Ellen dava seu passeio noturno pelo Casarão Creepypasta, afinal, felinos acabavam ficando mais ativos de noite. Sabia que logo, logo alguém iria lá encher o saco dela com as regras de recolher de Slender, mas pouco se importava, gostava de andar por aí.

Na verdade queria era brincar. Veremos. Na sala não tem ninguém. Na cozinha muito menos. Nos corredores do andar de cima também ninguém. Francamente, onde estão as pessoas deste lugar?

Foi só pensar assim que ouviu uma conversa vinda do hall ao descer as escadas. Logo ela avistou os dois garotos que conversavam em frente à porta da frente aberta, deixando uma brisa entrar.

Um deles ela já conhecia, Thompson. O outro... Ela nunca viu na vida. Deveria ser muito mais alto que ela se chegasse perto, daria uns dezessete anos para o ser de cabelos branco-prateados, um pouco compridos. Um head-set repousava em torno de seu pescoço, dividindo espaço com uma série de correntes com pingentes de cruz. Estava de jeans azul escuro largo com mais uma corrente na lateral, uma camiseta preta do jogo Resident Evil, e uma jaqueta pesada da marca Polo Wear. Devia se chamar “O Senhor das Correntes”... “Ou o Senhor dos Anéis”, pois estava cheio de correntes pelo corpo e um monte de anéis nos dedos.

– Não conheço e nunca vi – Dizia Thompson.

– Ah, então – Continuou o outro mesmo sabendo que o loiro sequer ia entender sobre quem ele estava falando – Com certeza ganharia do Leon. Dante é bem mais foda.

– Sou do tipo que torce mais pro Vergil.

– É mesmo – Colocou a mão na boca como se dissesse “Como pude me esquecer dele?!” – O Vergil é mais foda ainda.

– Estão falando sobre séries? – Ellen entrou no meio.

– Jogos – Corrigiu o de cabelos branco-prateados mostrando o dedo indicador, como uma lição. Só então ele viu a garota – Aaaaaaaaaaah (*------*) Neko!

Ellen encarou-o assustada, quando este veio lhe apertar as orelhas de gato.

– Nyan! – Deixou escapar.

– Que fofaaa! Adoro nekos – Falava ainda o desconhecido.

– Por favor, né cara – Thompson interrompeu – Deve estar machucando a coitada.

– Desculpa – Soltou. Ellen massageou suas orelhas.

– Quem é você? – Ela indagou.

Quem respondeu fora Thompson:

– Este é um conhecido meu... Ainda não é um morador de Creepypasta, vive no mundo humano. Mas vem aqui de vez em quando.

– Nome? – Ellen continuou.

– Me chame de Joker – Sorriu – E você?

– As pessoas me chamam de Ellen ou Len.

– Eu tinha uma amiga chamada Ellen – Comentou o grisalho.

– Ah é? Ela era fofa?

– Não. Era drogada – Brincou, logo em seguida rindo.

– Isso foi uma indireta?! – Len pareceu não ter gostado. Como o suposto Joker não respondeu nada e apenas continuou rindo, Ellen enraivecida preparou os dentes e...

– IAAAAAAAAAAAAAAAAI! – Gritou o garoto ao ser mordido com força no braço.

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Reunião, reuniões. Slender já se encontrava na sala de reunião, acompanhado por Splendor, Trender, Offender, Zalgo, Elizabeth e Mr. Creepypasta. Só esperava seus Proxy’s. Onde aqueles três infelizes podiam estar? Olhou no relógio da parede, estava tarde demais e as Creepys reunidas já pareciam estar ficando impacientes.

Então, ao dar quarenta minutos de atraso começaram a poder ouvir uma conversa se aproximando cada vez mais da sala. Dizia:

– Agora o chefe vai nos torrar por culpa sua! – Parecia a voz de Masky.

– Você se preocupa demais. O que mais aquele tiozinho poderia fazer com a gente?

– Nos expulsar da dimensão talvez?

– E isso seria um castigo? – Ticci Toby perguntou sarcasticamente.

– Tá, tá, mas mesmo assim, somos Proxy’s devemos obedecer. E você, Hoodie, poderia ter colaborado um pouco.

– Não tenho culpa nenhuma se meu relógio não estava no horário de verão.

– O horário de verão acabou faz tempo!

