– Vamos eu levo vocês para casa. – se disponibilizou Korsak

– Pode deixar, detetive eu as levo para minha casa. – agradeceu Maura já caminhando pro seu carro amparando Jane com um abraço.

– De modo algum. Que tipo de cavalheiro eu seria deixando as damas voltarem dirigindo sozinhas para casa com tudo isso acontecendo?! Frankie leva o carro da Jane e peço para algum policial levar o meu.

Maura e Frankie fizeram sinal positivo com a cabeça e todos seguiram rumo a casa da legista que não era muito longe dali. O silêncio no carro só era quebrado uma vez ou outra pelos soluços de Jane que estava no banco de trás com sua mãe que a abraçava oferecendo seu ombro para chorar.

– Eu não entendo... – dizia repetidamente

20 minutos depois...

– Muito obrigada, Korsak.

– Disponha Angela. Cuidem-se garotas. Precisando é só me ligar. – Korsak disse se dirigindo a porta, se despediu da matriarca da família Rizzoli com um abraço e mais uma recomendação dizendo pra que Jane não fosse trabalhar no dia seguinte por ordens de Cavannagh. Angela fez uma cara de quem tentaria impedir e Korsak entendeu o recado.

Maura estava na cozinha preparando um chá quando Angela chegou oferecendo ajuda.

– Não preciso de nada Angela, muito obrigada. Pode ir descansar eu cuido dela – inclinou a cabeça apontando para Jane que estava sentada de costas para elas em sua sala.

Angela a olhou com pesar: - Você cuida dela pra mim então? E faz ela comer não quero meu neto passando fome. – sussurrou as ultimas palavras.

Maura pediu em silencio com silêncio e concordou rapidamente afim de terminar com o assunto para que Jane não ouvisse ou percebesse algo.

– Filha, se cuide vou deitar e você durma bem.

– Thanks, Ma.

Angela saiu e Maura com a xícara de chá na mão se sentou ao lado de Jane lhe oferecendo a bebida quente.

– Eu não entendo, Maur... – pegou a xícara.

– Eu sei. A morte é imprevisível.

– Tanta gente ruim nesse mundo para morrer por que ele?

– Esse é o tipo de resposta que infelizmente não encontra-se em uma universidade ou artigo cientifico o que faz com que eu não consiga responder sua pergunta, sinto muito. – tocou em seus joelhos.

Jane a olhou carinhosamente e esboçou um sorriso sem o brilho que a policial comumente carregava no rosto, Maura devolveu um outro sorriso como incentivo e se afastou um pouco da morena abrindo espaço entre ambas.

– Deite aqui. – apontou seu colo

Jane olhou para suas pernas e depois a encarou, Maura já havia entendido a expressão de Jane e se adiantou na contra resposta.

– Ora, Jane! Não é problema se mostrar vulnerável de vez em quando. Está sendo difícil para todos nós! Deixar eu te dar carinho nem que seja por essa noite não vai fazer de você menos detetive e muito menos a rabugenta Jane Rizzoli.

Jane fingiu espanto e, em seguida, abriu um novo sorriso, dessa vez, com vontade.

– Okay, você me convenceu . – ajeitou a cabeça no colo de maura enquanto encolhia o corpo no sofá quase que em posição fetal.

Com as mãos a médica acariciava os cabelos escuros e a cintura magra da policial.

– Eu sempre te convenço, Detetive Rizzoli.

Maura esperava uma resposta cheia de irônias, mas só ouviu um sincero: - “Eu sei.”