Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada
Notas iniciais do capítulo
HEEEEEY CUPCAKESSS!! Como vããão???
Sim, eu vou fazer o Final de Semana Especial! Podem pular de alegria e mandarem presentinhos para mim pelo correio :) Brincadeira gente! Vocês são demais e acho que realmente merecem isso!
Musica do CAP: Nico & Vinz - Am I Wrong
Beijooooocaaas!!
Peço para que Andrew estacione casas antes e passo correndo pela porta da frente da minha casa, para que ninguém me veja fugindo. Assim que vejo o Ford Marevick vindo em minha direção choro novamente, como se fosse uma criança indefesa.
Andy sai como um raio do carro e me envolve em um abraço apertado. Tenho até a impressão de que ele me levanta da calçada. Ficamos assim muitos minutos.
– Shhh... – ele encerra o abraço e coloca as mãos em volta do meu rosto. Seu olhar é de ternura. – O que houve? Falou com o seu pai?
– Ele não é meu pai Andy. – minha voz sai rouca e eu não consigo falar isso encarando diretamente as suas orbitas azuis. Vejo Andrew baixar a cabeça.
– Tem certeza?
– Tenho. – finalmente eu levanto o olhar e encontro o dele. Uma lagrima cai do lado direito da minha bochecha. – Só pelo olhar dele e pelas palavras... Ele não é meu pai.
Em vez de dizer algo como “Vai ficar tudo bem” ou “Vamos resolver isso” Andrew fica calado. Ele me olha, me analisa e passa a mão pela a minha bochecha limpando a lagrima que acabara de cair. Ele está com os olhos marejando também.
– Vem, vamos sair daqui.
***
Chegamos a sua casa/mansão. Andrew me leva imediatamente para o seu quarto, mas quando passamos na sala vejo que não há ninguém em casa. Ele tranca a porta e eu vou imediatamente para a sua cama, me sentando em seguida.
– Vem aqui. – eu estico a mão e faço Andrew se sentar ao meu lado. Então solto tudo o que está preso em minha garganta e conto o que aconteceu. Ele me ouve com atenção até o fim.
– Então você saiu de casa?
– É. Acho que sim. – dou os ombros e fungo com o nariz. – Não quero ficar em casa e se eu for para a casa da minha avó meu pai logo saberá.
– Pode ficar aqui o tempo que precisar. – Andrew passa a mão direita pelo meu braço, fazendo um carinho. Eu encosto a cabeça no seu ombro.
– Obrigada. Mas eu não sei o que é pior Andy. Ficar aqui com um pai que eu não sabia que existia ou ter que aguentar um homem que mentiu para mim a vida inteira.
– É uma decisão difícil. – afirma. Ele levanta o rosto e faz os seus olhos encontrarem os meus. – E eu vou sempre estar aqui, para o que der e vier.
– Eu sei.
Assim que falo isso ouvimos o barulho da porta se fechando no andar de baixo. Eu e Andrew nos levantamos quase automaticamente.
– Andrew?! – grita Julian. Eu coloco a mão na testa e olho para Andrew.
– Posso falar com ele a sós?
Ele assente com a cabeça. Eu caminho até a porta que leva ao corredor e saio, voltando para a sala de estar da mansão.
– Julian.
O senhor loiro, que estava lendo um jornal sentado em uma poltrona no centro da sala, se vira para mim rapidamente e coloca um sorriso no rosto.
– Jane! Que surpresa boa! Como está? A asma melhorou? – ele deixa o jornal em uma mesa e caminha até mim. Não me abraça nem nada, acho que ele sente que não temos proximidade para isso.
Fiquei surpresa por ele perguntar da minha saúde. Quer dizer, nem o homem que me criou perguntou!
– Estou sim. – sorrio e faço uma pausa. – Eu vim conversar com você.
– Sente-se. – ele aponta para o sofá e eu faço o que pede. É macio, o que me faz relaxar um pouco mais. – Ahm! E me desculpe por não ficar no hospital aquele dia. Achei melhor seu pai não me ver.
– Fez bem. – declaro. – Você pode me falar tudo o que aconteceu? – Eu coloco as duas mãos no colo e cruzo os braços no alto do peito. Julian assente.
– Seu pai já te contou a parte inicial não é? Bom, resumindo, eu e sua mãe namoramos e depois terminamos. Ela voltou para o seu pai e... Não posso negar que fiquei incomodado.
– Incomodado como?
– Eu ficava tentando voltar com ela. – ele passa a mão pelo cabelo e esse gesto me faz lembrar de Andrew. – Tentei até uma noite antes da minha “morte”, quando o seu pai veio falar comigo. Ele me ameaçou e eu tive que desistir.
– Mas porque você simplesmente não parou de ir atrás dela? Tinha mesmo que fingir uma morte?
– Na mesma noite que seu pai veio me procurar sua mãe também veio. – uma pausa. – Ela disse que estava grávida. Disse que o filho era meu.
– Então você sempre soube que eu era a sua filha?
– Sim, mas não me julgue querida. Deixe-me acabar de falar. – Julian ergue a mão e pega na minha. Eu não me afasto. – Windy me pediu para não falar para Richard. Pediu para que eu parasse de correr atrás dela.
– Mas... – ele me corta.
– Eu sofri tanto querida. – vejo lagrimas surgindo em seus olhos. – Mas sua mãe era tudo para mim e você também seria assim que nascesse. Então eu aceitei sua condição de me afastar.
– E porque fingir uma morte até para a minha mãe?
– Eu queria que ela te criasse tranquila. – ele agarra a minha mão mais forte e uma lagrima sai de seus olhos. – Eu sei que é difícil entender meu lado, mas sem sua mãe minha vida estaria acabada. Então fingi a minha morte para começar tudo do zero. Foi então que eu encontrei a mãe de Andrew.
– Isso é tão confuso. – eu nego com a cabeça. –Ainda não entendi porque você concordou com isso tão rápido.
– Jane, querida, eu não tinha escolha. Ou era isso ou ter que conviver com a culpa de arruinar a felicidade da mulher que eu mais amei na vida.
Eu fiquei calada um tempo. Eu entendi. Finalmente desvendei tudo o que tinha para desvendar. Descobri, no final, que o homem que me criou é, na verdade, o vilão da historia e Julian, meu pai, é quem merece meu amor.
Mas isso não me faz ficar satisfeita, como imaginei que ficaria.
– Julian...
– Sim minha filha?
– Posso ficar um tempo aqui?
Ele sorri e se levanta. Eu o acompanho e logo ele me envolve em um abraço apertado.
– Claro querida. Não precisa nem pedir. – quando o abraço acaba permanecemos perto um do outro. Ele levanta o dedo indicador e aponta para mim. – Mas tem uma única condição.
– Qual?
– Eu sei que é difícil, mas tenho que fazer isso. – Julian suspira e coloca a mão direita em meu ombro. – Você e Andrew são os meus filhos, quero apenas o melhor para os dois. Então, vocês tem que se afastarem. – Uma pausa. – Vocês são irmãos, isso é errado! Por favor, faça isso pelo seu novo pai. Vamos evitar mais um sofrimento?
Lagrimas se acumulam em meus olhos. Sei o que é certo fazer e reúno todas as minhas forças para falar o que tenho que falar a seguir.
– Tudo bem. Vou me afastar dele.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Será que a Jane fez a coisa certa?? Se afastar do Andy vai melhorar sua situação? Vejam no próximo capitulo de... Passado Obscuro! TCHAAAAM!
Tá Leitora Apaixonada, para de fingir ser uma apresentadora de TV e passa logo para as "Beijooocas!!