A Filha de Érebo escrita por Uma Garota Qualquer


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oiiii
Segunda-feira e aq estou eu!!!
Aproveitem!!!



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Katy entrou na cozinha seguida de Mika. Os dois chegaram no momento em que Mel e Isaac estavam acordando, saindo do transe. Ela estava com a cabeça deitada no ombro de Isaac, e ele com a cabeça deitada em cima da dela, suas mãos estavam no colo dele e ele segurava os pulsos de Mel. Por sorte, os punhos de Mel estavam virados para baixo e os cabelos estavam cobrindo seu pescoço

– Aí! Que susto! -disse Katy - Vocês dois estavam tão quietos que dava medo!

– Calma, Katy! Só estávamos... - começou Mel

– ... Vendo se acontecia mais alguma coisa quando nos tocávamos - completou Isaac

– E... O que aconteceu? - perguntou Mika

– Nada. Escuridão. Só - disse Mel

– Que pena! - disse Katy - Bom, eu e Mika vamos dormir. Boa noite a vocês dois.

Mel e Isaac assentiram e Mel encarou o mesmo assim que os outros dois saíram

– Não conte nada a ninguém! - sussurrou Mel para ele e se levantou, ele assentiu e ela estendeu a mão - Vem. A Lis já deve estar preocupada com você

– Como você sabe que ela fica preocupada?

– Eu sei. Só isso

– Como? - Mel só sorriu discretamente e não respondeu - Que seja - ele aceitou a mão e se levantou

– Por que tem esses cortes?

– Fui atacada em quanto voltava

– Como foi?

Mel suspirou e começou a contar tudo. E Isaac apenas ouvia, encarando o horizonte e as vezes olhava a garota, encorajando-a a continuar. Era um bom ouvinte

– É... Você poderia ter morrido

– Já quase morri várias vezes. Não morrerei assim.

Um silêncio se fez

– Agora vai. Lis deve estar doida

– Boa noite, Helden - ele brincou

– Boa noite, Osbourne - ela respondeu com um meio sorriso

Ele subiu as escadas e ela só observava ele subir os degraus, de dois em dois. De repente, ele desceu novamente, até a metade das escadas

– Você vai dormir hoje?

– Ficarei de guarda como sempre

– Ata. Só para me preparar, caso tenha um "sonho estranho com você" - ela riu discretamente

– Anda logo, Osbourne! Daqui a pouco Lis desse aqui para te buscar! - ele ri da mesma maneira que ela havia rido a segundos atrás

– Sério, como você sabe que ela fica preoculpada?

– Pelo simples fato de que... - Mel pensa um pouco - .... Ela age diferente com você.

– Um diferente ruim ou bom?

– Depende

– Você considera como?

Mel corou, fazendo com que seu rosto ficasse com uma cor comum, saudável, como a cor da pele deve ser, não a sua coloração pálida. Não sabia o que falar. Resolveu falar a verdade, não tinha nada a perder. Ou tinha? Se tinha, não se importou na hora

– Ruim

No canto dos lábios de Isaac, se formou um pequeno sorriso. Ele não disse mais nada, apenas formou o pequeno sorriso de canto nos lábios e subiu a escada, pulando de dois em dois degraus.

Mel, novamente assistia-o, até não poder mais ouvir seus passos ao subir a pequena e estreita escada de metal circular

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– Olhem o que eu achei - Mel saiu da cozinha e entregou um prato com três panquecas para cada um

– Ela estavam aí? Prontas? - perguntou Lucas

– Claro que não, Lucas! Eu que fiz. Eu peguei os ingredientes da despensa do colégio em que a gente foi e fiz panquecas. Também fiz suco de uva e café.

– Desde quando você cozinha? - perguntou Katy rindo - Achei que só destruía e matava sem dó

– Minha "governanta" sempre dizia que se precisa aprender de tudo um pouco, até mesmo uma "princesa"

– Espera - Lucas segura o riso - Além de seguranças, você tinha uma governanta?

– Uma não, três! Mas meu pai tinha que contratar mais três a cada mês, porque nenhuma me agüentava mais que isso

– Nossa! - exclamou Mika ao morder sua panqueca - Está uma delícia! Você também comprou mel?

– Não... É néctar - Mel riu - Só joguei um pouco. Não achei mel. Comam rápido. Temos que sair logo - ela deu o ultimo prato a Isaac

– E você? - perguntou ele

– Não quero comer. Coma.

Mel foi até a cozinha e voltou com copos de plástico, uma jarra com suco de uva e uma garrafa térmica pequena com café. Ela colocou tudo em cima de uma mesa, pegou um copo, colocou um pouco de café e andou até uma das mesas mais afastadas. Sentou nela e ficou olhando o movimento da rua, bebendo seu café

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Depois do café da manhã, eles se reuniram num circulo

– Quem quer ir?

– Eu - disse Alice

– Alice? Okay - Mel deu Metaforá a garota e todos colocaram as mãos em cima da bola - Sabe o que fazer?

