Sólo Una De Ellas escrita por Bia Rodrigues


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Hey! Comemoram comigo porque as férias estão chegando hauehaue Sério, eu estava implorando pelas minhas férias, e bom, agora não irei demorar tanto para postar hehe Quero agradecer aos comentários, eu tenho ficado muito feliz com eles :D

Bueno, o capítulo não está tão grande, mas de qualquer forma eu espero que gostem :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/518957/chapter/13

O som de choros começou bem cedo, na hora do café da manhã, assim que pus meus pés para fora do quarto pude ouvir um barulho de rodinhas se arrastando, e isso só podia corresponder a uma coisa.

–Leon falou com elas ontem. –Ludmila começou a dizer. –Vão todas para casa.

–Quando selecionadas foram mandadas embora, dessa vez? –Perguntei. Havia passo uma semana e meia desde o último acontecimento com os rebeldes, essa era a segunda eliminação nessa uma semana meia.

–Não sei ao certo, mas com certeza é mais de uma. –Na eliminação anterior ele havia mandado cinco garotas para casa, o que causou um grande espanto em todos.

Quando chegamos à sala onde ocorria o café, que normalmente era bem barulhenta, pois todos conversavam, estava tudo silencioso, acho que todas estavam meio curiosas.

–Bom dia. –Leon falou ao entrar, ele estava com uma péssima aparência, sua face demonstrava o cansaço, que era acompanhado por olheiras profundas, destacando os olhos esmeraldas.

–Bom dia príncipe, Leon. –Ouviu-se um uníssono de selecionadas.

Eu e ele mantivemos a amizade, mas apenas isso, porém estávamos meio distantes. Havíamos tido uma conversa depois que Leon saiu correndo da mãe no dia do último ataque dos rebeldes, a verdade é que ninguém havia entendido nada, e ele não fez muito questão de explicar...

Flashback On

–Leon. –Eu o procurava no jardim, já estava tarde, e um dos guardas havia me dito que Leon estava por ali, mas ali aonde?

–Leon. –Falei um pouco mais alto, pela décima vez. Ou ele não estava me ouvindo, ou ele estava me fazendo de trouxa, me ignorando.

–Que droga, Leon. Cadê você? –Comecei a olhar para a floresta que tinha bem no fim do jardim, eu havia andado muito até chegar ali, e eu não entraria na floresta em plena madrugada, para ser sincera eu não entraria ali nem que estivesse de dia.

Desistindo de procura-lo, eu me virei para ir embora. Tinha percorrido aquele jardim inteiro, e nenhum sinal dele. Ouvi alguns galhos fazendo barulho, me virei em um pulo, presumindo que fosse Leon.

–Violetta?

–Até que enfim. –Murmurei indo até Leon. Não sei por que, mas meu primeiro impulso foi abraça-lo, talvez minha mente quisesse ter certeza que ele realmente estava bem, e que aquilo não era apenas uma ilusão.

–O que houve? –Ele perguntou estranhando meu comportamento.

–Eu..eu..eu só queria saber se você estava bem. –Sussurrei, vi que ele sorriu timidamente, um sorrido fraco, com dor. –Acho que já sei minha resposta.

–Eu estou bem. –Ele murmurou segurando em minhas mãos, mas não foi sincero, ele nem tentou mentir bem.

–Pode me dizer a verdade. –Falei, acariciando seu rosto abatido, ele fechou os olhos, sentindo a carícia. Continuamos envolvidos por um tempo, até ele começar a se manifestar. Acariciando minha cintura, e bem devagar me puxando para mais perto, só abriu os olhos para me fitar, querendo saber como eu estava reagindo.

–Leon...-Murmurei, quando ele já estava com os lábios quase selados aos meus. –Leon, eu não posso.

Vi ele suspirar, bem pesadamente, e levar a mão que até então estava em minha cintura a sua nuca. Ele até tentou se afastar, mas a mão que estava em seu rosto não permitiu, não queria que ele se afastasse.

–Desculpe. –Falou, tudo não passava de sussurros.

–Não eu que...

–Você falou que quer apenas a minha amizade, e eu não soube respeitar isso. Por isso me desculpe.

Ele estava certo, eu havia pedido apenas a amizade, pois ainda não sabia se queria ou não me envolver com ele, ainda não sei se quero. Mas uma coisa era certa, ele me atraía, não só pelo fato de ser bonito, tudo nele me atraía.

–Eu estive pensando. –Comentou, sem reclamar da minha carícia em seu rosto. –Vou manter você aqui até a Elite.

Minha boca formou um perfeito O quando ele disse isso. A Elite era como se fosse uma final, quando restavam apenas seis garotas na seleção, isso era a Elite.

–Leon, você não pode fazer isso.

–Posso. –Ele falou, dando risada. Tecnicamente ele podia, pois era ele quem escolhia que ficava ali. –Você só quer a minha amizade, eu sei. Mas mesmo assim quero você aqui, me ajudando, como...como uma amiga.

A palavra amiga acabou entrando dolorosamente em meus ouvidos. Não queria ter nada com ele, mas eu conseguiria manter a sanidade vendo e aconselhando ele com outras garotas?

Mas como eu podia recusar um pedido desses? Leon havia sido muito legal comigo, e eu precisava retribuir.

–A escolha é sua. –Murmurei, após um tempo em silêncio, vi que ele sorriu por eu ter cedido tão facilmente.

