Tales of the Guardians escrita por Sykes Potter


Capítulo 2
New York State of Mind


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii, Cap dedicado a Scarlett Black (diva), primeira a comentar e pra Carol Ribeiro, inspiração pra Alice Stark :)))) Obrigada :) Enjoy people:



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Nova York, Dias Atuais

Era de fato engraçado para Elizabeth, como as pessoas ficavam alheias ao trabalho dos Guardiões. Não era como se eles fossem discretos, salvar as dimensões era um trabalho que muitas vezes demandava atenção. Mas mesmo assim ela conseguia manter o circulo de pessoas que conheciam a sua verdadeira tarefa surpreendentemente pequeno. Até porque explicar pra alguém que sua mãe é a Lua não é exatamente fácil.

É, a Lua, com ‘L’ maiúsculo, os Guardiões são seres criados para manter o equilíbrio nas dimensões, e acima de tudo fazê-las conviver em paz, desconhecendo a existência uma da outra. A maioria das pessoas ignorava qualquer sinal da existência de tais dimensões. Afinal humanos realmente criavam desculpas “aceitáveis” para absolutamente tudo... Mesmo numa dimensão em que os heróis são um monstro verde zangado, um gênio bilionário em uma armadura, um soldado de quase um século, um alienígena, uma Russa e um Playboy.

Nova York era o lugar perfeito para qualquer Guardião se esconder, não importa a dimensão, a cidade nunca mudava: muita gente – de todos os lugares do mundo – pessoas influentes e poderosas. Nesse caso a pessoa mais poderosa de Nova York era um bom amigo: Anthony Stark.

Lizzy andava calmamente com um pacote de Shuarma pra viagem que ela havia ido buscar, afinal, fazer uma gentileza para o anfitrião nunca era demais. Virou a ultima esquina antes do grande prédio a Stark Tower, logo para ser renomeada Avengers Tower. Entrou rapidamente pela portaria, passando pela segurança, que já a conhecia. Usualmente ela não passava tempo suficiente para que as pessoas de uma dimensão memorizassem sua face, mas recentemente essa regra vinha enfraquecendo em seu patamar, tinha passado cerca de dois anos com Tony, essa dimensão em particular nunca a deixava entediada, SEMPRE existiam problemas a resolver, então era uma ótima distração, além de lar de alguns de seus melhores amigos.

– Srta Herondale, Srta Herondale!?- Lizzy parou poucos metros antes do elevador, apesar da maioria dos seguranças a conhecer, Happy ainda exigia que ela – na realidade todos- usasse um crachá de acesso.

– Happy, você me conhece - Lizzy tentava ser simpática, apesar desse não ser seu maior forte, a maioria das pessoas ignorava o pedido de Happy, ela pelo menos tentava dialogar com o chefe da segurança -, não preciso de crachá, e já insisti diversas vezes, é Lizzy.

– Normas são normas Srta Herondale, sinto muito, mas a Srta terá de me acompanhar até a recepção para imprimir seu crachá de visitante e... – mas Happy foi interropido por ninguém mais ninguém menos que Alice Stark animada, espontânea e estilosa a sobrinha em segundo grau de Tony era um tanto... Persuasiva, sua voz tinha um charme além do normal, sua aparência de fato a ajudava alta e esguia a menina tinha cabelos curtos e castanhos e olhos essencialmente da mesma cor, conseguia tudo o que queria e agora não foi diferente:

– Relaxa Happy Dappy - ela abraçou os ombros dos dois por trás, conduzindo Ambos até os elevadores, Happy tentou argumentar, mas Alice olhou fixamente em seus olhos dizendo – Não vê que estamos de crachá homem?! Vá atrás daquela mulher que está tentando passar pela segurança.

Happy imediatamete acatou o desejo da Stark mais jovem e foi atrás de uma mulher –aleatória- a qual Alice apontou, mesmo que esta não tenha de fato feito nada de errado.

– Você ainda tem que me ensinar isso – Lizzy falou rindo e discretamente entrando no elevador

– Fazer o que? É um dom! – disse Alice ainda sorridente dando de ombros.

