Eu estava no mesmo tédio de sempre e todo mundo discutia sobre o aparecimento surpresa de Lord Voldemort, era melhor ignorar aquele assunto afinal se ele aparecesse não teria como detê-lo imediatamente, então eu preferia manter a calma devido aos sábios conselhos de Dumbledore, a única coisa com que eu realmente me importava no momento era o que eu estava sentindo ao me aproximar de Draco.

Ele estava sempre com sua feição esnobe e seus olhos raivosos pelos corredores da escola, mas algo em seu jeito parecia forçado, ele parecia preocupado com as situações recorrentes em Hogwarts me paralisei no corredor ao sentir seu corpo frio irradiar por entre minhas roupas atingindo minha pele, todo meu corpo se eriçou só com aquele distante contato.

Draco: O que foi Potter? – Draco disse ao me ver vidrado em seu corpo.

Harry: O que foi? – eu perguntei voltando para a Terra novamente.

Draco: Só saia do caminho Potter – ele disse topando comigo e saindo.

Seu ombro estava rígido e suas palavras falharam ao tentar empregar o desprezo e seus olhos ao tentar me olhar com superioridade, ele seguiu apressado pelos corredores e antes que eu pudesse controlar meu corpo ele estava se movendo para perto de Malfoy. Segui ele até um corredor deserto e o vi entrar em uma sala, portanto fui devagar para não ser notado e entrei cuidadosamente.

Harry: Draco? – perguntei e um eco se estendeu pela sala inabitada e repleta de velharias.

Não tive resposta, mas pude ouvir o som de lágrimas tentando se conter e me guiei até as costas de um monumento e lá estava ele com seus olhos avermelhados e sua pele pálida estava rósea seu reflexo foi tentar enxuga-las, mas eu segurei sua mão.

Harry: Chorar é bom, lava a alma não devia se conter.

Draco: Só não me toque – ele disse com falha na voz e puxou seu braço da minha mão.

Harry: Não vou – eu disse me sentando ao seu lado e encostado meu dorso na estatua – você tá preocupado né?

Draco: Quem disse? – sua voz já parecia estável.

Harry: Você – eu disse apontando seus olhos molhados.

Draco: Não te interessa Potter, só vá embora.

Harry: Não, embora você não queira que eu fique eu vou ficar não é bom chorar sozinho é preciso desabafar.

Draco: Está me sugerindo você? – ele gargalhou ironicamente.

Harry: Exatamente eu estou a todo ouvido.

Draco: Não mesmo – ele se levantou e eu fui atrás dele.

Draco: Para de me seguir – disse virando para me encarar.

Eu me aproximei e pisei em uma das tralhas no chão meu corpo se impulsionou para frente e parou por cima do de Malfoy, que permaneceu imóvel e com a respiração acelerada. Minhas mãos se apoiavam no chão e o prendiam ali junto do meu corpo.

Draco: Me deixe sair – ele disse sem se mover.

Harry: Parece que você não quer sair.

Ele engoliu em seco suas palavras e olhou dentro dos meus olhos, eu sorri timidamente e me aproximei ele sequer tentou me parar, portanto quanto mais eu me aproximava mais eu sentia sua pele pálida pressionar a minha. Eu umedeci meus lábios com a língua e fiz nosso lábios se encontrarem sua boca que estava seca agora parecia suculenta e sua língua apetitosa, ele passou a mão por minhas costas e se atreveu um pouco mais acariciando meus cabelos e mordiscando meus lábios.

Voz: Malfoy.

Assim que ouvimos uma voz nos dispersamos e ficamos de pé, esfregamos nossos lábios para tapar as marcas vorazes do beijo e olhando para a porta vi Snape se aproximando.

Harry: Professor Snape como vai? – eu disse ironicamente o que arrancou um sorriso de canto de boca de Malfoy.

Snape: Dispensando ironias, Malfoy venha comigo imediatamente e, por favor, contenha seu riso.

Malfoy o seguiu com a mão na boca e me olhou de lado com um rosto expressivo e pela primeira vez simpático. Segui boquiaberto pelos corredores e só acordei quando alguém puxou meu braço.

Hermione: Anda Harry é aula do Snape agora – ela agarrou meu pulso e me guiou como um boneco.

Quando resolvi ficar atento percebi que as salas de aula tinham passado e aquele era um jardim isolado da escola, só se povoava nas aulas de herbologia.