– Sei - ela respondeu fechando os olhos

A fumaça os envolveu e os levou dali

Quando a mesma se dissipou, se encontraram em um bairro boêmio. O sol já estava à vista e queimava seus rostos

– Haight-Ashbury?! - exclamou Mika

– São Francisco, Califórnia?! - exclamou Lucas - Não sabia que morava em um bairro classe média/classe alta

– É. Meu pai sempre foi boêmio - disse Alice aceitando um saco de papel que Mel a oferecerá, e logo vomitando no mesmo

– Boêmio? - perguntou Lucas

– Ela quis dizer que o pai dela era... "Da noite" - disse Katy

– Ahn?

– Ela quis dizer que ele vivia em lugares noturnos, festas, bares... Essas coisas - explicou Lis

– Ah sim!

– Ele era um poeta que fez sucesso por um tempo, depois foi esquecido, e voltou à fama sendo modelo para revistas e propagandas para cigarro no exterior - disse Alice revirando os olhos e jogando no lixo o saco de papel já utilizado

– E ele te deixou aqui? - perguntou Lucas

– Eu fugi antes dele ir - Alice começou a olhar ao redor, lembrando-se dos dias que passará ali com seu pai

– Alice! - disse uma senhora já de idade, que havia surgido do além, do nada. Ela tinha cabelos grisalhos em um coque baixo, cara de vovó doce, corpo enorme. Usava um vestido violeta que ia até seus joelhos e por cima um casaquinho de crochê bege - A quanto tempo minha querida - sorriu a senhora abraçando Alice

– Senhora D.! - exclamou Alice retribuindo o abraço - Como vai a senhora?

– Bem querida! Tirando minhas dores na coluna, estou ótima! - sorrio a vovó gorda - E quem são esses? Seus coleguinhas? Foram eles que te ajudaram a fugir, foi?

– Não, senhora D. - riu Alice sem graça - Eles são meus amigos, e me ajudaram a voltar

– Vai voltar a morar aqui querida?

– Não! - Alice sorriu para a senhora - Só estou de passagem. Visita

– Ah sim! Se quiser, passe lá em casa para tomar um lanchinho - disse a doce senhora

– Lanchinho?! - Lucas se intrometeu - Pode deixar senhora D., nós passamos lá sim!

– Ah - ela disse puxando a bochecha de Lucas - mas que garoto lindinho! Passe lá sim, querido. Agora me deixem ir, porque estou com meus netos em casa e tenho que comprar algumas coisas para alimentar eles - ela tirou a mão da bochecha de Lucas e se direcionou à Alice - Se lembra aonde fica minha casa não é querida

– Sim, senhora

Ela se despediu de Alice com um abraço e um beijinho na bochecha, e fez o mesmo com Lucas, Katy e Lis. Já Mika, Isaac e Mel apenas acenaram com a cabeça friamente, sem esboçar nenhum sorriso.

– Adeus queridinhos! Espero-os na minha casa! - a senhora se afastou do grupo

– Adorei essa senhorinha! - disse Lis, sorrindo

– Não fui com a cara dela - disse Mika, sério - Havia algo muito suspeito nessa "senhorinha"

– Ah, qual é gente! - disse Katy - Ela parece ser gente boa. Uma avó bem legal

– Acho que o Mika tem razão - manifestou-se Mel, com os braços cruzados à frente do peito - Não confio nessa "senhora"

Isaac apenas assentiu com a cabeça

– Eu conheço a senhora D. desde pequena! - disse Alice irritando-se - Eu confiava, e confio, totalmente nela! Ela cuidava de mim em quanto meu pai saia por esses bares, boates, eventos noturnos, festas, reuniões de trabalho... Ela é uma avó para mim!

Um silêncio se formou, mas logo foi interrompido

– Vamos! Discutimos isso depois, que na minha opnião, não precisa ser mais comentado - disse Mel

Alice fuzilou-a, mas a mesma à ignorou, sem nem mesmo olhar para ela.

O colar de pomba brilhou. O brilho saiu do colar e começou à "andar" pela rua movimentada. Os sete semideuses não tiveram outra escolha, a não ser, segui-lo.

Passaram horas andando pelo bairro boêmio, passando por lojinhas de artesanato, CDs, e livrarias. Até que o brilho parou em frente à uma lojinha abandonada. As paredes de fora do pequeno estabelecimento estavam pintadas em um azul escuro desbotado e sujo, as vitrines e a porta de vidro estavam sujas e pedaços de papelão colados nas mesmas, impediam ver o que tinha lá dentro. Acima da loja, havia um letreiro com lâmpadas quebradas, essas lâmpadas escreviam: Livraria Haight-Ashbury

– Hm... Era aqui onde meu pai lançou seus livros de poesia - disse Alice

O brilho passou por uma fresta da porta, e entrou no estabelecimento

– E parece que você vai lutar aqui - disse Mika indo até a porta


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Notas finais do capítulo

Gnt... Eu sei q ta pequeno mas chego um pessoal aq em casa e eu tenho q ir
Na quinta vai ter a luta de Alice e o começo da jornada pela Metaforá do próximo semideus
Foi mal msm
Bju bju, brigada por ler e comentem



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