Tales of the Guardians escrita por Sykes Potter


Capítulo 18
Pensamentos Suicidas


Notas iniciais do capítulo

OI MEU POVO LINDO, GOSTOSO E MARAVILHOSO?
Eu sei, Eu sei, dois meses...! Tempo demais sem passar por aqui...
Desculpem, sério mesmo...
Eu tive um bloqueio criativo horrível, aí as aulas começaram e eu tive que voltar pro Brasil, e meu avô faleceu e quando eu comecei de novo meu co deu pau e eu perdi tudo...
Foi um começo de ano meio turbulento, mas eu passei por aqui esses dias e 1000 PESSOAS VISUALIZARAM ESSA FIC...
OI?
Para o mundo que eu quero descer!
kkk eu estava prestes a decretar o hiatus mais aí eu vi isso e fiquei tipo
O.O e tive que escrever pra vocês!
MEU DEUS!!!!!!!! MUITO OBRIGADA!!!!!!!!



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Tempo não Marcável, Biblioteca

Elizabeth andava em sua sede, relaxada, quase displicentemente. Mas seu caminhar em nada refletia seu estado de espírito.

Era fato que sua biblioteca sempre teve um poder tranquilizador - os livros, as estantes, os corredores conhecidos - costumava caminhar por sua Sede sempre que encontrava uma situação da qual não pensava em como poderia escapar, ou onde precisava escolher... Normalmente, ela conseguia certa paz de espírito.

Algumas vezes não.

Sua mente era teimosa, e estava tensa como uma corda de arco prestes a disparar uma flecha, não importava o que ela tentava fazer para distraí-la.

A Herondale tentava de todas as formas pensar claramente, o problema era: ela não conseguia. Abraçar o conceito do que estava prestes a fazer era algo que não parecia estar nem prestes a fazer – apesar de saber que precisava ser feito - e sua Sede nada gostava da situação também.

Ela parou sua caminhada pela sede pelo que parecia a quinta vez desde que aquela procissão começara, mais um livro no chão, ela suspirou e pegou o exemplar gasto e cujo título parecia haver se apagado ha muito tempo e limpou sua capa delicadamente com as mãos.

Gasto, antigo e esquecido, o tipo de livro que ela, em outra situação não hesitaria em abrir e se jogar na dimensão que guardava...

Ela suspirou.

Era verdade que o que mais havia em sua Sede eram livros. De todas as formas e tamanhos eles guardavam dimensões igualmente variadas, mas tão verídico era esse fato quanto era o de que Elizabeth sempre preferiu aquelas marginais, as que não chamavam atenção, muitos como este que segurava nas mãos. Alguns vieram a fazer parte de sua seção reservada, outros nunca chegaram a ser tocados por falta de tempo, e ainda haviam alguns que voltavam para suas prateleiras... Não sabia por que fazia isso, talvez por influência do Doutor e de seu tempo na TARDIS, talvez como catalisador do próprio ato de rebeldia em que suas viagens consistiam contra o desejo dos Espectros...

Sempre fora assim.

Sua Sede sabia disso.

Ela agora refletia seu estado de espírito, como Eliza sabia que faria. Parte da força vital dos Guardiões, as Sedes muitas vezes sentiam o que seus Guardiões sentiam: Dor, Raiva, Amor... Tudo.

Mas raras eram aquelas que, como a de Elizabeth, desenvolvia uma consciência própria.

E a consciência da biblioteca estava extremamente insatisfeita com o plano de sua Guardiã.

Não que Elizabeth não ligasse para a opinião que sua Sede deixava – os Espectros sabiam que a haviam salvado muitas vezes – mas, dessa vez, ela não poderia se dar ao luxo de concordar – mesmo que no fundo quisesse.

Muito dependia dela.

Ela demorou um tempo sentindo o livro, uma dimensão que ela não entrara e provavelmente nunca teria a oportunidade de, e piscou fortemente por um segundo.

Suas certezas não eram absolutas e suas resoluções eram turvas mas ela agora, com aquela dimensão em suas mãos com pessoas inocentes, vivendo suas vidas pacatas ela tinha convicção:

Se machucaria, se destruiria tentando evitar...

Mas não veria o que aconteceu a dimensão de Tony acontecer a qualquer outra.

Colocou o livro caído de volta a sua prateleira demoradamente e continuou sua marcha, não faltava muito, e ela odiava esse fato.

Estava tentando evitar seu destino há horas, mas sabia que não podia mais fazê-lo.

