Summers Brothers (Hiatus) escrita por Vine Azalea


Capítulo 25
Real prison


Notas iniciais do capítulo

Depois de um mês aqui estou eu, postando um novo capítulo. Quero pedir desculpas pela demora e pelo fato de poucos personagens terem grandes participações nesse capítulo, mas espero que gostem mesmo assim.



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Deixei Lorna ferida sob os cuidados de Piotr com o coração na mão, mas se eu não encontrar o Rei das Sombras e matá-lo, todos estarão mortos. Me guiei pelos corredores com a mão, tocando as paredes, pois a escuridão continuava e eu sabia que não adiantaria procurar uma lanterna ou uma vela. Aquela escuridão estava na nossa mente, era o modo do inimigo nos deixar mais vulneráveis. Enquanto caminhava no escuro eu comecei a lembrar do passado, antes mesmo de eu saber que era mutante, antes de ocorrer o acidente com a minha família. Era uma época em que éramos unidos, meu pai, minha mãe, eu e meu irmão. Sai do transe em que fiquei com as memórias quando escutei um choro de bebê. Um bebê aqui? Deveria ser coisa da minha cabeça, estava enlouquecendo. Porém aquele choro continuou. Esmurrei a parede com a minha cabeça, aquele som era irritante. Foi então que notei que aquele choro era familiar. Era idêntico ao choro do Scott quando criança. Ele sempre chorava quando eu aprontava e ele levava a culpa.

Quando percebi isso saí correndo perseguindo o som, mesmo sabendo que não iria encontrar Scott criança. Entrei no quarto de onde vinha o som e mesmo sem claridade eu conseguia vê-lo. Sammy estava sentado na cama com um sorriso diabólico. Meu corpo estremeceu de raiva e eu sai correndo em sua direção, com o punho cerrado pronto para socá-lo. Porém antes de acertá-lo eu acabei no chão, com aquela coisa em cima de mim. Senti meu rosto doer agudamente enquanto o Rei das Sombras me batia. Dei uma joelhada no seu abdômen e o derrubei para trás. Arrastei-me pelo chão atrás dele, até que montei em cima do garoto e agarrei seu pescoço com minhas mãos. – Eu vou acabar com você, seu desgraçado. – gritava enquanto apertava com força os meus dedos contra o pescoço dele. O fato de ver o rosto de Sammy me incomodava, mas eu sabia que por dentro era Amahl Farouk.

A vida daquele ser parecia estar se esvaindo e eu continuava a apertar o seu pescoço, cada vez com mais força,com mais raiva. O verdadeiro rosto do Rei aparecer, como se estivesse saindo do corpo do jovem mutantes. Aquela face era diabólica e horripilante. Depois do rosto dele sair do corpo de Samuel, surgiu um braço que veio em direção a minha cabeça. No mesmo instante eu senti uma pontada aguda e poderosa em minha mente que me fez soltar minhas mãos. Caí no chão gemendo de dor enquanto assistia o canalha recuperar o ar e se levantar. Assim que pode ficar em pé ele começou a me chutar, acertando meus membros, peitoral e abdômen. Aquilo fez meus gemidos aumentarem e se tornarem quase que gritos agonizantes. Consegui enxergar o seu pé vindo em minha direção e acertar o meu nariz. Primeiramente senti uma pequena ardência, que foi abrindo espaço para uma dor enorme. E então ele se preparou para me acertar novamente, mas algo surgiu as suas costas e ele caiu no chão. A dor que eu sentia era tanto que eu continuei ali deitado no chão, até tudo se apagar.

Jean Grey

Tudo aconteceu tão rápido. Ameaças, um tiro, escuridão. Quando tudo ficou escuro eu saí correndo, por sorte eu ainda me lembrava de onde ficava a porta e logo encontrei as escadas. Sem os meus poderes eu sabia que a melhor opção era fugir e me esconder. E foi isso o que eu fiz, me escondi em dos quartos dos andares superiores. Lá pelas tantas eu comecei a ouvir algumas falas, mas pensei que poderia ser o Rei das Sombras tentando me enganar e então permaneci onde estava escondida, atrás de uma cama olhando fixamente para a porta mesmo que não enxergasse muita coisa. Depois de um tempo comecei a escutar gemidos fortes, como se alguém estivesse se machucando para valer. Não podia ficar ali escondida, pois ao mesmo tempo que poderia ser um truque, poderia ser real.

