Deep Six escrita por Gothic Princess


Capítulo 26
Capítulo XXVI - Heróis


Notas iniciais do capítulo

Hello heroes!! Nem posso dizer o quanto tô feliz de ver a fic chegando nesse ponto, porque há um ano e meio eu nunca poderia imaginar que ela teria evoluído tanto. Graças a vocês eu fui capaz de continuar e não pretendo parar por aqui, ainda tenho muitos planos para esses personagens que criei, tanto dos Stormwatch quanto da LJS, então não me esqueçam quando essa primeira temporada acabar, ainda vou estar aqui com vocês!!

Esse capítulo foi trabalhoso, mas acho que ficou legal. Espero que gostem!!

Obs: As lutas de cada dupla foram separadas, mas todas acontecem ao mesmo tempo.

ESSE FOI O MAIOR CAPÍTULO QUE EU JÁ ESCREVI EM TODA A MINHA VIDA!!

Detalhes dos uniformes dos heróis:

Natasha: Armadura thanagariana branca e dourada.

Joe: Uniforme da tropa dos Lanternas Azuis.

Greg: Semelhante a que Dick Grayson usava quando foi o Agente 37.

Tony: Sobretudo, blusa, calça e luvas pretas.

Karinand'r: Armadura tamaraneana.

Espero que consigam entender tudo!!



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Eram quase onze horas da noite quando o DS soube que as milhares de doses do antídoto estavam prontas e foi bem nesse momento em que a luta da Liga contra o Coração Negro começou a piorar. Por estar no meio da cidade mais populosa do mundo e cercado por aparelhos eletrônicos, o objeto alienígena já havia crescido muito, ficando quase da altura do Empire State, e continuava a se expandir pelo chão também. Os jovens heróis perceberam que se não andassem rápido, seus pais não conseguiriam parar aquela coisa antes que destruíssem Nova York e talvez boa parte do país.

Depois de se equiparem com uma grande quantidade da cura para o soro, colocada em cápsulas que iriam facilmente penetrar na pele dos meta-humanos, foram com suas respectivas duplas para o local em que Ethan descobriu ser a base, usando as informações que Tony havia conseguido.

— Time Vermelho para equipe, estamos em posição! — Speedy sussurrou pelo comunicador, ela e Dorian escondidos atrás de um carro velho parado não muito longe da fábrica antiga.

— Não sabia que tínhamos nomes nas equipes, se for assim o nosso é Equipe Mega Fantástica — Zoe também falou.

— Não temos nomes, vamos nos concentrar na missão, por favor? — Superboy soltou um suspiro de frustração quando tentou usar sua visão de raio-x para olhar o local por dentro e descobriu que as paredes eram feitas de chumbo.

— Pessoal, só quero dar avisos básicos antes de começarmos — Ethan falou, parecendo estar tão nervoso quanto os outros. — Acrescentei um dose de anestesia junto com a cura, então depois que atirarem os alvos provavelmente irão desmaiar, mas isso ainda pode levar um tempinho para fazer efeito. Outro detalhe é que esse antídoto não foi testado, então pode não funcionar...

— O quê?! Como você deixa pra falar isso agora? — Cassandra quis estar perto do moreno para empurrá-lo de cara na parede.

— E essa não é nem a pior parte. Se o antídoto funcionar, vai eliminar a célula mãe meta-humana que o super-soro criou, mas também pode eliminar as células meta-humanas que já nasceram naquele corpo — ele explicou.

— Isso significa que se, por acidente, um de nós, meta-humanos, formos atingidos por essa cura, vamos perder nossos poderes? — Rusty perguntou para o moreno ao seu lado, falando também pelo comunicador e deixando que os outros ouvissem o que havia dito.

— Exato. Então tenham muito cuidado! — Ethan alertou.

— Ok, agora tô ficando com um pouco de medo... — Speedy quase sussurrou as palavras, sentindo um frio na espinha só de pensar em ficar sem seus poderes.

— Fica calma, vai dar tudo certo — Canário assegurou do outro lado da linha. — Ao sinal do Dent, nós vamos para a porta da frente. Eth, já pode hackear as câmeras de segurança.

Greg e Cassandra estavam no telhado de uma casa afastada de onde os outros estavam, porém perto o suficiente para ele conseguir ter uma boa visão dos guardas que estavam no telhado da base da fábrica. Dent mirou sua arma na direção de um deles, sabendo que se atirasse uma vez, teria que ser rápido e acertar os outros antes que soasse o alarme. Ele respirou fundo e prendeu o ar quando apertou o gatilho oito vezes, logo vendo os sete guardas caírem com os dardos anestesiantes em seus pescoços.

— Foi impressão minha ou você errou um tiro? — Cassy provocou, sorrindo para o namorado.

— Foi impressão sua — ele sabia que tinha errado um, mas rapidamente havia corrigido seu erro e acertado o alvo que errara.

— O Mark nunca errou um tiro, ele seria bem útil agora... — ela o viu pegar sua arma e andar na direção da escada para sair do telhado. — Feri seus sentimentos? Não foi minha intenção, amor!

— Podem ir — o moreno falou pelo comunicador.

Ao ouvirem o comando, Hope e Apolo correram para a porta principal. Ela pegou uma de suas cartas e a jogou na direção da porta, criando um tipo de portal que levava para o outro lado da mesma. Os dois passaram primeiro e foram seguidos pelo resto dos heróis.

— O portal vai ficar aberto, não toquem na carta depois que passarem! — Hope alertou Cassandra e Greg, sabendo que só ela podia tocar em suas cartas mágicas.

— Pode deixar, chegaremos logo! — a morena respondeu.

— A parte fácil já passou. Boa sorte para todos — Scott disse e então ele e Kate desceram uma enorme rampa que os levaria até o subsolo.

— Vamos precisar de sorte — Joe disse, levantando voo junto com Natasha e descendo rapidamente a rampa.

— Sideral, leva o Ethan pelo corredor central — Superboy também começou a flutuar com Karina e os dois seguiram seu caminho para o corredor designado.

Depois que todos já haviam ido, Grace percebeu que ela e Dorian estavam sozinhos na entrada, não parecendo ter visto os outros saírem por estar ocupada demais se preocupando com tudo o que poderia acontecer lá embaixo. Ela se virou ao sentir a mão do cowboy em seu ombro e o viu fazer um sinal positivo com o polegar, como se perguntasse se ela estava bem.

— Eu tô bem, mas também tô nervosa... — a loira respirou fundo e o viu sacar suas duas pistolas, girando-as em seus dedos indicadores. Permaneceu parado, como se estivesse esperando ela ir quando estivesse mais segura. — Nossa, é estranho te entender sem você dizer nada.

Ela deu um sorriso para Dorian antes de correr rapidamente até o corredor sul. Ela tinha dois cintos presos em seu tronco que continham várias cápsulas de antídoto e quando chegou a primeira sala, já tinha duas dessas cápsulas em suas mãos. A porta, porém, estava trancada.

— Não vamos conseguir abrir sem disparar um alarme, vou ter que vibrar através dela — a velocista disse quando viu Dorian parar ao seu lado. — Segura isso que eu vou...

A frase dela foi cortada quando ele guardou uma de suas pistolas e ergueu seu bracelete na direção na porta, fazendo-o se abrir e disparar uma rajada de energia azul que fez a porta explodir em milhares de pedaços.

— Você não é nada discreto... — ela entrou, ouvindo o alarme ecoando por todo o local. — Eles iam ver a gente de qualquer jeito mesmo.

Quando viu os trinta meta-humanos alinhados em filas militares, Speedy ficou paralisada por um momento, com medo que eles fossem atacá-la, mas isso não aconteceu, todos ficaram parados, encarando-a sem fazerem nada.

— Vai explodindo as outras portas, eu cuido disso — ela disse para o cowboy, que assentiu e correu para o lado de fora.