–Achei que precisaria de mais tempo para te convencer. –Tirei minha mãe de seu rosto e coloquei em minha cintura, fingindo estar indignada.

–Sem problemas. Se quiser eu posso contrariar essa sua decisão pelo resto da noite.

–Não, por favor, não. –Ele ria, parece que minha falsa indignação não havia convencido. As luzes próximas de onde estávamos começaram a se apagar, provavelmente estava bem tarde.

–Acho que estão nos expulsando. –Ele comentou. O que não era verdade, ninguém expulsaria o príncipe, nem que ele dançasse nu no meio do palácio.

–Melhor irmos então. –Então fomos, ele me deixou na porta do meu quarto e depois seguiu o próprio rumo.

Flashback Off

Mal toquei em meus ovos mexidos, só conseguia pensar nessa noite no jardim. Leon trocava algumas palavras com Gery, e eu me incomodava com isso, Gery era a que mais me incomodava, ela se dava tão bem com Leon quanto eu, e eu simplesmente odiava isso.

–Você está bem? –Ouvi Ludmila perguntar, e acabei voltando à realidade.

–Si..sim, pareço mal?

–Não, mas você mal tocou na comida, o que é bem estranho. –Ela falou e eu não pude segurar a gargalhada, vi que Leon me olhou com isso, e sorriu junto comigo.

–Preciso te contar uma coisa. –Ela falou bem baixinho, enquanto eu finalmente atacava um croissant. –Tenho um encontro com o príncipe hoje.

Eu simplesmente paralise ao ouvir “encontro com o príncipe”, eu sei, eu sugeri que para o Leon que ele tentasse alguma coisa com a Ludmila, mas não sei se me sentia bem com meus dois amigos saindo juntos.

–Isso é ótimo. –Forcei um sorriso que pareceu convencê-la. Quem eu quero enganar afinal? É óbvio que ter conhecimento do encontro dos dois me incomodou, e não foi somente pelo fato de ambos serem meus amigos. –Quando é o encontro?

–Daqui a pouco, depois do café. –Ela falou, quase engasguei com o croissant. Curiosamente Ludmila não parecia ansiosa, na verdade ela não esboçou nenhuma reação sequer.

[...]

Tamborilava meus dedos impacientemente em uma mesinha antiga que ficava ao lado da minha cama. Fazia exatamente 57 minutos que Ludmila e Leon havia saído para o tal “encontro”.

Decidi sair do meu quarto, ficar pensando nos dois não era bom, e ouvir Cami e Naty me perguntando o que estava acontecendo com certeza não ajudava. A curiosidade estava me matando. Leon fez mistério, e nem Ludmila sabia aonde ele iria levá-la.

Cheguei há um corredor meio isolado, já estivera lá uma vez, mas não me recordava, ele era meio próximo de onde os funcionários ficavam. Bem longe vi um casal, o homem estava com vestimentas de um guarda, deduzi que a garota com ele deveria ser alguma funcionária ou algo do tipo, mas não, não era.

Ao me aproximar comecei a reparar que a garota era nada mais nada menos que a princesa da Itália, Francesca. Eles não me viram, pois estavam meio que na curva do corredor.

Eu juro que não queria espioná-los, mas eu precisava passar por ali para chegar ao meu destino...Tudo bem, tudo bem, eu não tinha nenhum destino, e simplesmente queria entender a situação.

–Fran, por favor...-Murmurou um soldado, me lembrava dele, mas não recordava o nome.

–É complicado, Diego. –Fran sussurrou, segurando o rosto do rapaz entre as mãos. –Só não desista de mim, por favor, eu...

–Eu não desistiria. –Diego falou. –Jamais desistiria. –Ela sorriu. E como já estavam absurdamente próximos, ambos selaram os lábios, com delicadeza e paixão. Eu estava pasma e ao mesmo tempo com vontade de soltar um “aaawn” pela cena que eu estava presenciando.

O amor entre um guarda e uma princesa era aquele típico “proibido”, não que fosse algum crime, pelo que eu saiba. Mas duvido muito que o rei da Itália permitiria isso. Comecei a recuar, não queria estragar o momento, porém, como sou muito cuidadosa, acabei batendo em uma estatueta, e derrubando a mesma no chão, causando um barulhão por todo o corredor.

Diego e a princesa Francesca me olharam assustadas, e o guarda não pareceu gostar de me ver ali.

–É eu..eu é...eu já estava de saída. –Forcei um sorriso e comecei a recuar com pressa.

–Espera! –Diego gritou, e começou a correr em minha direção, então eu corri também, ele meio que me assustou, um homem daquele tamanho, irritado e com uma espada na não, por favor, eu estava apavorada, e não queria mais problemas.

Não sei como, mas ao sair fui parar eu uma área aberta, como se fosse outro jardim, e nisso acabei trombando com duas pessoas que entravam pelo arco do corredor que eu estava saindo.

–Violetta! –Leon falou, meio assustado pela minha aparição repentina, Ludmila estava ao lado dele, tão assustada quanto. Diego chegou logo depois, e Francesca também, ambos entraram em pânico ao ver Leon. Confuso e até desconfiado, Leon me fitava querendo entender o pânico no rosto de nós três. –O que aconteceu?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Entonces? Mereço reviews? Eu espero que tenham gostado, um grande beijo para todos vocês e até logo :D