Escuridão do passado escrita por Queen T


Capítulo 32
Capítulo- 32


Notas iniciais do capítulo

Oii povoo!!
Vim mais cedo. Não estava aguentando esperar... =D
Até lá embaixo
Boa leitura!!



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–Posso ajudá-la? –O garoto perguntou indiferente.

Sério que ele não percebeu nada?

–Ahm... estou procurando o Andrew. –digo saindo do transe.

–Ele está trabalhando neste momento. Só volta daqui duas horas.

–Posso esperar? É que eu vim de muito longe, e eu gostaria muito de poder vê-lo.

–Quem é você? –ele estranha.

–Sou Rauany.

Ele fica em silêncio por alguns segundos.

–Entre. –ele diz abrindo a porta por completo.

–Obrigada!

O apartamento era moderno, bonito e aconchegante.

–Bonito lar. –elogio.

–Obrigada! Venha, sente-se.

Ele indicou o sofá.

E assim fiz. Sentei-me com muito cuidado.

–Você é filho dele, não? –perguntei.

–Sim, sou.

–Ele tem mais algum?

–Não. Sou filho único.

–Sua mãe mora aqui com vocês? –perguntei mesmo sabendo a resposta.

–Não. Não tenho mãe. Ela morreu quando eu nasci.

–Quem disse isso? –espantei-me.

–Ah, meu pai.

Assenti. Ele não sabe nada da mãe.

–Quantos anos têm? –fiquei curiosa em saber quem era mais velho.

–Treze.

Minha boca formou um perfeito “O”.

Então quer dizer que éramos... Gêmeos.

–O que foi? –ele se preocupou.

–Ah, nada.

–E você?

–Eu? –fiquei confusa.

–Tem quantos anos?

–Treze também.

–Hm...

–Então... –estava preparada para fazer mais alguma pergunta, quando ele interrompeu com outra.

–Esclarece logo. Quem é você?

–Eu não posso dizer agora. Por favor, espere seu pai chegar. –mantive-me calma.

–Como assim não pode dizer agora? Eu abri a porta para uma completa estranha. E você me vem com esse papinho?

–Desculpe, mas você não entenderia.

Ele respirou fundo.

Enquanto o silêncio baixava naquele local, eu o observava. Nós éramos a cópia um do outro. Claro que muita gente iria deixar isso passar despercebido. Como ele deixou. O que nos diferenciava era o fato de ele ser garoto. Ah, e também a cor da pele e dos olhos. Como também o cabelo. O dele era cortado curto, e dava para ver que o que segurava para cima era o gel.

–Você está bem? –ele perguntou.

–Por quê?

–Está pálida.

Gargalhei. E ele olhou-me como se eu fosse uma louca.

Recompus-me.

–Sou assim mesmo.

Ele semicerrou os olhos.

–Você é estranha. –acusou.

–Muito bem observado.

–De onde você veio?

–Do Estados Unidos da America. Para ser mais especifica, Forks. Uma pequena cidade chuvosa do estado de Washington.

Ele nada falou. Apenas observava-me de olhos arregalados.

–Ahm... Vou ali. –ele disse meio desconcertado. –Já volto.

Ele levantou-se de sua poltrona e seguiu para o corredor, sumindo para um dos quartos. O corredor era grande, e lá havia cinco portas.

Concentrei-me em todos os barulhos que ele fazia. Ele estava ligando para alguém.

Depois de três toques, alguém atendeu.

–Pai. –o garoto se apressou em dizer.

–Oi, filho.

–Tem uma garota no nosso apartamento. Ela é meio estranha. Disse que veio do Estados Unidos.

Abafei um riso.

–O que ela está fazendo aí?

–Sei lá. Disse que precisava falar com o senhor.

–Tudo bem. Vou pedir para sair mais cedo daqui. Já estou indo.

–Ta, tchau.

E em poucos instantes, o garoto estava de volta.

