Um Amor Além Dos Sonhos... escrita por Miih Santos


Capítulo 9
Virada De Ano, Virada De Vida...


Notas iniciais do capítulo

Bom Gente, Como Vão Vocês ? Sei Que Não Tenho Sido Uma Autora Muito Legal, Pois To Enrolando Muito Com o Encontro Do Nosso Casal "Perfect", Né? Mas, O Que Posso Adiantar Pra Vocês Agora, é Que Depois Desse Capítulo, Que Terá Um Final Muito Triste, Porém Inevitável, As Coisas Já Começam a Acontecer Pra União Dos Dois, Então Peço Por Favor, Que Tenham Só Mais Um Pouco De Paciência, Porque Eu Posso Até Demorar, Mas Faço e Cumpro Com o Que Digo, Até Porque Se não Fosse Assim, Não Teria a Menor Graça Né ? Curtam De Montão, Esse Cap Emocionante Talvez, não Sei Se Tenho Talento Pra Drama, Mas Fiz O Meu Melhor... Leiam a Vontade !



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– Meus netos, minha família querida, primeiro quero agradecer por todos nós estarmos aqui, unidos, como uma família de verdade, é claro que nos falta um membro e não menos importante, mas nós sabemos e devemos respeitar os seus motivos, por isso quero lhes dizer, que aconteça o que acontecer, saibam que os amo de todo o meu ser e espero que por toda a vida, não importa quantas gerações passem, quero os ver sempre assim, unidos, juntos, pra tudo o que vier. Precisam que saibam também, que vocês me dão muito orgulho como netos e sou capaz de qualquer coisa pela felicidade de vocês, portanto se acontecer algo que possa parecer errado, ou até loucura de minha parte, saibam que fiz somente por querer vê-los felizes e faria por qualquer um de vocês que fosse, mas faria, não se preocupem também, porque não haverá qualquer tipo de arrependimento que seja, sei bem o que faço, e faço somente por vocês, que são importantes até mais que minha própria vida. - Vovó falou atentamente, olhando nos olhos de cada um e após a declaração, um silêncio geral surgiu entre todos os Bracho, se entreolharam por instantes e depois focaram em olhar somente para Dona Piedade. O silêncio só se deu por fim, quando o mais velho dos netos Bracho questionou, Rodrigo:

– Vovó, o que quer dizer com tudo isso? Está nos assustando!

– Por acaso... isso é uma despedida, um aviso? - perguntou Estephanie quase se afogando em lágrimas, ela tinha quase certeza do que ouvia, mas não queria acreditar,então para talvez tirar seus pensamentos que poderiam ser enganosos, insistiu - Anda vovó, responda-me! Posso ver em seu olhar que esconde algo, você não é de dar recados, sempre foi muito clara e transparente, por que isso agora? - Completou já não conseguindo segurar as lágrimas com a agonia e o medo da resposta de sua avó

– Não, não, não! Acalmem-se, Sem perguntas. Só quero e preciso que chamem imediatamente Carlos Daniel aqui!

– Vovó ele disse que não viria ao clube, acha mesmo que vai querer agora?

– Isto não é uma opção, Leda ! Ele tem que vir ou vai se arrepender pelo resto da vida!

– Mas a senhora acabou de dizer que deveríamos respeitar a decisão da ausência dele aqui ...

– Eu sei disto, mas não tenho muito tempo! Tem que ser hoje, tem que ser agora, por favor! - Interrompeu vovó já um pouco alterada, ela temia por não conseguir cumprir com seu último pedido.

– Por Deus vovó, o que está acontecendo? Rodrigo, por que ela não quer falar? Por que? - perguntou Estephanie, já desesperada, sacundindo-o pelos braços, ela sentia que algo muito ruim poderia acontecer, e isto não demoraria, na concepção dela.

_ Estephanie pare, já chega! - Repreendeu segurando seus pulsos - Não deve ser nada demais, vou ligar para Carlos Daniel, e espero convencê-lo de vir. - avisou tentando acalmá-la, e não só ela como a si mesmo, ele também sentia algo de muito ruim - Com licença, vou fazer a ligação.

Rodrigo foi para um lugar afastado da mesa e ligou para seu irmão.

Carlos Daniel ainda tentava pegar no sono, quando seu celular começou a tocar. Identificou pelo visor que era o irmão e atender rapidamente, com ele também não era diferente, ele sentia talvez mais que todos, por ter sido rude com ela talvez, que isso poderia ter uma consequência grave, então isso lhe pertubava e também não o deixava dormir:

– Rodrigo? Aconteceu alguma coisa? Por que está me ligando? - Perguntou rapidamente diante do nervosismo

– Não sei mano, a única coisa que te peço é para que venha aqui, esqueça tudo o que aconteceu hoje e venha imediatamente, por favor, a vovó precisa de você !

