Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 41
Capítulo 40 - Eu Não Vou Te Deixar Dormir Aqui!


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey Cupcakeeeees!!!

Minhas semana foi lotada, desculpem... Eu sei, vocês devem estar totalmente desapontadas comigo... Prometo que isso não vai mais acontecer.
Booom!! Para compensar temos um cap até que grandinho, viu? Tomara que gosteeem!!
PS: Obrigada pelos comentários!! Amo vocêêês!!

Musica do CAP: Sam Smith - Stay With Me
Beijoooooocaaas!!



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– Não é nada disso que você está pensando Hannah. Eu posso explicar. – declaro com as minhas mãos molhadas de suor.

Porque você tinha que ter a boca tão grande, hein Jane?

– Olha Jane, eu sei muito bem o que eu ouvi. – ela sorri de lado, como Andrew e Julian. – E como você pode ver não sou mais tão criança assim. Eu entendo o amor.

– Hannah, não existe amor! – minto chegando perto da loira e me sentando ao seu lado na cama. – Eu e Andrew somos irmãos! Eu só disse aquilo porque meu namorado estava me enchendo.

– E você acha que ele tem ciúmes do Andy a toa? – Hannah indaga com a sobrancelha levantada. Eu me ajeito no lugar e respiro fundo antes de responder.

– Hannah, esse assunto está encerrado, ok? – pergunto me levantando e rumando de volta até a porta do guarda roupa que eu estava arrumando antes.

– Mas...

– Mas nada! – eu falo um pouco mais alto. – Hannah, eu e Andrew não temos nada.

Não sei quanto tempo passou, mas sei que o quarto ficou em silencio até Julian vir nos chamar para jantar. O hotel era grande, então tínhamos que andar bastante até o restaurante.

Hannah e a enfermeira ficaram no quarto, pois os equipamentos da pequena não poderiam ir tão longe. Já eu, Andrew, Julian e Quinn fomos até o restaurante.

Era gigante. Varias mesas que variavam de cor, algumas vermelhas fogo e outras vinhos. As cadeiras mais pareciam poltronas de tão grandes e a comida era bem abundante.

– Eu financiei esse Hotel assim que fiquei rico. – explicou Julian rumando para uma mesa de quatro lugares. – A reforma acabou fazem apenas alguns anos.

– Então quer dizer que isso tudo é nosso? – Quinn olha em volta e aponta para o luxuoso salão.

– Sim, isso tudo é meu. – ele corrige a mulher, que fica até um pouco envergonhada.

Eu me sento ao lado de Quinn e Julian, com Andrew na minha frente. A comida estava ótima, mas ninguém disse se quer uma palavra durante a refeição.

Todos acabaram minutos depois. A sobremesa foi um grande pavê, o qual dava até para comer de joelhos, de tão bom.

– Olhe querido! – Quinn exclama apontando para a porta do restaurante. – Aquela não é a Família Manchinni?

Olhei para onde Quinn apontara e vi três pessoas paradas também olhando para nós. Meu pai se levantou e Quinn o seguiu. Eu e Andrew, sem saber o que fazer, fomos atrás.

– Quanto tempo Manchinni! – exclama meu pai apertando a mão do senhor gordo em sua frente.

– Eu quem digo isso! Fazem... Não sei, talvez 5 anos? – o senhor gordo responde. Sua voz é engraçada, como se tivesse colocado uma batata na boca.

– Claro, no verão de 2009. Ahm, quase que eu me esqueço! Conhece a minha família, certo? – Julian aponta para nós. – Essa é minha mulher, Quinn, e aqueles são meus filhos, Andrew e Jane.

– Jane a filha da Windy? – a senhora ao lado do tal de Manchinni se pronuncia. Ela é igualmente gorda e está com os cabelos pretos presos em um coque, o que a faz ficar ainda mais gorda.

– É. Na verdade, ela é minha filha também. – Julian ia falar mais alguma coisa, mas eu o corto.

– Como conhece minha mãe?

– Querida, - Julian vem até mim e coloca a mão no meu ombro, fazendo até uma certa força. Ele nem deu tempo da tal Sra.Manchinni responder. – vamos deixar isso para depois, que tal?

– Tudo bem.

Um silencio se faz, mas ele dura pouco. Logo uma menina alta e com o corpo esbelto sai de trás da senhora gordona e sorri. Ela é linda. Cabelos pretos como os da mãe e olhos verdes como os do pai. Ela é magra e alta, o contrario dos dois.

– Andy! – exclama abrindo os braços e pulando no pescoço de Andrew. – Quando tempo! Meu Deus, você está ainda mais gato!

Eu sei que não deveria, mas fiquei quase louca de ciúmes. Como uma menina que não vê o meu Andrew a mais de cinco anos tem tanta intimidade assim com ele? Fecho os punhos.

