Batman saiu do teletransporte e fez seu caminho até a sala de reuniões, acenando com a cabeça quando algum membro da Liga lhe dirigia a palavra. Quando entrou na enorme sala e se aproximou da mesa oval no centro da mesma, percebeu que todos esperavam apenas por ele.

— Olha quem chegou! — Lanterna Verde sorriu e cruzou os braços atrás da cabeça, inclinando-se em sua cadeira. — Mais alguém para ficar entediado comigo.

— Hal, cala a boca, por favor — Flash advertiu.

— Espero que seja rápido, estava no meio de um caso importante — Batman murmurou, sentando-se ao lado de Diana.

— Ainda não entendi por que a Shay e eu estamos aqui, nossos filhos não fizeram nada — Hal olhou para Superman.

— Essa reunião não é só para falar sobre o que aconteceu hoje, mas também sobre o que pode vir a acontecer mais cedo ou mais tarde — o homem de aço respondeu.

— Eles querem formar uma equipe, o que há de mal nisso? — Arqueiro Verde se pronunciou. — Foram treinados por nós, já agiam sozinhos como heróis antes. Por que toda essa preocupação agora?

— Sozinhos eles faziam um ótimo trabalho, mas não estão acostumados a trabalhar em equipe — Mulher-Maravilha retrucou. — Eles ainda são crianças, nós, adultos, tivemos problemas trabalhando juntos a princípio. Acho que ainda precisam amadurecer muito para pensarem em ter uma equipe.

— Eles salvaram aquelas pessoas no STAR Labs juntos, — Flash comentou. — Foram um pouco descuidados, mas salvaram a vida de centenas de pessoas, fora aquele incidente em Atlantis e outras situação que colocaram a prova as habilidades deles. Acho que estão prontos para essa responsabilidade.

— A Natasha e o Joe são parte do Stormwatch — Shayera diz. — Os dois estão familiarizados com trabalho em equipe.

— Melissa e Kate não estão, — Dinah falou. — As duas foram treinadas para se virarem sozinhas.

— Aprendemos a lutar lado a lado, não foi? Eles também podem aprender — Lanterna se debruçou sobre a mesa, encarando os colegas.

— Precisamos pensar que a Liga não vai durar para sempre, quantos membros já deixaram o time porque cansaram da vida de super herói? — Oliver encarou Superman, que pensou bem na frase do amigo.

Antigamente a Liga da Justiça contava com milhares de heróis espalhados pelo globo, porém depois de tantos anos, a maioria decidiu se aposentar para ter uma vida normal. O homem de aço sabia que seus filhos seriam a próxima geração de heróis, só que ainda não estava certo se eles eram capazes de suportar tal responsabilidade.

— Acho a equipe uma boa ideia — todos se calaram e olharam para Batman, parecendo não acreditarem no que haviam ouvido.

— O que disse, Bats? — Hal dá uma risada.

— Esse caso do soro tem mesmo trazido problemas para todos, conseguimos controlá-lo pois antes estávamos um passo a frente de quem fazia isso, mas agora as coisas estão ficando mais complicadas — o cavaleiro das trevas alternou olhares entre os colegas. — Mesmo investigando, eu não fazia ideia de que navios carregados com o soro chegariam ao porto de Happy Harbor essa noite, e além do mais, não tenho a menor pista de quem pode estar fazendo isso.

— Se nem você conseguiu, como eles conseguiram? — Diana estava surpresa com a declaração do homem morcego, pois Bruce era o maior detetive que já conhecera.

— Talvez ele esteja ficando velho — Lanterna deu de ombros.

— Estou trabalhando em um antídoto para esse soro, porém não estou tão otimista quanto a encontrar quem é o responsável por fabricá-lo, seja lá quem for, fez questão de apagar todos os rastros para que eu não pudesse investigar. O Deep Six parece estar indo mais fundo nisso, não vejo porque atrapalhá-los agora, temos mesmo ameaças mais importantes para nos preocuparmos.

