All I Want (EM REENCONSTRUÇÃO) 04/2020 escrita por Caroles


Capítulo 33
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Surpreeesos com o capítulo 'Intrometido'? OMG! 100 comentáarios?! *-* Vocês são perfeeeitos leitores ♥ ♥ Como prometido, vocês saberão quem são os personagens da estória! Agradecimentos super especiais a Sara, Anna, Brenna ♥ ♥ E a tooodos os leitores!



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Momentos

Nove anos depois...

Alexia

O que pode acontecer depois de NOVE anos? Muitas coisas!

Depois da formatura, comecei a procurar empregos em diversos lugares, e como eu fiz o curso de administração, eu comecei a trabalhar no escritório de uma empresa de carros. E fiz uma matrícula na melhor faculdade de Miami: University News Miami. Pensei muito e decidi fazer pediatria, é uma área que tenho certeza que terei maior prazer de trabalhar, pois amo crianças. Eu sou aquela pessoa que faz de tudo para que uma criança esteja bem, um exemplo, é o Seth.

Aaron começou a faculdade um ano depois que terminou o curso básico. Hoje, ele é bombeiro. Aaron me contou que desde pequeno, queria ser bombeiro. E olha que bacana. Ele conseguiu realizar seu sonho.

Agora temos 26 anos, e atualmente, já sou pediatra, e noiva. Sim, eu estou noiva. Aaron me pediu em noivado há cinco anos. Faz muito tempo, mas foi melhor assim, a cada dia, eu conheço melhor e isso me dá mais certeza que quero realmente casar com ele. Minha mãe conheceu o meu padrasto há dois anos, e hoje ele mora com nós. Sim, ainda não mudei de casa, eu e Aaron estamos juntando dinheiro para compramos uma casa boa e simples. E o meu padrasto, Yan, tem dois filhos da idade de Seth, que não gosta deles.

Seth... O que eu posso falar de Seth? Ele mudou muito, tanto fisicamente quanto sua personalidade. Hoje, ele é mais alto que eu (Obviamente), mas ele deixa rastro do seu rosto quando criança. São iguais, basicamente. Ele é inteligente, não gosta muito de ler, pois é preguiçoso, é bagunceiro, segundo os professores da escola, já namorou duas garotas, atualmente, está solteiro. Joga muito bem futebol, ele é o lateral.

Nunca mais ouvi falar da Yasmim. Algumas vezes, pergunto para o meu irmão se ele sabia alguma notícia, mas ele desconversava e ficava um pouco triste, eu acho.

Liz é casada com o Matt e tem quatro filhos. Uma garota (irmã mais velha) e três garotos. Liz é arquiteta enquanto Matt é engenheiro de produção. Liz mudou muito depois da formatura. Digamos que hoje, ela conversa mais, é humilde, não tem inveja das pessoas.

Um ano depois da formatura, Lauren mudou para Japão. Encontrou um cara, disse que foi pedida em casamento e que esse cara seria o pai da criança. Nunca mais ouvi falar dela também. Espero que ela esteja bem.

Ronald, depois da formatura, terminou com a Mayara, e ele e o irmão dela tiveram uma briga. Literalmente. Foi tenso.

Zac namora uma russa, ela é linda, maravilhosa. Eu fico feliz que ele tenha seguido em frente, mesmo quando não apareceu na formatura. É como eu digo, tivemos momentos perfeitos, mas não éramos para ficarmos juntos.

Vicent é casado. Sim, eu também não acreditaria, e tem mais: É pai de gêmeos. O que posso presumir, é que depois da formatura, ele tomou consciência de como ele era, e quis mudar. Amadureceu, mudou a opinião e correu atrás de Lauren. Mas ela não quis, e o ‘’deixou’’. Sua esposa sabe disso e ela é bem legal, porém é metida.