Rolei por cima da cama e peguei um abajur que estava em cima de um criado-mudo ao lado da cama. Me aproximei da porta e percebi que os gemidos eram próximo. Abri a porta e caminhei com passos curtos para o corredor. Seja lá o que estava acontecendo, era no quarto bem a minha frente. A porta estava aberta e eu entrei silenciosamente. Mesmo no escuro a face de peixe do Sammy era perceptível. No chão próximo a ele tinha alguém deitado que recebia golpes um atrás do outro. Tive vontade de gritar e xingar aquela criatura, mas sabia o que precisava fazer. Fui cautelosamente andando em sua direção, com as costas grudadas na parede, ficando atrás de Amahl. Assim que estava bem próxima a suas costas eu me joguei para frente e o acertei na cabeça com o abajur. Ele caiu para o lado e ficou jogado no chão.

Como se um gerador fosse acionado, as luzes voltaram a se acender e eu vi quem estava apanhando para o Rei das Sombras. Era Alex e ele estava desacordado. “Se a escuridão se foi, meus poderes...” Pensei comigo mesma e encarei Sammy. Ele começou a abrir os olhos e ficou espantado ao me ver.

– Seu desgraçado filho da p...! – Disse de forma gentil, como se fosse algum elogio.

Sentei em cima dele e segurei a sua cabeça. Comecei a me concentrar de uma forma que nunca fiz, focando todo o meu poder na mente daquele ser. Eu o enxerguei. Vi o Amhal Farouk em sua verdadeira forma e para minha surpresa ele parecia com medo. Notei que eu estava gritando enquanto concentrava o meu poder nele. Os orifícios da face de Samuel, olhos, narinas e ouvidos começaram a sangrar e ele também gritava.

– Criança, você não pode me matar, eu existo há muito tempo. Não será você que irá acabar com a minha existência. – Ele disse em minha mente.

– Mas parece que você está sentindo alguma coisa, não é mesmo? – Forcei ainda mais minha telepatia que meus nariz começou a sangrar, porém pareceu sortir efeito, pois ele gritou de dor.

Só que eu não estava apenas atacando-o. Desde o inicio eu sabia que não haveria como eu matá-lo. Estava fazendo outra coisa. Estava projetando uma prisão no plano astral. Quando o Rei das Sombras falou que eu não poderia tirar ele do corpo de Sammy eu comecei a tentar essa alternativa, erguer barreiras psíquicas, porém de níveis tão baixos que ele não sentiria, afinal está acostumado com poderes imensos. E como ele mesmo diz, eu sou uma criança, fraca, e para que fizesse algo que possa contê-lo teria que criar várias barreiras e era isso que eu estava fazendo a um bom tempo. Quando ele bloqueou nossos poderes é claro que eu não pude mais continuar com isso, mas assim que eles voltaram eu passei a investir fundo. Usando o máximo dos meus poderes para criar uma prisão com capacidade para suportá-lo. Depois de longos minutos de esforço, Amhal parou de gritar. Ficou apenas respirando e piscando no corpo de Sammy.Eu estava tão exausta que comecei a cair para trás, mas alguém me segurou por trás.

Abri os olhos e vi todo mundo a minha volta. Alex já estava acordado. Em um canto vi Lorna e Jubileu com curativos, porém pareciam bem. Todo mundo parecia bem, menos Sammy. Ele estava deitado na cama, de olhos abertos, mas parecia dormindo.

– Ele está assim a um bom tempo. O que você fez? – Piotr se aproximou de mim e me perguntou.

– Tranquei o Rei das Sombras na mente do Sammy. Me desculpem, mas foi a única maneira que encontrei para resolver as coisas.

– Está tudo bem, você fez o que foi preciso. Agora vai ficar tudo bem. – Alex me consolou.

– Não. – Pietro interviu, ele estava abraçado a sua namorada. – Ainda não vai ficar tudo bem, não até acabarmos com a Rainha.


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Notas finais do capítulo

Estão sentindo que a fic está chegando ao fim? Espero que ninguém tenha parado de acompanhar principalmente agora que está na reta final.



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