Superman trocou olhares com Mulher-Maravilha e Flash, os três com expressões espantadas em seus rostos. Era a primeira vez que viam o amigo admitir que não conseguiu fazer algo que envolvesse uma investigação.

— Estou com o Batman nessa. Devemos confiar mais neles, sabemos que são capazes — Oliver olhou para a esposa ao seu lado. — O que aconteceu hoje foi um deslize, eles aprenderam a lição.

— Precisamos ficar de olho neles — Dinah se deu por vencida, ainda não muito certa se concordava com aquilo.

— Tenho plena confiança de que nossos filhos são heróis incríveis, — Superman começou. — E o fato de tomarem a iniciativa de criar uma equipe foi um grande passo. Talvez sejam um pouco inconsequentes e ansiosos nas missões, mas completam elas com sucesso, então concordo com o Batman e o Arqueiro, assim como concordo com você, Dinah. Eles precisarão reportar à Liga sempre que forem para uma missão e decidiremos se precisarão de apoio ou não.

— Ok, resolvemos tudo, mas vamos dar um susto neles antes de falar a verdade? — Lanterna sorriu. — Devem estar na outra sala cheios de medo.

— Tenho trabalho a fazer, se não precisam mais de mim — Batman se levantou e deixou a sala.

— E ele voltou a ser o mesmo de antes — Flash também pôs-se de pé.

— Já estava começando a me preocupar — Oliver brincou, sorrindo com o velocista.

— Só espero que eles não tenham fugido — Dinah andou com os outros membros da Liga para fora da sala e andaram pelo corredor até a ala médica.

— Aposto que estão todos comportadinhos esperando pelo nosso veredito — Shayera ouviu Hal dar uma risada cínica e deu um cotovelada no herói.

— Se eu fosse eles já estaria longe! — o Lanterna comenta.

Diana o olha com um semblante sério.

— Se não estiverem todos naquela sala, estarão com sérios problemas.

§

Joe fez uma bola de energia azul ao redor dos quatro e os levou para cima do prédio de dois andares onde os traficantes estavam. Tony andou até uma pequena porta que levava a escada e tentou abri-la, mas a mesma estava trancada.

— Azul, pode abrir aqui? — o detetive o viu fazer uma chave mestra com a energia de seu anel e destrancar a fechadura. Claro que ele poderia ter dito para Apolo ou Scott derrubarem ela ou até abrirem um buraco no teto, mas queria ser o mais discreto possível para seu plano dar certo. Eles estavam em desvantagem de certo modo, Tony estava ciente disso, então resolveu não arriscar.

Os quatro desceram silenciosamente até chegarem a um corredor, percebendo estarem em um prédio residencial que havia sido abandonado. O som de vozes podia ser ouvido, tanto de homens quanto de mulheres, provando a teoria de que eles estariam em desvantagem numérica.

— Scott e Apolo vão na frente e tentem não fazer barulho — Tony olhou para os dois, vendo-os tomarem a dianteira.

— Não quer compartilhar seu plano ainda? — Joe questionou, andando ao lado do moreno.

— Logo todos vão saber qual é o plano, enquanto esse momento não chega, relaxa — ele viu os dois heróis virarem a esquerda no corredor e sumirem da sua vista.

Quando Joe e Tony finalmente conseguiram alcançá-los, viram três homens desacordados no chão, suas armas amassadas e completamente inúteis. Scott ainda tinha seus braços ao redor do pescoço de um quarto, o apagando silenciosamente como havia sido instruído.

— Caminho livre! — o atlante soltou o bandido no chão, continuando a andar atrás de Apolo.

— Joe, consegue escanear o local para descobrir onde eles guardam o soro? — Tony pegou sua besta presa no cinto e a manteve carregada.

