POV Jessyka

Um dia eu Jessyka estava estourando pipoca na minha cozinha enquanto minhas amigas Kauany, Nicolly, Stephanye e Gislayne se acomodavam nos sofás para assistirmos ao jogo do Brasil.

– Então, quem vocês acham que ganha essa copa?

– Ah, eu torço pra França, né. Sabe que amo meu país de origem. Mas nesse jogo eu torço pro Brasil, óbvio! Argentina não pode vencer! - eu disse, e todas as outras concordaram.

Terminei a pipoca e, antes de me acomodar, ouvi a campainha tocar.

– Quem é? - Perguntou Kauany.

– Não sei, por isso vou atender agora! - Disse zombando da minha best, que fez uma cara feia.

Abri a porta, sendo surpreendida por oito rapazes que, por sinal, eram muito gatos!

– Olá! Somos turistas e não temos onde assistir ao jogo! Essa casa é realmente enorme, será que podemos assistir aqui?? - disse um rapaz loiro e gordo.

Certo, nunca que alguém normal deixaria oito homens desconhecidos invadirem sua casa sem mais nem menos. Mas eles eram gatos. Então não to nem aí!

– Claro, entrem!!

Eles entraram, acomodando-se nos sofás e nas almofadas.

– Então... Poderiam pelo menos se apresentar? - Questionei euzinha.

– A-Ah, claro, perdoem-nos pela grosseria! Me chamo Honda Kiku, sou do Japão e estou extremamente honrado de ser bem recepcionado nesta maravilhosa residência! - Disse um rapaz baixo, fazendo uma reverência oriental.

E gente, que rapaz lindo! Ele tinha cabelos escuros e olhos da mesma cor. Aparentava ser realmente tímido e muito educado! E ele fazia o meu tipo, pois eu amo ukes! Me apaixonei!!

POV Kauany

Estava observando cada um dos caras estranhos, e bati o olho no gordo. Ele parecia ser aqueles retardados que todo mundo adora, e sabe, é o meu tipo! Fiquei esperando o japonês baixinho terminar sua apresentação na esperança de que o gordo falasse algo.

– Ah, Kiku, não precisa de tanta educação! - E olha só, minha torcida deu certo! - Sou Alfred F Jones, dos Estados Unidos! Sou um herói! - uh... certo, não sei de onde o herói, mas nossa, que cara lindo! Loiro de olhos azuis e ainda super animado! Eu quero esse pra mim!

POV Nicolly

Nem prestei atenção na apresentação dos caras ali. Estava mais ocupada observando um rapaz bem alto. Tinha cabelos loiros bem claros, quase albino, olhos da cor roxas e um nariz um tanto "avantajado". Vestia um sobretudo e um cachecol, não sei o porquê, já que estava super calor. Mas ele parecia não se importar... Mas gente, que cara lindo! Como sou impulsiva, não quis esperar sua apresentação e logo pedi.

– Ei, você ai de sobretudo. Por que não se apresenta? - Pedi, logo sentindo olhares maliciosos vindos de minhas amigas.

– Hm, eu? Da. Sou Ivan Braginski, sou russo. Gostaria de saber se uma de vocês gostaria de se tornar um comigo! - Disse sorrindo. Certo, essa frase não pegou bem, afinal acabamos de nos conhecer. Mas ele parecia tão inocente, e fofo! Meu Deus, eu preciso apertá-lo!

– Ivan, não fale assim com quem acabou de conhecer, aru! Você precisa ser mais discreto, aru! - Disse um garoto moreno. Tinha cabelos longos presos em um rabo-de-cavalo. - Permitam-me. Sou Yao Wang, chinês. Estou muito feliz por terem nos recepcionado, aru! - Fez uma reverência, assim como o japa tinha feito. Ele era fofo também. Mas ainda estou mais interessada no russo!

POV Gislayne

Só ouvia blábláblá vindo dos outros caras. Afinal eu queria mesmo saber sobre um ruivinho que vestia uma roupa azul. Ele tinha um rostinho tão fofo e parecia tão carinhoso!! Espero que ele se apresente logo!!

– Uh, certo. Estou vendo que vocês ainda vão assustá-las falando assim! - Disse um rapaz loiro e alto. Tinha olhos azuis e seus cabelos eram penteados para trás. Aparentava ser bem sério! - Permitam-me. Sou Ludwig Beilschmidt, da Alemanha. Devo dizer que esse país é encantador, assim como esta casa. Estou admirado! - Nossa, que educado!

