Deep Six escrita por Gothic Princess


Capítulo 3
Capítulo III - Grace & Scott


Notas iniciais do capítulo

Hello heroes!!

Queria muito agradecer pelos comentários, eles me ajudam muito pessoal. E queria dizer também que se quiserem dar algumas dicas, me ajudarem a melhorar a fic, etc, eu vou adorar! Estou sempre aberta a sugestões, podem até me mandar por mensagem se quiserem :)

Aproveitem!



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Assim que chegaram ao prédio onde Kevin morava, Apolo colocou Kate com cuidado no chão. O semideus ainda não havia conseguido tirar os olhos da garota de cabelos escuros nos braços de Superboy, sua ferida não era muito séria, mas ele estava preocupado por ver que ela ainda estava sangrando.

Eles subiram num elevador espaçoso até o sexto andar, e Apolo pareceu estranhamente inquieto e tenso durante todo o trajeto, como se esperasse que algo fosse atacá-los ali dentro. Ele foi o primeiro a sair assim que as portas se abriram, enquanto Kev ainda carregava Mel. 

Haviam duas portas ali, uma de cada lado do grande corredor, indicando que haviam apenas dois apartamentos por andar. Melissa desceu do colo de Kevin e ele abriu a porta, e quando o fez, todos o seguiram para dentro do apartamento. A maioria das paredes no interior eram brancas e outras eram azuis, ao lado da entrada havia um corredor que levava a uma porta, provavelmente o quarto, e a sala de estar era a alguns passos da porta.

— Por favor, fiquem a vontade enquanto eu procuro o kit de primeiros socorros — Kevin usou sua super velocidade para ir ao banheiro e deixou os três de pé no meio de sua sala de estar.

— Deveríamos levá-la para o hospital, pode ser algo sério — Kate examinou a ferida de Mel e o Wayne se afastou dela.

— Sem hospitais — ela tirou a máscara, revelando algumas gotas de suor escorrendo pela testa. — Se meu pai descobre que estou machucada, ele virá aqui apenas para me levar de volta à Gotham à força, e não estou com vontade de lidar com ele no momento.

— Aqui está — Superboy voltou e entregou uma pequena caixa branca para a amiga.

— Eu tenho experiência com feridas. As amazonas me ensinaram bastante técnicas médicas para que eu estivesse preparado para qualquer coisa, então posso te ajudar — Apolo disse, não recebendo uma resposta da morena.

Batgirl simplesmente entrou no quarto de Kevin e foi seguida pelo jovem alto de cabelos escuros. Ela já percebia como ela tinha um gênio parecido com o do pai, pelo menos usando como referência as histórias contadas a ele por sua mãe sobre os heróis da Liga. Algo que não passou despercebido por ele foi o fato de que Melissa era apenas uma humana comum que não tinha medo de arriscar sua vida para defender os outros, e isso o deixava intrigado.

— Você mora aqui sozinho? — Kate perguntou, acabando com o silêncio entre Kevin e ela que haviam preenchido a sala.

— Sim. Meus pais se mudaram para Smallville há algum tempo, mas concordaram em deixar-me ficar aqui até terminar meus estudos — ele deu um sorriso tímido. Sempre era simpático quando falando com pessoas novas, mas havia algo sobre Kate que o fazia querer ser ainda mais agradável e gentil com ela.

— Sempre fui uma grande fã do Superman, não acredito que demoramos tanto para nos conhecermos, já que sempre soube que você existia — ela sentou-se no sofá e seu sorriso desapareceu levemente. — E da próxima vez, vou avisar antes de dar um grito daqueles, sei que sua audição é melhor do que a de um humano, então devo ter te machucado mais. 

— Não se preocupe com isso, você conseguiu derrubar o monstro então foi por uma boa causa. Por falar nisso, seu poder é muito impressionante.

— Eu prefiro usar o grito do canário apenas se for uma emergência porque, como você pode ver, pode ser muito poderoso e acabar ficando fora de controle. Lutar é, na verdade, a minha especialidade.

— Se você souber lutar como sua mãe, o que não duvido, vou tomar cuidado para não te irritar — Kev deu uma risada e sentou-se ao lado dela no sofá.

