Querido diário,

Infelizmente às 6:00 horas da manhã estraga a minha felicidade para me fazer ir na escola. Realmente, eu preferiria ficar em casa dormindo. Falando em escola, hoje eu sonhei novamente com ele. Deve estar se perguntando o que isso tem a ver com a escola não é? Bom, digamos que foi o seguinte:

– Eu sou sim um santo, mas mudando de assunto, meus pais estão apressando a mudança, então provavelmente em umas duas semanas eu irei estudar na sua escola ou menos, bem menos.

– Sério? Que legal!

– Pois é, o chato é que eu não vou conhecer ninguém lá além de você.

– Ah, mas você é legal, não vai demorar para fazer amigos.

– Não sou tão sociável quanto pareço Hinata.

– Como não? Você que veio falar comigo na festa do Naruto, ou já se esqueceu?

– Não, eu não me esqueci.Mas aquilo foi diferente.

– Diferente porque?

– Eu estava sozinho na festa e vi você quieta lá em um canto tão triste que resolvi falar com você para fazer companhia.

– Ou você me achou muito gata e veio falar comigo só para dar em cima de mim.

Nós dois rimos e ele disse com uma voz sarcástica:

– Talvez tenha sido isso, talvez não o fato é que você nunca saberá!

– Eu sei que foi por isso, nem tente disfarçar que ta escrito na sua testa.

Então nós dois rimos novamente e ele disse:

– Hinata, desculpa por ter marcado para a gente se encontrar aqui hoje, agora que eu fui ler no cartaz que era a semana da paixão.

– Tem problema não! Eu estava achando que esse lugar era assim sempre.

– Não! Quase nunca está assim na verdade.

Nós terminamos o sorvete e então ele disse:

– Eu pago.

– Não precisa! Eu gosto de pagar o meu.

– Hinata, eu to tentando ser legal aqui será que da pra deixar eu ser gentil pelo menos uma vez?

– Não!

Nós rimos e ele disse:

– Deixa eu pagar, sério!

– Tudo bem, mas da próxima eu que pago!

Ele fez uma cara de quem não ia deixar eu pagar da próxima também e disse sorrindo:

– A gente discute isso na próxima.

– Sei...

Então ele se levantou e foi até o balcão pagar. Ele estava com um sorriso de quem era a pessoa mais feliz no mundo e toda hora olhava para mim. De algum modo só de ver ele sorrir daquele jeito, eu também sentia vontade de sorrir como se ele me deixasse mais alegre. Então ele chegou perto da mesa e disse:

– Quer andar por ai?

– Claro.

– Então vamos.

Saímos da sorveteria e então ele disse enquanto andávamos sem rumo:

– Quer ver onde vai ser minha nova casa?

– Adoraria, fica muito longe?

– Não, não fica sua preguiçosa.

– Não sou preguiçosa só não quero ficar cansada.

– Desculpa ai.

Nós dois rimos e saímos andando pela rua.Então ele disse:

– Como é a sua sala de aula?

– Bom, não são todos que são amigos.

– Mas nenhuma sala todos são amigos.

– Isso é verdade, mas eu tenho poucas amigas.

– Porque?Você é tão legal, achei que tivesse várias amigas.

– As pessoas da minha sala têm uma personalidade muito forte, sabe?

– Hum, isso quer dizer que elas são patricinhas não é?

Nós rimos e eu disse:

– É mais ou menos isso.

– Não liga para isso Hinata, você tem suas amigas e isso já é muito melhor do que ter pessoas como aquelas sendo amigas se é que se pode chamar aquela gente de “amigas”.

– Pois é. E você?Como é sua sala?

– Ah, tipo, eu fico de boa no meu canto com meus amigos.

– Vocês não têm amigas na sua sala?

– Uma ou duas garotas eu converso, as outras nem olham para mim a não ser para cochicharem algo sobre mim entre elas que me dizem que elas me acham bonito.

– Você é bonito, mas elas devem cochichar o quanto você é irritante!

Nós dois rimos e então ele disse:

– Então você me acha bonito?

– É, você dá pro gasto.

Nós dois rimos e ele disse:

– Você também Hinata.Dá pra gastar muito com você, tem idéia de quanto foi o sorvete?

– Eu falei para você deixar eu pagar.

– Eu estou só brincando.

– Dá próxima eu pago.

– Nem pensar. Eu sou cavalheiro, ou pelo menos estou tentando ser.

Quando notei, estávamos virando na rua da minha casa e paramos bem na casa que estava sendo construída ao lado da minha, então ele disse algo que eu realmente não esperava ouvir:

– É aqui que eu vou morar.Meus pais acham que é um lugar bom pois é perto do colégio e assim poderei ir a pé.Sua casa fica aqui por perto? Eu lembro que você me disse que morava perto da escola.

– Sim, mais perto do que você pensa!

– Aonde?

– Digamos que você será meu vizinho.

– Sua casa é aquela amarela ali?

– Sim!

– Legal!Iremos ser vizinhos, quem sabe assim podemos ir para a escola juntos.

– Sim isso vai ser muito divertido.

Então ele ficou me olhando com uma cara surpresa e ao mesmo tempo muito feliz como se aquela noticia fosse a melhor do mundo. Então eu disse:

– Você quer ir à minha casa?

E ele disse com o tom sarcástico:

– Ta muito longe, estou com preguiça de ir até lá.

Nós rimos então eu disse puxando a mão dele:

– Vem logo!

Minha casa pode se considerar uma típica casa de Los Angeles, porta de vidro na frente com um carpete escrito bem vindo.Entrando era a sala de visitas onde estavam os dois sofás de couro amarelo queimado, piso de madeira clara, uma lareira com várias fotos em cima dela. No canto ao lado da escada havia uma porta que levava a sala de televisão onde havia dois sofás brancos de couro virados para a televisão de LCD grudada na parede e na parede atrás do sofá no canto direito havia uma porta que levava para uma sala de estudos e do outro lado uma escrivaninha onde estava o computador.Subindo a escada na sala de visitas, o segundo andar era uma sala cheia de portas que davam nos quartos.Ele tinha a mesma decoração da sala de visitas e fotos espalhadas por todas as paredes.Na primeira porta á esquerda era o quarto do meu irmão onde basicamente você encontrava o violão dele em cima da cama, milhares de livros no armário embutido e pôsteres de carros tampando o resto de parede que havia no quarto. A porta que ficava em frente à escada dava no banheiro e a porta que ficava atrás da escada, meio que formando um quadrado em volta da escada era a suíte dos meus pais. A porta a esquerda, em frente à porta do quarto do meu irmão era o meu quarto onde estava escrito Hinata com letras rosas em uma porta branca de maçaneta dourada. Então eu disse:

– Vamos entrar?

– Claro.

E assim que eu abri a porta vi um grande clarão e depois tudo apagou. Ouvi um barulho insuportável muito alto e meu despertador acabara de me acordar de mais um sonho maravilhoso (ninguém merece). Bom, estou com sono então já vou dormir. Oyasumi Nasai querido diário.