Ela pôde ouvir o som das explosões enquanto passava rapidamente por todos os trinta e injetava a cura em seus braços, esperando por um tempo até que todos caíram no chão, inconscientes. Pelo menos a anestesia estava funcionando.

Saiu dali o mais rápido que conseguiu e começou a entrar nas outras salas que eram exatamente iguais a primeira, todos alinhados e perfeitamente parados, deixando que ela conseguisse derrubar boa parte deles com a cura. Eram oito salas por corredor, com aproximadamente trinta em cada uma, ela percebeu, então não seria difícil acabar com aquela área se eles não fossem interrompidos. Mas seria fácil demais se isso acontecesse.

Antes de entrar na quinta sala, a velocista sentiu um vulto passar e empurrá-la contra a parede ao lado da porta, prendendo-a com força.

— Adivinha quem são — Zeus disse pelo comunicador, dando uma risada. — Acham mesmo que podem nos impedir? São mais patéticos do que eu pensei.

O vilão desviou rapidamente quando uma rajada de energia passou por ele e voltou sua atenção para Dorian. Outro jato azul passou bem ao lado da cabeça de Zeus, deixando-o com raiva e o fazendo correr até onde o cowboy estava, acertando um soco na barriga e no rosto dele. Os golpes foram tão rápidos que ele mal conseguia senti-los até sentir suas costas baterem contra a parede com violência.

Grace correu até onde Zeus se preparava para atacar Dorian novamente e o empurrou com toda a sua força para longe dele, jogando-o para o outro lado do corredor.

— Continua que eu cuido dele! — ela retirou os cintos que usava com o antídoto e os entregou para o cowboy, que concordou com um aceno de cabeça e voltou a explodir as portas.

— Já te venci uma vez, posso fazer isso de novo — Zeus se levantou, um sorriso ameaçador em seu rosto.

— Você fala demais e luta de menos, palhaço!

— Se eu fosse você, começaria a correr, pirralha — ele estalou os dedos, deixando suas garras saírem.

— Se você fosse eu, eu seria muito imbecil — ela deu uma risada ao vê-lo trincar o maxilar de ódio e avançar contra ela, porém conseguiu ser ainda mais rápida, desviando dele e correndo de volta para a rampa, sabendo que não conseguiria lutar contra ele ali embaixo, precisaria de mais espaço se quisesse ganhar.

§

— Não pode andar mais rápido com essa porta? — Yuki perguntou, impaciente com a demora de Tony para destrancar a fechadura eletrônica. — Só conseguimos entrar em duas salas, estamos ficando sem tempo!

— Estou ciente disso e iria bem mais rápido se pudesse me concentrar — o detetive terminou de mexer no painel de controle ao lado da porta e a mesma se abriu. — Eles parecem zumbis, não acha?

— Eles são quase. Estão tendo as mentes controladas — Yuki correu para dentro e começou a colocar as cápsulas nos braços dos meta-humanos, segundos depois vendo-os cair no chão. — Estranho é esse alarme tocar e eles não fazerem nada para...

— Atenção todos os soldados, — uma voz feminina ecoou pelo alto falante. — Matem qualquer invasor que entrarem nas salas.

A oriental se afastou quando viu vários rostos virarem em sua direção, se afastando deles e aproximando-se de Tony.

— Agora as coisas vão ficar interessantes, não acha? — o detetive pegou sua besta e se preparou para atirar.

— Qual é o poder desses?

— Não faço ideia — logo que ele disse isso, viu todos os meta-humanos da sala fazerem suas unhas crescerem até ficarem quase do tamanho das lâminas de Yuki, parecendo serem feitas do mesmo material também, como se tivessem cinco espadas em cada mão. — Não sei o por quê, mas sinto que isso vai doer.

Kodachi sacou suas espadas e ficou em posição de defesa, vendo-os meta-humanos correrem na direção dos dois. Questão atirou em vários deles com suas flechas especiais, carregadas com o antídoto, mas precisou se afastar da oriental para ela ter mais espaço enquanto desviava das finas lâminas que vinham em direção ao seu corpo.

Ela só conseguia ouvir o som dos metais se chocando e fazia o possível para movimentar seus braços o mais rápido que conseguia. Podia ver que Tony também lutava com alguns do outro lado e os acertava com suas flechas, pensou em fazer o mesmo com as cápsulas que estavam presas em seu cinto, mas precisava das duas mãos no momento.

Tony se esquivou de duas garras metálicas e acertou um tiro em cheio na testa de um dos meta-humanos, mas logo viu quatro lâminas passando ao lado de seu braço e não conseguiu desviar a tempo. Não demorou para sentir o sangue começar a escorrer, e aproveitou a proximidade de quem havia lhe ferido para acertar um tiro em seu peito. Se afastou e começou a atirar em todos, derrubando a maioria enquanto tentava ignorar seu braço, que começava a arder.

Yuki viu vários meta-humanos caírem ao seu redor e conseguiu guardar uma de suas kodachis, usando sua mão livre para pegar uma cápsula e enfiá-la no pescoço do último meta-humano daquela sala. Quando percebeu outra lâmina vindo na direção de seu rosto, se virou rapidamente e a parou com sua kodachi, percebendo que esta lâmina que quase a atingiu era mais grossa. Levantou os olhos para ver Damian de pé na sua frente e sentiu uma enorme vontade de tirar aquela máscara dele e lhe dar um chute no rosto.

— Vou para a próxima sala... — Tony comentou, vendo que os dois estavam se encarando com as lâminas entre seus corpos. — Claro, resolvam o que tem que resolver, temos muito tempo.

O detetive deixou a sala e foi para a próxima, sabendo que Yuki poderia se cuidar e que Damian não iria machucá-la. Pelo menos ele esperava que não.

§

Kate havia ficado pasma de descobrir que haviam dado um jeito de pegar o grito do canário e o haviam colocado em cordões especiais, agora ela e Scott estavam em uma sala repleta deles e tentavam não terem seus ouvidos estourados por causa do número de pessoas que gritavam em suas direções. Isso parecia ser só uma das habilidades deles, pois ainda tinham a mente controlada, então haviam usado o soro.

Seus comunicadores já haviam estourado e isso havia obrigado os dois a removê-los rapidamente enquanto sentiam que seus ouvidos seriam os próximos a explodirem.

Scott caiu de joelhos no chão e se forçou a colocar as mãos no piso, se concentrando o máximo que pôde para trazer água do subsolo para cima. Sentiu uma grande quantidade vindo e logo ergueu as mãos, fazendo uma camada grossa de água aparecer na frente dos dois, bloqueando os gritos como uma parede que absorvia as vibrações.

Kate não conseguia ouvir nada, sua cabeça girava e mal conseguiu dar um passo sem se apoiar na parede atrás de si. Sacudiu o rosto e respirou fundo, tentando focalizar a imagem a sua frente, percebendo que os meta-humanos haviam parado de gritar e tentavam atravessar a barreira de água que Scott fizera.

Ela o viu dizer algo, mas não conseguia ouvir nada além de um apito em suas duas orelhas, sabendo que ficaria desnorteada por um tempo e desistindo de tentar entendê-lo. A loira fez um sinal para ele abaixar a barreira e ele lhe lançou um olhar questionador, se perguntando o que sua amiga faria. Confiando nela, obedeceu, fazendo a parede de água cair sobre todos os seus oponentes do outro lado da sala e distraí-los por alguns segundos.

Canário puxou o máximo de ar que conseguiu e deixou o grito sair, tão potente que as paredes tremeram e alguns pedaços do teto caíram. Os meta-humanos foram lançados para longe pela força do berro que ela dera, suas orelhas começando a sangrar em menos de dois segundos. Scott também precisou cobrir os ouvidos, pois apesar de não ser o alvo do grito do canário, ainda podia sentir um pouco dele.

