Insubstituível escrita por Naathy Weasley, Thais Herondale


Capítulo 8
A New Passion


Notas iniciais do capítulo

Ain amadas, mil desculpas pela demora... Thai e Naths tiveram muitos probleminhas, crises de falta de criatividade, enfim... Mas em recompensa, um capitulo bem grandinho e romântico. Espero reviews, minhas gatas.



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[Thai narrando]

Ah, foi o melhor final de semana da minha vida. Para ser mais especifica, o melhor domingo. Pena que acabou. 

O irritante barulho do despertador rasgou o ar, me espreguicei, e mais uma vez o barulhinho irritante rasgou o ar, esmurrei o despertador, e o mesmo parou de tocar.

Levantei e tomei um banho morno, vesti uma roupa decente, peguei meu material e desci.

Nat, e Rose já estavam na mesa. Joguei minha bolsa no sofá, e me dirigi até a cozinha.

- Bom dia! – Elas cantarolaram.

- Bom dia! – Eu disse me sentando. – Gente, eu preciso de outro despertador. – Eu sorri meiga.

- PQP, Thais! – Rose disse séria, eu ri. Conversamos sobre inúmeras coisas. Terminamos de tomar café, e fomos para o colégio. Como sempre Rose nos deixou na frente do colégio, e seguiu.

- Bom dia! – Dissemos em coro para Anna e James.

- Bom dia! – Eles sorriram.

- E então, quais são as novidades? – James sorriu.

- Ah, vocês não vão acreditar! – Nat disse com os brilhando mais que um cristal.

- Hm, me deixa adivinhar! Os Jonas visitaram vocês ontem? – Anna arqueou a sobrancelha. Nós rimos.

- Anna, você já pensou em ser vidente? – Eu disse sorrindo, com o rosto apoiado nas mãos.

- Sim. – Ela riu meiga. – Hm, vejo que vocês irão casar com os Jonas no futuro! – Ela brincou.

- Tomara. – Nat suspirou. O sinal bateu, nós pegamos nosso material e fomos para nossas respectivas salas.

Inglês (No Brasil seria "Língua Portuguesa"), a matéria do primeiro tempo. Como pode ser tão chata? Quem quer saber que a porcaria da frase tem verbo, adjetivo e pronome? Odeio quem inventou essa matéria. E odeio quem repassa essa matéria também. Professora ridícula! Recalcada!

Ignorando meus ataques súbitos de ódio à matéria, esqueci completamente da vida e me recusei a prestar atenção na aula, entrando numa linha de pensamento da qual tinha me esquecido: o pai da Nat. Estamos em agosto, certo? Hum, vou receber o salário daqui a 3 dias, e então vou poder dar para a Nat uma parte para mandar pro tio Silvio. Espero que ele esteja aguentando firme. Ainda bem que o Nick e os meninos estão conseguindo deixar a gente bem. Principalmente o Joe... Ele tem sido muito importante pra Nat esses dias. Falando em Nat... O que será que aprontaram pra ela no jornal? Parece que a gente nem se importou com ele hoje, que acordamos tão nas nuvens. Vou ver quando sair daqui.

- Thais, pode me dizer qual é a função dessa palavra na frase? - Perguntou a Sra. Bridgit, a professora, me despertando de forma violenta dos meus devaneios. Meu cotovelo, o qual sustentava meu braço, que segurava meu rosto, correu pela carteira e me deu um tremendo cheque-mate. O braço caiu e meu rosto bateu na mesa.

- Ainda estou esperando a resposta. - Disse a professora, em vez de me socorrer, enquanto todos riam. Ridícula!

- Q-qual palavra? - Disse, me recuperando.

- Essa aqui. - Ela apontou a palavra no quadro.

- P-predicativo do sujeito?* - Miraculosamente consegui falar algo que faça sentido.

- Hunf. Parabéns. Continue prestando atenção. - Míííítico! Acertei!

E a chata continuou explicando a matéria. Não dei a mínima, continuei pensando... Pensando... Pensando... Pensei tanto que quando o sinal bateu, parece que eu levei um tiro: Pulei da cadeira, enquanto todos se mantinham em silêncio e a professora recolhia o material. Ainda bem que ninguém notou.

