Tales of the Guardians escrita por Sykes Potter


Capítulo 13
Claire Bass


Notas iniciais do capítulo

OLA MISHAMIGOS!!!!!!!!!!!!! Esse cap nem demorou de sair né? Então eu me diverti DEMAIS escrevendo e ele ta gigantesco!!!! Então comentem muiiiito para me deixarem feliz!
Esse eu dedico pra inspiração da personagem que eu introduzi nesse capitulo: Clara esse foi pra vc ;)



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– Elizabeth! – A bolinha de felicidade que era Claire Bass repetiu sorrindo, e mascarando um tom de irritação na voz.

Antes que qualquer um pudesse fazer alguma coisa, no entanto, ou que os outros caçadores (e a ruiva) pudessem esboçar alguma reação, Claire jogou um pouco de água de um frasquinho que ela carregava nas mulheres na porta.

– Claire – Elizabeth disse, enxugando as mãos na calça jeans e rindo – Eu não sou um demônio.

Essa frase pareceu deixar a ruiva a seu lado mais confusa.

A mulher na porta, Claire, era peculiar para uma caçadora: possuía olhos cor de mel, e longos cabelos lisos, que normalmente ficavam presos em tranças sempre bem elaboradas, quase como sua marca registrada, mas que hoje estavam soltos e revoltosos. Sua pele era morena, mais clara que a de Elizabeth. Porem talvez a feição que mais surpreendia era sua delicadeza, a mulher parecia uma boneca.

A baixinha e extremamente magra Bass agora encarava a Guardiã com um olhar que demonstrava toda a sua irritação. E, não se importando nem um pouco com o que os outros hospedes do motel fossem pensar da cena, (ou com o fato de que Elizabeth era pelo menos um milênio mais velha que ela) Claire começou a estapear a Guardiã em todos os contos que podia encontrar:

– Elizabeth Herondale! – ela gritava entre tapas – Como ousa aparecer assim do nada, depois de dois anos sem malditas notícias!

Restava apenas a Guardiã se esquivar dos golpes da caçadora, afinal, aparência frágil ou não, a caçadora era forte. Não demorou muito para Amy, que não fazia ideia de que eram aqueles estranhos, sair do transe em que estava e dar uma leve cotovelada no tronco do homem que abriu a porta, que agora estava ao seu lado rindo freneticamente, sussurrando:

– Você não vai... Fazer nada? Eu acho que elas podem realmente causar algum dano uma a outra...

Sam, apenas riu cruzou os braços (um grande distrator para a ruiva, já que o Winchester estava sem camisa) dizendo:

– Eu tenho certeza que elas podem se matar – ele ofereceu a toalha na sua mão para a Pond que ainda estava molhada e aceitou prontamente – Mas nem por isso eu vou entrar no meio dessas duas.

E, no fim, a ajuda de Samuel não fora necessária, logo a sessão de tapas se transformou em um abraço de duas pessoas que deveriam ser amigas por muito tempo, e elas eram, Claire havia sido uma das primeiras pessoas que Elizabeth havia conhecido quando “caiu” na terra daquela dimensão, e elas haviam sido boas amigas desde então.

O abraço não durou muito, no entanto. Elizabeth se desvencilhou rapidamente para poder falar o que tinha em mente

– Agora vocês tem algo muito sério para me explicar – Elizabeth disse observando Claire que, lhe ocorria agora, estava usando uma blusa claramente masculina, se aproximar quase que instantaneamente após se separarem do Winchester mais novo.

– Como em nome de Deus isso aconteceu?

O casal – se antes as forasteiras tinham alguma dúvida, o olhar dos dois ao ouvir a pergunta já deixara obvio – se entreolhou, pensando em um modo de responder a pergunta da Guardiã, não sabiam nem por onde começar...

Mas, graças aos anjos –ou não- o silencio foi interrompido pelo barulho de algo caindo no chão a esquerda do grupo e o som de outra voz muito querida:

– Eliza? – um homem louro disse com um olhar surpreso, se recompôs rapidamente o que assustou um pouco Amélia, mas demorou um segundo antes de ele rir alto da situação, e continuar a falar se aproximando – Você só pode estar brincando comigo, filha da...

