Um Amor Quase Impossível escrita por Laryssa


Capítulo 12
Uma vez na eternidade


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 12.
Esse capítulo vai mostrar algo que a Violetta jamais esperava acontecer.
É longo.
Espero que gostem, demorei muito para digitá-lo.



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– Papai?! - Me assustei, quando o vi, me afastei rapidamente do León.

– O que você está fazendo aqui? - Ele perguntou bravo

– Vim para concluir a música do exercício, só isso! - Justifiquei

– Tem certeza? - Ele desconfiou, ai eu lembrei que quando ele chegou, eu e o León estávamos a ponto de se beijar.

– Pai, isso tem uma explicação!

– Ah é, tem sim! Não é León? - O pai de León sorria plenamente.

– Eu espero que tenha mesmo uma explicação! Já pensou na Ludmila?

– Pai, eu não tive a intenção, nem muito menos o León! - Apontei para o León.

León estava de cabeça baixa, parecia está preocupado com o que aconteceria depois. Desde que o conheci, trago problemas pra ele, sempre!

– León, depois eu quero conversar com você! - O pai dele olhou sério dessa vez, só foi ser lembrado da Ludmila que ele arrancou aquele sorriso.

– Ah, e eu também! - O papai disse. Ele devia está bravo comigo e furioso com o ... Será que o León vai se encrencar por minha causa?

O León levantou a cabeça, mas desviava o olhar de nós três ali, principalmente de mim.

– Germán, venha comigo pegar os documentos! - O pai do León o chamou.

– Ah sim, claro! - Ele aceitou e se retirou junto com o pai do León.

Eu e o León ficamos sozinhos, não soltamos uma palavra sequer, e nem nos olhávamos. Tudo o que León fazia, era desviar seu olhar de mim. Mas o que foi que eu fiz?

– León! - Chamei-o

– O que quer? - Ele falou grosso.

– Desculpa, eu não tive a intenção mas pode por a culpa toda em mim! - Meus olhos lacrimejaram. Ele ainda não olhava para mim, e também não respondeu nada.

– Um pedido de desculpa não cobre toda essa situação! Você acha que se fosse a Ludmila que tivesse visto e não seu pai, ela me perdoaria? - Ele me encarou, aquelas palavras partiram meu coração em mil pedaços.

– Tudo bem. Se quiser eu vou embora agora e prometo não me aproximar mais. Tudo volta a ser como era antes, pode ser? - Controlei minhas lágrimas. Desde os meus catorze anos dou problemas para ele, já devia está cansado de mim.

– Mas também não exagera, Violetta!

– Eu não estou exagerando! Eu só quero que pelo menos uma vez, desde que te conheci ... - Não consegui falar, desabei-me em lágrimas só de pensar. - Quer saber? Eu vou embora! - Corri até a porta e abri-a.

– Violetta! - León chamou

– O quê? - Olhei para trás

– Não não vai... Esperar por seu pai? - Ele não ia dizer aquilo, tenho certeza que não. Sai e fechei a porta.

León:

Ela saiu e fechou a porta, talvez para me dizer um não.

– León, onde está a Violetta? - O Sr. Germán perguntou

– Já foi pra casa! Ela não quis esperar, pois achou que o senhor iria demorar. - Talvez eu não estivesse mentindo sobre isso.

– Podemos conversar então?

– Claro. - Sentei-me no sofá.

– León, porque fez aquilo? Ou melhor, porque quase fez aquilo com a Violetta?

– Sr. Germán, eu sempre tive o maior respeito pela Ludmila. O que aconteceu foi inesperado, nem eu nem a Violetta tivemos intenção. Eu reconheço o quão grave foi isso, mas eu nunca quis fazer a Ludmila sofrer ou algo do tipo.

– Entendo. - Ele prestava atenção no que eu dizia.

– Estamos juntos há três anos e isso nunca aconteceu. Mas se for culpar alguém, que culpe a mim, não a Violetta. O que estava prestes a acontecer, não fazia parte dos meus planos com ela.

– Que planos? - Ele perguntou curioso

– Sr. Germán, eu não posso julgar nada que aconteça em sua família, mas também não acho certo o modo em como a Violetta é tratada, principalmente pela Ludmila. A Violetta se sente mal por isso, e só tem seus amigos, aliás seus poucos amigos.