[Nat narrando]

Finalmente o sinal para o intervalo tocou. Peguei uma maçã (minha fruta preferida) e saí com James indo ao encontro de Anna e Thai. Elas estavam no meio do pátio. E segurando uma folha de papel. Parecia mais um jor... Jornal! É por isso que todo mundo tem me paparicado o dia inteiro! É por isso que todo mundo tá olhando pra mim agora!

Mas antes que eu pudesse cortar um caminho pela multidão, chegou a Melody, é, chupa essa manga!

- Então era você que estava saindo com o Joe, é? - Disse, me olhando de cima a baixo.

- Olha, eu não te devo satisfações. Me deixa passar. - Ela continuou empatando meu caminho.

- O que você quer com ele? Eu juro que acabo com você se alguma coisa acontecer com ele.

- Já disse que não lhe devo satisfações. Com sua licença, majestade.

- Devia parar de andar com esse pateta. Se quiser continuar dizendo que gosta do Joe. - Ela disse, apontando pro James.

- Pateta não, ele é meu melhor amigo. E eu não estou dizendo, eu gosto dele sim! Muito! - Me revoltei.

- É melhor sua amiguinha ir tirando as garras do Nick, porque ouvi falar que ela também está tentando resolver algo com ele.

- Ela não te deve satisfações também. Agora dá licença.

- Por que você não vai fazer alguma coisa útil ao invés de espalhar seu veneno por aí, Melody? - Disse James.

- Vaza daqui, palhaço. Vai com sua amiguinha de cabelo ruim! Acho bom ela não tentar nada nem com o Joe nem com o Nick. Senão ela vai se ver comigo.

- E o Kevin? - Me virei no mesmo instante.

- Ele pode.

- POSER! - Dei um tapa nela, virando o seu rosto 180 graus, e ela caiu no chão. - NUNCA MAIS FALE NADA SOBRE MEUS AMIGOS OU OS MEUS NOVOS AMIGOS DE NOVO! - Puxei James pelo braço e consegui chegar até Thai e Anna.

- Boa! - Disse Anna, estendendo a mão para eu dar um tapinha amigo.

- Boa? Foi ótima! Afundou a cara da patricinha no chão! Acho que depois dessa, ela nunca mais aparece na nossa frente. Ainda foi na frente da escola inteira! - Disse Thai, como se fosse a coisa mais genial do mundo.

- Ninguém é de ferro, né Nat?

- Isso aí, James. - Me sentei na mesa junto de Thai e Anna, e James que se juntava a nós. - Mas o que diz aí no jornal?

- Diz que... Você saiu com o Joe no sábado. Mas não diz o seu nome. Diz só que, segundo fãs, você é apenas mais uma na vida dele, como foram Camila Belle e Taylor Swift. - Disse Thai.

- Eu não penso assim. - Anna riu.

- Eu também espero que não seja assim. - Falei.

- Sorte, amiga. - Disse Thai. Sorri, imaginando mais uma vez um daqueles beijos que me fazem suspirar um dia inteiro.

- Mas... Será que vai ter povo te perseguindo por todo lugar assim? - Perguntou James.

- Provavelmente. Acho que agora eles vão ficar na minha cola, tentar descobrir tudo sobre mim, até meu trabalho, mas foi assim que eu escolhi né... Então eu aguento. Pelo Joe.

Os dois últimos tempos foram chatos, porém rápidos. Como de costume me despedi de James, e esperei Thai na saída. Assim que ela chegou nos despedimos de Anna e seguimos para o ponto de ônibus.

Chegando na pizzaria troquei de roupa, e  mãos ao trabalho.

As horas passaram, e eu estava com muita dor de cabeça. Em todas as coisas em que eu pensava só se voltava para um único assunto, meu pai. O som do telefone rasgou o ar, tirando-me dos meus devaneios.

- Alô, pi... – Me interromperam imediatamente.

- Alô, é do McDonald’s?

