Differences escrita por Mrs Chappy


Capítulo 11
Sentimentos escondidos no ar


Notas iniciais do capítulo

Oláa minna!
Onegai não me matem! Eu sei esta espera foi imperdoável.... Mas eu tenho tido tão pouco tempo que pronto. Bem em primeiro lugar, a reacção deste namoro choca principalmente o Ulquiorra (já que ele tem uma menina e tem de defender sua pureza... o Ichigo é pai de um menino, completamente diferente). Bem não sei se repararam mas é o último capítulo! É, sei... Muito curto mas eu bem avisei. Não queria prolongar muito esta fic. E como prometi vou dedicar-me com garras à fanfic HitsuKarin e à Paixão de Orihime. Já agora minna, nessa fic (para quem leu) apoiam o Ulquiorra que se torna humano (o inverso de Os Sentimentos de Ulquiorra) ou que ele permaneça arrankar? A Orihime vai continuar humana. Bem peço que me digam, por favor *--*

Boa leitura*



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(Vinicius de Moraes)

Ser criado, gerar-se, transformar

O amor em carne e a carne em amor; nascer

Respirar, e chorar, e adormecer

E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar

Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir

E começar a amar e então sorrir

E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver

E perder, e sofrer, e ter horror

De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer de tudo ao vir um novo amor

E viver esse amor até morrer

E ir conjugar o verbo no infinito...

–-x--x--

Soul Society

– Ohayo Kurosaki-kun, Kurosaki-san.

– Inoue, Ulquiorra! Que surpresa! O que fazem aqui?

O ruivo atordoado pela surpresa, afasta-se da porta permitindo os visitantes entrarem e caminharem até à sua sala, onde uma morena os aguardava impaciente também espantada pela visita inesperada.

– Nós precisamos de conversar.

Após uns segundos em completo silêncio, Orihime olha para Uquiorra vendo o mesmo acenando, dando a permissão para ela começar a falar. Suspirou pesadamente e tomava cuidado com as palavras que pronunciava. Mas fora bruscamente interrompida, por um ruivo exaltado, logo na primeira frase que saíra de sua boca.

– O que aconteceu? Algum inimigo em Las Noches? Não te preocupes Inoue! Eu te protegerei, não sou fraco como o Ulquiorra, eu vou derrotá-lo e tudo ficará bem!

Ichigo sorria presunçoso, confiante que não havia oponente que o pudesse derrubar. Suas fantasias foram canceladas quando um galo se começava a formar em sua cabeça, ergueu a vista encarando duas esmeraldas mortais o mirarem. O capitão ficou possuído pela raiva, começando a berrar, contudo este o ignorava, deixando o falar sozinho. Essa atitude desleixada provocava um eco no orgulho do ruivo.

– Por favor não discutam. O assunto é grave Ichigo!

A voz desesperada da ruiva, perfurou nos ouvidos de todos os presentes. Agitando-os. A própria morena que ignorava a discussão ficou apreensiva. Orihime nunca tratou o Ichigo pelo nome, nunca!

– Como está o vosso filho, o Aiko-kun?

Um ambiente tenebroso preencheu a pequena e cómoda sala. Para tentar aclarar aquele manto negro que os rodeara, Orihime colocou um sorriso nervoso no rosto. Tentando um novo diálogo para chegar ao ponto que pretendia.

– Ele está óptimo Inoue! Nem imaginas o meu filho é uma gracinha!

– Sim, aquele piralho é incrível.

A menção de Aiko foi estratégica. Como supunha, os dois falavam empolgados e orgulhosos se seu filho. Distraindo-os do antigo mau presságio.

– Mas também sei que tiveram uma linda filha, Yue. Que nome lindo… Eu estou desejosa para eles se conhecerem e…

A pequena tenente fora interrompida pela voz firme e gélida de Ulquiorra. Não havia tempo para rodeios, tinham logo que resolver aquele problema de uma vez por todas e voltar para casa. Não tinha tempo a perder. Decidiu despejar a verdade de uma só vez, alheio ao impacto que isso iria ter nos shinigamis.

– Eles se conheceram no Mundo Real, enquanto estavam a derrotar hollows fugitivos. Passaram três meses juntos, lutaram juntos e apaixonaram-se.