Harry: O que estamos fazendo aqui?

Hermione: Imaginei que devesse parar de agir como uma simples amiga.

A olhei com os olhos arregalados e não pude conter meus impulsos meus olhos percorreram seus cabelos sedosos e castanhos, segui para seus seios voluptuosos e enfim admirei as curvas da sua cintura de mulher, eu nunca a tinha olhado assim ela era perfeita e só agora eu via que ela cresceu.

Harry: Não é certo e você sabe.

Hermione: Sei que também gosta dele Harry e respeito isso, mas não vou abrir mão de você.

Harry: Dele?

Hermione: Malfoy, acredite tenho percebido isso há muito tempo e hoje vi que algo mexeu com você e resolvi tomar meu posto ao seu lado.

Harry: Olha eu tenho um gosto confuso, agora olhando para você e seu corpo eu... – contive as palavras antes de dizer algo do tipo me seduziu.

Hermione: Não importa só me sinta Harry.

Ela passou suas mãos por todo o meu braço e em um ato encostou seus seios nele, uma de suas mãos deslizou pela minha cintura e me puxou para seu corpo meus braços abrigaram-no involuntariamente e eu a beijei com voracidade e desejo meus lábios desceram para o seu pescoço e ela arfou.

Hermione: Não pare.

Eu não estava em mim naquele momento e parecia não querer estar, levei minha mão para dentro de sua blusa e pude envolver seu seio por cima de suas roupas íntimas, ela enfiou as unhas nas minhas costas por dentro da roupa e com seu toque eu senti a pele pálida de Malfoy me penetrar e me afastei bruscamente e lhe fitei nos olhos.

Hermione: O que houve? – disse surpresa.

Harry: Seria errado estar com você imaginando outra pessoa.

Hermione: Eu queria que algo acontecesse vim aqui esperando conseguir, mas algo não deixa, porque gosta tanto dele?

Harry: É por isso, quando se ama não se há uma explicação lúcida para esse sentimento.

Hermione: Eu já desconfiava.

Harry: Sinto muito, você é minha melhor amiga e o Rony meu melhor amigo, ele gosta de você.

Hermione: Rony? Ele sequer tenta algo.

Harry: Ele não tem oportunidades.

Voltei meu corpo para o corredor e a deixei lá pensativa, segui a passos largos em busca de Malfoy e o vi recostado em uma parede. Me aproximei rapidamente e toquei seu ombro ele se virou e me olhou afoito.

Draco: Potter eu não posso falar agora.

Ele ia sair e segurei seu pulso.

Harry: Não tente negar o que aconteceu.

Draco: Não estou negando só evitando que se repita.

Harry: Você não tem que evitar o que sente aqui – eu disse pousando minha mão em seu peitoral.

Draco: Você não devia me tentar Harry.

Harry: É a primeira vez que me chama de Harry, também fica ofegante quando me vê posso sentir.

Draco: Talvez sim, mas não quero ser mal visto nessa merda de escola.

Harry: Não devia se importar tanto com os outros devia se importar mais com você.

Draco: Estou tentando mudar – ele disse e colocou sua mão por cima da minha.

Harry: Só venha comigo.

Eu o puxei pelos corredores evitando outros alunos e consegui leva-lo até um dormitório inabitado, portanto entramos.

Draco: O que quer fazer comigo Harry? Porque me trouxe aqui?

Harry: O que quero já devia imaginar e é por isso que te trouxe aqui, podemos evitar os outros alunos aqui – eu me aproximei.

Draco: Harry nós não devíamos.

Harry: A tanta coisa que não devia acontecer, mas acontece.

Eu me levei até seu corpo e envolvi sua cintura ele me beijou com carinho e eu retribui, senti seus lábios explorarem meu pescoço e suas mãos meu corpo. Eu esperava que aquele pequeno momento finito fosse eterno, e de alguma forma seria, afinal nós sempre mantemos boas lembranças no calor do coração. Draco estava ofegante e em um movimento repentino se soltou dos meus braços e correu na imensa escuridão inabitada, pela qual não pude se quer ouvir seus passos.

Talvez tenha sido demais para ambos, foi tudo como um choque, mas um bom choque. Decidi não segui-lo naquela noite ele precisava organizar o turbilhão de desejos que se ascenderam a cada toque e assimilar como tinha sido, falei para mim mesmo que tudo bem, uma hora o assunto voltaria e conversas e contatos seriam inevitáveis...