Um pedido, um tempo e um casamento escrita por Alexandra Watson


Capítulo 27
Percabeth 2.0


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que não ia demorar pra postar, não disse?
Só porque eu amo vocês e sei que muitos estão ansiosos.
As coisas podem ficar um pouco mais quentes agora (tipo como estava nesses últimos dias, porque né...)
*Divirtam-se*



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[Dia oito de abril. Casa.]

Entrei no banheiro e liguei o chuveiro para encher a banheira. Entrei quando ela estava cheia e esperei por Percy. Ele apareceu pouco depois, já totalmente despido.

– E então? Fez o pedido?

– Sim, senhorita. Nós temos cerca de dez minutos pra tomar banho – ele disse entrando na banheira de frente para mim.

– É tempo o suficiente para eu poder lavar meu cabelo, eu acho – provoquei. Mesmo com o cabelo preso, ele fechou a cara.

– Você não vai fazer isso comigo – ele disse quase pulando em cima de mim, mas deixando ainda um pequeno espaço entre nós.

– E quem vai me impedir?

– Eu, senhorita Chase.

Ri disso. Sua expressão pareceu se aliviar.

– É claro que eu não vou deixar você na mão, Perseu bobinho. Quando foi que eu fiz isso?

– Bem, teve aquela vez logo depois do casamento ...

– Eu tava menstruada, Percy.

– Mas e aquela vez em que ...

– Eu tava grávida de sete meses? Reveja os fatos, amor.

– Mas você tava tão linda – ele disse em minha orelha.

– Eu tava enorme, isso sim.

– Mas continuava linda – ele mordeu o lóbulo de minha orelha e eu me arrepiei.

– Obrigada, Cabeça de Alga. E então? Vai ficar só dizendo como eu sou linda ou vai fazer alguma coisa?

E então ele me beijou e eu senti como se estivesse embaixo d’água porque, hey, nós estávamos em baixo da água. Sorte que eu não havia posto espuma na água, porque Percy, em seu impulso, havia feito com que ficássemos em uma bolha de água dentro da banheira.

– Você ... acabou ... de molhar ... o meu cabelo – segurei-o antes que ele me beijasse de novo. – Sabe que eu vou ter que lava-lo agora, não sabe?

– É, mas você vai fazer isso depois não vai? – seus olhos estavam de uma cor escura, indicando que ele não estava fazendo uma pergunta, mas sim afirmando que eu faria isso depois. Não era o caso de ele estar mandando em mim, mas já confirmando o que nós dois concordávamos.

– Talvez eu vá – e voltamos a nos beijar. Ele desceu uma trilha de beijos até meus seios e se demorou por ali, indo depois até minha intimidade, mas eu o parei. – Nada de preliminares hoje, Jackson, a pizza deve chegar ... – ouvimos a campainha. – Merda!

– Esquece a pizza. Isso é mais importante.

– Sério? Você recusando comida?

– Estou trocando comida por sexo, Annie. Pense nisso.

– Vai logo buscar essa pizza que eu tô com fome. Depois nós podemos continuar com isso.

– Ok, volto em dois minutos e ...

– Agora eu vou ter que lavar meu cabelo, Cabeça de Alga.

– E eu vou tomar um banho descente com minha linda namoradinha - ele disse como se tivesse planejado isso o tempo todo.

– Uhum. Vai logo e põe uma roupa e me espera pra comer a pizza.

– Eu vou voltar, Sabidinha, se não fico com cheiro de cachorro molhado – ele saiu e fechou a porta atrás de si. Bufei a contragosto e desmanchei o coque molhado em meu cabelo. Comecei a tomar meu banho e alguns segundos depois Percy chegou.

– E então? Onde nós paramos?

– Você vai entrar aqui e vai tomar um banho. Depois nós vamos comer aquela maldita pizza pedaço por pedaço até não sobrar mais nada e ai, só ai nós vamos fazer sexo a noite inteira. Você me entendeu?

Não, eu não sei de onde isso veio, mas saiu diretamente de minha boca. Ele só entrou na banheira e começou a se lavar também.

– Você que manda, não sou eu quem vai te impedir.

Resmunguei em grego antigo e Percy riu. Depois de tomar banho coloquei um outro pijama, uma camisola de seda toda fofa que havia ganhado de Piper. Fui para a sala, onde encontrei Percy, pizza e refrigerante.

– Deuses, eu tô morta de fome.

– Então acho bom você se alimentar direitinho, Chase, porque hoje, a noite promete.

– Seria uma pena se de repente nós recebêssemos uma ligação de sua mãe dizendo que Zoe ou Charlie estão chorando.

– Di Immortales, Annabeth. Vira essa boca pra lá.

– Isso não vai acontecer, Percy, relaxa, eles já se acostumaram a dormir fora. Mas tenho que admitir, estou com muitas saudades deles – me deitei em seu ombro.

– Eu também. Quem diria que ter paz por todo um dia fosse assim, tão ...

– Vazio – completei. É claro que o dia havia sido maravilhoso só com Percy, mas eu sentia falta dos meus bebês. – Eu vou ligar pra eles.

– Annie ...

– Percy, eu sempre dou boa noite pros meus bebês, não vai ser hoje uma exceção – peguei o telefone e disquei o número de Sally. Uma vozinha fina atendeu.

– Alô? – era Zoe.

– Oi, eu gostaria de falar com a senhorita Zoe Chase Jackson, ela está?