- Não senhor. O senhor deve ter ligado errado. – Um grito estérico e louco vindo do outro lado da linha, fez minha cabeça latejar. Fiz uma careta.

- Te peguei! HAHAHA! – Conheci a voz imediatamente. Joe.

- Ok, você me pegou! Mas só foi essa vez! – Ele riu. – Então, o que vai querer?

- Ahn ... Quatro queijos e...

- Brigadeiro! – Uma voz gritou do outro lado interrompendo Joe. 

- Frankie! – Joe advertiu. – Argh! – Rosnou. – Ok, quatro queijos e brigadeiro, Nat!

- Certo! 

Entreguei o pedido, em minutos estava pronta, e segui o caminho.

Estacionei a moto, e apertei a campainha. Ouvi duas pessoas discutindo, ou melhor, gritando. Algo do tipo: “Eu atendo” “ Não, eu atendo“. Joe abriu a porta com um enorme sorriso no rosto.

- Oi! – Disse pegando a pizza e a fanta.

- Oi! 

- Ah, essa é a garota de quem você tanto fala? – Frankie apareceu na porta me analisando. – Ela é bonita! – Tomou a pizza da mão de Joe e correu. Joe corou por inteiro.

- Aqui está o dinheiro! 

- Joe, o Nick perguntou se você...

- Ah, não, eu esqueci! 

- Oi, Nat! – Kevin acenou.

- Oi! – Acenei de volta.

- Hm, Nat você pode passar o número do celular da Thais?

- Claro! É 94955640! (Avisando que é um número falso, q) 

- É que o Nick quer fazer uma surpresa. – Ele sussurrou, eu sorri. - Não quer entrar? – Ele perguntou sorrindo.

- Não, obrigada! Tchau! – Lhe dei um abraço, o mesmo correspondeu. 

Liguei a moto, e segui para a pizzaria.

Minha dor de cabeça havia piorado. Me mexia a cada segundo. 

- Você esta bem, Nathália? – A gerente perguntou.

- Estou sim! – Sorri amarelo.

- Hm, tem certeza? Você não para quieta!

- Estou só com um pouco de dor de cabeça, nada mais.

- Vá para casa, e descanse! – Suspirei, e fiz o que ela pediu.

Cheguei em casa, e por um momento pensei que Rose e Thai já estivessem dormindo.

 Abri a porta e ambas estavam sentadas no sofá comendo cookies e bebendo coca-cola.

- Aconteceu alguma coisa? – Rose perguntou séria, mas ao mesmo tempo preocupada.

- Não. Estou com dor de cabeça, somente. – Dei de ombros.

A dor de cabeça estava melhorando aos poucos. Tomei um banho morno, e como estava com fome, desci para preparar algo apetitoso.

Percebi que as almofadas estremeceram no sofá. E apontei automaticamente.

- O que é isso? – Perguntei confusa. Um toque conhecido saiu abafado. Parecia uma música dos Jonas.

- Thai, não é seu celular? – Rose perguntou abafando o riso. Thai pulou do sofá ficando joelhos, jogando as almofadas para cima, sem se importar onde cairiam.

Me dirigi á cozinha, resolvi fazer um sanduíche.

- Alô? – Ouvi sua voz claramente. – É sim... Como? Nick Jonas? Faça-me rir! – Ela riu nervosa, e eu também ri. – Ok, então. Onde o Nick estava ontem? 

 - Em sua casa. – Eu sussurrei.

 - Arrrgh! Vá passar trote para outro! – Ela gritou. Garota teimosa. Corri para sala com o sanduíche em mãos, mas ela já tinha desligado. – Acreditam que um louco estava dizendo que era o Nick? – Ela soltou um riso nervoso, estranho, que eu nunca tinha ouvido antes.

 - Thai... - Eu me sentei. – Não era um trote!

 - Como você sabe? – Ela arregalou os olhos. – Era você?

 - Não! – Eu revirei os olhos. – Era o próprio Nick. Hoje o Joe pediu o seu número, disse que o Nick iria te fazer uma surpresa! – Sorri maliciosa mordiscando o sanduíche.

 - Droga! – Ela gritou. 