Ela colocou o máximo que conseguiu naquele grito, porém quando o ar começou a lhe fazer falta, a heroína o deixou sumir aos poucos, sentindo sua garganta arder quase que como tivesse acabado de engolir uma pedra em chamas. Por pouco não caiu no chão, sentindo Scott segurá-la e colocá-la de pé novamente.

— K...te...?...Ka...te?! — a loira começou a sentir sua audição voltando ao normal quando o atlante a sacudiu. — Kate, tá me ouvindo?

— Parcialmente — ela conseguiu dar um meio sorriso para ele, tentando recuperar o fôlego.

— Deixa isso comigo, você já fez demais — Scott pegou o arco e algumas flechas que estavam com a amiga e, de onde estava, começou a acertar os meta-humanos atordoados no chão. Como príncipe, ele havia tido lições básicas com o arco, e conseguia, pelo menos, acertar um alvo que não estivesse em movimento e relativamente perto.

Kate ia dizer que ele quase errou uma para provocá-lo, mas sentia sua garganta queimar e resolveu apenas ir para a próxima sala, já que faltavam apenas três para eles terminarem. Quando pisou do lado de fora, viu Melissa andando pelo corredor e parando ao ver a loira de pé a poucos metros dela.

Canário sentiu sua raiva crescer e cerrou os punhos com força. A morena manteve a expressão neutra em seu rosto e voltou a andar, como se nada tivesse acontecido, mesmo que soubesse que a sua ex-companheira de equipe não a deixaria passar para o outro lado.

Melissa foi obrigada a parar quando sentiu a mão de Kate em seu ombro, e rapidamente segurou o braço da loira para depois tentar acertar uma cotovelada em seu rosto. Canário defendeu o golpe com seu antebraço e aproveitou para empurrar a morena para longe de si, desferindo um chute na altura do rosto da outra e vendo-a se esquivar.

Sem hesitar, Kate se aproximou e começou a dar vários socos na direção de sua ex-companheira de equipe, usando suas habilidades com o boxe para ganhar uma vantagem. Melissa conseguia desviar a maioria dos golpes, mas a velocidade deles era tão grande que às vezes deixava um ou outro passar. Em um certo momento, conseguiu segurar o punho da loira e a puxou para si, desferindo um soco em seu rosto depois que ela deixara sua guarda baixa.

Canário pareceu não ligar para a dor em seu nariz, que provavelmente estaria sangrando, e usou seu antebraço esquerdo para abrir a guarda da morena e em seguida acertar um golpe de cotovelo para cima bem na parte de baixo do queixo dela, fazendo Melissa cambalear para trás. Em seguida, acertou um chute no estômago dela que só a fez ser empurrada com mais força para trás e atingir a parede.

Mel precisou inalar uma grande quantidade de ar após o golpe, desviando do soco que veio na direção de seu rosto e segurando o braço da loira para depois acertar uma joelhada na lateral do seu corpo. Kate precisou trincar o maxilar para não deixar um grito de dor sair, puxando seu braço para se desvencilhar da outra. Conseguiu achar uma brecha na defesa dela e começou a desferir socos em regiões aleatórias, não tendo um padrão, mas sempre acertando em locais que sabia que doíam bastante.

A Wayne tentou desviar dos socos, mas estes pareciam vir de várias direções diferentes e em um ritmo que ela não conseguia acompanhar. Só percebeu que estava recuando quando suas costas tocaram na parede de pedra e também notou que havia sangue em seu rosto, não apenas dela mesma, mas também das mãos da loira, que já estavam feridas após tantos golpes.

Sem ter mais paciência, Melissa ergueu sua mão e usou sua telecinesia para empurrar Kate até o outro lado do corredor. Usou as costas da mesma mão para limpar uma trilha de sangue que escorria pela lateral de seu lábio e ia voltar a fazer seu caminho para impedir Scott, quando alguém em seu comunicador lhe mandou voltar para a sala principal.

A Queen se colocou de pé rapidamente e viu Melissa sumir de sua vista. Ela pensou que depois daquela luta, se sentiria mais calma e sua raiva diminuiria, porém aquilo havia apenas aumentado todo o ódio que estava sentindo pela ex-companheira.

— Hey, isso o que eu acabei de ver foi uma luta entre você e a Mel? — Scott se colocou ao lado da amiga, olhando para o mesmo ponto que ela olhava.

— Vamos segui-la — a heroína disse, quase sussurrando por não conseguir falar direito ainda. O atlante ainda estava um pouco atônito, mas concordou com a cabeça e foi atrás dela.

§

Kevin fez uma nota mental de nunca mais confiar em um plano de Tony sem antes checar todos os detalhes. Fez isso enquanto era lançado contra o chão por um homem com a pele coberta por um metal que ele não reconheceu. Superboy e Karina estavam em uma sala cheia de pessoas com os poderes iguais aos de Titânia e logo pensaram que sua sorte de terem conseguido entrar em quatro salas havia terminado.

As pequenas cápsulas com agulhas embutidas não penetravam a pele de nenhum deles, então os dois heróis iriam precisar deixá-los inconscientes para que sua pele voltasse ao normal e pudesse usar o soro neles. Até o momento, só haviam conseguido derrubar doze, e isso era ruim.

Karina voava e tentava acertar os meta-humanos com suas rajadas de energia, tendo pouco efeito sobre eles.

Superboy se forçou a ficar de joelhos, só para ser empurrado novamente para o chão por um pé extremamente pesado em suas costas. Olhou para frente e viu que a maioria deles estavam se concentrando na morena voando acima deles, então aproveitou para usar sua visão de calor e acertar os pés de alguns deles, conseguindo penetrar a densa camada de metal que cobria suas peles e os deixando distraídos para a tamaraneana acertar socos poderosos em seus rostos, quase os lançando através da parede.

Ele resolveu se concentrar em seus próprios oponentes e conseguiu rolar para o lado, dando um impulso com suas mãos e acertou um chute no peito do homem de metal a sua frente. Isso o fez cair em cima de outros três meta-humanos e dando uma oportunidade para Kevin fazer algo que não fazia há muito tempo.

O moreno fechou seu punho com força e o ergueu bem alto para depois descê-lo novamente, acertando o chão com tamanha força que fez o mesmo praticamente explodir em milhares de pedaços, pedras grandes e pequenas voando por todos os lados e várias pessoas caindo em buracos ou sendo soterradas. Ele podia jurar que a base inteira havia tremido e isso o fez pensar que se, com metade da força de seu pai ele poderia fazer isso, com toda ela ele seria capaz de um estrago bem maior.

Karina pareceu surpresa com a ação do companheiro, mas lhe deu um sorriso.

— Belo soco! — a alienígena colocou os pés no chão parcialmente destruído.

Ele apenas acenou com a cabeça, voando até alguns meta-humanos desmaiados e injetando o antídoto neles, enquanto Karina cuidava dos outros que ainda não haviam desistido, os punhos da jovem brilhando em um tom de dourado igual aos seus olhos conforme socava cada um deles até que perdessem a consciência.

§

— Já passamos por cinco salas, quase fomos mortos naquela com os meta-humanos que podiam se multiplicar! Foi sorte eu saber um feitiço para aquele tipo de situação — Miles viu a namorada dar um chute na porta da sala seis.

— Sua reclamação é? — a morena sorriu para ele antes de entrar.

— Ainda não encontramos a sala com o pessoal que tem poderes de fogo!

— É melhor assim, não quero ter que virar um demônio na frente de todo mundo e... — a frase da maga se encerrou quando viu todos os trinta meta-humanos se virando na direção deles, alguns deixando seus corpos inteiramente cobertos de chamas e outros criando bolas de fogo em suas mãos. — Ah, merda...

— Você dizia? — Miles deu uma risada. — Quando quiser, amor, não quero ser fritado por esses malucos, apesar de adorar fogo.