Coxinha, o meu amigo querido, mudou se para New Orleans e namora um homem. Quando ele contou que sua opção sexual é outra, eu fiquei muito surpresa, porque ele disfarçou muito bem. E eu e Aaron brigamos por causa disso. Foi constrangedor para mim.

Liz, depois de alguns anos, chamou todos nós para comemorarmos o seu noivado. E na faculdade, eu tinha uma amiga que gostou do Coxinha, então eu pensei: Vou apresentá-lo. Aí perguntei a Liz se podia levá-la, ela aceitou de boa, ainda disse que iria me ajudar com dois. E pra que fui me intrometer?

Continuando, ela estava magnífica, com uma blusa social e uma saia preta que batia perto dos joelhos. Durante uma ligação, ela só falava dele, e fiquei mais animada.

Durante o jogo, que eu estava vendo com Aaron, lembrei que não tinha comentado com ele. E eu sabia que ele odiava quando conversava no meio do jogo, mas faltavam algumas horas para o noivado, então não me importei.

–Aaron?

–Hm?-Murmurou sem tirar os olhos da televisão.

–Eu sei que você não gosta quando fala no meio do seu jogo, mas daqui a pouco, é o noivado e só lembrei agora o que vou contar agora.

–GOOOOOOOOOOL Porra! –Levantou os braços e me puxou para um abraço me rodeando. –Somos campeões!!! –Ele começou a dançar e me puxou para um beijo.

–Aaron, presta atenção. –Puxei seu rosto para perto de mim e ele sorria feliz. –Uma amiga minha está interessada no Coxinha e eu vou levá-la para a festa. –Aos poucos, seu sorriso desmanchou. –Ei, porque não está mais feliz? –Perguntei me afastando lentamente.

–Eu acho que ele está namorando... –Arregalei os olhos. Droga.

–Acho que vou ligar pra ele, mas você acha né, não tem certeza... –Falei, e peguei o celular já discando o seu número. Aaron tentou me impedir, mas eu neguei. –Coxinha, você tem namorada?

–O que?

–Namorada? Você tem?

–Não, mas por que essa pergunta?

–Nada. –Disse feliz. –Até o noivado. –Desliguei antes que ele falasse algo. –Ele não tem namorada.

–É... Deve não ter dado certo com a garota...

–Você acha que vai dar certo?

–Não sei, talvez. –Respondeu, hesitante, eu acho. Assenti e me despedi dele, indo para casa me arrumar. Usei um short e uma blusa social. Eu comprei um carro e Aaron uma moto. Tal pai, tal filho.

Na festa, Aaron já tinha chegado e conversava com o Matt, Coxinha e outros homens. Puxei minha amiga, Pietra, até a Liz. As duas se abraçaram e começaram a conversar. Depois de alguns minutos, Aaron e o Coxinha estavam sozinhos no canto e conversavam. Puxei novamente a Pietra e fui até a direção deles.

–Oi. –Cumprimentei-os, e Aaron me deu um selinho. –Coxinha, essa é a Pietra, que faz faculdade comigo, e Pietra, esse é o Coxinha, um amigo de anos. –Pisquei para ela, e comecei a conversar com Aaron. Nós os deixamos sozinhos e fomos para um canto namorar. –Saudades. –Ri.

[...]

Aaron foi para roda dos homens, e sabia que eles estavam conversando sobre o time que foi campeão. Fui a Pietra que estava sentada sozinha.

–E aí?

–Acho que ele não está muito interessado em mim. Não tivemos química. Amiga... Preciso ir embora, meu pai está sozinha em casa, e você sabe como fico preocupada. –Assenti, e a levei até a porta. –Mas obrigada por tudo isso, sei que fez de coração.

Depois que ela foi embora, conversei com as meninas por um bom tempo. E vi o Coxinha ficar um pouco afastado de todos e fui até ele.

–Ei Coxinha. –Ele sorriu sem graça para mim. –Não deu certo? Achei que vocês super combinavam, tinham o mesmo gosto.