– E que sentido isso faz?

A porta fora aberta e os três apareceram, já recebendo o peso dos olhares das pessoas da sala.

– Atrasados – Disse Slender.

– D- desculpe senhor! – Masky se apressou – É que houve complicações e...

– Não quero saber, vão aos seus lugares e calem-se. – Assim fizeram de cabeça baixa. – Ótimo, com isso podemos começar.

– Se me permite, qual é o motivo para uma reunião tão urgente? – Elizabeth quis saber.

– Daemon.

– E onde há Daemon, há Dick – Comentou Zalgo.

– Exatamente – Continuou Slenderman – Ele está passando do limite. Aliás, ambos já passaram do limite.

– O que quer dizer? – Mr. Creepypasta perguntou.

– Dick fugiu para o Mundo Humano com cerca de nove ou dez Creepys e por minha culpa, Daemon quer matar a todos...

– Com todos, o senhor quis dizer... – Começou Hoodie, Slender completou:

– Todos nós, Creepys inferiores a ele.

A sala se espantou e surgiram vários murmúrios pelos lados.

– O que poderíamos fazer? – Trender indagou.

– Tenho tantas coisas com o que me preocupar – Slendy suspirou – Bom, não me vem nada à mente por isso chamei a todos.

– Primeiro não deveríamos nos preocupar com a turminha que fugiu da dimensão? – Offender sugeriu.

– Não podemos fazer nada ao respeito – Falou Zalgo – Ninguém mais pode sair daqui. Seria arriscado demais.

– Isso mesmo – Concordou Mr. Creepypasta – Devemos esperar a volta de todos.

– Dicky está com eles não é mesmo? – Elizabeth começou – Então a fonte de nosso problema também está lá. Daemon só nos matará após fazer “justiça” com as próprias mãos. Isto é, após matar o teu filho.

– Como diz minha irmã – Mr. Creepypasta falou – Só nos resta deixar o tempo fazer seu trabalho, e esperarmos.

Assim a reunião se desenrolou. Correndo e sucedida de dezenas de perguntas...

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Jasmine dividia o quarto com Kather, BEN já sabia disso perfeitamente já que desde que a Viúva Negra chegou ele tinha passado um bom tempo a observando em seus dias. Acontece era que o garoto já não aguentava mais ficar apenas a observando e tendo-a como amiga. O fato de ela estar o deixando na Friend Zone não o agradava muito.

Entrou com cuidado no quarto de ambas, percebendo que a porta estava destrancada e as garotas dormiam. Jasmine parecia um anjo dormindo de lado, coberta com um cobertor preto e aparentemente quentinho já que o frio dominava o resto do Casarão Creepypasta.

Tomou cuidado em seus passos, se dirigindo até seu objetivo. A ruiva.

O que não sabia era que Kather estava acordada apesar de sonolenta. Ela o seguia com os olhos em cada ação do esverdeado.

BEN foi até a lateral da cama de Jasmine, fitando o rosto sereno dela. Seguiu com os olhos até sua boca entreaberta, totalmente tentadora.

O garoto fechou seus próprios olhos e suspirou.

– Okay. Só um beijo de boa-noite não faz mal – Sussurrou para si mesmo. K arregalou os olhos por um momento e então sorriu. “Que fofo”.

Antes de qualquer coisa, BEN cutucou uma vez os lábios de Jasmine e como esta não acordou, pegou folego e agachou colando sua boca na dela. Levantou rapidamente, tudo não passara de um simples selinho. O garoto abriu um olho de cada vez, rezando para que a amada ainda estivesse dormindo. E de fato estava. Soltou o ar que prendia e resolveu finalmente ir embora.

Quando caminhava até a porta novamente não aguentou e correu de volta a lateral da cama de Jasmine, descarregando outro beijo na garota, totalmente corado.

“Esse foi REALMENTE o último” Concluiu, e então se foi. Fechando cautelosamente a porta.

Kather se sentou na cama com o sorriso ainda estampado no rosto. Não acreditava no que o garoto-duende havia feito.

– Jasmine? E então? – Perguntou.

A ruiva se sentou na cama também, olhando para a amiga.

– Finalmente fez o que eu estava esperando – Cochichou.

As duas riram juntas.

Oh Yeah! Para quem shippava BEN e Jasmine