– Posso dizer o mesmo de você, Clary. – a voz de Andrew sai sedutora, e eu quase pulo do pescoço dele por isso. Quando percebe que eu estou olhando a flertada dele com a tal de Clary para imediatamente.

– E Hannah? – pergunta a senhora gordona para Quinn.

– Ela teve que ficar no quarto. Sabe, problemas com o equipamento. Mas vamos ver se amanha levamos ela para tomar um Sol na piscina principal. – nisso Quinn e senhora gorda começam uma conversa animada sobre Hannah e Julian e o Sr.Manchinni falam sobre a bolsa de valores.

– Vocês vão ficar para o Natal? – pergunta Clary olhando diretamente para Andrew.

– Vamos sim. E você? – ele pergunta sobre Clary. Tipo, como se a família dela simplesmente não existisse.

– Claro! Passamos o Natal aqui quase sempre. – ela chega mais perto dele e fala um pouco mais baixo, mas não medindo esforços para não ser ouvida. – Sabe, sei que você se lembra da ultima vez que viemos aqui. Na canoa, no nosso passeio de bote quando...

– Olha, se não for incomodar os pombinhos, eu vou me deitar. – me pronuncio deixando a minha raiva bem exposta. – Boa noite.

Saio caminhando com passos largos e rápidos de lá. Nesse momento eu seria capaz de matar alguém! Quer dizer que o Andrew pode flertar com alguém na minha frente e eu não posso ter um namorado?

Argh! Depois dizem que as meninas que são complicadas!

Assim que viro o corredor olho para trás, na esperança de ver um certo loiro me seguindo. Mais isso não acontece. Sei que parece besteira, mas sempre que brigamos ele vem falar comigo e pedir desculpas, nunca eu estou errada.

Admito que fico esperando um pouco para ver se ele aparece. Imagine uma menina a ponto de chorar encostada na parede de um corredor vazio esperando o amor da sua vida. Pois é, essa sou eu.

Volto para o quarto quando vejo que ele realmente não se perdeu no caminho. Meu coração parece um lixo publico. Entro no banheiro e fecho a porta, sem Hannah ter a chance de me ver chorando.

Tomo uma ducha demorada e visto o meu pijama. Está um pouco quente, então coloco um shorts curto e uma regata branca.

– Estava tão chato assim lá? – indaga Hannah quando vê a minha cara.

– Na verdade, estava sim. – dou os ombros. – Por hoje eu quero apenas dormir.

Deito-me na cama e me amontoou nas cobertas. Está calor, mas eu nunca consegui dormir sem cobertores.

– Jane, está dormindo?

Hannah tem a voz pequena no meio da escuridão do quarto. Eu me viro em direção que ela está e puxo a cordinha do abajur, acendendo a luz.

– Não. O que foi querida?

– Eu não conseguindo dormir. – conclui a pequena. Na boa, isso era só o que me faltava.

– Tudo bem. Quer que eu deixe a luz acesa, ou que eu vá até ai para ficar com você? – pergunto já me sentando na ponta da cama.

– Na verdade, quando eu estou assim apenas meu irmão consegue me fazer dormir.

– O que?! – exclamo arregalando os olhos. – E o que você quer que eu faça?

– Pode chama-lo aqui para mim? – pergunta batendo seus cílios uns com os outros. Ela também faz bico, como se pedisse muito por uma coisa. – Jane, se ele não vier eu não vou conseguir dormir.

Fico um tempo calada, pensando na possibilidade de me jogar da sacada.

Suspiro, derrotada.

– Argh! – reclamo colocando a mão na testa. Eu me levanto. – Depois disso eu sou a melhor irmã do mundo!

Vou até a porta do quarto de Andrew relevante, o qual fica entre o meu quarto e o quarto do meu pai. Toco a campainha.

Demora um pouco, mas ele atende com uma cara de sono tempos depois.

– Jane?! – Andrew levanta a sobrancelha direita. – O que faz aqui?

– Hannah não está conseguindo dormir. Ela me pediu para vir aqui te chamar. – explico cruzando os braços em frente ao meu peito. Eu falo com uma voz monotoma, para ele perceber que estou com raiva sobre a flertada.

– Tudo bem. – só agora, o olhando melhor, que percebo que ele está apenas de cueca. E o cara de pau sai do quarto assim mesmo! Apenas com roupas de baixo!

– Vai assim? – digo apontando para o seu “traje”, se é que podemos chamar assim. Ele sorri de lado e eu me derreto por dentro, quase deixando meu instinto soltar um sorriso.

– Por que? – indaga. – Essa visão maravilhosa te cega tanto assim?

Eu fico seria e reviro os olhos. Dou as costas para ele e rumo para o meu quarto. Abro a porta tentando não fazer muito barulho e vejo que o loiro me segue.