– Mas o que está acontecendo, por que deveria ir, sabe que não estou com ânimo para festas, seja mais claro Rodrigo, por que vovó precisa de mim também?!

– O-ok, é que vovó começou a falar coisas estranhas aqui no jantar do clube e ordenou que você viesse, porque precisava falar contigo.

– Olha Rodrigo amanhã eu converso com ela, hoje eu preciso pensar, refletir, eu prometo que peço perdão a ela por ter sido grosso, mas agora não dá, não me sinto bem para conversar...

– Carlos Daniel, isto é sério, a vovó disse que tinha que ser hoje, porque senão você se arrependeria pro resto da vida, eu acho que vai acontecer alguma coisa, por favor, venha o mais rápido possível, já são 23:30, daqui a pouco vem a virada e não vai ter como ela falar, por conta do barulho talvez!

– Você também está sentindo a sensação ruim? Ai meu Deus! - perguntou já saltando da cama - Eu vou aí agora mesmo, mas não sei se vai dar tempo, droga!

– Tá, então se apresse, não perca tempo, sim, eu também sinto uma sensação negativa, Estephanie já etá chorando, por pressentir algo também!

Já estou indo, em 15 minutos estarei aí!- Avisou já colocando o cinto na calça que pegou enquanto Rodrigo falava, no closet

– Certo, tchau, até logo!

– Tchau! - Desligou o aparelho e o jogou na cama, logo pegou a camisa para terminar de se vestir.

Enquanto Isso Em Cancún.... *Narração Paulina*

O garçon chegou a nossa mesa e assim efetuamos o pedido. Célia pediu uma caipirinha, já Filó um refrigerante e eu a acompanhei. Logo as bebidas chegaram e começamos a conversar:

– Filha, você pretende se formar em alguma profissão? Poderia arrumar um emprego melhor para poder entrar na faculdade e estudar na área que quisesse.

– Sim madrinha, eu pensei em fazer faculdade de medicina, gosto de ajudar as pessoas, para poder fazer o que não pude pela minha mãe, e não passem pelo que passei, mas é tudo tão caro, que prefiro nem pensar nessa possibilidade de me formar por enquanto... - Lhes disse pensativa - E eu estou gostando de trabalhar com a senhora, nunca me incomodei com isso.

– Eu sei querida, mas ganhamos pouco e você é jovem, precisa de um futuro melhor... Eu posso me virar sozinha lá no quiosque, não tem problema, mas você precisa de um emprego adequado, que seja fixo na carteira, para melhorar suas condições financeiras, constituir uma família com alguém, quem sabe, aliás filha, você sempre me dizia que teu sonho era casar quando mais novinha, e o de Paula era ter netos quando viva, que Deus a tenha, por que não arranja alguém especial e realiza estes sonhos? Já pensou como sua mãe iria ficar orgulhosa de você? E não é isso que quer, dar orgulho a ela?

– Tia eu já cansei de dizer a ela, o quanto precisa de alguém para amar, lhe fazer companhia, dar amor, dedicação... - suspirou - Ah, tantas coisas... me lembro de quando éramos adolescentes, e meu primo Osvaldo era gamadinho na Lina, mas ela nunca teve coragem de ficar com ele, sempre morria de vergonha, e o coitado foi pro exterior estudar, dizendo que quando voltasse formado, teria condições melhores de vida e assim casaria com a Lina, até uma casa na capital ele disse que ia comprar pros dois morarem juntinhos, e agora já fazem quase 7 anos que ele foi pra lá e ainda não voltou...

– Deve ter me esquecido, e eu nem sei se gostava dele mesmo, ou se realmente eu tinha vergonha, Osvaldo era um cara legal, mas não sei se chegaria a amá-lo... Respondi mais uma vez pensativa

– Nunca vai saber, se não tentar querida, pode ser que ele volte e cumpra com o que lhe prometeu, tem que dar chance ao amor filha, quem sabe assim você não consegue progredir sua vida e encontra a felicidade? - perguntou minha madrinha segurando minhas mãos sobre a mesa, com expectativa.

– Não sei madrinha...

– Lina, qual seria o cara ideal pra você? - Interrompeu Célia me perguntando sem rodeios

Fiquei pensando alguns minutos em minha resposta, Célia realmente havia me pegado de surpresa, e demorei um bom tempo imaginando como seria um homem ideal para mim, olhando pro nada...