Caminhou por alguns minutos, virando esquerdas e direitas em incontáveis estantes, até final e infelizmente chegar:

O Livro Dourado descansava a sua frente.

Elizabeth se aproximou do exemplar que –mais uma vez – estava em seu pedestal, como se intocado, mesmo que ela não tivesse feito o menor esforço para tira-lo de onde havia posto horas antes e coloca-lo ali.

Estendeu a mão, o vidro da redoma era frio – como ela sabia que a coisa que a esperava lá dentro seria – e agora ela via.

O modo rebuscado da escrita escura.

As pequenas fraturas que formavam desenhos na redoma.

A luz de suas lâmpadas naturais que refletiam na superfície transparente como bolas de sabão.

As sombras – que nunca antes a haviam incomodado dentro daquele ambiente pareciam agora mais ameaçadoras...

Pequenas coisas pitorescas no que até antes parecia ordinário.

Se ela tivesse enxergado. Se ao menos não tivesse se deixado cegar.

Eliza tinha certeza de que a cor e o Status do livro não foram só obra dos Espectros, quase tanta quanto tinha de que se sua Sede fizera parte disso, o fizera para protegê-la.

Ela desejava somente que sua biblioteca não tivesse tentado.

Sua mão agora era um punho pressionando o vidro surpreendentemente duro para sua delicadeza.

Ela sabia que poderia ter evitado tudo que aconteceu se tivesse prestado atenção, se tivesse sido um pouco mais, normal.

Mas ela fechava os olhos e ainda ouvia a risada do Doutor, as asas de Castiel e Gabe batendo no céu. Via os olhos de Damon. Sentia o abraço de Henry.

E apesar de soar egoísta ela não se arrependia de cativar nenhuma daquelas pessoas, que eram mais sua família do que as que a puseram naquele mundo.

Então se lembrava das aulas que Tony a havia dado sobre nanotecnologia logo em suas primeiras visitas - quando ele ainda era um idiota para a maioria das pessoas, dos conselhos de Peper após ela ter deixado Damon para trás, das piadas de Clint que sempre parecia disposto a animá-la.

E queria ter jogado tudo fora para que eles tivessem tido uma chance de viver normalmente, sem ela, sem Lockdown, sem Morte assomando sobre eles.

Estava em um paradoxo: Desejava não ter feito, mas não se arrependia de que tivesse acontecido.

E isso pouco deveria importar agora.

Sabia que embarcava no que poderia ser uma missão suicida. Sabia que quando entrasse naquela dimensão a chance era de não saísse, mesmo que ela desejasse evitar sua morte a todo custo.

E sabia que não podia adiar o encontro com Lockdown por muito mais tempo.

Mas...

Aquilo ainda importava.

Mão conseguia se forçar a abrir a cúpula, não agora, não com todas aquelas imagens e todos aqueles momentos assombrando seus pensamentos.

Eles não mereciam qualquer que fosse o cenário que ela ia encontrar.

E com uma lágrima caindo dos olhos ela pensou em sua última condição:

Não iria sem a garantia de que aqueles momento, aquelas pessoas iriam sobreviver.

E não só as que ela avia assegurado.

Havia perdido pessoas demais sem dizer Adeus, não o faria novamente.

Com um olhar queimando, como poucas vezes tivera ela relutantemente virou as costas para o livro, respirou fundo e, com seu vestido esvoaçando atrás de si ela entrou numa marcha acelerada e determinada...

Sabia que não tinha muito mais tempo, mas faria o possível e o impossível para que fosse o suficiente.

Seu destino?

Todos os lugares de um pequeno quarto no segundo andar.


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Notas finais do capítulo

Enfim, foi mais um capítulo da Elizabeth pensando na vida dela e no que ela ia fzer, só pra vocês terem uma idé ia do que vem depois!
Eu espero que tenham gostado e eu tenho uma pergunta:
Eu originalmente pensei na fic terminando em um ponto ( e tendo uma possivel 2ª parte) mas eu não sei se vocês querem isso, tipo eu sei como é chato a fic não atualizar regularmente, mas eu sou meio nova nisso e aí eu queria a opinião de vocês...
Continuo até o final que eu queria ou termino mais cedo?
Os dois jeitos pra mim são ótimos (claro que eu quero continuar escrevendo mais mas...), então eu queria uma opinião de vocês...
DEIXEM AÍ NO COMENTÁRIO SUAS LINDAS!



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