All I Want (EM REENCONSTRUÇÃO) 04/2020 escrita por Caroles


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer a Emellyn por comentar ♥



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Ideias

Revisada no dia 18/01/2021

Aaron

O fato do meu pai pedir o vizinho que, é nada menos que um traficante, acabou tornando um pouco pior a minha admiração pela Yasmin.  Nada disso teria acontecido se a nanica não tivesse feito um show para ir ao hospital conosco.

O pai tentou explicar a ela que tínhamos somente a moto e que ela não poderia ir, mas ela bateu o pé fazendo uma expressão falsa de choro. Já sabia que as loucuras de Yasmin já haviam começado e não tinha como fugir delas. Sério, nem sei o porquê de ela me odiar. Um dia, eu a perguntaria, mas não seria hoje. Quando dei a entrada para o hospital, eu já não enxergava nada e a cada segundo, meu rosto inchava ainda mais. Meu pai agradeceu o nosso vizinho e eu consegui ver pelo reflexo da porta do hospital que meu rosto estava muito inchado e queimava, chegando a um ponto de não sentir mais sensibilidade. Eu estava irreconhecível.

Após a desintoxicação, o médico não me liberou e eu tive que faltar dois dias de aulas para ficar nessa droga do hospital, pois o médico informou que devido ao uso dos medicamentos fortes, só poderia receber alta após o uso de, pelo menos, a metade da dose para observações. 

Papai havia levado o celular para o meu quarto para que eu pudesse passar um tempo no hospital, mas devido ao inchaço e fortes colaterais, não pude enxergar muito bem. Assim, levou de volta para a casa.

No segundo dia, o papai havia esquecido de trazer o meu celular, mas não me importei muito. Eu passei o tempo todo só dormindo. E por fim, no terceiro dia, em que o médico me liberou, fui embora de moto junto com o papai, que explicou que a nanica estava em casa preocupada comigo.

Não acreditei.

Quando liguei o meu celular, havia várias ligações dos meus amigos da escola e algumas mensagens do Coxinha sobre eu ter sumido pelo colégio. Mais tarde, o Coxinha ligou novamente dizendo que o meu pai havia dito que  eu faltaria as aulas por alguns dias.

Cara, você está pegando a Alexia? –Ele cismava que eu estava afim dela. Desdenhei e ele riu. –Você não vai pra aula tem dois dias... O seu pai não explicou o motivo e a Alexia também não foi. Ela desligou o celular e não somente eu que está achando este fato de vocês dois estarem tendo um rolo, mas também a turma.— Por algum motivo, pressenti que o sumiço da Alexia não foi coisa boba. Pedi o número dela e ele ainda caçoou de mim.

O celular dela permanecia desligado. Yasmin me encarava pensativa. Ela iria aprontar novamente.  Mas eu aprontaria primeiro. Está na hora da nanica provar o seu próprio veneno.

Nós odiávamos desde que ela tinha nove anos. Do nada, ela me batia, gritava, aprontava... Algumas ideias vieram para formar um plano.

—Pai, vou para casa de uns amigos, mais tarde eu volto.

—Falou filhão.

Fui para praça e o Vicent apareceu.

—Eai mano? Como está a quebrada?

—Péssima. –Respondi. –Preciso de uma ajuda. Fiquei sabendo que você arruma as coisas fáceis e eu não conheço muito bem a cidade.

—O que você precisa, irmão?

—Aranhas.

—Aranhas? –Se assustou. –Pra que?

—Assustar uma garota.

—Alexia não tem medo de aranhas. –Bufei.

—Quem disse que são para Alexia? O que está acontecendo, cara? Estão na minha cola e da Alexia.

—Estão comentando que você e Alexia estão tendo um rolo. –Desdenhei. –Mas enfim, não tem como eu impedir a fofoca. As aranhas não venenosas, eu suponho? –Assenti. –Te entrego no fim da tarde.

***

Alexia

Fiquei trancada no quarto por mais dois dias. Minha mãe trazia lanches e ela levou Seth para casa do seu amiguinho de escola. Vai ficar a semana inteira lá. Depois de Lucy me ligar contando que a escola estava comentando sobre mim e Aaron, desliguei o celular.

 Ser popular tinha desvantagens.

 Precisava treinar as garotas, o campeonato estava chegando, mas os hematomas tinham que desaparecer, principalmente, do meu rosto e pescoço. Aproveitei estes dois dias para colocar a dança em prática. Consegui criar novos movimentos para coreografia e o começo já havia uma dança.

