Steve é um menino marrento, da cidade de Carricó.Embora fosse pirracento, era magrinho de dar dó.Mas mesmo sendo tão Gambito, era corajoso como só.Seus pais queriam viajar, visitar os seus avós, pois estavam doentinhos, na cidade de Embó.

-Pai, o que a vó tem?

-Sua vó está com gripe, resfriado também.

-Pai, e com o que o vô está?

-Seu avô tem enxaqueca, dor de cabeça de estourar.

Bem cedinho, terça-feira, partiram de carro, então.Cinco horas, corriqueiras a caminho de São João.De São João a Garibé, de Garibé a Santo Andós, partiram dali a pé, até chegar em Embó.

Cidadezinha estranha, pequenina como um grão, Uma igreja, cinco casas, a prefeitura e um casarão, com cheirinho de café, seguido de aroma de pão, Ah interior...As ruas de paralelepípedos, da época colonial, na praça, um coreto, dois bancos e um poste de metal.Pessoas bem simples, um senhor leva uma enxada, uma dona faz a broa, outra faz a coalhada.

Seus avós estão no hospital, ao norte de onde estavam assim, o caminho era difícil, de pedras, era ruim.Os seus pais se preocuparam, os avós não estavam lá.Onde estavam os velhinhos?Já queriam procurar.

Já eram 22:00 da noite, era tarde pra roçar, foram até o açoite pra poderem descansar.

A noite não fora boa, pelo menos pra Steve.na janela parecia haver uma pessoa, e que nunca tinha visto.

Gritos, passos e gemidos,Foi o que ele ouviu.Ficava de queixo caído até que ele dormiu.Teve um grande pesadelo, acordou suando frio, sonhou que estava amarrado, preso dentro de um barril.

De manhã quando acordou, sem demora se assustou, com o bilhete de seu pai, que na mesa ele deixou:

-"filho, eu e sua mãe saímos, resolver problemas no hospital, voltamos ás 16:00, cuidado com o canavial.Tente fazer amigos, pode ser legal, Depois das 20:30 pra rua você não sai! Juízo, de seu pai."

Steve ficou feliz, mas triste ao mesmo tempo, embora pudesse sair, O Seu Bento, não deixava se distrair.

-Hoje você não sai! Seu pai deivou mas eu não deixo!

-Se você não deixar eu sair, eu vou no meu pai e me queixo!