– Oi Dean – A Guardiã disse antes que o homem pudesse dizer algo que se arrependesse (a lua podia ser muito sentimental) se aproximando também, com o pacote de torta e piscando ao estendê-lo– Eu trouxe a melhor que conheço.

O Winchester riu mais um pouco e apenas a abraçou fortemente negando coma cabeça diante da atitude da mulher que ele considerava família, e que não via fazia um bom tempo. A verdade é que não achava que jamais fosse vê-la novamente, e esse pensamento o martirizava.

– Você nunca muda não é? - ele disse controlando o riso e se separando um pouco.

– Nunca – Eliza respondeu piscando.

Ela olhou ao redor feliz, aquela era definitivamente uma de suas dimensões favoritas, com suas pessoas favoritas, parte de sua família morava ali, mas especificamente aqueles que ela considerava irmãos.

Seus devaneios foram interrompidos pela fala de uma ruiva muito fora de contexto:

– Agora eu não entendi mais nada – Amy apenas perguntou para ninguém em particular.

***

Logo, Claire havia trocado a blusa que estivera usando –obviamente de Samuel – por um short de lavagem escura, uma bata folgada, e uma bota nos pês, sempre ficava confortável usando suas notas de couro marrom que para ela davam sorte, e a situação pedia um pouco de sorte. Estava colocando sua Glock no cós do short quando todos presentes, finalmente, se aquietaram e sentaram no pequeno e simples quarto de motel, espalhados entre as camas e as poltronas eles se encaravem de forma no mínimo estranha, e Elizabeth sentiu a necessidade recomeçar o discurso:

– Vamos as introduções, Amelia Pond, esses são Dean e Sam Winchester – Elizabeth disse direcionando a mão primeiro para Dean, que estava sentado na cama mais próxima a varanda e depois para Sam, na cadeira ao lado de Claire que estava em pé – Esta é Claire Bass.

Claire deu um sorriso e um pequeno aceno para a ruiva em sinal de simpatia, essa era outra coisa diferente em Claire, os caçadores costumavam ser mais reservados e ameaçadores, a mulher parecia tudo menos ameaçadora do ponto que estava encostada contra o tampo da mesa. Tallvez por isso quando Elizabeth a apresentou aos Winchester todos aqueles anos atrás, no caso do Trickster, ela tenha se preocupado tanto com o que eles pensariam, afinal, vendo a garota pela primeira vez, ninguém julgará capaz de machucar uma mosca, quanto mais matar alguém, mas verdade fosse dota, ela era uma caçadora habilidosa.

– Que por acaso me deve explicações – Elizabeth completou lançando um olhar malicioso para Sam e Claire, que estavam muito mais próximos do que ela se lembrava.

Mais uma vez, seu pseudo-interrogatório foi cortado pelo Winchester mais velho:

– Eliza, onde esteve messes últimos dois anos – Dean disse levantando-se da cama onde estava sentado comendo sua torta calmamente até então – Essa seria uma explicação mais interessante não acha?

Elizabeth suspirou automaticamente, sabia por que tinha ido embora, e esperava esse tipo reação quando voltasse a ver os meninos, eles tendiam a odiar quando as pessoas desapareciam do nada.

– Essa dimensão e cheia de acontecimentos fixos – Elizabeth disse então, olhando para os dois, havia explicado a eles quando estiveram juntos pela ultima vez que o tempo dela naquela dimensão era escasso, eles só não sabiam o porquê até aquele momento:

– Minha influência aqui é forte, eu poderia atrapalhar no que quer que vocês decidissem, para evitar ou aceitar o Apocalipse... E isso deveria ser uma decisão de vocês.

– Pera Apocalipse? – Amy disse interrompendo a conversa no quarto, não que não estivesse perdida antes, mas agora tudo estava ainda mais confuso - Alguém se importa em informar a Irlandesa aqui?

–Longa história contada curta, nós desencadeados o Apocalipse alguns anos atrás – Samuel disse com um suspiro

– E eles o evitaram no mesmo ano, salvando diversas vidas – Claire disse se metendo na conversa e ajeitando uma dobra inexistente na camisa do mais namorado – Mas eles sempre parecem esquecer desse detalhe.