*Narração Carlos Daniel*

Terminei de vestir minha camisa rapidamente, em seguida fui calçar meus sapatos e nem me preocupei em arrumar meu terno que estava amarrotado por conta da pressa em que me trocava. Correndo fui pra fora da mansão e peguei meu carro, partindo rumo ao clube. Tive de me virar sozinho com o portão principal da mansão, eu era a única alma viva daquele lugar no momento e acho que isso me deu um bom atraso, bom? não, horrível! E cada vez que o tempo passava a sensação ruim aumentava e cheguei até me tremer de tanto nevosismo. Finalmente pude iniciar o meu percurso até o clube, sabia onde se encontrava, porque não era a primeira vez que minha família iria lá.

As horas já marcavam exatamente 23:45, já teria de estar lá no clube, mas quando eu estava em uma das avenidas principais da capital, a preocupação já havia ido embora, mesmo estando atrasado, porque como era fim de ano, todos estariam obviamente comemorando e transito quase não haveria. Pobre ilusão, no cruzamento logo à frente ocorreu um acidente, dois carros bateram de frente, provavelmente por algum deles ter entrado na contramão, ou estavam embriagados, não sei, e isso causou um engarrafamento, porque a polícia já estava no local, e portanto a área ficou interditada. Com isso meu desespero se aumentou em dobro e nisso já eram 23:50, olhava para os lados tentando encontrar uma solução, suava e tremia mais ainda, até que pensei num jeito de pegar outro caminho, claro que não era o melhor, este demoraria mais, e agradeci aos céus por estar próximo dele, que daria a volta no cruzamento, desviando do mesmo. Dei a ré e segui, e enquanto dirigia, olhava o relógio sem parar, e assim continuava com minha corrida contra o tempo.

No Clube...

– Vovó acabei de ligar para Carlos Daniel e o convenci a vir - disse Rodrigo enquanto voltava a sentar em seu lugar

– Obrigada meu neto, agora só peço a Deus que Carlos Daniel tenha tempo de se desculpar.... - Falou pensativa

– Dona Piedade, porque não nos diz o que está acontecendo de uma vez? Por que deixou tudo para última hora? Achei que tivéssemos vindo aqui para nos divertir e aproveitar o fim do ano, mas agora a senhora está fazendo seus netos e nós também que não somos, se preocuparem e com isso vai fazê-los ficarem tristes e angustiados... Prometemos não te julgar, seja pelo o que for! - Aconselhou Patrícia.

– Eu conheço bem a vovó, quando ela começa a jogar mistérios e indiretas, é porque esconde algo muito grave e ainda não disse por que está esperando Carlos Daniel chegar, ou porque tem a ver com ele! - acusou Estephanie ainda triste.

– Meus netos eu só quero que me perdoem, apenas isso... Oh ! - Vovó sentiu uma forte pontada no peito e em seguida se desequilibrou da cadeira e caiu.

No mesmo instante chegava as pressas, Carlos Daniel. Entrou no clube correndo, esbarrava com várias pessoas tentando encontrar na multidão aonde estaria sua família. As pessoas já começavam a fazer a contagem regressiva para a virada do ano e a cada número, era um passo a mais apressado de Carlos Daniel, que depois de muito esforço, já visualizava a mesa em que os Bracho se sentavam.

Tudo parecia acontecer em câmera lenta, como um pesadelo, onde você tenta escapar do perigo, e este lhe parece mais perto. E assim foram contando:

– 10...9...8...7...

Lá corria Carlos Daniel que se aproximava de seus parentes e percebeu que sua avó estava caída no chão e o restante em volta dela:

– 6...5...4...

O desespero tomava conta por completo e com ele vieram as lágrimas que deixaram sua visão castanha embaçada, fazendo ele tropeçar no pé de uma das cadeiras, próximo a mesa dos Bracho.

– 3...2...1...

Ele levantou rapidamente e conseguiu chegar até sua avó, empurrando todos à sua frente, e em seguida dando um grito suplicante de desespero:

– VOVÓOOO !!!!
Vovó ainda deitada, aguentando as dores de sua partida conseguiu lhe dizer:

– Meu... meu neto... me per-perdoa... por fa-favor...

– Sim vovó, Sim! Mas, me perdoe também, eu preciso do teu perdão vovó, sou um inútil, meu Deus! - implorou chorando desesperado, as lágrimas escorriam a todo momento, seus olhos até perdiam a cor com tanta vermelhidão.

– Eu...eu te.. perdoo também... meu neto.. meus netos... amo todos vocês... sejam... felizes... - Desejou vovó dando o seu último suspiro de vida.


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Notas finais do capítulo

Ay Gente Que Triste Né? :'(
Fui Bem Na Dramatização? Espero Que Sim, Por Isso Preciso Que Comentem Bastante, e Aguardem Que Nos Próximos Caps O "Grande Encontro" Começará a Se Aproximar Cada Vez Mais... Bjs da Miih e Até o Próximo :*