’’ na nossa relação complicada.

Ergui a sobrancelha.

–não temos uma relação- falei.

Ele se levantou.

–não?- perguntou.

Ele me fez levantar e me puxou para mais perto.

–tem certeza?-sussurrou em meu ouvido.

Eu estava colada no corpo dele, tão perto que podia sentir seu coração bater, era o som mais maravilhoso do mundo.

–não- sussurrei de volta.

Ele riu ainda em meu ouvido, seus lábios tocaram bem de leve meu pescoço me arrepiei toda,ele foi traçando uma linha de beijos no meu pescoço logo chegou a boca: o beijo foi calmo e lento, bem diferente dos outros em que o desespero de ambas as partes fazia ser rápido e intenso.

Ele me pegou no colo.

Ainda nos beijando, fomos em direção a escada, num quarto de hospedes, uma sensação desconhecida se apoderou de mim, abri sua camisa, botão por botão me deliciando com ele, Lysandre tinha um corpo bonito apesar de não ser malhado era tudo no lugar.

Ele sorriu contra minha boca.

O beijo, os toques, senti as mãos dele na minha cocha, e não tive tempo de corar, ali com ele eu não sentia vergonha nenhuma.

Suas mãos quentes logo estavam por de baixo de minha camisa, seus lábios no pescoço outra vez, suas mordidas de leve arrancavam pequenos gemidos de meus lábios.

Ele saiu de cima de mim como se esforça-se para se afastar.

–não deviamos fazer isso- falou.

Ergui a sobrancelha.

–porque não.

–nem estamos namorando!

–deixa de ser careta Lysandre!- falei- ou você esta arrumando uma desculpa?

Ele me encarou cabisbaixo.

–e que depois da Rosie...-começou.

Fiquei de joelhos na cama e tampei sua boca.

–você não vai ousar me comparar com a Rosie vai?- perguntei para ele.

Ele olhou para baixo, evitando de me encarar.

–ótimo- falei me levantando.

Quando estava na porta do quarto ele me puxou para mais perto,

–não vai- pediu.

–se você vai continuar o resto da vida pensando naquele filhote de coisa ruim que fez um pacto com Hades, não quero ficar pra ser segunda opção.

Desse vez que riu foi ele me fazendo virar.

–você nunca foi minha segunda opção- ele falou.

Ele se aproximou de mim novamente.

–eu te amo- falou.

Não há nada que dereta alguém mais que uma declaração de amor, sorri e lhe beijei novamente, ele colocou as mãos na minha cintura e me sentou em cima da penteadeira do quarto , passei as pernas ao seu redor para mantê-lo ali.

–a Rosie...-ela falou.

O afastei o suficiente para ver seu rosto.

–fala dela de novo e eu te castro- falei.

Ele gargalhou.

– oque?-perguntei- não acredita em mim, pobre coitado- falei- eu te castro e ainda faço isso com uma faca cega pra doer mais.

–você fala muita besteira- ele reclamou.

Revirei os olhos e ele voltou a sorrir, o tema tenso tinha se desfeito.

–desculpa se meu vitorianismo não te agrada- falei.

E voltamos para a cama.