I Hate Loving You escrita por Iza


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hey guys! :3
Well, obrigada pelos comentários positivos e por estarem tão ansiosos quanto eu pela continuação da história O/. Vocês são demais!



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Percy.

Trabalho até as 19h00 e ao final do expediente eu recebo uma ligação de Thalia, minha prima, perguntando se eu não animava de ir a um bar que havia inaugurado não muito longe da lanchonete em que trabalho. Para ser sincero eu não estava muito a fim de ir, mas acabei concordando, pois tinha esperanças de encontrar a loira de hoje mais cedo. Nunca vi por aqui uma garota como ela. Com isso quero dizer, cabelos tão loiros que me lembravam duma plantação de trigo. Sua pele era tão branca que mais parecia uma boneca de porcelana, muito diferente das meninas que vivem por aqui, afinal, a grande maioria é bronzeada. Seu rosto delicado como o de uma princesa e seu corpo escultural. No entanto, o que mais me chamou atenção além de suas botas, foram seus olhos tempestuosos que até então não deixavam minha mente em paz. E tenho certeza que é por esse motivo que a mesma despertou minha atenção. Mesmo sabendo que as chances de encontrá-la eram de uma em um milhão, a esperança é a última que morre, não?

Fui para o bar com a roupa que usei no trabalho – que hoje não está com o costumeiro cheiro de gordura que só eu costumo sentir, pois todos dizem que não importa onde eu esteja o meu perfume é, e sempre será o cheiro de maresia.

Quando chego ao local, avisto Thalia de longe. Ela está sozinha, e a fila está enorme.

– Priminho! – Thalia me abraça e eu retribuo. – Você e esse seu cheiro insuportável de quem acaba de sair do mar. – Ela arqueja se afastando.

– Se você não fosse minha prima, eu juro que te pegava! – Digo me afastando um pouco mais para vê-la melhor. Seus olhos estavam carregados de maquiagem preta, mas isso combina com ela já que seus olhos são azuis elétricos. Seu cabelo na altura dos seios, repicados, lisos e pretos. Um vestido preto, jaqueta jeans azul escura e uma botinha também na cor preta.

– Idiota! – Ela sorri e desfere um soco em meu ombro. – Você não está nada mal também.

– Obrigado. – Pisco para ela – agora vamos para um assunto sério... Como vamos entrar aí? A fila está enorme.

Thalia sorri de canto e aponta para um cartaz que está escrito “Noite do casal, arrume seu par e entre na faixa. Ps: Casais não pegam fila”. Olho para ela e entendo perfeitamente o que minha prima pretende.

– Vamos chuchuzinho da minha vida! – Estendo o braço para ela.

– Percy, não fode. – Diz a morena me fazendo soltar uma gargalhada, e em seguida segura meu braço.

Sim, nós conseguimos entrar no bar na faixa e sem pegar fila. O resto da noite foi entre muitas bebidas, danças, música alta, fumaça e luzes. Por volta das 4h00 eu comecei a me sentir meio tonto e só pude agradecer a todos os deuses pelo fato de não precisar trabalhar no dia seguinte. Procurei Thalia apenas para me despedir, disse que era pra ela ter juízo e voltei caminhando para casa.

Chego em casa extremamente cansado. Percebo que meu pai já está dormindo e decido não incomodá-lo. Subo direto para o meu quarto e ainda meio zonzo abro a porta devagar e retiro a bermuda, camiseta e os tênis. Jogo-me na primeira cama que vejo, e minha surpresa não poderia ter sido maior quando algo, ou melhor, alguém me empurra para fora dela.

Ascendo a luz do quarto, e a garota loira me encara. Ela está usando apenas um camisetão, e na pressa tenta se cobrir a todo custo antes que eu veja coisas que ela prefere manter em segredo, mas que eu certamente não me importaria de descobrir.

– Priscila?!/Rodrigo?! – Entoamos em uníssono.

Esfrego os olhos e tento assimilar melhor a situação. Eu havia procurado ela durante a noite inteira, e, no entanto ela já estava no meu quarto... Mas o que diabos ela estava fazendo ali?

Antes que eu pudesse concluir meus pensamentos, um cachorro invadiu o quarto e começou a rosnar para mim.

– Elvis! – Disse Priscila – vem cá garoto!

O grande Golden Retriever pula em cima dela, vira a cabeça para o lado e continua a me encarar.

– Mas que barulheira é essa aqui? – Meu pai entra no quarto coçando os olhos. – Percy meu filho, que bom que você chegou.

– Percy? – A loira pergunta – mas não era Rodrigo?

– Quem é Rodrigo?... Ah, deixa para lá, não quero saber. – Disse meu pai – Annabeth este é o meu filho Percy.

– Annabeth? – Dessa vez sou eu quem questiona.

– Sim meu filho! Você não se lembra de que eu avisei que Atena e a filha dela viriam morar conosco? Pois então... Elas chegaram hoje.

– Ah... – É tudo o que eu consigo dizer, pois estou desnorteado demais com aquela confusão toda. Todos nós permanecemos mudos por alguns instantes, até que meu pai volta a falar.

– Vejo que vocês dois estão confusos com alguma coisa, mas prefiro não saber o que é. – Ele diz sorrindo. – Mas se vocês quiserem, por esta noite eu divido o quarto com Percy e Annabeth fica com sua mãe.

Tenho vontade de dizer alguma coisa para impedir que ela vá para o quarto da mãe dela, afinal, depois de tanta conversa na lanchonete – a qual eu havia mentido como nunca, e pelo visto ela também – nós precisávamos de um diálogo verdadeiro e sincero.

– Não é necessário Poseidon. – Priscila... Ou melhor, Annabeth toma a palavra – Percy e eu nos encontramos na lanchonete aqui da esquina e conversamos por um tempo... Ambos não imaginávamos que ele era ele, e eu era eu. – Ela sorriu – mas não foi nada demais, está tudo bem, pode voltar a dormir.

Meu pai se deu por convencido e disse que qualquer problema era só chamá-lo, olhou para mim e disse “juízo” e por fim me deixou a sós com a loira e o cachorro.

– Rodrigo não é? – Ela me fita com o olhar divertido. E como se fosse impossível ficar mais linda, ela morde os lábios enquanto corre os olhos rapidamente por meu corpo.

– Ei! – Digo apagando a luz e me deitando na cama certa – todo herói tem uma identidade falsa. – Sorrio. – Não é Priscila?

– Claro herói. – Ouço sua voz um pouco rouca e extremamente sexy ecoar no quarto. – Mas nós precisamos conversar... Quero dizer, precisamos contar sobre os verdadeiros fatos.

– Tudo bem. – Digo e sorrio involuntariamente. – Podemos deixar para amanhã?

– Ok. – Ela diz. – Mas amanhã é o último dia de férias, temos que fazer alguma coisa também.

– Ok. – Respondo.

Então fecho os olhos, e concluo que nunca dormi tão bem em noite alguma.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado, grande beijo e até o próximo! XD