 - Por obséquio, eu quero assistir! – Rose deu um sinal de vida, sem tirar os olhos da tv, e mordendo um pedaço de mais um dos seus cookies. 

 - E agora? – Thai choramingou.

 - Se você der sorte, ele pode ligar de novo... – Ela gemeu, e correu para seu quarto.

Tentei prestar atenção no que Rose estava assistindo, mas minha cabeça parecia estar em outro lugar. 

  Thais gritou estérica, Rose pulou do sofá assustada.

- O que foi isso? – Ela arregalou os olhos. Thai desceu a escada pulando feito uma libélula.

- Ele ligou para mim de novo! E me convidou para jogar golf na quarta! – Ela rodopiou e caiu deitada no sofá com as pernas para cima. Rose e eu disparamos a rir. Enquanto ela nos olhava como se fossemos de outro mundo.

- Hey girl, você deve estar nas nuvens agora, né? - Perguntou Rose, enquanto eu ainda ria.

- Claro, é um sonho!

- A Nat que o diga, né, risonha? - Rose olhou pra mim como seu eu tivesse feito algo de errado.

- Claro! - Dei uma risadinha, mas tão logo que olhei para Rose, senti algo na nossa direção, e logo a sala foi tomada por uma luz estranha. Olhei para a janela e tinham 2 paparazzi. - Ah não! - Caminhei até a janela enquanto eles pediam por entrevistas, e mais e mais flashes vinham por nossa casa. Fechei a cortina, e minhas amigas fizeram o mesmo com as outras janelas.

- É Nat, tá virando celebridade! - Rose riu-se. Fiz uma cara de recusa e a sala ficou em silêncio. Depois de assistir TV, nos arrumamos e fomos dormir.

****

A terça se passou normal, e aí veio a quarta. Tivemos recesso escolar por causa do Conselho de Classe, e Thai teve folga nessa quarta, com muita sorte, e começou a se arrumar para ver o Nick desde 8:30 da manhã, tipo, agora.

- PULA SAI DO CHÃO, VOU SAIR COM O NICK E... Hm, o que rima com ão e tem haver com essa música?

- Vou deixar minhas amigas voltarem pra tirar um sonecão! - Disse Rose, sem um pingo de vontade de ficar em pé.

- Calma menina! A Thai só está um pouco mais energética do que eu quando fui me encontrar com o Joe.

- Um pouco? - Rose arqueou uma sobrancelha, e apontou o olhar pra Thai pulando que nem uma gazela com um vestido por cima do corpo. - Tá, você é a Chapeuzinho Vermelho, eu sou o Lobo Mau e a Thai é a Vovózinha.

- Ei, dá pra parar de conversê, quero ajuda! - Ela gritou em frente ao espelho. - O vermelho ou o azul? - Exibiu dois vestidos de festa.

- Mulher, VOCÊ VAI JOGAR GOLFE, e não vai ao baile da rainha Elizabeth! Pelo amor de Deus! - Gritei horrorizada. - Escolhe aquela bermuda branca e a blusa listrada, e usa a gladiadora bege! Pronto!

- Também acho. - Rose disse, puxando o cobertor e bocejando.

- Desculpa gente, é que eu to empolgada, sabe... Nicholas Jonas me chama para sair, sei lá... Acho que fico pensando que tenho que estar perfeita, quando tenho que ser apenas eu mesma... - Ela disse, vermelha.

- Falou tudo! - Disse Rose, levantando um braço de forma vitoriosa enquanto estava quase dormindo.

- Ownnn tá perdoada. - Abracei Thai. - Agora faça o favor de separar essa roupa e vamos tomar café da manhã. Que horas mesmo que ele ficou de te pegar aqui?

- 15:00. Logo depois do almoço. OMG, EU PRECISO FAZER O CABELO!

- Calma mulher! A gente te ajuda! - Aquietei Thai.

- Tá bom... Já entendi. - Depois de dizer isso, nós descemos e tomamos café da manhã. Depois, fizemos um penteado fofo na Thai (http://moda.bicodocorvo.com.br/blog/wp-content/gallery/tranca-raiz/foto-tranca-raiz-07.jpg), a maquiamos e almoçamos. 14:58 e Thai já estava à uma pilha de nervos.