–Você quer alguma coisa? –ele perguntou. –Ta com sede?

–Não. Obrigada!

Se eu te contasse que ficamos mais de meia hora em silêncio apenas assistindo televisão, você acreditaria? Bom, acredite. Não trocamos mais nenhuma palavra. Até que ouvi o barulho de alguém destrancando a porta.

Acredite ou não, eu estava em completo nervosismo. Era agora. Chegou a hora da verdade.

Parecia que tudo estava acontecendo em câmera lenta. A porta ia sendo aberta lentamente, até que Andrew colocou um pé para dentro do apartamento. Não, eu não o vi ainda. Tudo o que eu via era um sapa tênis preto. E quando ele pôs o segundo pé, pude vê-lo.

Eu parei de respirar.

Era alto, corpo atlético, cabelos escuros, olhos verdes como do meu irmão, e o queixo era de um formato quadrangular.

Apesar de algumas semelhanças, meu irmão e eu éramos mais parecidos com nossa mãe.

Pus-me de pé.

Ele cumprimentou o garoto.

–Oi, Luke.

Depois caminhou até mim.

–Olá! –falou.

–Ahm... oi.

–Soube que queria falar comigo.

–Sim. –eu começaria a falar, mas eu não estava muito a vontade para falar logo de cara que eu era sua filha, com meu irmão ao lado. Pior. Ele nem sabia que era meu irmão.

Eu pediria para falar a sós com ele, mas o fato era que eu não estava preparada para dizer nada. Não estava preparada para esclarecer quem eu era. Será que eu estava sendo burra demais? Acho que não. Não é qualquer um que tem essa coragem.

–Pode falar. Você quer beber alguma coisa? Café, chá ou refrigerante?

–Não. Não.

Andrew já havia se sentado no sofá de cor bege, que eu estava a pouco.

Bella disse que ele tinha trinta e um anos de idade. Mas sua aparência parecia gritar vinte e quatro.

Soltei o ar que até agora segurava. E então notei que o homem vestido de terno olhava de mim para o meu suposto irmão.

Ele franziu o cenho e finalmente parou seu olhar em apenas um ponto. O meu rosto.

Era provável que ele notou certa semelhança.

–Venha. Sente-se. –chamou.

Eu não saia do lugar. Parecia de meus pés foram colados no chão com cola permanente.

Eu sabia que só precisava de uma coisa. Então eu falei:

–Eu preciso pegar um ar.

E saí do apartamento.

Ali do lado de fora, eu pude respirar melhor. Não que eu precisasse, mas alguma hora eu teria que fazê-lo.

Chamei o elevador, e quando ele chegou, entrei. A porta já estava fechando, quando um pé calçando um all star, impediu. A porta tornou a abrir.

Luke estava vestido de uma blusa fina cinza, de manga comprida. Uma calça jeans azul escuro. E carregava um skate ao lado do corpo.

–Vou praticar um pouco. –ele explicou-se.

Ele entrou no elevador.

Enquanto estávamos sozinhos lá dentro, Luke cantarolava alguma música totalmente desconhecida por mim.

Finalmente o elevador abriu as portas.

Luke me acompanhou até a saída do prédio.

Ao alcançarmos à calçada, Luke teve uma idéia.

–Quer que eu lhe acompanhe a um passeio pela cidade? É sua primeira vez aqui, não?

–Sim. –menti.

O que ele não sabia era que eu morava aqui com nossa mãe.

–Então. Não gostaria de conhecer? Posso te apresentar alguns pontos turísticos.

–Não precisa ser gentil, Luke.

–Não estou sendo. Eu quero isso, Rauany. –pude perceber que ele foi sincero.

–Tudo bem. Mas me faça um favor. –pedi.

–O que?

–Me chame de Any.


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Notas finais do capítulo

Comentem o capítulo!! Quem sabe assim eu fique mais animada para postar mais rápido...
Beijão, até o próximo!



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