Eles continuaram a conversar sobre seus pais e um pouco sobre eles também, logo esquecendo que haviam acabado de se conhecerem, e ignorando o fato de que pareciam estar gostando um pouco demais da companhia um do outro. 

No quarto, Melissa tinha uma expressão dolorosa em seu rosto enquanto tirava o uniforme de seu corpo. Aquilo era ótimo para protegê-la, porém terrível de ser removido. Quando conseguiu se livrar do último pedaço de kevlar, viu que seu corpo ainda estava coberto por uma malha preta e tratou de tirá-la também.

Apolo estava sentado na cama, segurando a pequena caixa branca e esperando pacientemente que ela terminasse de se despir o suficiente para que pudesse ter livre acesso ao ferimento. A viu remover sua malha e abaixá-la até a cintura, deixando seu top preto a amostra. Ele não se sentiu envergonhado de vê-la daquele jeito, afinal havia crescido em uma Ilha cheia de mulheres e não ficava constrangido perto delas, mesmo que estivessem seminuas.

— Me dê a agulha. 

— Você não vai mesmo se dar pontos, não é? Não é problema eu fazer isso para você — essas palavras a fizeram olhar para ele com certa desconfiança, pois não sabia se ele realmente sabia dar pontos ou se era bom nisso. — Eu já dei pontos em amazonas que se feriram em batalha, pode confiar em mim.

O semideus lhe ofereceu um sorriso discreto, porém reconfortante, para ela, e em seguida se levantou da cama e fez sinal para a jovem Wayne se deitar.

Ela não confiava nele, mas estava começando a sentir-se tonta por conta da perda de sangue, provavelmente perderia ainda mais se tentasse fazer aquilo sozinha. Vendo que não teria outro jeito, ela caminhou até a cama e se deitou de barriga para cima, observando-o sentar ao lado dela e começar a limpar a ferida com uma gaze branca.

— Eu ainda não sei o seu nome — ele apontou, agora pegando a agulha e preparando-a com a sutura.

— Melissa — ela não olhou quando ele começou a fechar sua ferida alguns segundos depois, mas mordeu o lábio inferior, impedindo que um gemido de dor saísse quando sentiu como se seu ferimento queimasse. — O seu é Apolo, certo?

— Como você adivinhou?

— Já nos conhecemos quando éramos crianças — ela fechou os olhos para tentar esquecer a dor, um pouco ofegante. 

Apolo lembrou-se do dia em que sua mãe o levou para conhecer os membros da Liga na Torre de Vigilância. Não viu Kate ou Kevin, mas se lembrava de ver uma garota com cabelos escuros e grandes olhos claros, parecendo assustada enquanto se escondia atrás de Batman.

— Você era aquela garota? — ele parecia genuinamente surpreso. Ela abriu os olhos e olhou para ele, como se aquele simples olhar já lhe desse uma resposta. — É que você parece tão determinada e confiante agora, nada como a garota que eu conheci naquele dia, tímida e assustada.

— Aquele não foi um bom dia para mim. Meu pai tinha acabado de decidir me enviar para um internato na Inglaterra.

— Por que ele faria uma coisa dessas? — Apolo já havia terminado de dar os pontos na ferida e agora a enfaixava com cuidado.

Ele sentiu o corpo dela ficar tenso quando tocou a pele desnuda da jovem, parecendo que a conversa havia tomado um rumo para um assunto que ela não estava confortável em discutir. 

— Já terminou? — ela o respondeu com outra pergunta, e ele percebeu que não deveria insistir no assunto. 

Apolo fechou o kit de primeiros socorros e se levantou, assentindo com a cabeça. 

— Lembre-se de tentar não se mover demais, ou a ferida vai se abrir novamente.

Ela mal olhou em sua direção e começou a vestir seu uniforme mais uma vez. O jovem podia ver que ela era muito sensível à perguntas sobre o internato, então preferiu não pressioná-la. Foi até o banheiro, onde jogou as gazes ensanguentadas na lixeira e lavou as mãos. Quando voltou para sala de estar, viu Kate e Kevin pararem de conversar e se levantarem. 

— Ela vai ficar bem, foi um ferimento leve — ele garantiu ao ver que Kevin parecia genuinamente preocupado.

— Ela é durona, não sei por que estava preocupado — Kate sorriu, também aliviada ao saber que a Wayne estava bem. 