- OMG! São 14:58! D-U-A-S E C-I-N-Q-U-E-N-T-A E O-I-T-O! - Thai soletrava, enquanto andava de um lado para o outro feito um pai na maternidade.

- Calma, Thai, ele vem! - Rose tentava acalmar nossa amiga.

- T-tá, vou tentar acreditar nisso! - Thai disse trêmula.

- Eu também achei que o Joe não vinha e ele veio! - Disse, mordiscando um morango cheio de chocolate.

- M-mas... - Thai já ia se queixar, mas ouviu o celular tocar e correu como uma louca para atendê-lo.

- Alô? NICK? Tô em casa sim. Aham. Não, não tem nada. Tá bom. Cinco minutos? Tá! Tá bom, beijo. Tchau. - Eu e Rose olhamos uma pra cara da outra e olhamos para a cara dela, apreensivas.

- Que foi, meninas? - Perguntou com cara de sonsa.

- Anda! O que ele disse? - Perguntei finalmente.

- Ele disse que pegou um trânsito mas que já tá vindo pra cá em no máximo 5 minutos. Viram? Eu disse que ele vinha! - Rose deu uma gargalhada alta enquanto eu a encarei com cara de "Ah é, concerteza."

Três minutos depois, Nicholas Jonas bate na nossa porta de bigodes falsos, e eu atendo. Me segurei pra não rir, e ele fez uma cara de "Fazer o que, né? Tenho que usar mesmo."

- Thais, o Nick chegou! - Dramática como só, desceu as escadas numa "entrada triunfal". Tinha que ver, os olhinhos do Nick brilhavam como o de um cãozinho ao ser adotado. Thai olhou para ele com um sorrisinho meigo, meio de lado.

- Vamos? - Disse ele, assim que ela chegou na porta, oferecendo um braço à ela.

- Vamos. Tchau Rose, tchau Nat! - Se despediram de nós. Dei uma risada ao vê-los entrando no carro, e Thai como sempre desastrada, bate de cabeça na parte de cima e quase cai. Nick a segura e eles ficam tão próximos que quase se beijam. Ela olha para ele nos olhos, vermelha, e se afasta, entrando no carro de uma vez. Nick também entra e acena, e eles vão embora. Fechei a porta e ri.

- Pronto, mais um casal. Agora só falta você, Rose! - Apontei para Roh, que fez cara de culpada, achando que eu tivesse falando que ela havia engordado 2 quilos só de comer bolinhos. Voltei para o sofá, para terminar meus morangos com chocolate e começar à me arrumar para o trabalho.

[Thai narrando]

Levamos uns 15 minutos para chegar ao campo de golfe, sem nenhuma palavra no carro, depois da cena do quase-beijo. Cada vez que eu olhava para ele, ele parecia mais vermelho. Então, evitei de conversar. O campo estava completamente vazio, em excessão de alguns pássaros que pousavam ali.

- Hey Nick, por que o campo está vazio? - Perguntei, ele se virou pra mim e colocou a mão na nuca, com as bochechas rosadas.

- Eu achei que iria ser melhor... hm... se nós estivéssemos à sós aqui. Então eu aluguei o campo só pra nós. - Ele deu uma curta risadinha.

- Own, que fofo! Obrigada. Não precisava. Você deve ter gastado uma grana.

- Não foi nada. E à propósito, hm... Você está linda.

- Obrigada. Você também está muito... bacana! - Está muito bacana? Thais, você está na frente do HOMEM DA SUA VIDA!

- Valeu. Então, vamos começar? - (pessoas, eu não sei muito de golfe, então se eu escrever algo errado, peço perdão.) Ele sorriu, e pegou os tacos e as bolas, e começou. - Vou mandar a bola 1! - Disse, colocou a bola no campo e mandou-a para bem longe, mais especificamente para o buraco um, que por ser muito bom ou por cagada do destino, acertou em cheio o buraco 1.

- Que sorte, heim! - Eu ri.

- Pois é. Então... Sua vez! - Agi meio sem graça, nem sabia pegar no taco.

