Beyond the Appearances escrita por Mavie Paiva


Capítulo 1
A desarrumada e a proposta


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Essa é minha primeira fic e estou me esforçando na escrita, espero que gostem (acho que vão gostar). Já tenho alguns capítulos prontos e na medida que vocês comentarem eu vou postando. Vou responder todos os comentários. Beijos!!! xoxo



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POV Mabel

Estava mais uma vez praticando minha música da apresentação, concentrada. Meus dedos como sempre pareciam deslizar pelo piano e eu me perdia na música, não existem problemas e nem mesmo o resto do mundo quando eu toco. Esse é um dos meus refúgios: a música. Continuei a tocar com toda a graça que possuo essa canção, preenchendo minha alma com a criação de Beethoven, " Moonlight Sonata ".

Bem, eu não me apresentei. Meu nome é Mabel Mouro Oliver, tenho 20 anos e estou no último ano da Faculdade de Artes e Música de New York ( aqui se ensina todo tipo de trabalho artístico. Música, dança, teatro, artes plásticas, etc. ), faço faculdade de música e vou me especializar em música clássica. Sou baixa - 1,60m de altura -, tenho a pele pálida ( pálida como o Gasparzinho), meu cabelo castanho claro é comprido e chega à cintura, meus olhos são castanhos claros, cor de mel como meu pai diz. Sou magra, mas com algumas curvas pelo corpo, o que me diferencia de uma tábua de passar e me deixa elegante com os trajes das apresentações.

Voltando ao assunto inicial... Eu estava ensaiando, mas como de praxe, minha paz não podia durar muito quando Carmen Mouro, vulgo: minha mãe, está no campus. Eu não havia chegado nem ao segundo minuto da música quando a campainha do apartamento tocou, depois tocou outra vez e de novo - aquela velha achar que sou surda ou só quer queimar a campainha do meu apartamento? - e eu tive que ir atender, frustrada. Como eu sabia que era ela antes de abrir? Simples, nenhuma das meninas me incomodaria no meu horário de ensaio, elas sabem que é importante para mim ( lê-se: gostam de ter os dentes e os olhos intactos e em seus lugares ), coisa que a Carmen adora ignorar. O irônico? Ela écoordenadorade uma das orquestras mais famosas do país.

– Quem é? – perguntei. Apenas para fugir daquele sermão de “abrir a porta sem saber quem é“.

– Sou eu Mabel, sua mãe. Abra a porta. – respondeu a mulher. Que mandona.

Abri a porta.

– O que você quer Carmen?

– Olhe a maneira como fala comigo mocinha, eu sou sua mãe. Exijo respeito.

– Você está atrapalhando meu ensaio, se veio apenas encher minha paciência é melhor ir embora. – minha mãe consegue tirar minha paciência apenas com o som de sua voz.

– Não vai me deixar entrar? – disse entrando no apartamento sem esperar minha resposta e sentando no sofá, folgada. – Por que você não me trata da mesma forma que trata seu pai? – é mais fácil o Coringa e o Batman se encontrarem pro chá das cinco.

– Você sabe o porquê. – respondi simplesmente.

– Você me culpa pela separação.

– Também, mas não é por isso.

– Você não aceita críticas.

– Existe uma diferença entre crítica e xingamento Carmen.

– Você sabe que eu estou certa, você poderia ser linda se não fosse tão desarrumada e cuidasse da aparência fora dos palcos, é quase uma metamorfose quando você se apresenta.

– Eu GOSTO de ser assim, você devia me aceitar como eu sou. Meu pai me aceita.

– Seu pai é um caso perdido e você ainda tem solução Mabel. – ela falou. – mas vamos parar com essa enrolação e vamos focar no que eu vim fazer aqui. – estava demorando.

– O que você veio fazer aqui? – perguntei antes que ela me mandasse fazer, porque minha mãe não é uma pessoa que consiga surpreender você.

– Tenho uma proposta pra você.

Meu queixo caiu. – o mundo me fazendo passar por mentirosa, típico.

Vocêtem uma proposta pra mim?

Sim Mabel, eu quero você na minha orquestra. – é agora que ela dá um pulo e grita “ BAZINGA! “ na minha cara, dando uma de Sheldon de The Big Bang Theory ( ela é fã )?!

O que? – agora meu queixo caiu tanto que é provável que tenha chegado ao inferno.

– Mas, tenho algumas condições.

– Ahá! Estava bom demais para ser verdade. – nem nesse momento ela consegue ser totalmente surpreendente.

– Primeiro você só vai integrar a orquestra quando se formar...

– Isso parece justo. – mas ainda estou desconfiada, acredite.

– NÃO me interrompa. – Ela falou – Segundo: você terá que aprender a se vestir de maneira mais aceitável, não vou aceitar uma desarrumada como você na orquestra, isso iria acabar com nossa reputação. E por último: eu quero que encontre um namorado, você já tem 20 anos e daqui a pouco vai ficar para a titia. Depois da formatura a orquestra vai fazer um baile, você vai e será acompanhada por esse namorado. Não me importa se vocês vão terminar no dia seguinte, mas no baile vocês estarão juntos.

Ela me olhou esperando uma resposta, mas eu ainda estava incrédula e boquiaberta. Janine estralou os dedos na minha cara e me tirou do transe.

– Mas que diabos... Tá de sacanagem com minha cara? – perguntei com a incredulidade dando lugar a raiva. – você nunca, nuncademonstrou um pingo de interesse pela minha música e do nada aparece com isso? Nunca nem mesmo viu alguma apresentação minha!

– Está enganada Mabel. Tenho todas as suas apresentações gravadas, desde a sua primeira aos três anos até a sua mais recente no mês passado. De música e dança, tenho todos os seus covers, todo seu material artístico.

Agora sim, se meu queixo não tinha chegado ao inferno antes, dessa vez chegou, melhor, foi parar no Tártaro e mandou um “oi” pro Bob – sim, eu li A Casa de Hades. Imaginar minha mãe se importando com a minha carreira? Eu nunca tinha feito, até porque ela nunca tinha mostrado nenhum interesse nela.

– Por que esse espanto? Você é minha filha e é claro que eu me interesso pelo seu talento e principalmente pela sua carreira. Eu sei que você é muito talentosa e está no nível da orquestra e iniciar sua carreira assim iria abrir muitas portas para você, imagine em que orquestras você pode tocar, eu sei que você sabe que muitos matariam pela oferta que estou fazendo a você nesse momento.

Eu sabia. Apesar de não me dar bem com minha mãe, sempre quis tocar na orquestra que ela coordena. Seria a oportunidade perfeita para mim, podia abrir milhares de portas para o meu futuro. Eu não podia negar aquela oferta.

– Eu aceito a oferta.

– Você tem oito meses para acatar minhas condições. Bem, tenho que ir embora.

E ela foi, me deixando bestificada e sem condições de voltar ao ensaio, minha cabeça dando voltas com todas as revelações de hoje. E uma coisa me perturbava: como eu ia conseguir fazer o que ela pediu?


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Não sejam leitores (as) fantasmas, comentem e me digam o que acham da história. Um comentário aumenta o astral e faz com que os capítulos sejam postados mais rápido.SPOILER do próximo capítulo: vocês vão conhecer o Daniel.Beijinhos! xoxox são beijoso são abraços.



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