Zoe revirou os olhos e fez um sinal com as mãos, fechando os olhos e se concentrando o máximo que pôde.

Os inimigos, porém, não pareciam querer esperar ela terminar, e começaram a atacar. Miles criou uma bola de vácuo e absorveu boa parte das bolas de fogo e rajadas de chamas que voaram na direção deles, mas sabia que aquilo seria apenas temporário.

— Zoe, agradeceria se andasse logo, sem pressão — o mago jogou a esfera de vácuo na direção dos meta-humanos, que desviaram, e isso causou uma grande explosão na parede que atingiu.

— Transforma-te, mulher! Abandone as impurezas da carne, pois no peito de fogo o coração arde... — ela começou a falar as palavras mágicas e sentiu seu corpo ser coberto por chamas azuis. — Abandone a forma humana! Erga-se, demônio Prisma!

Assim que terminou, Zoe sentiu suas unhas se tornarem garras, seus chifres de tamanho médio saírem de sua testa e sua pele ficar de uma cor avermelhada. Seus olhos se abriram para revelarem poços negros que pareciam não ter fundo, e quando sorriu, revelou seus dentes pontiagudos como os de seu pai.

Quando ela estava em sua forma humana, era imune ao fogo e tinha super força. Quando estava em sua forma demoníaca, controlava o fogo, era imune a ele e ainda era muito mais forte do que normalmente seria. A única parte chata de tudo isso, na opinião da maga, eram os chifres.

Mais meta-humanos cobertos por chamas avançaram contra eles, fazendo Zoe tomar a dianteira e segurar dois deles por suas gargantas, os jogando em cima de outros dois sem a menor dificuldade. Se esquivou de um soco e acertou quem tentou acertá-la com as costas de sua mão, que foi o bastante para mandar o cara voando para longe.

Miles sussurrou um feitiço quando viu uma bola de fogo vir em sua direção e a segurou com uma das mãos, logo a devolvendo para o lançador inicial, porém com uma surpresa dentro. Quando o homem tentou segurar a esfera flamejante, viu a mesma explodir e espalhar uma grande quantidade de água por todos os lados, apagando a maioria deles. Apesar de nunca ter sido muito fã de feitiços com água, Carter adorou ver a cara que eles fizeram, mas não perdeu tempo, correu até onde estavam e começou a injetar a cura em cada um, aproveitando para fazer o mesmo com os meta-humanos que eram derrubados por sua namorada.

Zoe ia se virar para Miles quando sentiu algo se envolver ao redor de seu pescoço, e ao olhar para quem fizera isso, viu uma mulher com um chicote de fogo.

— Uau, queria ter um desses — Miles comentou, pulando para o lado quando a mesma mulher usou a mão livre para lançar três espinhos grandes de fogo em sua direção.

A maga segurou o chicote e o enrolou em seu braço, o fogo não parecendo nem um pouco quente, e sim quase frio para ela. Começou a enrolar cada vez mais o objeto flamejante em seu braço, trazendo a meta-humana, que tentava em vão não ser puxada, para perto o suficiente. Se livrou do chicote em seu pescoço quase que imediatamente e segurou a cabeça da mulher com as duas mãos, a forçando para baixo com força no mesmo momento em que seu joelho subia.

O golpe fora tão forte que ela caiu nocauteada no chão, Zoe dando um sorriso vitorioso ao perceber que essa havia sido a última.

— Quer ir para a próxima sala? — Miles perguntou, respirando fundo e sentindo o oxigênio começar a ficar escasso depois de ter tanto fogo ali dentro.

— Já está cansado, amor? — a voz dela saiu misturada, meio feminina e meio grave, como a voz de um demônio.

Ele deu uma risada, encarando ela por um tempo antes de falar.

— Só eu acho que você fica muito sexy quando está assim?

— Só você, porque é um maluco — ela deu um beijo na bochecha dele e saiu da sala.

§

Apolo e Hope não haviam tido problemas nas primeiras quatro salas, tudo foi fácil, já que ambos haviam trabalhado bem em equipe, mas agora que estavam na quinta sala e viam o tipo de poder que estariam enfrentando, ficaram um pouco apavorados. O semi-deus já achava os poderes de Grace incríveis, semelhantes aos do deus Hermes, então quando viu trinta meta-humanos com aquelas mesmas habilidades e os atacando, não pôde deixar de pensar o quanto estava odiando aquele poder.

— Como paramos eles? — Hope gritou em meio ao furacão de vultos que cercavam eles, de vez em quando sentia um soco ou um chute em algumas partes de seu corpo, porém nenhum deles era tão doloroso quanto a falta de oxigênio que estaria por vir.

— Precisamos de um jeito de tirá-los do chão! — Apolo respondeu, tentando segurar algum dos velocistas e falhando por não ser tão rápido.

A cartomante teve uma ideia e esperou que funcionasse. Pegou uma carta em que a foto de raízes crescendo eram visíveis, a lançou no chão e viu a mágica acontecer. Centenas de raízes grossas começaram a surgir do chão e envolveram todos os velocistas em grossas camadas de plantas e troncos, deixando-os apenas com o rosto de fora, como se estivessem em casulos. Estas raízes continuaram a crescer até quase atingirem o teto, deixando seus prisioneiros bem longe do chão.

Nem todos haviam sido pegos por esse feitiço, mas Apolo aproveitou para puxar o arco que carregava nas costas e começar a lançar flechas em todos eles, não tendo errado nenhum tiro e agradecendo mentalmente à deusa Ártemis por ter lhe ensinado a usar o arco.

Hope pegou três cartas entre seus dedos e as lançou contra dois meta-humanos. As mesmas explodiram em menos de um segundo e os fizeram recuar, ficando receosos sobre se aproximarem dela novamente.

Apolo havia lançado uma flecha no último velocista preso no alto, contando vinte e dois deles fora do jogo. Se preparou para ajudar sua companheira, quando sentiu alguém empurrá-lo contra a parede mais próxima e começar a acertar milhares de socos em seu tronco a uma velocidade absurda. Sentiu que se continuasse daquela forma, suas costelas iriam se quebrar e ele provavelmente teria os pulmões estourados, começou a pensar em um jeito de sair, parando ao ver Hope pular nas costas do jovem que o atacara.

O velocista conseguiu tirar a morena de trás de si e a jogou para longe, pronto para correr até ela e lhe atacar. Isso teria acontecido se Apolo não acertasse um soco em seu rosto que o fez ficar desorientado. O semi-deus injetou a cápsula em seu oponente antes que ele pudesse devolver o golpe e se aproximou de Hope, ajudando-a a se levantar.

— Mudei de ideia, enfrentar demônios tá parecendo bem mais fácil — ela pegou mais duas cartas e se preparou para enfrentar os meta-humanos restantes.

§

— Estamos atrasados! — Cassandra gritou, saindo rapidamente da terceira sala e parando na porta da quarta. — Os outros devem estar muito na frente, e eu apostei com a Zoe que terminaríamos antes dela.

— Essa última foi difícil, pessoas com a pele feira de rocha pura não são fáceis de serem derrotadas — Greg colocou uma pequena bomba na porta e puxou a namorada para o lado, tirando-a da linha de fogo.

Quando apertou um botão em seu cinto e a bomba explodiu, o moreno rapidamente sacou suas armas recém carregadas e correu para o lado de dentro. Cassy esperou dois segundos antes de ver Greg ser lançado para fora da sala quando um raio azul atingiu seu peito.

— E é por isso que não devemos entrar sem saber quais tipos de meta-humanos estão lá dentro — Cassy se aproximou dele e o ajudou a se levantar. — Esses são os que controlam eletricidade, vão ser difíceis também.

— Tenho um plano — Greg ignorou a dor que sentia e correu com ela para o lado de dentro.