Na quarta, recebi uma mensagem das meninas perguntando porque havia faltado. Sabia que se eu faltasse mais uma aula, as meninas viriam aqui. E eu não precisava que elas conhecessem o pai que tenho. Antes de ir, passei bastante maquiagem tampando os hematomas mais claros e usei uma roupa mais coberta como fazia quando acontecia este incidente. Fui para escola e a galera comentou que era o terceiro dia que o Aaron faltava.

Pedi autorização a coordenadora para treinarmos nas duas últimas aulas, o que foi concedida.

—Tive que ir para casa da minha tia para cuidar do afilhado dela. –Expliquei e as meninas me abraçaram, dizendo que estavam com saudades. –VAMOS LÁ, em fila.

Na nossa equipe, eram 22 pessoas, 12 meninas e 10 rapazes. Mas neste ano, para este campeonato, teríamos 24 pessoas e eu tinha que arranjar mais dois rapazes. Para isso acontecer, marquei uma inscrição para outra semana para vermos os talentos dos garotos.

—Comecem se alongando.

—Não trocará de roupa, Alexia? –Um deles perguntou e eu neguei.

—Ensinarei poucos passos, mas hoje precisamos conversar. Continuem alongando.

Mesmo passando dois dias, ao sentar senti dores no corpo. As cintadas que havia levado estavam marcantes em minha mente. Zac sentou ao meu lado e me abraçou. Continuei olhando para equipe. Ficamos assim por um bom tempo.

—Galera. –Gritei e os mesmos olharam para mim, se aproximando. –Sentem aqui, vamos conversar.

Zac sussurrou no meu ouvido dizendo que queria conversar comigo depois da aula. Mesmo não sendo mais namorados, eu ruborizava perto dele. Eu recebia um choque desconfortável. Ele se levantou e foi até os amigos deles. Olhei para cada um que estava sentado esperando por minhas palavras. O bom da nossa equipe é que eles não discutiam por coisas inúteis. Cada um ouvia opiniões dos outros e respeitava. Eu perguntei se algum deles tinha ideias para próxima dança e alguns se manifestaram, mas outros não gostaram. Resolvi dar a minha opinião.

—Fomos campeões quatro vezes e todos esses anos éramos 12 garotas e 10 rapazes. Eu queria propor que todos tivessem um par. Ou seja, precisamos de mais dois rapazes. Hoje temos 17 anos e estamos no último ano. Não sabemos sobre o futuro e queria propor algo novo. Uma proposta diferente para que o último ano fosse especial. Todos as danças pegamos o ritmo animado e romântico. Para este ano, proponho algo mais ousado. –Opinei e esperei alguém falar algo. Soltei um riso baixo vendo o quanto estavam boiando. -Dança erótica, mais sensual, mais ousada.

E aos poucos fui explicando, mostrando alguns movimentos de dança e a minha proposta foi aceita.

***

Aaron

Quando voltei para casa, Vicent tinha me entregado uma caixa com Tarântulas e afirmou que não eram venenosas. Vaguei com olhos a procura da minicapetinha. Coloquei a caixa atrás do sofá e adentrei no quarto. Ouvi o barulho da água sendo desligada e sorri.

Para que ela não desconfiasse, fui para o meu quarto que estava sendo usado por ela e peguei a chave atrás da porta.

—Anda logo, pirralha! – Gritei, saindo do quarto e socando a porta do banheiro.

—Cala a boca idiota. –Retrucou. Sorri maleficamente e peguei a caixa atrás do sofá. Apressei-me e coloquei as aranhas – no total três – uma atrás da porta (que estava aberta), em cima da cômoda, e em cima da mala dela que estava semiaberta. Fiquei encostado ao lado da porta do banheiro quando a mesma se abre com força.

—Na próxima vez que demorar, eu arrombo essa porta.

—Vai caçar algo pra fazer, otário. –Gritou entrando no quarto e fechando a porta com força. Corri até a porta do quarto e tranquei. –Por que você está me tranc... AH! –Gritou tentando puxar a porta. –AAAAAAH! ABRA ESSA PORTA, SEU ARROMBADO. –Berrou novamente e chorando. Provavelmente, o apartamento todo ouviu os seus gritinhos. Fiquei alerto quando ouvi várias coisas caindo. Talvez não tenha sido uma boa ideia.


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Notas finais do capítulo

Esses dois ainda vão loonge... Isso só está começando HUEHUEHUEHUE Palpites do assunto que Zac irá falar com a Alexia? Zac é tão legaaal *-* ;3 Goostaram?



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