O gênesis do meu apocalipse escrita por E J Wild


Capítulo 3
Capítulo 3




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Leon já não era mais o mesmo do verão passado, um ano em Durmstrang foi o suficiente para mudá-lo por completo. Ele passava horas se dedicando aos estudos, era o aluno mais brilhante de sua turma, suas notas eram impecáveis em todas as matérias, alguns até diziam que o garoto era superdotado, o diretor Karkaroff até o dera uma permissão para freqüentar as salas de aula das séries a sua frente. Quando não estava estudando, os amigos e ele pregavam peças pela escola, adoravam irritar as garotas de sua turma e fazer o zelador parecer ainda mais louco do que era.

Então, as férias chegaram e os três mosqueteiros tiveram que se separar, mas as corujas não cessaram, trocavam cartas toda semana sobre as experiências que viviam e o que estavam para aprontar assim que as aulas retornassem.

Era claro que aquela não era a mansão dos Rowle, os cômodos da casa eram incrivelmente espaçosos, as paredes eram escuras e roxas, possuíam até uma lareira de mármore na sala de estar. Aquele era o paraíso perto da atual residência Rowle, mas não chegava aos pés de sua antiga morada, um dia retornariam as suas origens. Magnus e Leon, como em todas as férias, passavam alguns dias na casa do Malfoy. No fundo a relação entre aquelas duas famílias poderia ser denominada amizade.

Draco e Magnus aproveitavam o belo dia para voar, rodeavam a casa em suas vassouras, apostavam corridas e até mesmo encenavam uma partida de quadribol. Enquanto isso Leon brincava sozinho de explorador dentro da mansão, queria descobrir passagens secretas, entrar em lugares onde jamais pisou.

— É melhor que tenha êxito em sua tarefa, Lúcio! – ameaçou o mais alto dos loiros. Os olhos cinzentos de Lúcio encavaram os azuis vividos de Thor, internamente ele tremia feito um ratinho amedrontado, mas não deixou nada transparecer, era aparentemente inabalável.

— Confie em mim, Thor, ocorrerá tudo conforme o planejado, a câmara secreta será aberta! – Lúcio fez o melhor que pode para parecer o mais convicto possível, mas o outro comensal o conhecia bem o suficiente para não dar credibilidade a suas palavras.

— Não devo confiar em quem não é digno, caro Lúcio, você é um covarde, fugiu como uma menininha após a queda do nosso Lorde, você é uma vergonha para nós, comensais, acontece que não tenho outra alternativa a não ser confiar em você. Peça para Draco fiscalizar cada passo do Potter, aquele garoto... não podemos arriscar, temos que ficar de olho nele! – ele ordenou andando de um lado para o outro do cômodo. 

— Não se preocupe quanto a isso. Quanto ao diário, em breve terei que ir ao beco diagonal me desfazer de alguns dos meus artigos, então concretizarei a última tarefa designada a mim – relatou Malfoy

— Ora, Lúcio, não me diga que está com medo do Weasley, pensei que fosse melhor do que isso – caçoou Rowle, a idéia de ir para Azkaban atormentava qualquer bruxo, inclusive ele, mas não perderia a oportunidade de demonstrar superioridade.

— Não seja tolo, apenas prefiro não desafiar o ministério, Weasley é uma vergonha para o mundo da magia, estou apenas me precavendo daquela inspeção ridícula que ele incentiva – falou Malfoy convicto pela primeira vez. Seu problema não era com Weasley e sim com acabar em Azkaban.

— Espero que essa seja sua verdadeira intenção. Iremos juntos ao beco diagonal, quero me certificar da presteza de seu serviço... – então antes que pudesse terminar de ouvir a frase um barulho assustou o pequeno Leon que ouvia toda a conversa por uma passagem secreta atrás do quadro do senhor Malfoy em seu escritório, ele olhou para trás e imediatamente viu a origem do barulho, um pequeno elfo domestico estava um pouco atrás dele ouvindo a mesma conversa, nesse instante Leon andou em sua direção rapidamente, agiu por impulso, nem ele mesmo sabia o que estava a fazer, então a certa distancia de seu ponto de origem ele retirou a varinha do cós de sua calça e encurralou a criatura contra a parede.

— Elfo enxerido, como ousa espionar seus senhores! – repreendeu ele erguendo a criatura pelo trapo que ela vestia.

— Doby não estava espionando senhor! – defendeu-se ele com seus imensos olhos ainda maiores devido ao medo.

— Ora, acredita mesmo que eu cairia nessa ladainha? – disse Leon aproximando sua varinha ainda mais do nariz pontudo do elfo.

— É verdade, senhor, Doby estava apenas de passagem. Doby não ouviu nada, senhor! – o elfo negou todo trêmulo. Cada centímetro do seu corpinho chacoalhava. 

— Vai, some logo daqui, vou poupar seu castigo dessa vez, mas não abuse do meu bom humor! – ordenou ele então Doby sumiu diante de seus olhos como se tivesse evaporado. Não  foi seu humor que poupou a Doby um castigo, mas o fato de ter que justificar a seu pai que também estava espionando... E não acreditou que um elfo faria algo com essa informação.


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