Dirty Little Secret: O preço dos segredos escrita por Summer H


Capítulo 5
Invasion


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários, Cruby e CamilaZhao! ♥

Esse é o último capítulo que eu tenho pronto aqui, então os próximos vão demorar mais para sair, o.k.?

Beijos e boa leitura! *-*



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No seu quarto, Emma senta-se na cama e observa a parede a sua frente. As paredes de seu quarto têm um tom de lilás. Lembra-se de ter pedido a seu pai a pintura do quarto há três anos, pouco tempo antes de ficar cega. Lembra-se dos dias em que podia ver nada mais do que o escuro, e da angustia de lembrar-se das coisas, mas não poder vê-las.

Naquela época, ansiava por ver qualquer coisinha que fosse. Mesmo que fosse a parede lilás de seu quarto. Ao se lembrar de todas essas coisas, sente tudo que sentia naquela época. Tristeza, desespero, culpa... Tudo! Mas que inferno! Quer simplesmente esquecer de tudo que aconteceu durante aquele tempo, mas isso só faz com que tudo se fixe mais e mais em sua mente. Ela imagina o que acontecerá se, algum dia, alguém descobrir como o acidente que a deixou cega realmente aconteceu.

A platinada resolve arrumar suas coisas para a festa do pijama na casa de Scarlett. Continuar pensando nisso poderia quebrá-la em vários fragmentos, como fez anteriormente.

•••

Summer encontra-se sentada em sua cama, os joelhos flexionados. Tem um caderno sobre as coxas, onde escreve tudo que considera relevante.

Outro segredo foi revelado hoje. Debrah sofre de bulimia.

O anônimo não gostou da tentativa de Debrah de ajudar Castiel e resolveu se vingar, da maneira mais baixa possível: revelando o segredo do qual ela, provavelmente, mais se envergonha.

Nunca pensei que falaria isso — escreveria, no caso —, mas eu entendo ela. Eu sei como é estar sempre atrás da perfeição, sempre querer agradar os outros e, acima de tudo, eu sei como é odiar a si mesma.

Lembro-me de quando era pequena e comecei as aulas de balé. Claro que eu não queria fazer essas aulas, mas fiz mesmo assim, apenas para agradar minha mãe. Um dia, ela me disse que para eu ficar igual as outras meninas, magra e bonita, eu tinha que controlar meu peso de uma maneira mais drástica. Ela me ensinou a induzir o vômito após as refeições. E eu fiz o que ela me disse, pois precisava agradá-la, precisava ser perfeita e precisava mudar-me para que, talvez, eu pudesse gostar de mim mesma algum dia.

Eu não era gorda na infância, não estava acima do peso. Naquela época, eu desconhecia as reais razões dela para me odiar, e acabei me odiando por ser odiada por ela.

Ela ouve a porta de seu quarto abrir e fechar com um estrondo, fazendo-a fechar o caderno rapidamente. Vê seu pai se aproximar com passos pesados.

Que raio ele pensa que eu fiz dessa vez? — pensa.

— Você não vai acreditar no que aconteceu hoje, Summer... — Ronald comenta, fazendo-a desvencilhar os olhos azuis para ele — Debrah chegou em casa chorando! — Summer arqueia uma sobrancelha, um tanto confusa.

— E você veio me contar isso porque...? — indaga.

— Porque certamente tem dedo seu no meio disso! — à princípio a loira pensa que seu pai está tirando uma com sua cara, mas as sobrancelhas dele estão tão franzidas que quase se juntam, e a fazem perceber que não é nenhum tipo de brincadeira.

— Dedo meu?! — pergunta, indignada — Você pensa que eu tenho algo a ver com isso? — ela se levanta, ficando de frente para seu pai, os braços cruzados e o rosto contraído numa expressão de raiva — Então a Debrah chora e a culpa é minha?! Sinto muito ter de contradizer sua teoria, "papai" — ela faz aspas com as mãos —, mas o que quer que tenha acontecido a ela, não tem nada a ver comigo. — diz com convicção, encarando-o por algum tempo, até ele dar o braço a torcer.

— Mesmo que não tenha nada a ver com você, Summer, eu tenho certeza de que você sabe o que aconteceu a ela. — rebate, ainda com a dura expressão no rosto.

— Pergunte a ela, não vou me meter. — responde rispidamente — Até entendo sua obsessão por me culpar, pois sei que sempre que olha para mim, lembra-se do seu maior erro e das suas consequências, mas peço que guarde todas as suas desconfianças sobre mim para si. Não tenho a obrigação de ouvir essa merda e, se tiver que ouvir mais uma vez, a única resposta que o senhor irá receber será "Vá para o inferno". Entendeu? — Summer estreita os olhos, quase que ameaçando-o.

