Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 13
Capítulo 12 - O Fusca está de Volta!


Notas iniciais do capítulo

Heeey Cupcakeeees!! Como estão??

Eu sei, eu sei. Também estou triste deeeemais por causa da eliminação do Brasil na Copa do Mundo, mas fazer o que? Acho que os jogadores deram tudo o que puderam dar e se não deu, não era para ser!
Bom, mudando de assunto, eu gostaria de agradecer a todas as minhas leitoras por comentar, favoritar e recomendar. Não sei nem como deixar claro a minha felicidade.

Musica do CAP: We Are One - Claudia Leitte, Pitbull e Jennifer Lopez.
Beijooocas!!



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Hoje é finalmente sábado e o que eu vou ficar fazendo? Limpando a casa. É, esse foi o castigo que meu querido pai propôs, além de uma semana sem sair, tirando a escola.

Sr.Morgan gritou tanto naquela noite que eu achei que estivesse em um show de rock. Para vocês terem uma ideia, sai da sala de estar direto para o meu quarto, sem ter o direito de jantar, por volta só das 22:00 horas e com a cabeça latejando.

Sara disse que isso era coisa de adolescente, mas mesmo assim me olhou decepcionada quando eu disse que havia sido verdade o que o diretor falara. O que adiantava falar que nem havia sido eu que comecei a guerra? Provavelmente meu pai não acreditaria.

Andrew me paga, isso pode ter certeza. Ele nem apareceu para ajudar na limpeza do refeitório! E, ainda por cima, nem pediu desculpas (uma coisa que eu já esperava, diga-se de passagem).

Ahm, e outra coisa. Acho que a minha dancinha no refeitório fez pelo menos uma coisa boa, ou ruim, dependendo do ponto de vista. Quando entrei no Instagram naquela mesma noite da bronca fiquei boquiaberta. Mais de 100 pessoas, isso mesmo o que você leu, estavam pedindo para me seguir! E os pedidos não paravam de aparecer! Hoje de manha, sábado, eu já estava com pelo menos 200 seguidores a mais do que semana passada!

Além de seguidores eu também ganhei bastante espaço no Youtube. Pessoas filmaram a nossa dança de diversos pontos e colocaram no blog da escola e logo no Youtube. Mais de 13.000 visualizações e 3.768 curtidas.

Quem diria? A menina que é “famosa” na internet agora tendo que lavar o chão da cozinha com uma escova de mão. Sara está na sala vendo TV de pernas pro ar e Ginna está no quarto, “passando mal”.

São 15:57 da tarde e esse é o meu ultimo serviço. Graças a Deus meu pai resolveu que eu limparia a cozinha e os quartos hoje e, como a limpeza dos quartos já foi feita, assim que terminar na cozinha poderei descansar.

Como parte do castigo não poderei sair de casa essa semana, o que me faz ficar para trás. A casa de Bob não ficava muito longe da escola e se eu conseguisse sair mais cedo poderia passar por lá na segunda feira, mas eu acho meio improvável disso acontecer.

– Terminei. – exclamo saindo da cozinha. Meu pai e Sara estão no sofá se beijando e eu quase vomito ali mesmo. Não me leve a mal, já entendi que meu pai quer continuar a sua vida, mas não precisa ficar beijando ela na minha frente! Eles param e meu pai sorri.

– Agora vá para o seu quarto e faça sua lição de casa. – caminho em direção a escada, mas sou parada por sua voz novamente. – Ahm, e tem uma coisa te esperando no quintal!

Paro repentinamente. O Fusca!

Saio correndo pela porta da frente e o vejo parado bem na frente da casa amarela e azul. Ben cumpriu a sua promessa e trouxe o carro preto totalmente limpo, o que melhorou um pouco a sua situação.

– A chave. – ouço meu pai atrás de mim. Viro-me e ele joga a chave em minha mão. Olho em seus olhos e fico com uma vontade repentina de que tudo volte a ser como antes, quando morávamos em Ohio. Ele falava mais comigo, nós éramos melhores amigos. Agora a única coisa que faz é me dar bronca.

Abro a boca pronta para começar uma conversa, mas meu pai se vira de costas e entra pela porta da frente. Será que ele está decepcionado comigo?

Desbloqueio o carro. Abro a porta lateral e sento-me no lugar do passageiro, passando para o de motorista depois. Sei que se que sair com o carro agora meu pai iria brigar comigo então só fico lá, sentada no silencio de um sábado à tarde.

Esse é o único objeto que me resta de Ohio além da minha caixa de fotos. Ele me lembra de como era tudo antes de eu descobrir que há algo a mais em minha historia. Penso, nesse momento, se não é melhor parar de tentar saber o que acontecer e aceitar logo que o que passou, passou. Seria mais fácil e menos doloroso. Mas... Devo isso a mim mesma.

A vontade é tanta. Quero correr para a casa do tal Bob e saber tudo logo. Nem que seja uma data, um local, um tumulo. Só quero... Deixar minha vida continuar sem um peso na consciência.

Fecho o Fusca e entro em casa. Não olho para a sala enquanto subo as escadas e quando chego em meu quarto tranco a porta.

Tomo uma ducha demorada e visto o meu pijama. Quero dormir até essa semana passar por inteiro e descobrir logo o que aconteceu, então me jogo na cama e fecho os olhos.