- Você não sabe jogar, né? - Ele disse, rindo do jeito desajeitado que eu tentava me equilibrar e me alinhar à bola.

- É... - Dei uma leve risada. - Esqueci desse detalhe. Pode me ensinar, se não for muito incômodo? - Perguntei, sem jeito.

- Óbvio que posso! - Ele deu um sorriso radiante, daqueles que fazem milhões de meninas babarem, e se aproximou de mim. Cada vez mais perto. Chegou atrás de mim, colocando os braços sobre os meus, até chegar na minha mão, e encaixando seu queixo na curva do meu ombro, e fez meu corpo arrepiar da ponta dos meus dedos até o meu último fio de cabelo. Me ajudou a segurar no taco e não demorou muito, mandamos uma bola que caiu bem perto do buraco 1. Mas continuamos na mesma posição. Sentia um friozinho bobo na barriga. Até que ele saiu da posição, largando aos poucos minha pele, sem deixar de passar as mãos pelos meus braços nus e me arrepiar novamente. Fechei os olhos e dei um suuuuper sorriso, mas acho que ele não percebeu, mas vi que ele também sorriu logo em seguida. O encontro foi decorrendo tão fofamente... O Nick sempre me ajudava. Nos divertimos tanto que nem vimos a hora passar, e já eram quase 18:00 e terminamos o jogo. Após catar a bola do último buraco, fizemos a contagem. Lógicamente ele ganhou, mas por poucos pontos de diferença. Enquanto contávamos piadas e ríamos feito doidos, me toquei que ele estava me levando para um lugar diferente do caminho aonde estava o carro.

- Hey Nick, o carro não está para lá? Por que estamos vindo para cá?

- Surpresa. - Ele deu um risinho de canto de lábio, que quase me deixou hipnotizada. Após caminhar um pouco, chegamos à um lugar cheio de postes, tipo aqueles que têm em praças, com a lâmpada redonda? Pois então. Haviam vários, que estavam ao redor de uma toalha quadriculada com uma cesta sobre a mesma. Também haviam sucos. Olhei intrigada para aquilo, e depois para ele. Ele sorriu e respondeu a pergunta marcada em meus olhos.

- Um piquenique noturno! Que tal?

- Perfeito! - Sorri, abraçando ele. - Muito obrigado, está sendo o dia mais perfeito da minha vida! - Ele me correspondeu, e eu encaixei o queixo na curva do pescoço dele, me sentindo à vontade. E ficamos ali por longos segundos.

[Nat narrando]

Estava apoiada com os cotovelos sobre o balcão e as mãos sustentando o rosto. Os paparazzi vinham do outro lado da rua fora da pizzaria se amontoando para tirar fotos da nova garota do Joe Jonas. Virei de costas para pegar o caderninho de anotações, pois já haviam dado 18:20, em até mesmo uns 5 minutos Joe estaria me ligando. Por questão de segundos, virei e logo já estavam os flashes batendo na minha cara. Centenas de mãos com microfones e gravadores pediam uma entrevista, uma resposta à uma pergunta, e eu recusava todas. O barulho do telefone rasgou o ar e eu o peguei e o carreguei para dentro do armário do zelador, enquanto Chuck tentava espantar todos aqueles paparazzi dali antes que eles espantassem toda sua clientela.

- Alô? - Falei com um pouco de dificuldade ao dividir o armário com várias vassouras e produtos de limpeza.

- Alô? Nat? É você? - Ele perguntou, confuso. - Que barulhada toda é essa aí?

- Paparazzi e mais paparazzi. - Dei uma risada sem-graça. - Olha, com essa confusão aqui acho que vou demorar um pouco para despistá-los e chegar aí a tempo, espero que sua pizza não esfrie.

- Não tem problema! Desculpa pelos paparazzi... Mas eles sempre descobrem tudo.

- Tudo bem. E aí, de que vai ser a pizza hoje?

- Quero uma pizza pra dois de frango com catupiry.

- D-dois? - Minha voz estremeceu.

- Aham. - Disse, feliz - E com um refrigerante à sua preferência.