Ronald bufa, mas apenas estreita os olhos, igual a loira. Ele sai do quarto como um furacão, batendo a porta branca novamente. É melhor não incomodá-la novamente. Não por não querer receber uma resposta rude, mas por saber que ela é esperta e sabe demais. Apesar de odiá-la, não pode subestimá-la. Summer é perigosa, é necessário cautela ao lidar com ela.

Era só o que faltava! Agora ele a culpa até mesmo pela choradeira de Debrah. Summer reza para que não haja mais nenhum ataque terrorista, ou seu pai a apontaria como culpada por isso também.

•••

No quarto de Scarlett, as meninas conversam sobre qualquer coisa. Estão todas esperando que alguma delas comece a falar sobre o anônimo. Summer resolve puxar o assunto, enquanto Scarlett tira a sobrancelha de Emma e Blair faz uma trança embutida em seus cabelos.

— Eu acho que Debrah é a anônima. — desembucha, trazendo os olhares das outras para si.

— Você bebeu, por acaso? — pergunta Blair ironicamente.

— Por quê? — a loira arqueia uma sobrancelha, não entendendo o motivo de sua suspeita tê-las deixado tão confusas.

— Porque se você está suspeitando de Debrah, você está ignorando as evidências. — responde Scarlett. Dessa vez ela certamente conseguiu sair como esperta.

— Evidências? — indaga, olhando-se no espelho.

— Summer, o segredo de Debrah foi revelado hoje, e foi revelado porque ela tentou ajudar outra pessoa que teve o segredo revelado. — explica Emma — Não tem sentido nenhum o que você está falando. — Summer se move na cama de casal de Scarlett, sentando com as pernas cruzadas. As outras fazem o mesmo, formando um quadrado entre elas.

— Exatamente! — exclama, fazendo suas amigas se entreolharem, confusas. — Não seria muito esperto da parte do anônimo revelar um de seus segredos? Assim, ninguém suspeitaria dele. Aliás, não é estranho que o segredo revelado de Debrah tenha sido algo que a fez parecer uma coitada perante os outros? — ela explica, suas amigas entendem o que ela quer dizer — No dia em que o segredo de Castiel foi revelado, eu conversei com ele. — conta — Ele me disse que suspeitava de Debrah, pois ela era a única que sabia sobre seu segredo.

— Por que você foi falar com Castiel? — pergunta Scarlett, fazendo Blair desvencilhar os olhos para ela, descrente.

— De tudo que a loirinha explicou, foi isso que você ouviu? Que ela foi conversar com Castiel?

— Loirinha? — indaga Summer, equivocada — Que apelido é esse?

— Galera! — chama Emma, um pouco nervosa pela mudança de assunto — Estamos falando de algo importante aqui, lembram-se?

— O.k., esquece minha pergunta. — a ruiva faz um pausa e pensa um pouco — Não seria burrice dela revelar um segredo que, até então, só tinha sido revelado a ela?

— Seria, mas olhe a situação como um todo. — explica, mas ao perceber a expressão de dúvida de Scarlett, ela volta a explicação — O segredo de Castiel foi revelado, algo que apenas Debrah sabia. Debrah sabe que Castiel deve desconfiar dela. E o que ela faz para acabar com as suspeitas dele? O ajuda, desmentindo o anônimo. E o anônimo resolve se vingar dela, revelando um segredo que faz com que ela seja uma pobre coitada aos olhos das pessoas.

— Você está dizendo que foi tudo calculado aos mínimos detalhes? — indaga Emma, um pouco surpresa com a engenhosidade de Debrah, se a teoria da irmã estiver correta.

— Eu acho que é possível. O anônimo, quem quer que seja, é alguém muito esperto. — responde Summer, dando de ombros.

— Se você pensar bem, faz sentido. O segredo de Charlotte fez ela ser expulsa, o segredo de Castiel faz com que todos zoem ele onde quer que ele vá... — comenta Blair, pensativa — Mas o de Debrah fez com que todos sentissem pena dela, e o máximo que vão fazer, vai ser encaminhá-la para um terapeuta.

— Mudando de assunto, coitada da Charlotte. A punição foi muito exagerada! — diz Scarlett, revirando os olhos — Tipo, ela só vendia gabaritos! Dar uma hora na detenção já seria uma ótima punição.

— Na verdade, Scar, a diretora foi até piedosa com Charlotte. — responde a platinada, mas ao ver a testa enrugada de sua amiga, percebe que ela não entendeu — Vender gabaritos é crime. Charlotte poderia ter recebido uma punição ainda pior...

