Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 4
Capítulo 3 - Sendo Educada


Notas iniciais do capítulo

Heeey Capcakes!! Tuddo bem?
Então, eu estou passando mais uma vez aqui para postar um cap rapidinho para vocês. Queria poder dedicar esse cap a uma fã mais eu só tenho uma e já dediquei um cap para ela então...
Ahm! E eu queria pedir urgentemente para que as minhas leitoras fantasmas aparecerem. Por favor, eu não aguento mais esperar!! Quero ver o que vocês acham da fic!!
VAMOS FAZER UMA META? SE VOCÊS APARECEREM POSTO O OUTRO CAP!!

Musica do CAP: Imagine Dragons – Demons.
Beijoccass!!



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Quando pensei que Ginna estava mentindo errei feio. A vadia havia falado a verdade. Agora eu estou saindo do carro do idiota do namorado dela, Harry, atrás dos dois que estão de mãos dadas caminhando em direção à casa da tal de Jessica. Ou melhor, a mansão da tal Jessica.

– Vocês vieram! – grita a menina de cabelos loiros platinados até a cintura abrindo a porta ao máximo. Quando me vê levanta as sobrancelhas, mas parece não se importar comigo. – Quem é ela?

– É a filha do novo marido da minha mãe. Jane essa é a Jê, Jê essa é a Jane. – a loira chega perto de mim e me dá dois beijinhos na bochecha, como as patricinhas fazem. Quando me olha de novo percebo que seus olhos são azuis mar.

– Prazer! – Jê faz um sinal e todos entram na casa que, por fora, parecia bem grande. Bom, por dentro, é maior ainda. A sala está praticamente vazia, os moveis estão afastados, mas mesmo assim posso ver como cada canto dali é bem planejado. – Você trouxe cerveja Harry?

– Tá lá no carro. – ele responde indo em direção à um pequeno armário quase no final da sala. De lá tira alguns copos vermelhos, daqueles que sempre se usam para beber em filmes.

– Cerveja? Serio que você pretende beber? – pergunto isso para Ginna, mas ela me ignora. As duas meninas sobem as escadas discutindo alguma coisa sobre roupa e é ai que eu tenho certeza que não ficarei lá mais nem um segundo. Primeiro: eu não bebo. Segundo: não gosto daquelas pessoas.

– Não fica com essa cara Jane. – Harry fala comigo enquanto arruma a sala meio informalmente. Ele pega algumas almofadas e as joga no chão, para as pessoas provavelmente sentarem. – Se eu fosse você tentava se enturmar. É muito difícil se fazer amigos como a gente por ai.

– Amigos como vocês? – pergunto deixando a minha boca se levantar em um sorriso. – Se acha que eu quero amigos como vocês podem esquecer. Sei que você provavelmente trai a sua namorada e que a “Jê” – Faço aspas com as mãos ao falar isso. – provavelmente fala mal da Ginna pra todo mundo. E também sei que alguma das suas amiguinhas já ficou grávida por bobeira e que o seu pinto é pequeno.

Ele me olha abismado. Serio, até eu não acredito no que acabei de falar. De onde saiu tudo isso Jane Morgan? Não espero a sua resposta, apenas saio da casa batendo a porta com toda a minha força. Prefiro ficar perdida nessa cidade a ter que aguentar esse bando de idiotas. Mas, sinceramente, gostei dessa nova Jane.

***

Antes de ligar para o meu pai ou tentar ir para a casa sozinha resolvo andar pela praia, que fica à apenas alguns quarteirões da casa de Jessica. Pelo relógio do meu celular ainda são 15:36 da tarde, o que me faz ter bastante tempo.

Quando chego não coloco os pés a areia de primeira. Apenas sinto a brisa do mar, parada na calçada. As pessoas a minha volta devem me achar maluca, mas, pela primeira vez na minha vida, não ligo. Por que?

Tem uma lembrança. Bem no fundo da minha mente vejo uma menina loira com pernas gorduchas de bebê correndo pela areia. Ela está sorrindo e veste um vestido de flores rosas, algo típico para uma menina californiana. Atrás dela uma mulher não tão velha a persegue. Ela é loira e sorri tanto quando a filha. Parece deixar a menina ganhar a corrida.

– Mamãe! A maré está subindo. – com a fala ainda enrolada a menina pequena diz. A mãe dela se vira e começa a correr na direção contraria, para o mar.

– Venha meu amor! Venha sentir o mar! – a mulher fala para a filha com os pés na água. Quando ela chega ao meio da sua panturrilha a mãe para e ergue os braços, convidando a filha a pular em seu colo em um abraço.

Na areia, a meninas parece indecisa. Posso até sentir o mesmo aperto no coração. Ir ou não ir? Confiar ou não confiar?

Mas a menina vai. E sente o mar.