- Tá bom. Vou tentar chegar rápido.

- Tá. O importante é que você esteja bem. Até logo.

- Até. - Desliguei o telefone, suspirei e saí, entreguei o pedido para a cozinha, tentando acreditar que a pizza para dois era somente para ele e o Kevin. Voltei ao balcão, deixei o telefone no balcão e sentei num banquinho. Olhei para a porta da pizzaria e ainda haviam alguns 5 fotógrafos persistentes implorando por uma foto. Logo a pizza estava pronta. Chuck me ajudou a sair e botá-la na minha moto junto com uma Coca-Cola zero. Segui por algumas ruas a caminho da casa dele, e os paparazzi começaram a me perseguir. Demorei um pouco para despistá-los, e após virar mais umas 5 ou 6 ruas, saí na casa dele. Desci da moto e me dirigi até a porta, carregando tudo o que tinha direito. Apertei a campainha com um pouco de dificuldade, por causa das mãos cheias.

- Hey Nat! - Ele sorriu ao atender a porta. - Deixa eu te ajudar com isso. - Pegou as coisas da minha mão e levou até a mesa.

- Olha, Joe eu vou precisar de um favor. - Pedi com a carinha mais fofa que consegui.

- Claro! O que é?

- Os paparazzi me seguiram e eu os consegui despistar. Mas não vai demorar muito, eles vão achar minha moto mais cedo ou mais tarde. Posso colocá-la dentro da garagem? Pelo menos até isso passar um pouco, sabe. Por favor.

- Lógico. Vamos lá. - Ele pegou a chave da garagem e abriu o portão enquanto eu esperava. Quando eu ia subir na moto, ele me parou e subiu, tirando um óculos do bolso e colocando.

- E aí, gata? Quer dar um rolê na minha motoca? - Ri um tanto e depois respondi.

- Claro, Mr. Pizza! - Subi na traseira da moto, ele ligou e foi para a garagem. - Já acabou o passeio? - Fiz biquinho.

- Aham, curtiu? - Ele riu.

- Muito obrigada por deixar minha moto aqui. - Dei um selinho que o surpreendeu. Ele ficou meio em choque, depois riu e desceu da moto, fiz o mesmo.

- Quer entrar e comer? - Ele pediu. - Além do mais, não tem como você ir embora. - Riu.

- Tudo bem. Mas a pizza não é só para você e para o Kevin?

- Não, Kevin já comeu e foi ensaiar um pouco com a guitarra. Mamãe e meu pai não querem comer. E minha mãe colocou o Frankie de castigo e agora ele não pode comer pizza. Na verdade, pedi a pizza pra dois de propósito. - Ele riu, sem graça.

- Entendi. - Eu ri e entrei. Denise e Paul estavam sentados no sofá, assistindo à televisão. - Boa noite. - Cumprimentei-os.

- Boa noite, querida. - Respondeu Denise, e Paul assentiu, sorrindo.

- Mãe, pai, essa é a Nat! - Joe disse, pegando minha mão. Fiquei um pouco vermelha, Denise riu um pouco com minha reação.

- Então você é a Nat da qual o Joe tanto fala? - Paul disse, interessado.

- Ele fala muito de mim? - Perguntei, sorrindo.

- Todo dia das 18:30 até a 00:00. - Denise disse, rindo.

- Mãe! - Joe bateu com um pé no chão, vermelho. - Bom, eu vou no jardim dos fundos com ela.

- Tudo bem. Juízo. - Disse Paul.

- Pode deixar, Sr. Jonas. - Eu disse, sorrindo.

- Me chame de Paul.

- E nem tente me chamar de dona Denise! Ou eu desaprovo esse namoro! - Riu Denise.

- Mãe! Nós ainda não estamos namorando! - Me surpreendi com o "ainda".

- Então tá. Boa comida, crianças. - Denise riu e voltou-se para a TV, e Paul fez o mesmo. Fomos para o jardim dos fundos. Era lindo e bem cuidado, repleto de flores que se misturavam e formavam labirintos. No centro havia uma mesa e duas cadeiras.  Ele colocou a pizza e o refrigerante sobre a mesa e me convidou para sentar. Começamos a comer e, como se fosse um encontro, começamos a conversar sobre coisas e mais coisas e nos conhecemos bem melhor e mais tranquilamente que da outra vez.