Alguns minutos depois, Melissa deixou o quarto, já vestindo seu uniforme novamente, desta vez sem a máscara.

— Como está se sentindo? — Kevin perguntou, oferecendo um copo d'água para a amiga. 

Ela balançou a mão como se estivesse descartando sua preocupação, mas aceitou a água de bom grado. Bebeu todo o líquido em questão de segundos e respirou fundo. 

— Estou bem. Agora que estamos aqui, podemos discutir sobre o soro — Melissa pegou a pequena seringa no cinto que continha o soro e a mostrou para eles. — O que sabem sobre ele?

— Estou aqui há pouco tempo, então realmente não sei nada — Apolo falou. — Mas se isso foi responsável por criar aquele monstro, farei o possível para que não aconteça de novo. 

— Eu concordo com ele. Muitas pessoas poderiam ter se ferido ou morrido hoje. Seja lá o que isso for, ou quem o esteja fabricando, eu quero ajudar a tirá-lo de circulação — Kate olhou para Kevin, que sorriu para ela.

— Perfeito. Precisaremos de toda a ajuda que conseguirmos — ele se virou para Batgirl.

Melissa pareceu um pouco receosa, já que quando tentou trabalhar em equipe com outro herói, as coisas deram terrivelmente errado. Às vezes ela tinha um parceiro como seu pai ou Kevin, mas uma equipe era algo bem diferente e muito mais complicado de se lidar. Ela, no entanto, sabia que eles seriam muito úteis nesse caso, então ela suspirou e assentiu levemente com a cabeça. 

— Podemos começar indo ao STAR Labs, eles saberão do que este soro é feito, então provavelmente também saberão como podemos reverter seus efeitos. 

§

Um fio de cabelo loiro caiu na frente de seus olhos enquanto ela olhava pela janela, o que fez a jovem a penteá-lo para trás de sua orelha o mais rápido que pôde, o movimento súbito de seu cabelo a tendo surpreendido por um instante. Seus curiosos olhos azuis estavam fixos nas árvores do lado de fora, ignorando completamente o que a professora estava dizendo à classe.

— Senhorita Allen? Grace Allen! — a professora falou tão alto que a loira virou-se abruptamente para ela, e viu que todos os seus colegas de classe estavam olhando em sua direção um pouco confusos. — Você estava ouvindo a explicação?

— É claro que sim! Só fiquei um pouco distraído por um segundo, foi mal — ela lhe deu um falso sorriso, e se a professora percebeu, não insistiu em chamar sua atenção. 

Grace esperou até que todos parassem de olhar para ela e suspirou aliviada. Ela não conseguia se concentrar nas lições por causa de seu distúrbio de déficit de atenção, sempre dicando distraída por causa das coisas mais estranhas e bobas, e quando ficava muito concentrada em algo, tinha crises de hiperatividade. Isso seria algo normal para qualquer pessoa normal com TDAH, mas ela não era uma pessoa normal.

Sem perceber, seu dedo indicador começou a tatear rapidamente a mesa e sentiu seu coração bater cada vez mais rápido enquanto tentava se concentrar. Sua respiração passou a sair tão rápido que qualquer um diria que ela nem estava respirando. 

— Ah, droga... — Grace sabia o que estava por vir e apertou as laterais da mesa com força, tentando impedir que acontecesse. 

Logo o tempo ao seu redor começou a passar em câmera lenta, os alunos que conversavam não podiam mais ser ouvidos por ela, assim como a professora, uma bola de papel que havia sido lançada na direção da cabeça de Ethan, seu amigo que sentava na primeira carteira, agora ia até ele a uma velocidade agonizantemente lenta. Era sufocante estar ali naquele momento, ela precisava correr. 

A tortura continuou até que ela ouviu seu celular tocar, tirando o seu foco e a fazendo voltar.  Tudo voltou a acontecer à uma velocidade normal, mas Grace ainda se sentia como se estivesse com as pernas amarradas e precisasse se libertar e só correr até se acalmar novamente. Ela viu Ethan ignorar a bola de papel que acertou sua nuca e olhou em sua direção, assim como outros alunos, quando ouviram o celular da jovem. 

— Senhorita Allen, tudo está bem? — a professora parou a aula mais uma vez para encará-la com uma sobrancelha arqueada. 