Ele sorriu sem graça novamente e me puxou para varanda.

–Preciso te contar algo. Primeiramente, eu sinto muito por contar apenas agora, mas eu tive medo. Só quero que saiba que sempre confiei em você, e confio. Mas quero que você entenda o meu lado. Desde o primeiro ano, percebi algumas coisas, fiquei interessado em homens, eles me atraíam. –Afastei-me um pouco, olhando para o seu rosto. –Alexia, eu sou homossexual.

Foi um baque. A vergonha estava estampada no meu rosto. Eu estava com tanta vergonha, estava constrangida. Como não percebi isso? Eu o conheço há 19 anos e nunca e nem desconfiei da sua opção. Mas o que mais doeu, foi quando vi o Aaron abrir a porta e paralisar. Relembrei a nossa pequena conversa e um nó surgiu a minha garganta. É lógico que ele sabia, ficou daquele jeito. Encarei o Aaron, chorosa e ao mesmo tempo zangada. Ele passou a mão no rosto e eu tive mais certeza ainda que ele já sabia. Ele aproximou devagar e eu avancei nele, mas parei antes de encostar-se a ele. Olhei para seus olhos, e balancei a cabeça negativamente.

Desviei dele e abri a porta, e sorri como se nada tivesse acontecido. Peguei a chave do carro, minha bolsa e fui até a Liz me despedindo dela. Atravessei a sala, e abri a porta dando de cara com um casal que não conhecia. Os cumprimentei e desci a pequena escada, chegando á rua.

Limpei as lágrimas e entrei no carro, girando a chave na ignição do carro. Quando cheguei ao final da rua, o que estava um pouco longe da casa de Liz, pude ver o Aaron saindo da casa, com o capacete na cabeça e subindo na moto. Virei à direita e fui pra casa.

Estacionei o carro na garagem, adentrei na casa, e subi as escadas e bati com força a porta do meu quarto. Deitei na cama, coloquei o travesseiro em cima da minha cabeça, e comecei a chorar e gritar. Depois de alguns minutos, a porta abriu.

–Alexia.

–Vá embora. –Falei com a voz abafada. Ele me chamou mais uma vez. –Vai embora. –Ouvi passos se aproximar, e ele tentar mais uma vez. Tirei o travesseiro e virei atacando a sua cara com força. –VAI EMBORA!

–Eu não vou embora. Vou trazer um copo de água e vamos conversar. –Uma coisa que me irritava, é que ele tinha calma. Raramente, ele perdia a cabeça.

–Eu não quero a porcaria da água, eu quero que você vá embora.Você não tem noção de como estou envergonhada. Você me fez passar vergonha na frente dele e da minha amiga.

–Se você me deixa explicar, aí-

–Explicar o que? Que não confia em mim? Estamos juntos há dois anos, e você não teve a audácia de me contar?

–Não tem nada a ver com isso. Tenta me entender.

–Chega! Vai embora. –Falei chorando dessa vez, e ele afastou saindo do quarto. –NÃO VOLTA NUNCA MAIS!

Foi um momento que eu achei que não existiríamos mais nós. Depois de três semanas, ele me chamou para tomar café perto da sua faculdade. Nós conversamos, nós desculpamos, e voltamos.

Eu sei que eu aproveitei cada segundo, dia e ano, mesmo com dificuldades. Afinal, a vida não tem graça sem os obstáculos. Eu sei houve ‘’missões impossíveis’’, mas eu gosto do impossível, porque são poucos que correm atrás e são poucos que conseguem.

Que saudades, do colégio, da minha infância, das pessoas (que eu nem imaginava) saírem da minha vida, saudades de tudo. Saudades das brincadeiras infantis, dos beijos inesquecíveis, das festas incríveis, dos vestidos magníficos, dos momentos que vai ficar para toda a vida. Querendo ou não, sempre existirão saudades.


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Notas finais do capítulo

Curtiram os personagens?



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