Cassandra desviou habilmente de dois raios que tentaram acertá-la, dando um mortal para trás e se esquivando para o lado. Aproveitou que estava conseguindo desviar de todos os ataques e correu na direção dos meta-humanos, deslizando no chão quando vários tentaram atingi-la com uma rajada de raios e conseguiu injetar o antídoto na perna de cinco deles.

Greg pegou três bombas de fumaça negra não tóxica e as jogou no chão, deixando a sala completamente escura de uma forma que ninguém conseguia ver absolutamente nada. Cassy baixou seus óculos especiais, que ficavam como um arco em cima de sua cabeça, e os ajustou para que se tornassem óculos de visão raio-x. Com isso conseguiu ver vários esqueletos juntos de um lado, confusos por não conseguirem ver nada e soltando raios para direções aleatórias, enquanto outro estava sozinho e abaixado não muito longe dela.

Se aproximou, sabendo que era Greg e colocou a mão em seu ombro.

— Ótimo truque, mas agora você não consegue ver nada — ela o viu se levantar e apontar suas armas em uma direção.

— Esperava que pudesse me ajudar com isso — ela não teve certeza se ele estava sorrindo ou não, mas não pôde deixar de dar uma leve risada quando percebeu o que ele quis dizer.

A Wayne se levantou e ficou na frente dele, suas costas coladas no peito do namorado, que tinha os braços sobre os ombros dela de forma que Cassy tinha suas mãos nos cotovelos do moreno. Ela logo começou a guiá-lo para que atirasse as cápsulas de antídoto nos meta-humanos. Greg começou a disparar, sentindo-a guiar seus movimentos rapidamente e pôde ouvir o som de corpos caindo no chão.

"Que perda de tempo. Podíamos apenas estourar a cabeça deles com munição de verdade, eles são criminosos mesmo, merecem morrer." — Greg ouviu a voz de Mark em sua cabeça e a ignorou completamente. — "Passar tanto tempo com a Cassy te transformou em um covarde fracote, sinto falta de quando você era tão sanguinário quanto eu!"

Dent sabia que se sua outra personalidade estivesse ali, ninguém iria sair vivo daquele lugar, muito menos o DS, ele sempre achava um jeito de não deixar nenhuma testemunha quando começava a matar, e ele não podia deixar isso acontecer. Se concentrou o máximo que pôde para deixá-lo dentro de sua cabeça, apesar de continuar ouvindo Mark pedir para que ele o deixasse sair constantemente.

Cassandra via perfeitamente cada esqueleto ao redor deles e começava a girar junto com Dent para poder acertar todos eles. Sentiu um dos raios acertar sua barriga e uma corrente elétrica percorreu seu corpo, fazendo-a parar imediatamente. Greg a sentiu também, mas continuou firme em seu lugar, ajudando a namorada a recuperar o equilíbrio e não cair.

Ela deu um grunhido de dor e respirou fundo, voltando a atirar até que a fumaça começasse a se dissipar e eles vissem que todos os meta-humanos estavam no chão. Ele guardou suas armas e deixou que ela ficasse apoiada em seu peito até que recuperasse o fôlego.

— Não foi tão ruim — Cassy sorriu, deitando sua cabeça para trás, no ombro do maior.

— Poderia fazer isso a noite toda — ele sorriu para ela.

— Então vamos para a próxima sala! — Cassandra o puxou pelo braço e saiu daquele local. Quando chegaram na quinta sala, porém, viram que a mesma estava completamente vazia.

Foram até a sexta e esta também estava vazia. Ficaram confusos quanto a isso, então resolveram ir para o corredor principal, ver se alguém mais estava tendo o mesmo problema.

§

Natasha sacou sua espada e a mesma se tornou inteiramente feita de chamas, então começou a usá-la para defender várias pedras de gelo que voavam em sua direção. Joe estava ao seu lado e a energia de seu anel o protegia dos espinhos de gelo que acompanhavam as pedras.

— Falta só essa sala e mais uma — o Lanterna Azul fez uma arminha de paintball com seu anel e colocou algumas cápsulas do antídoto nela, começando a atirar contra os meta-humanos enquanto Natasha usava sua espada em chamas para destruir os projéteis pontiagudos que vinham na direção deles.

— Isso nem é a coisa mais difícil que já fizemos, estou quase entediada — a thanagariana ia partir um bloco de gelo gigante ao meio quando foi jogada contra uma parede. Sentiu uma leve dor em suas asas e rapidamente abriu os olhos para ver quem havia feito isso.

— Vou garantir que não fique mais entediada — Titânia tinha seu corpo coberto por uma camada de chumbo extremamente grossa e tinha um sorriso nos lábios.

Natasha a viu correr em sua direção e rapidamente se esquivou para o lado quando Amanda tentou lhe acertar um soco, fazendo um enorme buraco na parede ao invés disso. A thanagariana bloqueou o próximo golpe com seus dois braços e acertou uma cotovelada no rosto dela, não tendo muito efeito e ainda sentindo uma dor em seu cotovelo. Titânia conseguiu acertar um soco no maxilar e depois mais um em suas costelas, fazendo Natasha cair de joelhos.

— Pensei que seria divertido, mas você é só uma garotinha pássaro fraca — Amanda acertou uma joelhada no rosto da alienígena e se virou para Joe, que estava de costas e se defendia dos últimos três meta-humanos que o atacavam.

A vilã andou até ele, pronta para acertar um chute em suas costas, quando uma mão com garras segurou sua cabeça e a jogou com violência para longe, fazendo-a atravessar a parede e cair no corredor.

— Ainda não acabei com você — Natasha andou na direção de Amanda, sua espada presa em seu cinto e não mais em chamas, tendo agora a aparência de uma lâmina normal. — Só nos conhecemos há dois minutos, mas já pude perceber que você luta muito mal.

Titânia se levantou e tentou avançar contra a mulher alada, vendo-a se esquivar rapidamente e depois acertar um soco em seu rosto, suas luvas com espinhos tendo um efeito doloroso na garota com pele metálica. Natasha pôs as duas mãos nos ombros da vilã e a puxou para perto de si, acertando seu joelho no estômago dela diversas vezes, até que Amanda estivesse com as costas na parede de pedra do corredor.

Natasha segurou o braço dela e a jogou no teto, fazendo-a cair imediatamente e um buraco não tão fundo se formar ao redor dela. A heroína a segurou pela cabeça novamente e empurrou seu rosto contra a parede, sem a menor delicadeza.

— Me chame de fraca novamente, e eu juro que vou te ensinar a voar, te jogando de um prédio sem paraquedas ou cordas — a thanagariana acertou o rosto dela contra a parede com mais força, e isso fez a forma de chumbo que estava ao redor da pele dela sumir.

A loira caiu no chão com o rosto sangrando, tossindo enquanto sentia o líquido vermelho escorrer por seus lábios.

— Nunca vou entender essa sua agressividade — Joe flutuou até o lado dela.

— Sabe como eu me irrito fácil — Natasha cruzou os braços.

Amanda estava tentando unir forças para dar uma surra na alienígena, quando ouviu suas ordens de voltar para a sala principal em seu comunicador e rapidamente se levantou, correndo pelo corredor e deixando os dois heróis confusos.

— Isso foi estranho... Devíamos seguir ela, só falta uma sala mesmo — Lanterna disse, já começando a voar.

Natasha andou até a próxima porta e deu um chute na mesma, tão forte que esta caiu no chão. A heroína ficou surpresa, percebendo que ela estava vazia, então resolveu que aquilo era mesmo muito estranho e seguiu seu amigo.

§

Ethan e Rusty estavam atrás de uma pilastra vendo vários meta-humanos sendo levados para dentro de uma sala. O moreno havia contado trezentos e trinta, então presumiu que a sala deveria ser enorme. Em seguida viram Damian, Melissa e Amanda correrem pelo corredor e também entrarem ali, perceberam que os vilões estavam planejando algo de última hora, já que os heróis haviam pego eles de surpresa.