— Eu fiquei com pena dela. — Summer admite — Eu ouvi uma discussão dela e da mãe dela no banheiro da escola. Charlotte vendia os gabaritos para ajudar nas despesas de casa, eles tinham problemas financeiros. — a loira lança um olhar para sua irmã, que por sua vez já tem o rosto contorcido em uma expressão de piedade. Ninguém se surpreenderá se Emma chorar pela situação em que Charlotte esteve, todas sabem do seu bom e puro coração. Mas ela não o faz, é claro. — Ambre deu o pontapé inicial, mas Charlotte continuou por vontade própria.

— Castiel te contou por que ele ainda é virgem? — um par de olhos azuis e dois de olhos verdes desviam-se para a dona da voz suave e fina que fez a pergunta, Blair — Não que eu esteja interessada, mas é intrigante! — justifica-se, levantando as mãos para o ar.

— Contou. — responde Summer, depois de pensar algum tempo — Nada que fosse verdade, se quer saber.

— Por que ele mentiria? — Scarlett pensa alto, mas tudo que consegue como resposta é um dar de ombros de Summer e um "não faço ideia" murmurado por Blair — Blair, por que você mentiu quando perguntamos o porquê de ter se atrasado hoje? — a pergunta desperta o interesse das irmãs, que passam a fitar a morena, esperando pela resposta.

— Estava falando com o Castiel. — a resposta sai como um tiro de sua boca, em velocidade máxima. A intenção era que suas amigas não entendessem, mas não deu certo.

A platinada solta um suspiro, decepcionada — Por favor, me diz que você não foi pisar no Castiel.

— Só posso te dizer isso se eu mentir. — retruca a morena, arqueando as sobrancelhas, exibindo um sorrisinho de canto sem mostrar os dentes e dando de ombros, como quem diz "não há nada que posso fazer". Recebe olhares de reprovação das outras, especialmente de Summer, como resposta — Olha só, Castiel nunca foi um santo. Ele provavelmente gargalhou quando Charlotte teve seu segredo revelado e se ferrou, então por que eu deveria ser gentil com ele? Ele nunca foi comigo. Aliás, teria sido melhor se ele tivesse apenas me ignorado, mas aquele desgraçado resolveu me ridicularizar.

— Blair, nós entendemos o motivo do seu ódio por ele, mas isso foi há três anos. É hora de esquecer. — Emma diz num tom compreensível, ela seria uma ótima psicóloga. Blair bufa.

— Vocês não tem nada a ver com isso! — perde a paciência e as palavras saem num tom exageradamente ríspido. Ao perceber o que fez, a morena se acalma, respirando fundo — Sua teoria sobre Debra é boa, Summ, mas precisamos de mais provas. Acho que poderíamos ir à escola e procurar por provas, qualquer coisa que o anônimo possa ter deixado para trás...

— É uma boa ideia! — Summer anima-se. Sabe que é loucura ir à escola durante a noite, ainda mais quando não se tem um motivo acadêmico, mas precisa de mais provas.

— Vocês duas estão bêbadas ou o que? — Scarlett indaga com a voz esganiçada e uma sobrancelha arqueada. Elas realmente querem entrar durante a noite na escola e procurar por provas? Até ela percebeu que a ideia não é lá das melhores.

— Concordo com Scarlett. — comenta Emma, dando de ombros — Hoje é sexta-feira, os professores estão na escola, em reunião. E tem o Nathaniel também, normalmente ele fica até mais tarde. Se vocês forem pegas na escola, vão se dar mal... — alerta as amigas, que parecem nem ligar.

— Os professores têm reunião, não vão prestar atenção em nós. E a reunião é na biblioteca, não vamos nem passar perto de lá. — Blair assegura.

— Mas e o Nathaniel? — Scarlett lembra-a de que existe mais um obstáculo em seu caminho.

— Nathaniel é o último com quem temos que nos preocupar. — responde Summer num tom de deboche — Meu priminho provavelmente só fica na escola até mais tarde para não ficar perto de seu pai e de Ambre. Não o culpo por isso. Além do mais, Nathaniel é um palerma.

— Eu não acredito que você disse palerma. — comenta a ruiva, levemente balançando a cabeça negativamente em forma de reprovação, fazendo a amiga revirar os olhos.

— Bem, se não tem como convencer vocês a não ir... — diz Emma demonstrando preocupação — Boa sorte.

•••

Summer e Blair observam Sweet Amoris. As duas usam calças jeans, tênis e casacos, precisam ser o mais discretas possível.

O céu está muito escuro, mas as estrelas brilham mais nesta noite. Uma ventania forte começa, fazendo os galhos secos de uma árvore que se encontra perto do portão da escola balançarem e baterem uns nos outros. O barulho dos galhos batendo dão um ar macabro a rua e fazem Blair ter arrepios.

