O Diário das Creepypastas - Interativa escrita por Slendon6336


Capítulo 1
#1 - Apronte, mas aguente as consequências


Notas iniciais do capítulo

Oie leitores! o/
Esse primeiro capítulo eu não coloquei os seus personagens ainda, mas é só para vocês terem uma breve noção do que vai acontecer dentro do Casarão, okay?
Já escolhi os novos personagens que vão aparecer no próximo cap. ^^
~ Boa Leitura



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O garoto se sentou na escada sem se importar com nada. Ligou o “seu” MP4 que mais cedo havia roubado, no último volume. Usava jeans e blusa azul-escuro. Dick Slender o filho que ninguém esperava do famoso Slender man decidira não seguir o caminho do pai em matar criancinhas indefesas no meio da floresta. Arg! Só de pensar lhe dava arrepios. Mesmo assim, era um ladrão em tanto.

Acordou naquele dia entediado, afinal, o casarão sempre fora a mesma coisa: Assassinos, monstros e criaturas excluídas por Deus andando para lá e para cá; espalhando e bagunçando tudo. Dick detestava isso. Preferiria tudo no lugar, mas quem disse que o Casarão era um lugar fácil de colocar ordem?

– Hey Dick! Você viu a Sally? – Jeff the Killer surgiu de algum lugar, olhando para todos os lados. Parecia agitado.

O mais alto meneou a cabeça em sinal negativo. Jeff se sentou ao lado dele no degrau, mas mesmo com ambos ocupando espaço, seria preciso mais cinco pessoas para bloquear a passagem de quem quisesse subir ou descer. O assassino começou a passar o dedo em sua faca tão querida, como se a acariciasse. Dick revirou os seus olhos castanhos.

– E então... Soube que Eyeless levou sermão do meu pai – Comentou para iniciar uma conversa, retirando um dos fones de ouvido.

– É. O mal-humorado do Jack acabou vacilando no mundo humano.

– Como assim? – Tentou demonstrar interesse, mas por dentro, estava prestes a cair no sono. Não havia dormido bem de noite, isso por que... Bem. Não queria se lembrar daquilo.

– Parece que ele deixou grandes pistas para a polícia lá. E você sabe como o véio do Slender é né?

Dick lançou Aquele Olhar para Jeff ao ouvir o modo como se referiu a seu pai. Sabe aquele olhar que pode significar mil e uma coisas, mas a que ressaltava é “Quer morrer agora?”?

– Okay, okay. Esqueci por um momento de que você é o filho dele. Foi malz... E então, vo...

– PEGA ELE SMILE! – Gritou Sally de algum lugar, cortando a sua fala.

Uma grande bola de pelo em formato de cachorro pulou em cima do assassino, derrubando-o de costas. Ele xingou um palavrão e Dick só viu a garotinha rir sem parar. Quando Jeff se recuperou, rosnou:

– VOCÊ ME PAGA PIRRALHA!

Tudo que Sally conseguiu fazer fora correr, tendo o assassino a perseguindo.

Dick suspirou, era sempre assim. Correria, gritos e viciados em tudo qualquer tipo de coisa perambulando para lá e para cá. Às vezes pensava que sem toda aquela agitação o Casarão Creepypasta não seria o mesmo.

Uma sombra cobriu a luz que iluminava seu rosto, e ele levantou os olhos para ver quem era. Sorriu ao ver a garota em sua frente, apertada em um vestido curto e com um colar de pérolas. Os olhos dela eram negros por inteiro; sem deixar espaço para a íris, pupila ou a parte branca do olho (N/A: Não sei como se chama).

Ela era... Jane the Killer. A linda Jane the Killer. A garota que ele queria poder chamar de sua pela eternidade. Perdera as contas de quantas vezes deixara de dormir por causa dela.

– DICKYYYYY?! – Ela chamou, estralando os dedos em frente ao seu rosto, acordando-o do transe – Terra chamando Dicky. Repito: Terra chamando Dicky.

– Ér... Oi Jane. – Disse, sentindo seu rosto corar – C- Como vai?

– Vou bem. Trouxe isto aqui para você.

Entregou-lhe um embrulho que parecia ser um presente. Dick desamarrou a fita preta e meteu a mão dentro, puxando um PSP novinho em folha de dentro. Abriu um sorriso do tamanho do de Jeff e agradeceu:

– Muito obrigado! Só você lembrou até agora.

– Feliz aniversário de dezessete anos! Não sabia o que comprar então eu achei isso. Lembrei que você gosta dessas coisas.

– Adorei. Obrigado mesmo.

Ele até pensou em lhe dar um abraço ou um beijo na bochecha para agradecer melhor, porém rejeitou a idéia achando que ela poderia imaginar outra coisa, tipo dele estar afim dela ou algo assim.

– Você viu o Jeff? – Jane indagou casualmente.