— Claro — o Lanterna fez uma luz azul clara e discreta percorrer os corredores do segundo andar rapidamente e a deixou descer até o térreo quando não encontrou nada além de guardas no andar de cima. — Está no primeiro andar dentro de um cofre cercado por guardas.

— Como previsto — os dois chegaram às escadas e viram Apolo apontando sua espada na direção de dois homens enquanto Scott jogava suas armas para longe. — Lembrem-se, sem bancar os heróis lá em baixo, eles não estão de brincadeira.

Tony segurou um dos homens pelo cabelo e bateu sua cabeça com força na parede mais próxima, fazendo-o desmaiar, depois acertou um chute na barriga do outro e desferiu uma joelhada em seu rosto.

— Sutil — Joe ironizou.

— Você é o pacifista, eu sou a favor da violência se usada da maneira certa — Tony ajeitou sua jaqueta e abriu a porta. — Já sabem que estamos aqui por causa das câmeras, então pode ir na frente, Apolo.

O herói não pareceu estar certo se aquela era uma boa ideia, mas obedeceu, descendo para o térreo e logo dando de cara com uma série de guardas, que começaram a atirar freneticamente na direção dele. Apolo usou seus braceletes de prata para se defender, desviando os projéteis com rapidez e destreza.

— Mantenham eles ocupados — Tony falou para Apolo e Scott. — Joe e eu cuidaremos do cofre.

— Com prazer — o atlante sorriu e avançou, correndo até o outro lado do salão e fazendo os guardas atirarem naquela direção.

Joe usou seu anel para criar uma mão e uma orelha gigantes, as usando para descobrir a combinação do cofre.

— Sério? Não pode só arrancar a parede ou algo similar? — Tony ergueu sua besta e mirou na direção de um dos guardas, soltando a flecha e acertando em cheio o ombro dele.

— Meu pai sempre faz coisas maneiras com o anel e eu nunca tive a chance de invadir um cofre, quero fazer da forma divertida — o Lanterna sorriu. — Além do mais, eles parecem estar se divertindo com essa luta.

Bertinelli se virou para onde Apolo e Scott derrubavam os bandidos como se fossem bonecos de treino. Ele chegou a pensar que os dois estavam competindo para ver quem derrubava mais em menos tempo.

— Então acho que vou me divertir também — Tony esboçou um sorriso sob a máscara, logo seguindo até onde mais guardas se aproximavam.

Ele esperou até que tivessem erguido suas armas para rapidamente atirar várias flechas nos canos das mesmas, os impedindo de disparar. Depois colocou sua besta de volta em seu cinto e estalou os dedos, pronto para acabar com todos eles apenas usando as mãos.

— Sendo honesto, isso é bem mais legal do que ficar mofando na Metro Torre — Scott gritou, batendo a cabeça de dois deles uma contra a outra e acertando um chute no peito de outro que tentou atacá-lo por trás.

— Pode-se dizer que sim — Apolo desembainhou sua espada novamente e cortou uma submetralhadora, que havia sido apontada na direção de Scott, ao meio. — Presta atenção porque eles são muit...

A frase do herói foi cortada quando um raio negro passou zunindo ao seu lado. Apolo sentiu um punho acertar seu rosto e foi lançado para traz com tanta força que atravessou uma parede. Tudo aconteceu tão rápido que ele nem conseguiu ver o que o acertou, mas ficou de pé na mesma hora para poder descobrir.

— Foi mal, estava falando alguma coisa? — ele se virou para o lado, dando de cara com um jovem aparentando ter sua idade. — Fico entediado com facilidade.

O estranho de um metro e noventa com cabelos castanhos e olhos cor de avelã cruzou os braços sobre o peito, quase cobrindo o símbolo de um raio negro em seu uniforme, semelhante a uma armadura cor de ônix.

— Não sei quem você é, mas vai se arrepender por isso — Apolo apertou seu punho ao redor da espada e avançou.