Joe deu uma risada.

- O que foi? - Perguntei, intrigada.

- E então, o catupiry herói age mais uma vez. - Disse ele, passando o polegar nos meus lábios sujos e me beijando delicadamente.

[Thai Narrando]

Ah, eu nem acredito que eu to saindo com o Nick Jonas! Isso tudo parece um sonho.  Meu maior ídolo! Eu sempre o amei, sempre sonhei em conhecê-lo um dia. Porém, de uns tempos para cá acho que não é apenas amor de fã. É muito confuso, eu estou muito confusa.

 Estar aqui com o Nick, neste lugar deserto, somente eu e ele... Parece que estou num conto de fadas. Um sonho, do qual eu nunca quero acordar.

  Estendi a mão para pegar um sanduíche, Nick fez o mesmo, nossas mãos se tocaram, torci para não corar, e pro Nick não olhar para, mas pelo que eu conhecia dele ele também deveria estar corarado.

- Pode pegar! – Nós dissemos em uníssono, eu dei um meio sorriso, corada.

Desisti do sanduíche e peguei uma maçã.

- Hm, Nick, acho que está um pouco tarde, não acha? – Eu perguntei cabisbaixa, torcendo para que ele dissesse que não. Ergui a cabeça, ele me olhou com uma carinha fofa de: Já?

- É mesmo, né? – Ele murmurou coçando a nuca.

- É. – Eu disse quase para mim mesma.

Arrumamos as coisas. Ele pôs seu disfarce “irreconhecível” e caminhamos até o carro. Permanecemos praticamente o caminho inteiro calados. Comecei a balançar a cabeça e a bater os pés no ritmo da música tentando não parecer nervosa. Uma música* começou a tocar no rádio, e sem perceber comecei a cantar.

- If the heart is always searching, can you ever find a home? I've been looking for that someone i never make it on my own. – Nem percebi que estava cantando alto.

- Dreams can't take the place of loving you there's gotta be a million reasons why it's true. – Nick continuou.

- When you look me in the eyes and tell me that you love me everything's all right when you're right here by my side. When you look me in the eyes i catch a glimpse of heaven i find my paradise when you look me in the eyes. – Cantamos juntos.

- How long will I be waiting, to be with you again? I’m gonna tell you that I love you in the best way that i can. – Cantei sozinha.

- I can't take a day without you here, you're the light that makes my darkness disappear. 

- When you look me in the eyes and tell me that you love me everything's all right when you're right here by my side. When you look me in the eyes i catch a glimpse of heaven i find my paradise when you look me in the eyes.

- Move and more, Iistart to realize i can reach my tomorrow, i can hold my head up high and it's all because you're by my side.

- When you look me in the eyes and tell me that you love me everything's all right when you're right here by my side. – Nick cantou sozinho. – When I hold you in my arms i know that is forever, i just gotta let you know and never wanna let you go.

- Cause when you look me in the eyes and tell me that you love me everything's all right when you're right here by my side. When you look me in the eyes i catch a glimpse of heaven i find my paradise when you look me in the eyes. – Ele me olhou sorrindo, eu retribui tímida.

Voltamos à monotonia de antes. Nick estacionou em frente a casa.

- Acho que chegamos. – Ele murmurou fitando o volante. Respirei fundo sem tirar os olhos do porta-luvas. Eu não queria sair, queria ficar mais tempo com    ele    .

Nem percebi que Nick havia saído do carro, e estava me esperando do lado de fora com a porta aberta, peguei na sua mão e desci.

- Obrigada por hoje! – Eu sorri.

- Eu que agradeço! – Ele pôs uma pequena mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Senti um frio na barriga. Ele afagou meu rosto e se aproximou mais, senti o calor da sua respiração, automaticamente fechei os olhos, e senti o gosto dos seus lábios nos meus. Nicholas Jerry Jonas estava me beijando, dá pra acreditar?


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