— Você tem certeza que o colégio não tem câmeras? — indaga Summer, desvencilhando seus olhos azuis do portão para sua amiga.

— Tenho. — afirma a morena — Se tivesse alguma câmera, Peggy já teria sido pega no meio de uma de suas investigações para o jornal da escola. — responde, posicionando uma das mãos na frente do próprio rosto, protegendo-o dos cabelos loiros que vão de encontro ao mesmo.

A loira empurra o portão. Ela usa luvas pretas, assim como Blair. Segundo Summer, é melhor não tocar em nada sem luvas, pois deixariam digitais.

A dupla vai até a janela da sala de aula A. Vasculham do lado de fora da sala, todo o local perto da janela, mas nada encontram. Dirigem-se à sala de aula B e procuram pela sala toda.

— Summ, não tem nada aqui. É melhor voltarmos para casa da Scar, antes de sermos pegas. — sussurra a morena, recebendo como resposta um gesto da amiga que significava que ela devia ficar em silêncio. Ela obedece.

— Acho que o anônimo passou aí na frente. — informa, apontando para a pequena janela na porta da classe — Estava usando um capuz preto.

— E daí? Nós também estamos usando um capuz preto. — rebate — Pode ser qualquer um. Pode ser alguém do time de futebol indo devolver a bola para o Boris, pode ser alguém indo pegar um livro que esqueceu no armário, pode ser alguém indo pichar a escola. — sugere a menina — Há várias possibilidades!

— Então vamos descobrir. — Summer sussurra de volta, sorrindo e piscando um olho, confiante.

Blair revira os olhos, mas a segue quando ela sai andando. Andam na ponta dos pés em direção a sala dos professores, a qual viram a porta ser fechada há alguns segundos. Summer olha rapidamente pela janela da porta, mas nada vê. Sendo assim, resolve entrar, mas quando coloca a mão na maçaneta, sente Blair tocar seu ombro.

— E se for um professor? — pergunta, ainda sussurrando. A preocupação e o medo estão evidentes em seu rosto, mas sua amiga não se abala.

— Não é. — responde, transmitindo confiança.

Sua mão gira a maçaneta calmamente. Ela abre a porta, mas não vê ninguém, a única coisa diferente naquele lugar é a gaveta aberta de uma cômoda de metal, onde guardam fichas de alunos e esses tipos de coisa. Blair está no meio da sala, observando tudo enquanto Summer vê a pasta que se encontra em cima da cômoda de metal. Quando a morena olha para a porta, vê uma figura de capuz preto, calças pretas, botas pretas e luvas pretas abrindo a porta e saindo rapidamente.

Ela não pensa duas vezes antes de correr atrás da pessoa. Da pessoa não, do monstro. É isso que o anônimo é, um monstro. Blair continua perseguindo a figura, que parece ter a mesma altura que a sua. Não tendo mais para onde ir, o anônimo entra no banheiro masculino. A morena hesita antes de abrir a porta, sentindo todo o nervosismo. Se ver quem é o anônimo, tudo pode acabar esta noite.

A garota entra no banheiro. À sua esquerda, as pias. À sua direita, as cabines e os mictórios. Onde está o anônimo? Ele não pode ter sumido assim! Assim que vira todo seu rosto para a direita, vê quem está procurando. Não vê, realmente, quem é, pois a pessoa tem o rosto todo coberto por pano preto, apenas os olhos estão aparecendo.

Blair não teve tempo nem mesmo para ver a cor de seus olhos, pois a figura preta a empurra com força, fazendo-a bater a cabeça no mármore branco da pia. Sua visão escurece um pouco, e mal pode ver o anônimo sair correndo pela porta do banheiro.

•••

Já recuperada da visão turva e da tontura, Blair volta para a sala dos professores, encontrando uma Summer concentrada num papel em suas mãos.

— O anônimo fugiu. — informa, massageando a parte de trás da cabeça, a que bateu na pia.

— Olha só isso. — pede Summer, entregando-a o papel que antes estava em suas mãos — É o recibo de pagamento da mensalidade da escola. É de agosto do ano passado.

— Tá, e o que é que tem isso de tão importante? — indaga Blair, confusa.

— É o que o anônimo veio procurar. — responde a loira, com os olhos arregalados e a respiração irregular — É da Debrah. E o recibo está assinado pelo meu pai. — explica, fazendo sua amiga arregalar os olhos.

Aliás, por que raio o pai de Summer e Emma pagaria a mensalidade do colégio para Debrah?!


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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor! ♥ *-*



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