— Que indelicadeza a minha, meu nome é Zeus — ele sorriu e se esquivou de um golpe desferido pelo herói com a espada tão rápido quanto Speedy teria feito, então segurou a lâmina com uma das mãos, não se importando se fosse se ferir no processo. — Você deve ser o Apolo, certo? O filho da Mulher-Maravilha, a amazona patética.

Zeus tirou o rosto do caminho quando viu o punho do outro vir em direção ao seu rosto, deixando o herói ainda mais irritado com sua rapidez. O vilão arrancou a espada das mãos do semideus e começou a correr em um círculo ao redor dele, da mesma forma que Apolo havia visto Grace fazer tantas vezes, acertando socos nas laterais de seu corpo, em seu rosto e em suas costas sem que ele pudesse se quer vê-lo.

Quando Apolo finalmente conseguiu encontrá-lo e empurrá-lo para o outro lado do salão, já sentia que havia tomado mais de cem golpes naqueles dois segundos. Colocou a mão na parede parcialmente destruída quando o ar lhe faltou e por pouco não caiu.

— Tudo bem, cara? Parece que levou uma surra — Tony disse tranquilamente, se aproximando dele.

— Estou bem! - respondeu de maneira ríspida. — Quem é esse meta-humano?

— Zeus? Ele o fruto do caso que a Mulher-Leopardo teve com o Zoom, o terceiro Flash Reverso — o detetive arrumava algumas flechas que haviam emperrado em sua besta conforme falava. — Só o nome dele já mostra que foi criado para ser melhor do que você, então boa sorte nessa luta. Cuidado com as garras.

Dizendo isso, o moreno se afastou, bem na hora em que Zeus acertou um chute em cheio no rosto de Apolo, quase fazendo-o cambalear, mas o herói devolveu o golpe com um soco certeiro no maxilar do vilão. O sorriso no rosto do velocista desapareceu e suas unhas se transformaram em garras no mesmo segundo. Apolo foi obrigado a se defender dos ataques com seus braceletes, pois eram muito rápidos e tinham a intenção de acertar áreas repletas de veias em seu corpo.

Zeus soltou um rugido de frustração semelhante ao de um leopardo e se abaixou o bastante para acertar as pernas de Apolo, mas errou quando o herói deu um salto e acertou os dois pés no rosto do vilão. O semideus o segurou pelos ombros e o levantou, acertando uma cabeçada em seu nariz e depois um soco em seu estômago, o que fez o moreno cair de costas no chão.

Com a respiração ofegante e ainda dolorido por conta dos golpes que tomara, Apolo se virou para Scott, Tony e Joe, que assistiam à luta de longe.

— Pegaram o soro? — perguntou.

— Sim, já faz algum tempo, mas a luta tava maneira — Scott deu uma risada, vendo Joe criar uma bola de demolição com seu anel para abrir um buraco na parede. — Vamos sair, porque seja lá quem for que é o chefe desse pessoal, vai chegar logo e não vai gostar da cena.

— Não acabei aqui — Apolo pegou sua espada no chão e a guardou, se virando para Zeus, que tinha o nariz sangrando e ainda estava no chão.

— Acho que acabou sim. Vamos ou seus pais vão me matar por arrastarem vocês para fora da Torre — Tony apontou na direção do buraco saída que Lanterna havia feito. Apolo trincou o maxilar, ainda com raiva, porém assentiu e saiu, sendo seguido por Scott.

— Por pouco você não apanha mais, hein? — o atlante deu um tapa no ombro do amigo, fazendo-o dar um grunhido de dor e quase desabar no chão.

— Não brinca com ele agora, Curry, nosso garoto da Ilha teve o orgulho ferido — Tony brincou, abrindo a porta de seu carro e entrando nele.

— Você primeiro, — Scott abriu a porta e apontou para dentro, porém Apolo levantou voo, ignorando a provocação.