— Consegui um sinal de algo que está transmitindo comandos para Nova York, acho que o controle do coração negro está ali dentro — Ethan disse, mexendo em seu tablet.

— Então vamos entrar, já estou ficando entediado — Sideral sorriu para o moreno e saiu de trás da pilastra, indo até a porta.

Assim que chegaram na frente dela, viram os outros heróis aparecerem, todos ao mesmo tempo.

— Pessoal, que bom ver que todo mundo tá vivo por enquanto! — Zoe disse, mas assustou a quase todos por ainda estar em sua forma de demônio. — Vocês se acostumam, não vou matar vocês nem nada.

— Não tô dizendo que você tá feia, mas você fica muito mais gata na forma humana — Scott comentou.

— Por que estão todos aqui mesmo? — Karina perguntou.

— Cinco salas que entrei estavam vazias, aposto que isso aconteceu com vocês também — Tony respondeu. — Eles não são burros, tiraram o restante de lá porque viram que tínhamos o antídoto e estava funcionando.

— Encontramos o Damian em uma das salas, mas antes que eu pudesse dar uma surra nele, o vi correr para cá — Yuki disse.

— Fizemos o mesmo com a garota de metal — Natasha falou.

— E nós com a Mel. Eles estão planejando alguma coisa — Kate olhou em volta e percebeu que alguém estava faltando. — Cadê a Speedy?

Todos olharam para Dorian, que fez alguns sinais com as mãos em resposta.

— Ele disse que ela saiu correndo com outro cara rápido — Rusty interpretou.

— Zeus... Ela não vai conseguir vencer dele sozinha, da última vez quase foi morta — Apolo disse, tão preocupado quanto os outros.

— Não sabemos aonde eles estão, precisamos nos concentrar no que faremos agora e torcer para ela conseguir — Kevin suspirou. — Quantos meta-humanos sobraram?

— Vocês deixaram apenas duzentos e setenta de fora, mas ainda haviam duas salas em um corredor ali atrás que o Questão não contou, então são trezentos e trinta — Ethan respondeu.

— Melhor do que mil e quinhentos — Cassandra deu um sorriso.

— Alguns de nós estão machucados, vamos precisar trabalhar juntos se quisermos acabar com isso sem mortes — Kate olhou para todos os seus companheiros. — Prontos?

§

Grace tinha certeza de que eles já haviam dado a volta ao mundo, e não podia deixar de achar incrível aquela luta em alta velocidade. Ela não queria admitir, mas Zeus era muito rápido e isso tornava tudo mais interessante, já que ele estava lutando para matar a velocista.

— Não pode fazer melhor do que isso? — a loira provocou, correndo mais rápido ainda e subindo em um prédio.

Eles não podiam ser vistos por ninguém, eram apenas raios vermelhos e azuis no meio da multidão, no meio do mundo, não pareciam estar se preocupando com alguns estragos que faziam conforme corriam, como explodirem janelas, virarem carros e caminhões, destruir ruas e derrubar árvores. Ele estava muito concentrado em arrancar o coração dela com suas garras e ela em irritar ele ainda mais.

— Parece que não é tão rápido afinal de contas, com doze anos eu corria mais rápido do que isso! — Grace o viu acelerar ainda mais e tentar acertar suas garras no rosto dela, mas a jovem se abaixou rapidamente e começou a passar entre vários prédios, fazendo um zig zag por uma cidade, que ela teve quase certeza de que era o Rio de Janeiro.

Ela devia saber que algo poderia dar errado naquele momento, pois tropeçou em uma calçada e perdeu o equilíbrio, caindo de forma tão bruta que rolou por vários metros antes de parar. Algumas pessoas na rua ficaram assustadas com a cena e mais ainda quando viram Zeus aparecer do nada e andar calmamente na direção da loira, ainda no chão.

— Estava dizendo? — o vilão parou ao lado dela, vendo-a tentar recuperar o fôlego enquanto olhava para ele.

— Você... é um... idiota... que não... corre nada! — ela conseguiu dizer, logo sentindo-o segurá-la pela garganta e erguê-la muito acima do chão.

— Sou mais rápido do que você, pirralha. E agora vou cortar sua garganta e enviar os restos para os seus amigos — ele sentiu o cheiro de sangue e viu o líquido vermelho começar a escorrer pelas laterais do pescoço dela conforme suas garras afundavam na pele clara.

Antes que pudesse fazer o que disse, porém, ouviu ordens de retornar a sala principal em seu comunicador e deu um sorriso macabro para a velocista.

— Ou posso apenas me divertir com aqueles heróis antes de te matar. Quantos deles acha que consigo matar antes que se quer me vejam chegando? — Zeus deu uma risada ao vê-la arregalar os olhos, sua expressão se tornando uma de pavor. — Não estava com medo quando eu estava prestes a te matar, mas ficou com medo quando falei sobre matar seus amigos? Você é patética.

Ele a soltou no chão e correu para longe. Speedy foi logo atrás dele, correndo o mais rápido que pôde e tentando não se apavorar demais com a ideia de Zeus ir atrás do DS, ele certamente conseguiria matar a maioria deles sem nem ser visto.

Determinada a pará-lo, Grace forçou suas pernas a irem mais rápido, seus músculos começaram a doer quando ela ficou lado a lado com ele, já passando pelo oceano e chegando perto dos Estados Unidos. Nenhum deles parecia conseguir acelerar mais, estavam no limite e não conseguiriam parar nem se quisessem.

Grace fechou os olhos e teve a impressão de que seus ossos iriam se partir quando seu corpo começou a ficar rodeado por raios vermelhos. Zeus viu a imagem dela começar a falhar enquanto ela corria e conseguia ficar um pouco na frente dele. No segundo seguinte, a heroína havia sumido.

Zeus olhou para todos os lados, não sabendo como ela havia feito isso. Percebeu que estava chegando em Gotham e continuou a correr, não se preocupando mais com a jovem. Quando pisou dentro da cidade, viu Speedy aparecer do nada, como se tivesse acabado de sair de um portal invisível, e vindo na direção oposta da dele. Mal teve tempo de ver o soco que ela acertou em seu rosto, mas com certeza o sentiu.

O golpe foi tão potente que todas as janelas dos prédios naquela rua explodiram e os carros estacionados voaram para longe. Zeus foi lançado para trás com tamanha força que fez um rastro de destruição no chão até parar há quase um quilômetro de onde a velocista estava de pé.

Quando viu que ele havia desmaiado, Grace caiu de joelhos no chão, sentindo seu corpo tremer e os raios vermelhos ao seu redor queimarem parcialmente sua pele. Olhou para sua mão e viu a imagem falhar, como se ela fosse desaparecer e seu desespero só aumentou. Controlou a respiração, se concentrando nos batimentos extremamente acelerados de seu coração e pensando que iria sumir para sempre.

As batidas logo diminuíram e seu corpo parou de tremer, mas ela ainda sentia que se corresse de novo, iria desaparecer dentro da força de aceleração.

§

Superboy derrubou as duas portas e foi o primeiro a entrar na sala principal, percebendo que a mesma era gigantesca. Um gigante caberia ali dentro, de tão alto que era o teto, e poderia ser o local de uma luta com espaço de sobra. Os outros o seguiram, vendo vários vilões do outro lado da sala.

— É bom finalmente conhecer vocês, heróis — Talia disse, sorrindo. — Mas preciso dizer que estou com muita raiva. Arruinaram meus planos e destruíram mais da metade do meu exército... A pena por me deixar irritada é morte.

— Vamos ver se você e seus lacaios vão conseguir nos matar, estou com a impressão de que vão perder muito feio — Rusty se apoiou em seu cajado.

Duela soltou uma risada e então gritou:

— Podem vir, filhotes de fracassados!

