Adônis: Em Busca do Mundo Perdido escrita por Cloe


Capítulo 4
Capítulo 4 - As criaturas


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo tem muita informação importante, novas descobertas e curiosidades! Aproveitem.



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Cheguei ao espaço do treinamento de arco e flecha, todos se viraram pra mim, com um olhar esquisito. Mas eu consegui sentir, no fundo dos olhos deles, eu escutava seus pensamentos. ‘’ O que essa maluca está aprontando aqui?’’ ‘’ O que ela veio fazer aqui?’’.

Sou conhecida em Adônis como a ‘’lunática’’, pelo simples fato de eu já ter pressentido alguns acontecimentos que aconteceram. Como na vez que a Luana se abateu contra uma árvore e morreu de uma pancada no cérebro ou algo do tipo. Eu já tinha avisado a vila que isso poderia acontecer, mas ninguém acreditava. Depois que aconteceu, todos parecem me evitar.

Luana depois desse acontecimento todo com o Mundo, ela ficou louca, antes mesmo disso tudo, ela tinha parentes que moravam em um hospício. Temos ainda um ‘’louco’’ da vila, é o Alfredo, ele já é mais idoso, e por conta disso, pegou mais trauma do que nós adolescente e adultos.

– Kiara! Que bom te ver aqui. – Disse Xavier me puxando, chamando a atenção de todos. – Essa é a Kiara pessoal, ela veio participar da nossa aula. – Levantou o meu braço – Diga oi, Kiara.

– Oi pessoal. – Falei envergonhada.

– Oi. – Retribuíram.

Xavier não parava de falar, me mostrando as posições para colocar a flecha e dava dicas de como acertar os alvos. Nas árvores estava o ponto onde você tinha que acertar. Na primeira eu errei, mas na segunda, acertei em cheio.

Uma flecha acerta Plutão, um aldeão da nossa vila e escutamos um barulho semelhante há um tropeço.

– O cara da flecha perdida! – Gritou um aldeão.

– Peguem-no! – Gritou Xavier indo montar em seu cavalo.

O cara ‘’da flecha perdida’’, tinha cabelos que se encostavam aos ombros, uma barba atraente e olhos verdes meio azulados. Estavam todos correndo, ele estava com um cavalo, fazendo todos desistirem de tanto cansaço.

Rapidamente, alcancei Xavier em seu cavalo e consegui montar, ao ele dar uma parada. Peguei o meu arco e flecha e eu nada experiente, tentei acertá-lo. Bem em cheio! Acerto sua cocha! Ele caiu do cavalo.

– Muito boa Kiara!

– Obrigada! – Dei um sorriso gigantesco.

Descemos do cavalo rapidamente e todos foram em direção ao cara caído. Infelizmente o cavalo dele fugiu.

– Olá seu merda! – Gritou Xavier o chutando. Xavier retira uma faca e coloca em seu pescoço. – Quem é você?

– Não posso falar, por favor, não me mate. – Falou o cara deitado no chão.

– Fala agora, ou você quer partir?

– Está bem, eu sou o David, sou um Ícaro, Ícaros são pessoas que temo dever de caçar vilas e matar pessoas.

– Pra quem você trabalha?

– Isso é confidencial!

– Você está querendo morrer né? – Gritou Xavier com toda raiva, apertando seu pescoço.

– Eu trabalho para os alienígenas. Eles sequestram as pessoas para trabalhar pra eles. Tem um monte. – Disse o cara com dificuldade de respirar.

Quatro anos depois.

– Irmãos e irmãs de toda Adônis! Hoje vai ser o grande dia da caçada há pedra Cibele! Precisamos de cada um de vocês para a nossa grande jornada. – Meus cabelos brilhavam aos raios do sol, em cima de uma pedra, eu gritava- Quem está pronto para aventura, deem um passo para frente! – Falei.

Apenas quinze pessoas andaram para frente. Isso era preocupante, porque dê sessenta e cinco pessoas, apenas quinze delas, aceitaram.

– Eu estou com você chefa! – Falou um aldeão.

– Eu também estou. – Falou Paloma.

– Nós estamos! – Gritou todos os quinze!

O Mundo mudou demais, nesses quatro anos, perdemos pessoas e ganhamos pessoas. De nossas caçadas, conseguimos muito mais mantimentos e água. Os alienígenas andam parando com suas explosões e estão agora preservando a natureza. Ás vezes eles tacam água com suas naves por toda a região. E isso facilita nossa sobrevivência.

– Kiara, o Xavier mandou você entrar na sala dele. – Falou um pequeno aldeão.

– Tem que ser agora?

– Parece que sim. – Sussurrou.

Deixei meu arco e flecha apoiado em uma árvore e fui em direção à sala de Xavier.

– O que você quer? – Já entrando, perguntei.

– Não sei se isso é uma boa ideia. – Falou Xavier com uma cara de preocupado.

– Por quê? O mestre confirmou!

– A gente não pode confiar em qualquer um por aqui. Ainda mais sobre recomendação de nossos piores inimigos, Kiara! O que deu em você? – Gritou ele.

– Eu pensei que você confiasse em mim!

– Eu confio, mas no mestre não. – Disse Xavier ao se levantar da cadeira e olhar no fundo dos meus olhos.

– Mas ele nos ofereceu nos ajudar. Ele não teria a coragem de fazer mal algum, Xavier.

– Como você sabe? Ele pode ser um deles! Pode ser um ser humano de alguma aldeia, em busca de mantimentos para roubar! Ele pode ser tudo.

– Incluindo também um verdadeiro mestre! – Gritei.

– Está bem, vamos até a jaula dele, para ver se ele prova alguma coisa. – Grosseiramente falou Xavier ao se retirar da sala.

Segui Xavier até a nossa cadeia, Adônis cresceu muito nesses quatro anos. Enfrentamos frios e ataques rigorosos de Ícaros. Mas David está com a gente, ele quase foi morto por Xavier, mas prometeu mudar ao ficar dois anos na cadeira de Adônis. E hoje ele é muito importante para Adônis. Um grande experiente em arco e flecha.

– Olá mestrezinho. – Falou Xavier ao puxar um banquinho ao se sentar em frente há jaula.

– Não me chame assim, por favor, chefe. – Disse o Mestre com uma cara de piedade.

– Pelo o que parece, o Mestre está no comando agora. – Disse Xavier caçoando.

– Xavier, vamos logo ao ponto. – Falei.

O Mestre era baixinho, orelhas pontudas, parecia um duende, ás vezes eu pensava nessa opção. Deu muito trabalho para o acharmos, perdemos quatro pessoas e algumas, sofreram grandes ferimentos.

‘’ – O Mestre está na pedra mais bonita. As pedras diferentes são o seu caminho. Kiara, você é especial, você sentirá com o poder de seu coração e sua sabedoria. – Falou o Alienígena amarrado em cordas. Fique com esse colar, ele vai te guiar.

– Obrigada, mas você tem um coração tão bom, porque estão fazendo isso com o nosso Mundo?

– Eu sou único, tiveram sorte. – Disse o Alienígena ao fechar os olhos indo em direção há sua morte.

Uma lágrima surge em minha face, um sentimento de coragem se expandi em meu peito, um aperto, uma motivação me fez continuar há procura do mestre.’’

– Você é realmente um mestre? De onde você veio? – Perguntou Xavier.

– Eu vim de um mundo, de outra dimensão. Somos os Gripitons, somos uma mistura de duendes com os sábios. – Falou o Mestre.

– Como posso acreditar em você? – Xavier perguntou com a mão na testa.

– Por isso.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo!



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