Bertinelli dirigiu em alta velocidade mais uma vez, chegando à Metro Torre em menos de cinco minutos, Apolo esperava por eles do lado de fora para entrarem juntos. Assim que pisaram na sala de comando, viram Superman e Diana conversando perto do enorme computador.

— Ih, ferrou... Estão por conta própria agora, já fiz meu trabalho — Tony disse e antes que os três pudessem olhar para ele, o detetive já havia sumido.

— Apolo, — o herói se virou lentamente na direção de sua mãe e a viu se aproximar. — O que aconteceu? Parece estar sentindo dor.

Ela não estava irritada, só preocupada. Isso os fez trocarem olhares confusos.

— Eu estou bem... Mas não está com raiva?

— Se concordarem em fazer tudo o que dissemos, não vou ficar.

— Como chegaram aqui? Não estavam na ala médica com os outros há cinco minutos atrás? — Superman perguntou.

— Estávamos? — Joe franziu o cenho.

— Acabamos de falar com vocês — Diana afirmou, colocando as mãos na cintura e alternando olhares entre eles. — Estão mesmo se sentindo bem? Aquela explosão não afetou vocês?

— Ah... Não, nós só estamos exaustos. Fomos dar uma volta — Scott entrou no jogo. Mesmo não fazendo ideia do que eles estavam falando, não levar uma bela bronca já era um começo.

Eles se despediram dos heróis e seguiram para a ala médica, e assim que atravessaram a porta, viram Alex e Amanda conversando com Melissa. A sala também estava cheia com os outros membros do Deep Six, e por uma jovem de cabelos castanhos muito escuros e olhos azuis acinzentados.

— Conseguiram? — Batgirl se aproximou deles, recebendo um pequeno frasco com o soro de Joe. — O que aconteceu com vocês?

— Longa história — Apolo se sentou em uma maca, respirando fundo para controlar a dor e massageou sua nuca.

— E quem é você? — Scott sorriu para a jovem misteriosa, vendo-a sorrir de volta e se aproximar.

— Zoe Zatara. Salvei vocês, meninos, se minha mãe não me chama aqui na hora certa, estariam bem ferrados — ela falou, seu tom confiante e cheio de orgulho.

— Ela criou hologramas dos três quando os nossos pais vieram falar conosco — Kate explicou. A heroína ainda não havia saído do lado de Kevin, apesar de o herói estar dormindo na maca e estar bem melhor.

— Foi demais! Ninguém desconfiou — Grace quase gritou. — A Zoe parece aquele garoto, o Miles, faz mágica e tudo! Acreditam que ela tirou um coelho do meu ouvido?

A velocista apontou para um pequeno coelhinho branco no colo de Yuki, a oriental acariciava o animal fofo com delicadeza.

— Me mandem o resultado quando terminarem, ok? — Melissa disse para Alex. O cientista olhou para a irmã e assentiu, pegando o frasco das mãos dela.

— Ok, Mel. Vamos terminar o mais rápido possível — o loiro sorriu e seguiu para a saída com Amanda.

— Então, quem te bateu, Apolo? — Melissa se virou para o namorado, ouvindo a risada de Scott ao fundo.

— Não quero falar sobre isso... — ele arqueou as costas ao sentir Melissa tocar nela.

— Aww, o bonitão tá machucado? Posso curar ele em um piscar de olhos — Zoe se aproximou do semideus com um sorriso malicioso nos lábios.

— Cai fora, Zatara! — Batgirl indagou, entredentes.

— Não esquenta, Mel, não sou ciumenta — a morena piscou para o herói, que apenas se virou para a namorada com uma expressão atônita.

— Não tem demônios para caçar? — Batgirl bufou.

— Boa lembrança! Acho que o Miles foi capturado de novo, tenho que ir salvá-lo — Zoe se virou para a equipe e lhes deu um largo sorriso. — Foi ótimo conhecer vocês pessoal! Espero encontrá-los logo, principalmente você, — ela apontou para Apolo e depois para Scott. — E você.