Os shinigamis olham para os arrankares esperando que aquilo fosse uma brincadeira de mau gosto, mas nada. Eles estavam terrivelmente sérios, nesse momento Rukia se lembrou da conversa com seu filho. Como se fosse um furação, compreendeu tudo. Agora fazia sentido.

– Hai… Sabes uma coisa okaa-san, um dia a Lua será minha companheira. Não por um par de horas, nem somente durante a noite. Eu a quero a tempo inteiro, de dia e de noite… Ela será a minha companheira.

Yue significa Lua... Ele referia-se desde o início à filha de Ulquiorra e Orihime. Sabia que ele mencionava uma rapariga, nunca esperou era que fosse alguém tão próximo.

– O QUÊ? Só podem estar a gozar comigo! Isso é impossível!

– Não não é Ichigo...

– Rukia o que te deu? Não me vais dizer que acreditas neste disparate! Ele…

– O próprio Aiko me contou! Eu sabia que ele estava apaixonado, que era uma relação complicada…mas nunca calculei que fosse por uma arrankar. Pensei que ele se referisse a uma humana.

Ichigo estava céptico. Como poderia isto ser possível? Era uma relação mais que proibida, eles eram inimigos! Uma coisa era amizade, mas namoro!? Como poderiam ficar juntos?

– Mas ela é uma arrancar!

– Qual o problema da minha filha ser uma arrancar, Kurosaki Ichigo? O problema é do teu filho!

– Queres acabar a nossa luta pendente por acaso Ulquiorra?

– Meu maior prazer substituto de shinigami.

Ambos desembainham suas zanpakutous, prontos para atacar. Quando deram um passo em frente, para suas lâminas se chocarem num violento encontro, Orihime e Rukia interferem. Ambas metem-se no meio viradas para seus companheiros. Seus rostos eram demoníacos, uma aura profundamente negra rodeava o corpo das mulheres.

– Ulquiorra…

– Ichigo…

– …. Se vocês não pararem com esta discussão idiota ficam sem nada até o final das vossas vidas!

Os dois entreolharam-se, arrumando suas espadas. Estavam aterrorizados pelas expressões angelicais tornarem-se sombrias. E pela ameaça implícita naquele último aviso. A sicronização das duas fora perfeita. Assustando-os ainda mais. Apesar de ambos estarem frustrados, era sempre a mesma arma que as mulheres usavam mas que tinha um poder colossal sobre qualquer homem.

– Temos que resolver a situação de nossos filhos.

– Mas como Rukia? Aquele velho nunca irá aceitar esta relação.

– Ele não precisa de saber…

A ruiva pronunciou-se, sabia que seu plano era doido mas era a única forma, pelo menos por enquanto.

– Hime isso é inevitável...

– Não Ulqui-kun, o Urahara-san pode ajudar a criar uns gigais para eles… Assim os dois podiam viver no Mundo Real, no meu antigo apartamento, como se fossem dois humanos normais… Sei que isso irá custar a todos nós, mas é pela felicidade de nossos filhos. Eu não vou suportar a Yue sofrer pelos desertos, infeliz por não ter vivido seu amor. Não lhe quero fazer isso, sei bem o quanto é doloroso. Não quero perder minha única filha.

– Eles também já sabem cuidar de si mesmos. Talvez nem seja uma ideia tão absurda quanto parece.

Rukia compreendeu as palavras da ruiva. Ela também se sentia assim quando Ichigo perdeu seus poderes. Seu filho amava Yue. Não havia nada a fazer, a felicidade dele era com ela. E ela queria ver sempre seu filho a sorrir, mesmo que longe dela. Aliás eles podiam sempre se ver, iriam se visitar regularmente.

– Ficaram todos doidos!? Rukia esperava que tivesses melhor da cabeça!

Ulquiorra não apreciara a ideia ao início, mas era forçado a concordar com Orihime. Enxergava o sofrimento da princesa de seu coração, a monotomia de seus passos. Por momentos, viu-se no passado, um passado sem Orihime, sem amor.

A morena irritou-se com a declaração de seu marido, dando-lhe um potente soco do rosto, fazendo este derrubando no chão, resmungado de dor.

– O nosso filho fugiria de casa de qualquer maneira se o impedíssemos de ficar com Yue. Eu vi essa decisão nele, antes mesmo de ele perceber que a tinha feito.