***

Depois de uma, longa, subida até o escritório/oficina de Tony, que ficava no último andar da enorme Torre, as meninas chegaram ao destino, para encontrar um Stark meio ocupado: um de seus robôs ligava o extintor em sua perna.

–Tony, Tony, Tony... Ainda se mata com suas invenções malucas – Lizzy circundou uma mesa cheia coisas que ela não perdeu tempo tentando entender, e abraçou seu amigo entregando a trouxinha de comida falando com um tom repreensivo – ou de fome.

Tony sorriu e recebeu as duas meninas, até comeu um pouco do que Lizzy trouxe. A realidade é que ela sempre dava um jeito de subir para trabalhar com Stark. Gostava de lidar com as máquinas dessa dimensão, eram racionais, mas avançadas o suficiente para se tornarem um desafio. Stark percebia o padrão no humor da Guardiã, e o fato que mesmo que quando todos iam embora ela ficava trabalhando com ele, sabia que a menina estava se afogando em trabalho para se ocupar tirar sua mente de algo, reconhecia essa técnica... Tinha visto muitas vezes no espelho.

***

No final da tarde, quando as pessoas estavam começando a sair da torre, Lizzy começou a sentir: as tonturas características de quando passava muito tempo tentando ignorar seu trabalho... Sua biblioteca a chamava de volta, mas ela não queria ir. Dessa vez, no entanto os impulsos pareciam mais fortes, e ela derrubou uma engenhoca que estava segurando bem no pé de Tony.

– Ouch... – Tony disse, não realmente sentindo dor, já que estava com as botas da armadura – Tome mais cuidado menina.

Tony a tratava como uma criança, mesmo que fosse muito mais velha do que ele... E ela gostava disso, quase como se realmente tivesse um irmão mais velho. O que não era realmente possível, já que existia somente um Guardião por geração.

– Cala a boca – Lizzy respondeu sorrindo e pegando a maquina de novo, circundou a enorme oficina, deixando a coisa numa mesa próxima, pouco antes de sentir uma onda de vertigem e se desequilibrar, Tony rapidamente acionou os propulsores das botas e apegou antes que se esborrachasse no chão, dizendo com uma feição preocupada:

– Lizzy, vai com calma – ele a levou até uma cadeira antes de sentar a sua frente e continuar a fala – Esses surtos estão ficando piores.

– Não são nada - Lizzy disse antes de tentar levantar, mas ser obrigada pelas suas pernas, que pareciam não querer responder, a sentar novamente.

– Precisa lidar com o que está causando isso Lizzy – Tony tentou ser racional, mas foi novamente interrompido.

– Já disse que estou bem – Lizzy desviou o olhar de Tony. Sabia que era necessária em algum lugar, extremamente necessária, do contrário não sentiria isso tão fortemente, mas estava feliz ali, gostava de estar lá onde tudo era menos complicado, e não era tentada a voltar À dimensão, ir a sua biblioteca seria o suficiente para convencê-la a ‘espiar’ no que não deveria.

– Está bem, mas por hoje, chega de trabalho – Tony disse decisivo, Lizzy suspirou, mas assentiu, não seria útil por agora. E Tony parecia irredutível, ela levantou, finalmente com forças.

– Use o quarto do corredor- Tony acrescentou ao vê-la sair, ela usava o quarto do corredor quando terminavam o trabalho tarde demais para ir para a casa, ou recentemente, quando se sentia mal.

Lizzy entrou no quarto e se jogou na cama, decidida a dormir e acordar melhor, esse enjoo não poderia durar até o dia seguinte... Ela fechou os olhos e dormiu sentindo levemente um puxão no estômago, que normalmente ela reconheceria, mas estava cansada demais, enjoada demais, para pensar. Alheia a luz azul discreta que saia pelas frestas da porta do lado de fora, e a um Tony que continuava a trabalhar sem prestar atenção a nada fora da sua bolha, a Guardiã abandonava a dimensão, e voltava a biblioteca


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Notas finais do capítulo

Comentem :) me falem o que estão achando, que dimensões vocês querem ver (posso botar mais se vocês pedirem) e como vocês acham que a biblioteca seria :)



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