O atlante piscou para a maga, fazendo Natasha revirar os olhos irritada com a atitude dele.

— Em etropelet! (Me teleporte!) — ela falou o feitiço e desapareceu.

— O que perdemos nessa conversa com nossos pais? — Joe perguntou, sentando-se ao lado de Natasha em um banco.

— Disseram que se quisermos mesmo continuar com a equipe, vamos precisar nos organizar melhor — Kate respondeu.

— Então estou mesmo na equipe? — Yuki deu um sorriso e seus olhinhos escuros brilharam.

— Nunca tornamos isso oficial, mas já consideramos você, a Nat, o Joe e o Tony parte da equipe, assim como o Alex, a Amanda e minha irmã — Melissa comentou.

— Mas não vamos mudar o nome para Deep Eleven, porque nós somos os seis fundadores! E eu já mandei fazer uma blusa com as iniciais DS, não vou jogar meu dinheiro fora — Grace correu até Yuki e a ergueu do chão com um abraço. — Ela vai ser nosso mascote ninja mortal, porque é fofa e me lembra um filhotinho de panda.

— Vou levar como um elogio — a oriental deu uma risada.

— Por falar na Yuki, eu quero aquele bolo agora — Scott se aproximou da velocista, que trocou olhares com a heroína ao seu lado e saiu correndo gritando "Meu bolo!"

§

— Falei que precisávamos começar a próxima fase logo, mas você tinha "tudo sob controle" — Amanda se segurou para não gritar com o irmão.

— Eu tenho tudo sob controle, ainda é muito cedo para começarmos com a próxima fase, vamos continuar enrolando — o loiro estacionou o carro na frente de um prédio antigo e saiu do automóvel com a irmã.

— E ainda temos que aguentar aqueles idiotas — Amanda bufou e praticamente chutou a porta.

— Qual o problema, loirinha? — Duela deu uma risada, olhando para os gêmeos. — Achei que só o Ibn e o Zeus estivessem emburrados hoje.

— Não me irrita, palhaça! — Amanda ergueu seu punho e o fez se tornar inteiramente de ferro, porém antes que a socasse, sentiu Alex segurar seu braço.

— Já chega de escândalo, temos coisas mais importantes para nos preocuparmos — ele advertiu, vendo-a puxar o braço para longe e virar o rosto.

— Se for bater em alguém, bate naquele fracote ali! — Duela apontou para Zeus, que enfaixava sua mão ferida pela lâmina de Apolo.

— Aposto que esse sangue não é do filho da Mulher-Maravilha, ou é, Zeus? — Alex cruzou os braços. — Só tinha que fazer uma coisa, Hunter, uma coisa! Como o ser mais rápido do mundo perdeu para um lesado como o Apolo?!

— Olha como fala comigo, Luthor! — Zeus se aproximou de Alex, olhando-o com uma expressão intimidadora e o fuzilando com o olhar. — Ainda vou acabar com o filho da amazona, disso você pode ter certeza, mas até lá posso me contentar matando você.

— Tenta, gatinho raivoso — Amanda se colocou no meio deles e seu corpo se tornou titânio.

— Vocês são ridículos — Ibn se pronunciou. — Se esses heróis conseguiram roubar o soro do estoque, logo vão descobrir uma cura e acabar com os nossos planos.

— Por sorte eles são idiotas o bastante para nos entregarem o soro — Alex mostrou o frasco em suas mãos. — Falei que temos a confiança deles, só precisamos ficar mais um tempo fingindo ser amiguinhos para podermos iniciar o próximo passo.

— Eu ainda não concordo com esse plano! — Duela gritou, ficando emburrada. — Por que precisamos...?

— Se a Leviathan ordenou, nós faremos — Ibn a interrompeu, não deixando margem para questionamentos. — Já temos o sangue da velocista, consigam o resto rápido.