***

Não dormi a semana inteira. Na verdade acordei com o barulho de alguém batendo na porta insistente. Resmungo um palavrão antes de abri-la e dar de cara com Ginna.

– Quer droga! – volto para a minha cama e me deito. Ginna ri e entra, trancando a porta. Cubro-me até a cabeça e fecho os olhos. Quando estou prestes a dormir Ginna me sacode. – Para Ginna! Me deixa dormir!

– Eu até deixaria, mas antes você precisa ver uma coisa. – declara com a voz divertida. Como vê que eu não saio do meu casulo de cobertor balança meu corpo de novo. – Qual é Jane! É importante!

Eu não respondo. Mesmo que o mundo estivesse acabando não sairia desse quarto, muito menos desse cobertor. Ginna bufa.

– Vou te dar um nome que com certeza vai fazer você ficar curiosa. – ela faz uma pausa e mesmo antes de falar já estou querendo saber. – Andrew Taylor.

– Esse é o seu nome? – pergunto com a voz enjoada e abafada pelo cobertor. – Puff! Já vi garotos melhores.

– Então tá. – sinto o colchão perder o peso de seu corpo e ouço seus passos pesados indo até a porta. Ela meche na maçaneta mais antes de sair não resisto.

– O que tem ele?

Ginna volta correndo, não se esquecendo de trancar a porta. Sinto o seu sorriso mesmo não olhando em seu rosto.

– Ele me mandou uma mensagem. – levanto-me surpresa dando de cara com Ginna. Uma mensagem? Pra ela? – Não fique com essa cara!

– Não estou com cara nenhuma, Gin! – reclamo fazendo o ciúme sair de meu rosto. Ciúme? Não, o que eu quis dizer foi raiva! R-A-I-V-A! – O que a mensagem dizia?

– Ele quer te encontrar. Acabei de passar seu celular pra ele.

– Você fez o que!? – grito já me levantando da cama. Caminho para onde joguei minha bolsa na noite passada e pego o aparelho entre as mãos. Respiro aliviada quando vejo que não há nenhuma mensagem.

– Ele disse algo sobre um trabalho de Convivência Social. – declara Gin arrumando as unhas. Coloco as mãos na cabeça.

– O trabalho! – exclamo surpresa por eu ter esquecido. Merda, merda, merda! Tínhamos que entrega-lo na segunda, o que me dá apenas dois dias para fazer! – Você tem o celular dele marcado ai, né?

Gin me dá o celular e eu digito os números ferozmente no teclado do meu Iphone. Aperto no botão verde e o telefone começa a chamar.

Caixa postal. Tento outra vez. Caixa postal. Deixo um recado:

– “Oi, sou eu Jane. Precisamos fazer o trabalho de Convivência Social pra segunda. Tem como você me ligar? Tá, tchau”.

Tento ser simpática, mas não porque quero. Odeio esse garoto mais que tudo nessa vida, mas terei que deixar meu ódio de lado para fazer essa droga de trabalho. Por que? Porque se meu pai vir que eu tirei nota baixa em algum trabalho de alguma matéria minha vida acaba.

Eu e Gin conversamos um tempo sobre varias coisas, entre elas o nome do bebê e Harry. Ele não foi mais a escola desde aquele dia e tenho quase certeza que não voltara mais para a vida de Gin. Não sei se isso é bom ou ruim.

As 19:30 descemos para o jantar e pontualmente as 20:00 horas subimos de volta aos quartos. Gin vai dormir, culpando a exaustão, e eu fico ouvindo musica. Acabo adormecendo com os fones de ouvido.

***

Acordo com o meu celular tremendo. Levo um tempo para perceber que estou recebendo uma ligação. Olho para a tela: Numero desconhecido.

– Alô?

– Ainda não está na cama? – pergunta a voz de Andrew meio mole. Parece que ele está... bêbado? Não! Ele não faria isso. – O que o papai vai achar disso?

– Ficou louco de vez, Andrew? Porque está me ligando... – olho para o relógio no meu criado mudo. – as 22:48?

– Porque você me ligou. Quer fazer aquela merda de trabalho ou não? – sua voz fica grossa e eu ouço algumas pessoas gritando.

– Onde você está? – pergunto curiosa demais para deixar aquilo para lá.

– Lombard Street, 678. É uma casa cinza. Quando estiver perto daqui me telefone. – ele dá uma pausa e eu demoro a perceber que ele quer que eu o encontre lá.

– Mas eu... – ele corta a ligação antes que eu possa falar algo a mais. Droga! O que ele está pensando? Que eu vou sair da minha casa pra ir até lá só pra fazer um trabalho?

Mas você precisa, diz meu diabinho em meu ombro direito. Se eu tirar uma nota baixa meu pai me mata e ainda corro o risco a ter que voltar a estudar em casa. E, agora que vi como é a escola, não quero isso.

Além do que, estou curiosa para saber onde Andrew está.

O anjinho no meu ombro esquerdo fala a palavra não diversas vezes, mas eu marcho para o guarda roupa. Coloco um casaco e uma calça pretos. Conto até três e pulo pela a minha sacada, de novo.


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Notas finais do capítulo

Acham que é certo o que a nossa lindinha da Jane fez?? Fariam a mesma coisa?? E o mais importante: O que acham que vai acontecer??

Beijooocas!!



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