Alex não esperou os heróis avançarem, voou rapidamente na direção de Kevin, que fez o mesmo. Os dois se acertaram no ar, o Luthor tendo uma vantagem por estar com a força completa de um kryptoniano, e logo começaram a trocar socos extremamente violentos.

Melissa e Damian permaneceram ao lado da mãe enquanto assistiam os trezentos e trinta meta-humanos restantes lutarem contra o DS.

— Filho, aquela não é a filha da katana que treinou com você? — Talia perguntou, apontando na direção em que Yuki derrubava dois homens e dava um mortal para trás, lançando suas cápsulas de antídoto em seus pescoços.

— Sim — respondeu com certa relutância.

— Hum... Agora vejo porque hesitou em executar o plano, ela já lhe fez me desobedecer uma vez quando era jovem e agora novamente — Talia suspirou, parecendo impaciente. — Damian, quero que me traga a cabeça dela.

Ao ouvir isso, os punhos do jovem se fecharam com ainda mais força ao redor de suas katanas. Melissa virou o rosto imediatamente na direção de sua mãe e depois olhou para seu irmão, que permaneceu parado.

— Agora, Damian — Talia indagou.

O moreno forçou seus pés a se moverem, indo na direção da oriental.

Melissa o seguiu com o olhar e ouviu sua mãe dizer:

— Algo de errado, Mel?

A jovem não respondeu, se afastando da Al Ghul e indo para o meio da luta.

Ethan estava em um canto da sala, torcendo para não ser visto por nenhum dos vilões, mas ficando tranquilo por ter Rusty de pé ao seu lado. O loiro preferia estar no meio da luta, porém entendia que precisava ficar ali até o Palmer conseguir hackear os controles do Coração Negro.

— Estou quase conseguindo — o moreno comentou.

Rusty assentiu e viu Bane dar um soco em Scott que o fez cair de cara no chão. Viu uma oportunidade não só de ajudar, mas também de finalmente lutar.

— Já volto — Sideral disse, entregando seu cajado para Ethan, que o olhou atônito.

— O quê? Vai me deixar sozinho?!

— Se alguém chegar perto, é só acertar com um raio do bastão — Rusty gritou, antes de correr até onde Scott era quase esmagado pelo enorme pé do vilão e começou a crescer. Não podia ficar tão alto quanto seu pai, e assim que atingiu três metro de altura, parou.

Aquilo era o bastante para deixá-lo maior que Bane e para deixá-lo bem mais forte também. Deu um chute no vilão, fazendo-o ser lançado contra uma parede e começou a lutar contra ele, não sentindo a menor dificuldade enquanto fazia isso.

Greg e Dorian estavam de costas um para o outro e atiravam em todos os meta-humanos do mau que viam pela frente. Jake se aproximou deles e usou sua telepatia para causar uma dor tão absurda que os dois heróis caíram no chão imediatamente, as mãos pressionadas com força contra suas cabeças para tentar parar com a dor.

Cassandra viu a cena e correu até Jake, acertando um chute circular em seu rosto e fazendo-o perder a concentração, consequentemente deixando Greg e Dorian livres da dor extrema em suas mentes. O loiro se virou para ela com raiva e direcionou todo o seu poder para a Wayne, que deu um grito de dor e caiu de joelhos. Quando ele pensou em explodir a mente dela, sentiu algo pontiagudo sendo injetado em seu pescoço e se virou rapidamente, ficando surpreso ao ver quem era.

— Fica longe da minha irmã — Melissa disse e acertou um soco no rosto dele antes de vê-lo cair no chão, desacordado por causa do antídoto.

Cassy olhou para cima e franziu o cenho, vendo o que sua irmã havia feito. Ela logo começou a transformar a expressão confusa em um sorriso e se levantou rapidamente, pulando em cima da morena e lhe dando um abraço forte.

— Eu sabia que você me amava, mesmo depois de eu ter escondido aquela coisa de você! Me perdoa, Mel, eu te amo! — Cassy gritou, não recebendo um abraço de volta, mas sentindo-se feliz mesmo assim.

— Cassy... Me solta! — Melissa estava quase sem ar quando a irmã se afastou.

Pensou em falar algo, mas sentiu uma onda elétrica atingir seu corpo e caiu no chão.

— Eu sabia que não podíamos confiar em você, Batsy — Duela acertou um chute no rosto de Melissa depois de guardar sua arma de choque. — Só não te mato porque isso deixou a Cassy-baby-cue feliz!

Dizendo isso, a palhaça deu uma risada e pegou uma bomba, jogando-a na direção dos heróis que ainda lutavam. Zoe viu a bola colorida voando na direção deles e deu um salto no ar, segurando-a com uma das mãos e deixando que explodisse ali, não lhe causando nenhum dano.

— O quê?! A garota com chifres acha que pode acabar com minha brincadeira assim?! — Duela andou na direção da maga e um segundo depois, Cassandra a viu passar voando por si e cair no chão perto da parede. — Ok, ela é forte...

Duela deu uma cambalhota para trás e ficou de pé, se apoiando na parede e vendo Questão parado ao seu lado enquanto recarregava sua besta.

— Tony? — a palhaça gritou, assustando o moreno.

— E aí? — ele disse, ainda concentrado em sua arma.

— Há quanto tempo! Quando foi a última vez que nos vimos? — ela se apoiou contra a parede de forma casual.

— Primeiro de Abril, você tentou explodir o meu carro — ele levantou o rosto para olhar pra ela, pensando em não mencionar que a havia visto enquanto estava disfarçado de Ibn.

— Pois é — Duela deu uma risada. — Quase te peguei. Mas por que tá usando essa máscara agora? Eu me lembro que você tinha um rosto lindo pra caramba!

— Vivo dizendo isso pra ele — Cassandra disse, se aproximando dos dois. — Pra mim é porque gosta de aparecer.

— Vocês não tem nada melhor para fazer? Tipo, lutarem umas com as outras? — ele perguntou, ficando sem paciência para a conversa.

— Nós não lutamos, somos melhores amigas — Duela deu uma risada. — E ao contrário de certas pessoas, nós não brigamos com nossos melhores amigos!

A indireta foi ignorada pelo detetive e ele voltou a disparar suas flechas contra os meta-humanos, tomando cuidado para não acertar ninguém do DS.

Duela se preparou para ir atrás dele, importuná-lo mais um pouco, porém quando pisou no chão, viu Hope lançar uma carta em seu pé e caiu no chão, pois logo seu corpo todos estavam coberto por cordas.

— Ahhhh, seus amigos são muito chatos, Cassy-baby-cue! — Duela gritou, vendo a morena sorrir e correr para continuar com a luta.

Melissa já havia conseguido se colocar de pé e andava na direção de Tony, parando ao lado do moreno.

— Trouxe o que eu pedi? — ela o viu retirar uma pequena caixa do bolso e lhe entregar. — Já volto.

— Não tenha pressa — o detetive acertou um soco em um dos meta-humanos que chegou perto demais dele e voltou a atirar.

Mel correu até onde Alex havia empurrado Kevin e desferia vários socos no rosto dele. Os dois já haviam trocado muitos golpes, mas o Luthor se provava mais forte que o herói. A morena retirou uma pequena lâmina de kryptonita de dentro da caixa, e a segurou na mão direita com uma seringa contendo o antídoto, então enfiou os dois objetos nas costas de Alex, fazendo-o se virar rapidamente e logo em seguida cair no chão.

Kevin ainda estava um pouco tonto por causa de tantos socos, mas conseguiu ver uma morena a sua frente que o ajudou a se levantar. Quando focalizou a imagem, viu ser Melody, a prima de Scott.

— Eu me lembro de você — a sereia disse, passando a mão no rosto do maior e usando seu tom sedutor para deixá-lo enfeitiçado. — Preciso tanto de alguém forte para me proteger agora, pode fazer isso?