Elizabeth riu do olhar repressivo da caçadora, era tendência dela ser maternal com aqueles que ela gostava, e Deus sabia que aqueles meninos precisavam de uma influência feminina, e essa sempre havia sido uma das características que ela mais gostava nela.

– Enfim, tinha que ser uma decisão de vocês, mas, eu tenho que dizer meninos – Elizabeth se levantou da cama onde estava e encarou os olhos dos dois homens a sua frente e sorrindo – Eu estou realmente orgulhosa de vocês.

Sam deu um meio sorriso enquanto Dean apenas deu de ombros claramente desconfortável, mudando de assunto assim que pode:

– Enfim, o que você está fazendo aqui por que... Ouch!

Ele levou um beliscão de Claire que havia rapidamente saído do lado de Sam antecipando a fala de Dean, a garota o olhou repreendendora, antes de se virar para Eliza, que já havia sentado novamente em uma outra poltrona do quarto, e dizer com um sorriso:

– Não ouça o Dean, ele não tem tato, estamos felizes que você esteja aqui Eliza – ela se aproximou da cama e se sentou na beirada, logo à frente da Guardiã – Mas geralmente suas visitas são seguidas de problemas, mais problemas do que o usual.

Amélia encarou a caçadora enquanto a Guardiã levantava e dizia com os braços em volta do próprio corpo pensativa:

– Não posso dizer que não vão ter problemas depois desse encontro, alguém anda tentando embaralhar as realidades que são mais próximas a mim, entendo se não quiserem me ajudar...

Mas ela foi interrompia antes que pudesse terminar a frase:

– Quem? – Dean disse com o cenho franzino

Elizabeth suspirou, sabia que os meninos iriam até o inferno com ela, se ela pedisse, mas ainda se sentia desconfortável:

– E é isso que eu quero descobrir – ela tomou um segundo para observar o quarto e fez uma careta percebendo algo pela primeira vez – Onde estão Cas e Gabriel?

E os três caçadores se tencionaram.

– Eliza, Gabriel está morto, e Cas.... o Cas desapareceu – Dean disse com um olhar condescendente (o que não impediu de levar uma forte cotovelada de Claire e suprimir um gemido de dor)

Elizabeth automaticamente sentiu seu chão sumir e caiu sentada na poltrona à suas costas estática. Amy sussurrou baixo pra Samuel, que estava sentado a seu lado:

– Quem é Gabriel?

Sam apenas negou com a cabeça como se esclarecendo que não era o melhor momento para comentar isso, Elizabeth não se importou, seu cérebro não processava mais nada: aquela informação parecia tatuada... Gabriel, morto? Um de seus melhores amigos, durante uma eternidade, morto?

Não parecia real, não parecia justo, mas de alguma forma ela sabia que e a verdade, e isso a matava... Ela se recompôs rapidamente engolindo em seco antes de dizer com um rosto um tanto abalado, ela parecia que havia envelhecido todos os seus milênios em poucos segundos, sempre era assim:

– Certo, nesse caso...– ela respirou fundo, precisava lidar com a crise de agora, ficaria triste por Gabriel depois – Cas está em Oregon, eu fiz uma pequena pesquisa antes de vir aqui, precisamos acha-lo, a essa altura ele deve ter começado a lembrar de algumas coisas.

Ela soava cansada, estava agora esfregando os olhos com os dedos, mas foi preciso um bocejo da ruiva para que Claire, ao perceber o cansaço nas duas, automaticamente tomou a dianteira:

– Então está certo, partimos amanhã de manhã assim que vocês tiverem descansado um pouco e...

– Estamos bem, partimos agora mesmo – Elizabeth tentou interromper, precisava tirar sua mente de Gabe, e dormir agora talvez não fosse uma boa ideia, somente para ser interrompida por Amy, que estava levemente preocupada com a feição da Guardiã, não a conhecia muito, mas ela percebeu o quanto a morte a abalava:

– Vamos descansar sim, obrigada

Elizabeth encarou a ruiva estupefata, por um segundo, tempo o suficiente para Claire expulsar todos que não as duas do quarto, que de acordo com ela era o que deveriam descansar:

– Por que você disse isso? - disse nervosa.