Grace simplesmente pegou a mochila e o celular sobre a mesa e saiu da sala de aula. Olhou para trás quando viu que Ethan fez menção de ir atrás dela, fazendo um sinal dizendo que estava tudo bem e que ele deveria permanecer sentado. Um pouco hesitante, o jovem caucasiano de cabelos negros fez o que ela disse e voltou sua atenção para a aula. 

— Alô? — ela atendeu e imediatamente reconheceu a voz do pai no outro lado da linha.

— E aí, parceira? Foi mal, sei que estava na aula, mas...

— Não se preocupa, pai, eu tava mesmo precisando sair. Mas fala logo, o que foi? Tem um trabalho pra mim? Vou poder correr? Por favor, fala que sim!

— Wow, calma, furacãozinho — Barry ficou assustado com a velocidade que ela estava falando, mesmo que pudesse entender tudo. — Você teve outra crise de hiperatividade?

— N-não, eu só... — Grace respirou profundamente, fazendo o possível para controlar seus batimentos acelerados. — Pode falar. 

— Precisam urgentemente de mim na Torre agora, mas combinei de entregar uma amostra de um soro que encontrei na cidade outro dia no STAR Labs. Pode fazer isso para mim, parceira? 

— Claro que posso, já pode considerar essa amostra entregue! — Grace estava tão feliz que tinha certeza que berrou aquelas palavras.

Ela desligou antes que seu pai pudesse dizer algo mais e tratou de correr até sua casa. Sempre que ela tinha esses surtos, correr era a única coisa que a tranquilizava, e aquela pequena missão chegou na hora certa. Apareceu em casa não muito depois, no mesmo instante subindo para o seu quarto e vestindo seu uniforme que era igual ao do seu pai, porém com uma abertura na parte superior da máscara por onde seu cabelo saía. Ela prendeu os fios loiros em um rabo de cavalo e se olhou no espelho, satisfeita como sempre que vestia seu uniforme de Speedy. 

A velocista desceu as escadas e encontrou um pequeno pacote onde se lia: "Entregar à Dra. Sarah Charles, S.L. Metrópolis."

Não estranhou o fato de ter que ir até outra cidade entregar a amostra, já que o STAR Labs de Central City estava sendo reconstruído após ser quase que totalmente destruído num ataque de Zoom. Ela pegou o pacote e disparou na direção de uma das maiores cidades do país, onde sempre esperava encontrar Superman para finalmente conhecê-lo. 

§

Mera andava pelo corredor vazio, podendo ouvir o som de seus próprios passos ecoando pelas paredes do castelo. Seu longo vestido verde era arrastado pelo chão coberto por um tapete vermelho enquanto se aproximava cada vez mais da grande porta de ouro. Quando a abriu, encontrou a sala do trono vazia, algo incomum considerando Arthur deveria estar lá naquele momento. 

A rainha deu alguns passos, encarando os dois tronos e se perguntando onde seu marido teria ido quando sabia que teriam uma reunião com o conselho em alguns minutos. Sua pergunta foi respondida quando a porta se abriu e Aquaman entrou, segurando o braço de um jovem e o trazendo consigo para dentro da sala. Ambos estavam molhados, indicando que tinham vindo de fora da cúpula que cercava a Atlantis.

— O que aconteceu? — Mera perguntou, já encarando o filho. 

— Seu filho fez mais outra coisa para envergonhar nossa família! — o rei respondeu. Ele estava claramente com raiva, enquanto seu filho parecia bastante relaxado.

— Sim, quando ele faz algo de errado, é só meu filho — ela revirou os olhos e cruzou os braços, levantando uma sobrancelha em sinal de reprovação à atitude do jovem. — Scott, por que você não me explica o que aconteceu?

Ele não estava exagerando seu humor, realmente estava entediado e um pouco irritado agora que seu pai havia acabado com sua diversão. E agora ele teria que lidar com sua mãe lhe dando bronca também. 

— Eu só estava me divertindo com uma sereia, só isso. 

— Uma sereia que é a esposa do Lorde Dorma. Você sequer pensa antes de fazer as coisas? — perguntou Arthur, visivelmente furioso com seu filho. — Na semana passada você quase destruiu uma ilha praticando com seus poderes, e na anterior tentou assustar alguns banhistas com tubarões, mas perdeu o controle deles e quase matou cinco pessoas.