Kevin sentiu uma vontade enorme de dizer "não", mas sua cabeça fez um sinal positivo. Melody sorriu e se aproximou mais dele, parando quando sentiu alguém puxá-la para o lado.

— Se lembra de mim? — Kate perguntou, vendo o sorriso da sereia desaparecer. A Canário não esperou muito e soltou um grito, tão forte que a fez cair no chão com as mãos nos ouvidos.

Se aproximou de Kev e sacudiu ele levemente, trazendo-o de volta.

— Não acredito que caí nessa de novo... — Superboy balançou a cabeça e se virou na direção de Melissa.

— O que você está fazendo? — Kate perguntou, depois de ver sua ex-companheira de equipe derrubar Alex.

— O que devia ter feito há muito tempo — ela respondeu e se virou na direção de sua mãe.

Damian não queria matá-la. Eles já estavam lutando há muito tempo e não havia conseguido nem fazer um corte sequer na oriental. Suas espadas se chocavam e soltavam faíscas, ambos parecendo mais preocupados em defender os golpes do que realmente acertar um ao outro. Era como um treinamento.

— Damian, você não precisa fazer isso! Olha ao seu redor, vocês perderam — Yuki gritou. E era verdade, só haviam sobrado uns cinquenta meta-humanos e os outros vilões haviam caído. Ele havia visto sua irmã injetar a cura em Jake e Alex e não ficou surpreso, sentiu que teria feito o mesmo.

O moreno usou suas katanas para prender as kodachis dela e a empurrou para trás, obrigando-a a soltar os objetos e dar alguns passos para longe dele.

— Você ainda é meu amigo, não me importo que lado escolher! — ela gritou, esperando pelo próximo movimento dele e se preparando para lutar com suas mãos.

Damian permaneceu parado, encarando a jovem através de sua máscara. Antes que pudesse fazer alguma coisa, um raio de energia azul passou voando por ele e atingiu a oriental na barriga, fazendo-a cair no chão imediatamente. O moreno arregalou os olhos e se virou para ver quem havia feito aquilo. Percebeu que havia sido um dos meta-humanos e andou na direção dele, usando sua katana para perfurar o peito do homem e a outra para cortar sua cabeça.

Ninguém iria machucá-la e sair vivo depois, disso ele tinha certeza.

Ele andou na direção dela, se ajoelhando ao seu lado e vendo uma grande queimadura em sua barriga.

— Tá muito ruim? — Yuki tinha lágrimas nos olhos e Damian pensou que aquele cara havia morrido muito rápido, merecia ter sofrido mais por ter feito aquilo com ela.

— Vou te tirar daqui — ele a segurou em seus braços e levantou. Yuki conseguiu levar uma das mãos até a lateral da máscara dele, apertando o botão ali e fazendo-a ser aberta.

— Fica melhor sem essa máscara — ela deu um leve sorriso para ele.

Talia não sabia que podia sentir tanta raiva, mas ver seus dois filhos virarem suas costas para ela ao mesmo tempo com certeza havia estourado seu limite. Ela observou Melissa, Kevin e Kate andarem em sua direção e permaneceu parada.

— O que foi? Não está orgulhosa de mim, mamãe? — Melissa disse a última palavra com ironia.

— Como teve coragem de fazer isso? — Talia vociferou, entredentes.

— Você é uma maluca! E uma idiota se achou mesmo que eu deixaria de ser uma heroína, isso não é algo que eu poderia fazer. Apesar de ter sido criada para ser uma assassina, cresci com pessoas que me ensinaram a ser mais do que isso. Meu plano era me infiltrar aqui e fazer isso — a morena pegou um detonador e apertou o botão em cima dele, fazendo várias caixas que estavam dentro de uma das salas explodirem.

Talia olhou na direção da explosão e percebeu que era lá o local em que guardavam o resto do soro.

— Agora vocês não podem mais transformar ninguém em seus escravos meta-humanos — ela continuou.

— Bom, acho que eu perdi — Talia deu uma risada seca. — Só que vocês acabaram de condenar o mundo, pois só eu era capaz de desligar o Coração Negro.

— Ethan? — Kevin chamou pelo comunicador.

— Consegui! O Coração Negro foi desligado — o jovem disse, fazendo Kate dar um sorriso e os outros heróis comemorarem.

— Odeio dar más notícias, mas seu plano acabou de acabar — Superboy disse.

Talia pegou o controle em seu bolso e viu que o mesmo havia sido hackeado.

— Sabem que vão me pagar por isso — a Al Ghul pegou uma arma estranha e apontou na direção dos três, que permaneceram parados. Ela, então, mudou a arma de direção e apontou para os vinte e três meta-humanos que ainda estavam lutando, apertando o gatilho e liberando uma onda de choque que fez todos eles caírem no chão com as mãos na cabeça.

— O que ela fez? — Kevin olhou para Melissa.

— Ela desligou os nanorobôs nos cérebros deles. Não estão mais sob o controle dela — respondeu.

Uma porta se abriu atrás da Leviathan e revelou uma rampa para a superfície. Amanda percebeu que todos os vilões haviam caído, inclusive seu irmão, então aproveitou para correr até a rampa e fugir dali. Alguns meta-humanos, que estavam extremamente confusos, viram a garota de metal correndo e a seguiram, também deixando a base.

Os heróis não tentaram impedir, pois estavam todos cansados demais para correrem.

— Não poderíamos terminar isso sem eu dar alguns novos vilões para vocês, não é? — Talia cruzou os braços.

— Você vem conosco para a Metro Torre. Acho que o meu pai vai adorar te ver — Melissa disse.

Scott se levantou do chão com a ajuda de Apolo e os dois viram a cena que acontecera não muito longe deles, um sorriso se formando imediatamente nos rostos dos dois.

— É, ela ainda está do nosso lado, eu ganhei a aposta! — o atlante gritou para Natasha, que revirou os olhos.


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Notas finais do capítulo

Sei que deveria ter dividido em dois capítulos, mas fiquei com preguiça u.u

Então, quais lutas foram as melhores na opinião de vocês??

— Zeus vs. Grace (foi a que mais me deu medo ;-;)
— Kate vs. Melissa (essa foi minha favorita)
— Natasha vs. Amanda (foi a que eu mais amei escrever)
— Yuki vs. Damian (foi parcialmente uma luta, mas foi fofo *-*)

Me digam!!

Não sei se já perceberam, mas o Greg tem dupla personalidade kkkkk O Mark, como ele se chama, aparece quando ele está em situações de vida ou morte e geralmente salva a pele do Greg. Ainda vou mostrar mais disso na segunda temporada e na fic do Task Force-X, só queria deixar claro para o pessoal que não tinha entendido ainda.

E entãoooooo, gostaram do final??? Esse foi basicamente o último capítulo, porque o 27 vai ser mostrando as consequências das coisas que ocorreram nesse aqui e o 28 vai ser o começo da segunda temporada como uma preview (que eu acho que vocês vão amar!!).

Pra quem achou que a Mel não era do mal, meus parabéns!! Isso tava planejado desde o começo, então não pensem que fiz isso porque quis mudar tudo do nada hehehehe No próximo teremos a explicação de como o plano do Tony envolveu a reviravolta da Mel. E devem estar se perguntando também: "Por que o nosso detetive sem face conversou com a Duela de forma tão natural, como se fossem amigos?" Bom, isso é segredo, e quando for revelado vai ser quase chocante.

Demorei para fazer esse capítulo, e estou feliz que tenha terminado porque desde o início da fic eu sabia que esse era o que daria mais trabalho kkkkk Anyway, comentem e me digam o que acharam!! Vão no tumblr e expressem suas emoções sobre os personagens e deem um apoio pra Grace, ela vai ficar traumatizada depois disso tudo...

Un beso mis amores :*