Volto a consciência. Posso até ver a cena em minha frente se diluindo, a menina feliz com a mãe. Eu tive coragem para me jogar em seus braços daquela vez, porque não teria agora?

Retiro o meu All-Star, o qual estou sem meia. Os pego entre os dedos e dou o primeiro passo. A areia afunda os meus dedos. Caminho. Caminho mais rápido. Até que pouco tempo depois percebo que estou correndo. Correndo para a liberdade. Para a minha mãe.

E isso é tão bom que só paro quando estou com a água na cintura. Quando fugimos do comum, quando nos libertamos, sentimos mais do que liberdade. Por exemplo, Ginna. Quando ela foge com o namorado no meio da noite (eu sei que ela faz isso) não deixa de ter aquele rostinho falso, de vestir aquela mascara. Não é a mesma sensação. Agora, posso ser quem eu quiser. Posso chorar, rir, cantar, dançar, gritar, amar, odiar. Posso sentir.

Isso continua mesmo quando vou mais fundo na água. E mais fundo e mais fundo. A água bate nos meus ombros e eu afundo pouco tempo depois. E quando abro os olhos embaixo d’água grito com toda a força que minha cordas vocais me permitem. Grito, grito e grito.

O fôlego me falta mais não quero subir a superfície de novo. Quero ficar aqui para sempre, só eu e minha mãe. Mas então eu sinto algo me puxando. De primeira penso que é a correnteza e apenas abro os braços, para que ela me leve para longe. Mas depois mãos fortes apertam meus quadris.

Começo a me debater. Só falta! Ser assaltada enquanto se toma um banho de mar é demais! Volto a superfície, mas, antes de conseguir olhar para o rosto da pessoa que me puxa, sinto um empurrão. Percebo que é um cara, pois ele me faz tomar um impulso, o que só um cara conseguiria, e eu acabo em seus ombros. Isso mesmo que você leu! Eu estou sendo carregada por um desconhecido que pode virar o rosto para o lado e ver a minha bunda.

– Me solta seu idiota! – eu bato com os punhos fechados em suas costas usando toda a força que tenho. Ele ri, uma risada rouca e debochada. – Eu tô falando sério! Mais um passo e eu chamo a policia!

– Pronto, princesa! – o menino para quando a água do mar já está no seu tornozelo. Ele me deixa no chão e a primeira coisa que faço é conferir o meu bolso. Droga! Meu celular caiu na água!

– Eu não... – olho para o garoto mais paro de falar.

Sério, não me culpem. Ele é um deus grego! Não tinha como eu continuar falando sem gaguejar. Seus olhos azuis me fitam dos pés a cabeça com um ar safado que combina perfeitamente com o seu rosto e seu sorriso de lado. Seus cabelos loiros lisos estão molhados e a água pinga em seu tanquinho nu. E que tanquinho! Dá para perceber que ele tem uma tatuagem nas costas e outra no braço direito. A do braço é um dragão e a das costas não consigo identificar. Possivelmente faz esportes. Ele está usando apenas uma bermuda azul e está com a barba a fazer, o deixando ainda mais cafajeste. Seu rosto tem traços fortes, seus dentes brilham e seu nariz é perfeitamente perfeito. Ele é mais ou menos 20 centímetros mais alto que eu.

– Você não...? – ele pergunta sorrindo ainda mais, pois eu ainda estou o avaliando. Eu, Jane Morgan, estou avaliando ele? Acorda garota!

– Você não poderia ter feito isso, idiota! Acabei de perceber que perdi o meu celular na água e a culpa é sua! – graças a Deus minha voz é firme. Seu sorriso vacila um pouco mais volta tão rapidamente que me surpreendo.

– Eu, idiota? Acabei de salvar a sua vida! – Awwm que voz sexy! Não faça isso comigo Deus! Não me traia agora!

– Salvar a minha vida? Não pedi a sua ajuda! – percebo que a minha voz está mais alta do que deveria e os banhistas ao meu redor nos olham curiosos. Baixo a voz. – Quer saber? Foda-se o celular, foda-se as minhas roupas molhadas, foda-se o mundo e foda-se você!

Saio batendo o pé de lá e consigo ouvir a risada alta do cara atrás de mim. Idiota! Ahm, se eu tivesse uma arma na mão! Não sobraria...

– Não vai agradecer, gatinha?! – o idiota grita parado no mesmo lugar que antes. Paro onde estou e respiro fundo. Quando me viro sorrio o máximo que minhas bochechas me permitem e... Mostro o dedo do meio pra ele com o maior prazer.


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram?? E esse loiro ai hein!
Ahm, e não se esqueçam!! A meta é: Caso você seja uma leitora fantasma apareça! Se você aparecer posto o próximo capitulo, a hora que for!

Beijocaass!!



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