— Por que continua se preocupando com o que eu faço? Só porque eu não sou como você, tão poderoso e perfeito? — Scott zombou, frustrado.

— Porque em breve você se tornará rei e ainda age como um adolescente mimado! — o rei vociferou, então tentou se acalmar quando Mera olhou para ele como se estivesse dizendo que ele estava exagerando. — Você ficará confinado dentro do palácio até que você aprenda a ser responsável e menos infantil.

— Em primeiro lugar, você viu o que eu estava fazendo com aquela sereia? Não sou nem de longe infantil, velhote — Scott sorriu e sua mãe cruzou os braços, aproximando-se perigosamente dele.

Ela não toleraria desrespeito e ele sabia, chegou a pensar que levaria uma surra. Felizmente, foi apenas um aviso para ele tomar cuidado com o que fala, então continuou. 

— Em segundo lugar, você não pode me fazer ficar aqui, passei da idade de ficar de castigo.

— Eu sou o rei, Scott, e eu não me importo se você é meu filho. Se não obedecer minhas ordens, você será preso — Aquaman virou as costas para Scott antes que o jovem pudesse argumentar e deixou a sala do trono. 

Scott era o filho que Arthur sempre quis, mas nunca o filho desejou para que um dia governasse Atlantis. Ele era inconsequente e imaturo na maioria das vezes, o que não eram os melhores atributos para um rei. Por outro lado, ele sempre teve um coração de ouro e não se preocupava em arriscar sua própria vida para defender os outros. Talvez fosse por isso que seu pai ainda esperava que um dia seu filho amadurecesse.

Infelizmente para Arthur, esse dia não estava perto de chegar. 

Assim que seu pai partiu, Scott foi imediatamente em direção a uma janela próxima, pronto para fugir e desobedecer descaradamente as ordens do rei. Sua mãe pôs uma mão em seu ombro e o deteve antes que pudesse fazê-lo. 

— Se ficar em Atlantis, seu pai descobrirá e as coisas ficarão ruins. É melhor que o obedeça pelo menos uma vez na vida e fique no palácio — sua voz estava calma, mas transbordava preocupação. 

— Eu não vou mais ficar em Atlantis. Prefiro ficar em qualquer lugar do que aqui, com ele — Scott abraçou a mãe e lhe deu um leve sorriso. — Acho que já era hora de eu conhecer a superfície.

— Não posso discutir com isso. Afinal, você já tem idade suficiente para decidir isso por você mesmo — Mera beijou a testa do filho. — Apenas tenha cuidado. Vou conversar com seu pai quando ele estiver menos estressado.

Scott assentiu e depois pulou de uma janela para a outra, e continuou fazendo isso até chegar mais perto do chão. Alguns guardas olharam para ele um pouco surpresos, mas o príncipe fazia esse tipo de coisa desde criança, então ninguém ficava alarmado com tal ato. 

Ele usou a passagem secreta que costumava usar sempre que queria deixar do reino, nadando em alta velocidade até o continente mais próximo. Quando o atlante emergiu da água, recebeu olhares de todos os banhistas na praia, percebendo que não estavam acostumados a verem alguém com partes de uma armadura dourada sair do mar. Era a primeira vez que o príncipe estava em terra e achou o clima mais quente do que imaginava.

Depois de caminhar na areia por alguns minutos, atraindo a atenção de muitos civis, viu um grande edifício branco com janelas pretas ao lado do mar. A placa acima dizia: "STAR Labs". Por um momento, ele pensou ter visto uma figura vermelha passar correndo e entrar no lugar, mas por mais curioso que estivesse, algumas garotas do outro lado da praia haviam chamado sua atenção. Ele decidiu que poderia investigar o vulto mais tarde, indo na direção das jovens mulheres sem perceber quando um grande carro preto parou na porta do prédio e quatro pessoas saíram do mesmo. 


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Notas finais do capítulo

Sei que nada de muito interessante aconteceu, mas algumas informações mencionadas nesse capítulo vão ser vitais no futuro, então não se esqueçam delas!! Obrigada por lerem, até mais :)

Un beso mis amores :*