– León, eu sinceramente, não entendo e nem sei aonde você quer chegar! Brigas entre irmãs é super-comum, não há o que reclamar nisso!

– Sim é comum. Mas não é comum, e só é possível saber disso quando presenciamos. Eu já presenciei muitas delas, e a Ludmila simplesmente rebaixa a Violetta, dizendo que é uma "sem-talento", que é um lixo, que é isso e aquilo.

– León, eu ...

– Já escutou sua filha mais nova tocar piano e cantar? - Perguntei

– Não. - Ele baixou a cabeça decepcionado e com um pouco de vergonha.

– Então, porque deixa a Ludmila rebaixá-la se o senhor mesmo ainda não teve a chance de escutá-la? Se o senhor, desse pelo menos o mínimo de sua atenção para fazer isso, já seria o bastante pra ela.

– Você sabe o porque dessas brigas? - Ele voltou um pouco do assunto.

– Aí eu não posso dizer, isso é algo que vão ter que resolver os três.

– Tudo bem. Já vou, acho que devo ter uma conversa com as duas. - Ele se levantou, me levantei também e o acompanhei até a porta. Fui para o meu quarto, fechei a porta, deitei e comecei a pensar.

Violetta:

Quando cheguei em casa, não falei com ninguém, fui logo para o meu quarto.
Fechei a porta e comecei a pensar no que tinha acontecido naqueles últimos dois dias. Eu e o León nunca fomos aquele tipo de amigos que vivem se falando, desde os meus catorze anos foi assim. A Ludmila o conheceu depois de mim, meses depois eles assumiram o namoro. Depois disso, o máximo que eu e o León poderíamos conversar era um "oi" e um "tchau". Ontem, havia aquela timidez, nem um "oi" conseguíamos falar direito. Já hoje, tudo estava tão perfeito até eu querer sair dali com raiva dele. O modo como ele evitava olhar pra mim, sua cabeça baixa, já dizia tudo.

– O León nunca mais vai querer olhar para minha cara! - pensei alto. Alguém bateu na porta. -Entra!

– Pai se veio me pedir explicação, eu já falei tudo lá! - Ele fechou a porta

– Não quero que me explique nada! - Ele sentou-se na cama de um modo que ficasse de cara-a-cara comigo.

– Mas pai...

– O León me explicou absolutamente tudo o que eu deveria saber! - Se abriu um sorriso no rosto dele.

– Vai contar pra Ludmila? - Fiz bico.

– Não. - Sorri - Mas me conta uma coisa, desde quando você e a Ludmila estão brigando? E porque?

– Já faz tempo pai! A Ludmila sempre me tratou como um nada, como uma "sem-talento", como um lixo... Mas já me acostumei com isso!

– Porque ela faz isso? Porque nunca me contou? - Ele se preocupou

– Passei minha vida toda tentando descobrir isso. Nunca te contei porque você nunca me deu oportunidades para contar.

– Eu sei que eu nunca fui um pai presente pra você, mas isso não significa que eu não te ame o bastante para poder te defender da sua irmã. - Ele pegou minha mão

– O que quer dizer com isso?

– A partir de agora, pode contar comigo para o que for! - Ele apertou a minha mão.

– Tá falando sério? - Fiquei sem acreditar

– Sim, sim eu estou. - Ele me abraçou, pela primeira vez em sete anos.

– Pai, eu andei pensando bem sobre a festa, e resolvi aceitar! - Falei ainda abraçada com ele.

– Que bom, filha! - Ele beijou minha cabeça.

– Mas, meus amigos têm que ser convidados. - Desencostei minha cabeça e o encarei.

– Tudo o que você quiser, minha querida! - Ele pôs a mão na minha cabeça, fazendo com que eu encostasse no seu ombro de novo.

O resto da noite foi calma, pedi para a Olga deixar meu jantar no quarto outra vez e logo após o jantar, adormeci...


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Notas finais do capítulo

Eu espero que a minha dor de cabeça tenha valido a pena. Passei duas horas escrevendo esse capítulo. Espero que tenham gostado! Antes de dizer o que sempre digo quando acabo a nota final, vou fazer uma pergunta. O que vocês acham que irá acontecer com o León e a Violetta depois do "quase beijo"?

Espero reviews! Até mais!