– Sou eu, mamãe! – ela gritou do telefone, então ela chamou o irmão para perto dela e colocou no viva voz. Escutei Charlie dar oi.

– Oi meus amores, como vocês estão? Foi divertido passar o dia ai com a vovó e o vovô?

– Foi sim, mamãe. Quer que eu passe pra vovó?

– Não precisa, Zoe. Eu só queria dar boa noite pra vocês dois e o papai também – cutuquei Percy nas costelas e ele deu boa noite para eles também.

– Boa noite – os dois disseram juntos.

– Zoe, tome conta de seu irmão e avise sua avó que nós ligamos, sim?

– Tá bom, mamãe.

– Fiquem com os deuses.

Desliguei e olhei para Percy.

– Viu? Eu só queria garantir que eles estavam bem.

– Annie, admita, você está morrendo em ter que ficar longe deles um final de semana inteiro.

Ia protestar, mas ele estava certo. Coloquei minha cabeça em seu pescoço e ele me puxou para seu colo. Deixei as pernas ao redor de sua cintura e deixei que ele afundasse a cabeça em meus cachos praticamente secos.

– Você não vai começar a chorar de novo, vai? – ele perguntou entre meus cachos, me fazendo rir.

– Não, acho que não.

– E nem precisa. Annie, você é uma mãe fantástica. A melhor e única que poderia imaginar para meus filhos.

– Eu sei, Cabeça de Alga. E você também não é o pior dos pais – disse me levantando e ficando frente a frente com ele.

– Não sou um dos piores? – ele perguntou rindo. – Quem seria um pai melhor do que eu?

– Alguém que não quase destruísse meu banheiro toda vez que vai da banho nas crianças – eu disse rindo e ele se fingiu de ofendido. – Só tô brincando, Cabeça de Alga. Sabe que é um ótimo pai, senão nossos filhos já teriam cortado você em pedacinhos, como reza a lenda.

Ri e ele me acompanhou. Passei a mão por seu cabelo e depositei-a em seu rosto, fazendo movimentos circulares com o dedão.

– Σ 'αγαπώ, Percy.

– Σ 'αγαπώ, Annabeth.

* Obs.: está escrito em grego “amo você”. Sim, grego.” *

Beijei Percy novamente, mas ele nos separou.

– Tem muita pizza ainda, Annie. E eu não vou desperdiçar nenhum pedaço sequer.

– Você tem razão. Comida vem antes de tudo nesse mundo. Me passa um pedaço, por favor.

– Levanta e pega, coisa gorda.

– Você me chamou do que? – não, ele não me chamou de gorda.

– Ah, pera, esqueci com quem eu tô falando. Levanta essa delicia de bunda de cima de mim e estende esse corpo super definido até alcançar a pizza.

– Melhorou. Sabe que eu dei um duro danado pra voltar a ser o que era aos dezessete anos, ainda mais depois das gravidezes.

– Você ia continuar perfeitamente linda, mesmo gorda com celulites e estrias e essas coisas que eu não sei o nome.

– Obrigada, Cabeça de Alga.

Ele me deu um longo selinho e me entregou um pedaço de pizza. Depois de comermos, Percy foi se levantar para levar as coisas para a cozinha, mas ele precisava me tirar de cima dele primeiro.

– Sabidinha, se você não se levantar, eu não vou poder colocar isso na pia e vai ficar uma sujeira enorme aqui.

– Me leva junto – eu disse pondo meus braços por baixo dos seus e me prendendo nele.

– Ok – ele se levantou segurando minha cintura e, quando estava em pé, colocou as duas mãos em meu bumbum, se esquecendo das outras coisas, tipo, que eram para estar na cozinha.

– Hey!

– Você quer me usar de meio de transporte e não quer pagar um preço por isso? Nem pensar Sabidinha.

Ele correu em direção a cozinha comigo no colo e eu comecei a gargalhar. Me sentia uma adolescente de novo e Percy, pelo visto, também. Chegando na cozinha, ele me colocou na bancada e começou a me beijar furiosamente.

– Você não quer fazer isso aqui, quer Cabeça de Alga?

– E qual é o problema?

– O problema é que nós comemos aqui – disse enquanto ele beijava meu pescoço, deixando, com certeza, diversas marcas vermelhas que futuramente ficariam roxas por ali.

Ele pareceu não me escutar, já que tirou minha camisola e jogou-a longe. Escutei um baque surdo, de algo caindo no chão. Percy já não estava mais centrado em meu pescoço, e sim em meus seios. Afastei-o bruscamente. Ele quase caiu, não fosse pela mesa sem eu caminho.

Me levantei da bancada e corri em direção a meu quarto. Escutei seus passos atrás de mim. Chegando lá, pulei em minha cama e senti um baque ao meu lado. Me virei e rolei para cima de Percy e dei-lhe um rápido selinho.

– Obrigada, Annie.

– Pelo que?

– Por tudo. Tudo isso – ele falou isso de um modo tão fofo e carinhoso que eu soube que ele não estava falando sobre o que nós estávamos prestes a fazer.

– De nada, Cabeça de Alga. Sinta-se sempre bem-vindo – beijei-o.

– É muito difícil arranjar um pretexto pra começar a fazer coisas nada fofas com você agora.

– E que tal isso – beijei-o e ele riu, retribuindo o beijo.


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Notas finais do capítulo

Ai gente