– Por que nós andamos a noite toda – e Amy levantou da cama e andou para mais perto da Guardiã encarando-a - E você parece que pode usar umas horas de sono.

Amy estava certa, é claro que ela precisava de uma hora de sono, notícias ruins sempre pareciam exauri-la, mas sonhar não parecia tão atraente assim... Porém Eliza não retrucou, apenas se levantou e se jogou na cama que Dean estava sentado antes deixando a outra para Amelia e adormecendo no segundo que sua cabeça encontrou com o travesseiro.

***

Elizabeth estava acordada há algumas horas. Observava o horizonte da bancada do quarto de motel, estava parada naquela posição com a porta da varanda fechada desde que levantara, e que percebeu que Amélia não deveria acordar tão cedo, não queria incomoda-la.

– Olá – uma voz por trás dela falou.

Elizabeth sabia que Claire a estava observando da porta da varanda há alguns minutos atrás, mas isso não impediu-a de ficar em silencio, não estava a fim de conversa. A outra sabia que a Guardiã estava pensando em Gabriel, que estava de luto por um amigo, havia passado por essa fase, por isso começou a falar, mesmo com a Guardiã tentando prevalecer no silencio:

– Sei que ele era importante para você Elizabeth.

Elizabeth apenas continuou a encarar o horizonte intensamente, calada e apertando o casaco mais junto do corpo.

–Ele não a iria querer assim, sabe disso. – A mulher suspirou e tocou o ombro da Guardiã que falou pela primeira vez para Claire, após o que pareciam horas:

– Não, não seria o que ele quereria – ela passou a mão no rosto, rápido demais para Claire discernir se a Herondale realmente estava secando uma lágrima – Eles nunca me querem tristes.

–Não precisa ser dessa forma, você sabe disso – Claire continuou, dando um leve aperto no ombro da Guardiã.

–Sim, Claire, precisa.

A Bass começou a se afastar- nada que pudesse fazer melhoraria a situação da amiga, e isso a matava mas parou no meio do movimento:

– Claire- Elizabeth interrompeu seus pensamentos – Como ele morreu?

– Ele caiu como herói.

E com isso um esboço de sorriso brotou no rosto da Guardiã, e a caçadora saiu calmamente do quarto, com o som de Elizabeth se movendo outra vez, voltando para a cama.

***

– O que em nome de minha mãe é isso? - Elizabeth disse enquanto encarava a coisa a sua frente, por que aquilo não era um carro, era um monstro.

O grupo havia se reunido no estacionamento do motel assim que a noite caiu, e agora estavam todos arrumando os carros para partir, mas Elizabeth se mantinha apaticamente para o calhambeque que Claire estava dirigindo, era uma Pick Up vermelha antiga de quatro portas, e estava caindo aos pedaços, um GRANDE contraste com o antigo veículo da mulher.

– Por favor, eu imploro, não me diga que você trocou nossa querida moto por isso. – Elizabeth disse com uma cara de nojo.

– Nunca. – Claire respondeu, séria por um instante e logo depois soltando um sorriso enorme – A nossa querida criança está bem estacionada.

Claire piscou e tirou o “carro” (aquilo na opinião de Elizabeth não era um carro mas tudo bem) da vaga em que estava estacinado assim que Samuel deu o sinal que havia arrumado tudo na traseira, a ruiva iria com ela e Sam enquanto ela dividiria o Impala com Dean.

– Eliza, você não nos disse o que vamos fazer quando acharmos o Cas, qual é o plano?

Dean Winchester perguntou enquanto jogava uma mochila no banco traseiro e abria a porta de dentro do carro para a Guardiã.

– Bem, o plano é simples na realidade – Elizabeth disse batendo a porta do Impala ao seu lado, enquanto Dean emparelhava os veículos dele e de Claire para todos ouvirem a situação antes de pegarem estrada:

– Eu preciso que ele me mate.


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Notas finais do capítulo

E então, oq acharam??? Ansiosos pra saber mais? Eu juro que eu tento não terminar nessas partes tensas mas eu não consigo resistir!!!!!!!!! comentem ok? Perceberam o trechinho do cap de spoilers? kkk beijinhos



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