Ele entra e vai direto para a cama de Hannah.

– Hey pimentinha. – exclama sentando ao seu lado e lhe dando um beijo estalado no alto da testa. – O que houve, hein?

– Não estou conseguindo dormir. Será que poderia ficar aqui comigo essa noite?

– Essa noite? – me intrometo na conversa indignada. – Você disse que só queria que ele te ajudasse a dormir, não que ele dormisse aqui!

– Jane, se ele não dormir aqui não vou conseguir pegar no sono. – explica Hannah. – E qual seria o problema de seu irmão e você dormirem no mesmo quarto?

Essa menina é mais inteligente que eu pensava.

– Nenhum. – concluo. – Desde que ele não durma na minha cama.

Há duas camas de casal no quarto. Uma toda para a Hannah, que precisa dela por conta de seus equipamentos para dormir, e outra para mim.

– Você vai fazer o coitadinho dormir no chão? – pergunta Hannah.

– Se o “coitadinho” é esse loiro oxigenado, sim! – exclamo apontando para Andrew.

– Olha como fala comigo menina! – Andrew me ameaça com um sorriso no rosto. – Esse loiro aqui foi muito bem planejado na Terra da Perfeição, ok?

– Claro, dos Perfeitamente Chatos, só se for! – reviro os olhos e volto a me deitar, o mais longe que consigo da cama de Hannah, onde Andrew está sentado.

Fico em silencio um tempo, apenas ouvindo enquanto Andrew conversa sobre coisas inúteis com Hannah. Depois de um tempo, a pequena boceja e ele dá um beijo na sua testa.

– Ela dormiu? – pergunto sussurrando assim que vejo o corpo de Andrew se movimentar um pouco.

– Sim. – responde com o mesmo tom de voz. – Vou para o meu quarto agora.

Andrew ruma até a porta e, quando está prestes a abri-la, um barulho invade nossos ouvidos. Não vem de dentro do quarto.

– Droga! – xinga Andrew baixinho. Ele vem até mim, que já estou sentada ao pé da cama. – Tem alguém lá fora.

– Alguém quem? – pergunto irritada.

– Acho que é algum segurança do meu pai. – explica. – Se ele me ver saindo do seu quarto, de cueca, na madrugada, a coisa vai ficar feia.

– Merda! – eu me levanto e vou até a porta em passos lentos. Pelo olho mágico consigo ver um homem alto parado ao lado da nossa porta.

– E agora? – eu tomo um susto por Andy estar tão perto da minha nuca. – O que a gente faz?

– Será que você consegue sair pela sacada? – pergunto virando para o loiro.

– Estamos no oitavo andar, Jane! – ele fala. – Se eu cair, vai ser tipo, “BUM!”.

– Tudo bem. Vamos pensar em algo.

– Pode ser que ele saia pela manha. – sugere Andrew. Eu cruzo os braços e coloco uma expressão irônica no rosto.

– Eu não vou te deixar dormir aqui!

– Qual é, Jane! – ele bate as mãos nas coxas em sinal de indignação. Fico um tempo o encarando com a mesma cara, como se eu dissesse que não iria mudar de ideia. – Tudo bem, eu durmo no chão sem ao menos te tocar, ok?

– Tá! – concordo contra gosto. – Mas nem pense em roncar! Se fizer um mínimo barulhinho taco você pela janela, entendeu?

– Certo, comandante. – diz ele colocando a mão na testa, como os militares fazem. Ele se deita no chão e eu lhe empresto um dos meus travesseiros que sobram na cama. – Boa noite, educada.

– Tomara que você acorde com dor nas costas.

– Eu também te amo Jane. – sua voz é caçoadora. Eu pego impulso na cama e jogo o meu corpo para frente para olha-lo.

– Dá para parar? Isso já ficou bem chato, ok? Eu tenho namorado! – digo rapidamente e voltando a me deitar.

Ele fica quieto, o que eu acho estranho. Andrew não costuma perder o inicio de uma discussão, ainda mais quando essa é sobre Ian.

Começo a pensar no chão frio que ele está deitado, em como vai dormir mal por minha causa. Em como eu simplesmente estraguei a sua vida.

Porcaria! Porque eu tinha que ser tão boa, hein Deus?

– Andrew. – o loiro se vira para mim. – Pode vir, ahm, aqui. Se quiser, é claro.

– Dormir com você? – pergunta com um sorriso começando a surgirem sua face.

– Deixa de ser idiota e vem aqui antes que eu desista de ser boazinha! – Andrew se levanta rapidamente e se junta a mim, um de cada lado da cama.


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Notas finais do capítulo

Hehehehe... O que será que vai dar essa noite hein??

Beijoooocas!!



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