– Waah, Doitsu! Quanta educação!! Esse é um dos motivos pelos quais eu te amo! - O ruivo pulava nos braços do tal alemão, e... "Eu te amo"? Ah não, não vá me dizer que ele é gay! Desse jeito eu vou acabar como a Jessyka, encalhada no fundo do poço por só gostar de gays! - Ah,Feliciano Vargas, prazer! Sou italiano, e o que eu mais gosto é pasta e o Doitsu! - Disse, dando um selinho no loiro! Maldito!!! Desse jeito eu vou optar por virar freira!!

POV Sthepanye

Observei a expressão de cada uma das minhas amigas, e pude ver bem de qual rapaz cada uma gostou. Só fiquei com pena da Gis... Pelo jeito ela gostou de um que não gosta do que ela tem entre as pernas!! Mas eu não posso negar que todos são realmente belos! Porém o que mais me chamou atenção foi um loiro de olhos verdes e sobrancelhas um tanto "grossas". Ele aparentava ser rabugento também. Mas era uma gracinha! Quando será que ele vai se apresentar?

– Ah, se me derem as honras, oui? - Disse um loiro de cabelos longos, levantando-se. - Sou Francis Bonnefoy, sou francês. Encantado em conhecê-las, mademoiselles. -Disse dando uma piscadela e beijando a palma da mão de cada uma de nós. Que cavalheiro!

– Pf, quanta baboseira, Francis! - Disse o loiro que eu citei antes, parecendo um tanto irritado com a atitude do francês.

– Ora, mon cher Arthur. Por que pelo menos não se apresenta? Demonstre certa gratidão pela recepção dessas belas damas,oui?

– ... Sou Arthur Kirkland. Inglês. - E disse apenas isso. Como eu pensei, é do tipo rabugento. Mas eu não ligo... Realmente gostei dele! Mas percebi que o Francis tem um certo controle sobre ele... Afe, não quero ter o mesmo destino da Jessyka e da Gislayne!

POV Jessyka

Depois que os caras gatos se apresentaram, cada uma de nós fez uma breve apresentação e logo nos sentamos. Estourei mais uns três pacotes de pipoca, sendo que um balde ficou só pro americano gordo. O jogo logo começou, e eu me acomodei ao lado do Kiku!! E percebi que cada uma se acomodou ao lado de um rapaz diferente, e os lugares ficaram: Nicolly - Ivan - Yao - Gislayne - Feliciano - Ludwig - Eu - Kiku - Alfred - Kauany - Stephanye - Arthur - Francis.

O problema é que eu nem me concentrava no jogo. Eu queria muito dar uns cato no Kiku! E do jeito que ele é uke, eu teria de tomar a atitude! Peguei uma pipoca e ofereci a ele, que timidamente aceitou, abrindo a boca e coloquei a pipoca ali delicadamente. Porém essa atitude parece não ter deixado-o sem jeito - mesmo que parecer sem jeito fosse de sua natureza -.

– Kiku!! Você nem está comendo! Aqui, pegue minha pipoca! - Disse o americano, enchendo a mão e colocando tudo na boca do pequeno japonês, que demorou um bom tempo para engolir.

– A-Ah, obrigado, Alfred-san! - Disse corando um pouco, e logo que o americano desviou sua atenção para a tv, o moreno abaixou a cabeça e juntou seus dedos, parecendo aquelas protagonistas de anime shoujo quando são notadas pelo senpai. Observei aquilo um tanto pasma. Afinal, adivinhem quem novamente perdeu o cara pra outro cara? Exato, euzinha, Jessyka! Mereço palmas!

POV Kauany

Eu queria muito pegar o Alfred. Comecei a passar a mão pela sua pança lentamente, na tentativa de chamar sua atenção.

– Hm, o que foi? Quer pipoca? - Disse em um tom inocente.

– Não... Eu quero outra coisa! - Fechei meus olhos e me aproximei dele.

– Ah, entendi! - Sorri ao ouvir essa frase, mas logo senti um canudo sendo enfiado na minha goela - Estava com sede, certo? Pode beber o refri, depois eu pego mais!

Puta merda, gordo burro! Eu teria de falar na cara dele que queria dar uns pega? O problema é que não gosto de parecer atirada. Apenas sou rebelde e curto ter atitude. Mas nossa, esse americano superou a burrice!

– Não, Alfred. Eu quero você!

– Eu? Mas eu não sou comestível!

– Não te quero nesse sentido...

– Ah! Você quer fazer comigo o que eu faço com o Kiku?

– ... O que você faz com ele?

– Isso!

Ele largou o balde e o refri no chão, puxando o japonês - que se surpreendeu com a atitude do loiro - para seu colo e começaram a se amassar brutalmente. Fiquei com cara de bunda e logo observei a Jessyka. Ela parecia absolutamente normal, visto que sempre perdia os caras para outros caras. Mas eu não acredito que isso aconteceu comigo também! E eles não paravam de se pegar, porra!