Ichigo conforma-se com as palavras de sua esposa, deprimido por ser obrigado a afastar-se de seu tesouro. Agora compreendia as lágrimas de seu pai ao despedir-se. Não era drama, era saudade. Algo incontrolável.

– Quem fala com eles?

– Nós os quatro, iremos reuni-los aqui e surpreende-los com a boa notícia.

Aiko estava na sala de seu tio, esperando alguma notícia de seus pais. O mandaram aguardar ali, mas até agora nada. Bufafa irritado, era a maior característica que herdara de seu pai: a impaciência. Ao escutar o som da porta ranger, dirige os seu olhar fulminante para a porta, arregalando os olhos ao deparar-se com uma jovem tímida de longos cabelos negros e profundos olhos verdes.

– Yue?

A arrankar acena sorrindo. O ruivo ia correr para abraça-la e rodopiá-la no ar mas seus olhos cravaram-se nos dois casais que entraram a seguir. Viu o espada e arrepiou-se, seus olhos eram intimidantes, parecia que o matariam se pudesse. Reparou que Yue era uma cópia idêntica daquele ser agoniante. Mas quando seus olhos púrpura caíram na esbelta mulher e no seu sorriso confortante, ruborizou. Ela era bela! Percebeu de imediato a origem da simpatia de Yue.

Yue ajoelhou-se ao seu lado, enquanto os dois casais à sua frente. Um frio percorreu sua coluna ao encarar novamente o olhar gélido esmeralda. Seria uma longa conversa.

– Então já se conheciam e eram amigos.

– Sim.

Orihime e Rukia responderam prontamente, rindo. Estavam radiantes por todos aceitarem o plano.

– Não somos amigos.

Por outro lado, os homens não estavam tão satisfeitos. Trocavam olhares nada amigáveis entre si, enquanto os jovens olhavam seus pais com uma gota na cabeça.

– Queres brigar outra vez ex quarto espada?

– Dobra a língua seu lixo… Nem sabes educar teu próprio filho como deve ser… Menos mal para ele que herdou a inteligência da mãe.

Eles levantaram-se prontos para recomeçar a sua guerra, porém travaram automaticamente essa ideia quando ouviram uma tosse fingida do lado. Encarando dois olhares maléficos e recordaram da anterior ameaça, voltando a tomarem os seus assentos.

Olhos castanhos e olhos verdes se encaravam mortalmente. Com muito custo, os dois ergueram as mãos e apertaram-nas, com uma força excessiva, mostrando com esse gesto que eles estavam calmos e que não era necessário a intervenção feminina. As duas sorriem vitoriosamente.

– Malditas, usam sempre a mesma técnica…

–… ao menos uma vez concordo contigo Kurosaki Ichigo.

Aiko e Yue estavam felizes, não cabiam em si com a tamanha alegria que preenchia suas almas. Selaram o momento com um leve beijo, um toque sensual. Arrancando suspiros apaixonados de suas mães orgulhosas e inflamando a raiva de um pai protector.

– Moleque ousado, vou-te reduzir-te a cinzas por encostares tua boca imunda da minha filha!

Ichigo agarrava fortemente o Rei de Hueco Mundo, impedindo o mesmo de atacar seu filho com um cero. Orihime foi ajudar o Kurosaki, em meio de gargalhadas, enquanto Aiko fugia de mãos dadas com Yue.

Mundo Real

– Eu não prometi que nos íamos voltar a encontrar?

–Hai Aiko-kun, eu sempre confiei em ti… Achas que a nossa história será tão bonita que nem as de nossos pais?

– Nós somos a continuação da historia deles, não somos identidades separadas, somos parte de uma grande família, de um grande romance que não tem fim.

– Sabes uma coisa Aiko, se eu tivesse cinco vidas te amaria em todas elas. Mas como Yue Schiffer é só há uma, posso te dizer que te amarei agora como se vivesse em cinco vidas

Aiko comoveu-se com as doces palavras. Uma declaração simples mas profunda. Seus labios encontraram timidamente a boca entreaberta da arrankar. Seus lábios dançavam, enquanto eram banhados pelo amor e abençoados pela luz da lua.

–-x--x--

Uma história sem fim. Um romance de geração a geração.

Essa é a história de Ulquiorra e Orihime.

Uma humana e um arrankar que estavam ligados…

… pelo kokoro.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Yeahh! Obrigada por todos o que acompanharam esta segunda temporada!!!
Beijinhos**



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