A noite ainda estava em alto naquele dia, ainda mais em uma casa noturna. Apesar de aquele local ser um clube muito frequentado, no momento a musica estava baixa e os clientes não estavam animados, estavam concentrados. Poucas vozes se pronunciavam, uma falava com certa raiva e tom de autoridade se misturando com a musica, e outros falavam tímidos, medo ou respeito?

– Me desculpa, Senhora, a culpa não foi nossa. – Um garoto alto, de cabelos morenos que nunca tirava seus óculos escuros perdia perdão. Ele usava uma jaqueta de couro escuro, uma camiseta marrom que se confundia com o preto e calças que não eram largas, mas ficam devido ao fato dele ser “magrão”.

– Mas é claro que não é culpa de vocês. – A mulher apesar de mais velha que a maioria dos jovens adolescentes que estavam a sua volta, ela era mais bela do que qualquer fêmea ali presente. A loira se levanta e desfila até o centro da multidão, todos estão praticamente de preto e roupas escuras,apenas algumas bandanas e faixas coloridas no figurino dos jovens, mas ela usava apenas branco, dando ênfase ao seu nome, Rainha Branca. – Vocês não tiveram culpa nem no incêndio que destruiu o deposito da policia de São Francisco. – Ela põem as mãos na boca e sua expressão é de surpresa. – Oh, mas era esse o objetivo de vocês, essa era a ordem, mas outros fizeram isso.

Um garoto um pouco mais velho que Scott sai do fundo da multidão, com uma cerveja na mão se para na frente dos garotos que foram mandados para atacar o deposito. – Mas os mutantes que colocaram fogo lá eles queriam atrapalhar. Estavam tentando impedir o que eles iam fazer. – O jovem que se chama Satânico aponta para seus amigos com a boca da garrafa.

Emma da uns passos até Satânico e fica a poucos centímetros do garoto, se fosse outro já estaria tremendo de medo da telepata, mas ele não esta com medo. – E como eles descobriram o nosso plano da noite?

O jovem marrento arqueia uma de suas sobrancelhas e forma um sorriso sínico nos lábios. – Você já soube assim que leu a minha mente, querida.

A face da telepata fica rígida e séria, depois de segurar o ar ela solta e suspira fundo e da um passo para o lado. Em um instante seu corpo esta em forma de diamante, uma das coisas mais bela da natureza em forma de mulher que reflete as luzes da boate, deixam o corpo da mesma brilhante. Rapidamente sua mão aparece envolta do pescoço daquele que não tira os óculos de sol nem mesmo quando não tem sol. Ela ri com seu sorriso cheio de quilates e retira o óculos dele e uma rajada vermelha voa em direção dela. Ela gargalha, ela não sente a dor e nem o impulso que deveria, a rajada ótica do garoto é como um raio solar da manhã, mas alguns feixes do poder do moreno reflete e voa pela casa noturna. Os outros mutantes ali presentes correm se desviando das rajadas. Mesmo sem poder usar a sua telepatia, Emma consegue sentir o medo deles, e principalmente enxerga Scott Summers tremendo de medo da mulher. – Por que eles estavam atrás de você?

O mutante tenta falar, mas gagueja por ela estar o sufocando. Ela frouxa seus dedos de diamante e o garoto respira fundo – Eu não sei, realmente não sei senhora.

Ela põem novamente o óculos nele e as rajadas param, ela sai da forma de diamante e lê a mente dele. Ela se vira de costas para ele e sobe os degraus atrás dela, ficando a vista de todos. – Mutantes agem contra mutantes são traidores da própria espécie. E como tratamos traidores?

Um caro alto e forte responde a pergunta – Traidores devem morrer minha Rainha.

– Eu quero a garota de cabelos verdes, os outros matem-os, meus cavaleiros negros. – Após dar as ordens, a multidão de mutantes grita e se agita, mas acima de tudo cantam em coro o seu nome, Rainha Branca.

Aquela noite na afiliar do Clube do Inferno em São Francisco foi de comemoração, treinamento e alguns grupos de mutantes já saíram cidade a fora à procura dos mutantes, mesmo estando bêbados.