POV Nicolly

Eu estava deitada no braço do Ivan, que parecia não se importar. Logo notei que o japonês e os americanos estavam dando uns amassos que eu já imaginava aonde aquilo ia parar. Mas eu não liguei, o azar era da Jessyka e da Kauany. Ninguém mandou gostar de viado. Eu senti que poderia prosseguir com o Ivan.

– Ivan, tá vendo os dois ali? - Apontei para o casal que se pegava.

– Hm, sim!

– Então... Você sabe fazer aquilo?

– Da! Faço com o Yao todo dia! - Sorriu.

– ... Yao? Todo dia?

– Sim! Só não faço aqui porque no país dele é falta de educação uma extrema demonstração de amor em público, e eu respeito isso!

Observei o chinês, que escutava nosso papo um tanto corado, mas sorrindo. Ele me encarou com um olhar um tanto vitorioso. Parecia até estar mentalmente jogando na minha cara o fato de que eu tentei pegar o cara dele.

– Ora... Então vão para o quarto e façam! - Eu disse, um tanto irritada.

– Oh, podemos? Vamos então, Yao! - Ele pegou o chinês no colo e eles foram para sabe Deus aonde fazer algo que eu to pouco me fodendo!

POV Gislayne

Achei engraçado o fato das minhas amigas se irritarem com os rapazes gays. Olha só o meu! Eu nem precisei vê-lo pegar outro cara pra confirmar que ele era gay! Pelo menos ele não jogou nada na minha cara. Só estava abraçado ao "Doitsu", dormindo com um sorriso.

– Eu percebi que você se interessou pelo Feliciano. - Disse o Alemão para mim. Mas ele não parecia irritado - Me desculpe se eu te desapontei.

– N-Não! Imagina! Você tem ele há mais tempo que eu, quem tem que pedir desculpas sou eu!

– Não! Afinal você não é a primeira pessoa a se interessar por ele. Mas eu o amo mais do que qualquer coisa nessa vida, e tenho certeza de que posso fazê-lo feliz!

– Não só pode como faz, Doitsu! - O italiano disse em voz baixa, aumentando seu sorriso e em seguida voltando a dormir, o que fez o Alemão corar.

Eu achei isso extremamente fofo! Eles com certeza viraram meu OTP! Mas eu ainda assim não desisti de virar freira pra evitar que eu me apaixone por um gay de novo!

POV Stephanye

Eu nem sei qual era o placar do jogo. Estava sentada ao lado do Arthur mas, como sou tímida, não conseguia falar nada. Ele estava tranquilo apenas tomando seu chá que sabe Deus de onde veio.

– Francis, vá se foder!

– O que raios eu fiz?

– Nada. Só me deu vontade de falar isso.

– Está tão estressado, Arthur. Algum problema?

– Não, nenhum.

Senti-me um pouco empurrada, visto que Arthur começou a deitar sobre mim, porém não por sua culpa, e sim por Francis, que deitava em cima do inglês. E agora eu estava sendo esmagada!

– Nenhum problema quemoipossa resolver? - Disse, mordendo o lábio inferior do rapaz, terminando de deitar sobre ele e lhe dando um beijo quente. E sabe, eu não me importo com gays. O problema é quando eles começam se pegar deitados em mim e sem se importar em estarem esmagando uma pessoa.

Senti eles serem empurrados - as meninas estavam me ajudando - mas demorou. Elas só conseguiram depois que cada uma segurou-os por um canto e jogaram-os no chão. E eles não pararam de se pegar! Nem eles, e nem Alfred e Kiku! E eu nem quero saber do chinês e do russo!

POV Jessyka

Me senti vitoriosa por não ser a única que perde os caras para outros caras. Abandonei minha casa junto das minhas amigas, deixando os caras ali se comerem a vontade.

Anos depois eu fiquei ainda mais rica e abri um grupo de mulheres que se apaixonaram por homens gays sem saber que eles eram gays. E nossa, fez sucesso!

Descobri também que todos aqueles caras de casaram e adotaram filhos. Eles me mandam presentes até hoje, o que me deixa feliz por sinal. Mas eu continuo uma moça solterona junto das minhas amigas, e aliás nós moramos juntas e não ligamos mais para paixão já que tudo dava errado para nós e é isso ai se um dia você, leitora, se apaixonar por um cara gay, faça como nós e abra um grupo onde você e várias outras mulheres podem desabafar sobre perder o cara para outro cara.

É isso ai espero que vocês tenham gostado da minha historinha envolvendo a copa e gays.