– Vi sim – Ele fez uma careta, apontando para a esquerda – Tá aprontando com a Sally pra variar.

(X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X). (X)

Liu andava tranquilamente pelos corredores daquela espelunca, querendo chegar à sala de estar, que tinha tamanho suficiente para ser construído um apartamento de três andares dentro.

Quando virou a esquina, foi ao chão, pois alguém havia trombado com ele. Esfregou a cabeça que com o impacto doía e fitou o apressadinho a sua frente; também caído.

– Hey maninho, quem é a vitima desta vez?

Jeff se levantou prontamente, como se nada tivesse acontecido e olhou por cima do ombro de Liu, para o corredor além dele.

– Sally! Aquela pirralha! – Esbravejou, fazendo seu irmão rir.

– Já que te encontrei, deixa eu te perguntar uma coisa: Que “guerra” era aquela no seu quarto ontem anoite?

Jeff esticou mais ainda o seu sorriso permanente.

– Não foi nada...

E voltou a correr, deixando o irmão mais velho sem resposta.

Liu deu de ombros e se levantou, batendo o pó da roupa. Mal acabara seu trabalho e Smile Dog saltou em cima dele para poder acompanhar Jeff, derrubando-o mais uma vez. Refez seu trabalho olhando irritado por onde o cachorro passou e por um triz não caiu naquela maldição de chão novamente quando uma multidão de pessoas passou correndo. Entre elas, pode avistar BEN segurando seu laptop.

– Yo Liu! É hora do almoço! – Exclamou ao passar por ele.

O garoto seguiu a multidão para o refeitório. Eram duas mesas compridas que iam de ponta a ponta da área deixando espaço apenas para uma mesa especial na horizontal, destinada a Zalgo e os irmãos de Slender: Offenderman, Splendorman e Trenderman; sem contar o próprio.

No lado oeste havia as refeições self-service, aonde quem chegasse primeiro ficava com as melhores partes. Liu pegou uma fila de metros e metros para conseguir fazer seu prato. Depois procurou seu irmão que estava sentado em grupo com Eyeless, BEN, Sally e Dick. Juntou-se a eles.

Jack não havia feito um prato e se afogava em uma garrafa de Whisky. Sally consolou-o:

– Ei Jack, anime-se cara!

Tudo que recebeu em resposta fora um rosnado.

Jeff pegou o copo de refrigerante de Dick e ameaçou jogar em sua cabeça enquanto este estava distraído com algo na outra mesa. Liu lançou Aquele Olhar para o caçulo que rapidamente deu meia volta com o copo para sua boca, tomando dois goles.

– Só observo... – Murmurou debochado.

BEN mesmo em pleno almoço não desgrudava de seu computador e aquilo deixou Liu desconfortável, afinal, se alguém derrubasse algo no aparelho, BEN ficaria puto.

Dick e Liu eram talvez os mais responsáveis na casa inteira e queriam sempre evitar brigas, o que acontecia sempre que existia alguém puto da vida e isso é exatamente o que não faltava naquele lugar.

A barulheira fora interrompida pela calma voz de Slender man:

– Um minuto de atenção.

Todos olharam para o homem esguio em pé ao lado de Lorde Zalgo. O comando havia sido simples e Slendy nem se deu ao trabalho de gritar, porém ele era como um diretor dentro de uma escola e todos deviam o total respeito. Alguns até o chamavam de O Pai das Creepypastas.

– Só duas coisas antes da refeição: Primeiro quero lembrar que hoje é o décimo sétimo aniversário de meu filho, Dick – De repente parecia que todos os holofotes estavam sobre o garoto – E segundo quero saber quem foi o ser que desenhou um bigode de Hitler no meu quadro da sala de estar – Agora, todos voltaram os olhos para Jeff, que mal prestava atenção – Jeffrey?

– O QUE?! EU NUM FIZ NADA, NÃO! SE FOR O MONTE DE PRATO QUEBRADO NA COZINHA FOI O BEN! – Gritou e se levantou ao perceber a atenção.

– EI! – Exclamou o outro, também se levantando indignado.

– Não quero saber de desculpas... Péra. Vocês quebraram os pratos da cozinha?

– Ih... Falei demais – Sussurrou Jeff.

– Quero tudo em seu devido lugar até hoje à tarde. Fui claro?

– Sim senhor – Responderam ambos juntos, fazendo uma breve reverência.

Os três voltaram a se sentar, BEN fuzilando o assassino com os olhos. Jeff deu um sorriso travesso e gesticulou com a boca cortada: “Só disse verdades”.

Naquele momento o menor se estressou, fazendo uma coisa que provavelmente se arrependeria mais tarde. De repente Jeff viu algo verde partir para cima dele...


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Eu mereço comentários?
Aceito sugestões e ainda tem muita vaga aberta :)
Até a próxima...