O Assassino de Valesco escrita por Felipe Araújo


Capítulo 14
#13 - #Final - A queda do Demônio




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Não acreditei no que via, a nossa esperança em ver Daniella viva fora concretizada. Dani estava entre os braços de Frederik, porem muito fraca e sonolenta, suas pernas estavam com queimaduras horrendas, feridas que iam de suas canelas ate suas cochas, uma de suas panturrilhas fora dilacerada pelo gancho que Frederik usou para captura-la, era terrível tentar imaginar o que ela estava passando. O maldito a apertava muito a fazendo quase desmaiar, precisava fazer algo o mais rápido possível. Observei bem tudo ao meu redor, mas não mexia um músculo se quer, qualquer movimento que déssemos em falso poderia levar a morte de Dani. Mas entre aquela tensão o pequeno Hugo desaparece de vista apenas Elisa estava imóvel ao meu lado. Desespera e em pânico, gritava como nunca ao ver a Dani a sua frente mais uma vez.

– Dani! – Elisa não espera, tentava chegar até Dani, mas a segurava pelo braço. - Dani você esta viva, solte-a seu desgraçado.

– Calma mocinha, Frederik só soltara se vocês passarem a espingarda para mim passe para mim. – O velho estendia a mão para que entregasse a espingarda, estava quase conseguindo e agora perdemos de novo. Tinha que entregar a arma, pois Dani seria morta por Frederik na nossa frente se não fizesse o que ele pedia. O velho sorria histericamente enquanto o maldito assassino estava parado feito uma estatua, estava para entregar a arma para o velho não tinha outra opção. Meu suor se misturava em sangue seco que se encontrava no meu rosto, minhas pernas e mãos tremiam, iria entregar o que era nossa única esperança de sobreviver, mas assim que estendo a arma para o velho avisto Hugo debaixo do balcão e quando percebeu que eu olhava para ele, faz um gesto para esperar e não entregar a arma ainda. Olhava para os filhos da mãe com uma feição de preocupação ao ver Hugo agir daquela forma, mas eles se querem perceberam, que o garoto havia sumido, começava a falar para dar tempo do garoto fazer o que pretendia..

– Espere Frederik você sabia que eles só te usaram para finalizar o trabalho? – E comecei a olhar para Frederik - Foi o que aquela gorda falou.

– Não importa se eles não me amam você matou minha única família, meus dois primos que tanto me ajudam.- A voz de Frederik invadia meus sentidos fazendo despertar o medo que havia adormecido dentro de mim, continuou a falar fazendo apenas a sua mascara mexer no ritmo de suas palavras.. - Agora você ira morrer, e vai sentir a divindade da morte.

– Isso mesmo Frederik, vamos limpar o que eles sujaram, por culpa deles tivemos que matar as outras três garotas que estavam dentro do posto. – Arregalei meus olhos ao escutar o que ele falara, então perguntei para ele em fúria.

– Que garotas?

– Haviam duas garotas a mais de duas semanas dentro do posto, elas já haviam dado muito lucro para nós nestes dias, no entanto você apareceu com suas amiguinhas, tive que matar as duas e colocar outras duas no lugar, esta tal de Geovana e essa garota que está a frente.

– Mas onde está Geovana? – Elisa gritava histérica enquanto não conseguia tirar os olhos de Dani.

– Teve o mesmo fim que as outras duas, ela era muito problemática. – Ele sorria, e continuava. – Vocês tiveram uma noite tranquila na floresta não? Apenas sobreviveram está noite, por que Frederik estava cuidando de limpar o posto, matou as garotas para mim, e quando ia dar fim nesta ultima aqui vocês chegaram agora garoto passe a arma. – Meu Deus este inferno não tinha mais fim, Lisa ficara em choque ao ouvir o que o velho dirá, porem havia percebido o que Hugo pretendia e sorrindo falava para o desgraçado.

– Tudo bem, não tem mais jeito vocês ganharam. – Aproximei e levei a arma até eles, e antes de entregar gritava com todas as minhas forças.

– Agora Hugo, rápido. – Ele havia passado por baixo do balcão sem ser notado, e conseguiu chegar ate embaixo de Frederik, como o esperado e meu gritar ele fura Frederik com uma faca que devia ter achado no balcão, por reação Frederik deixa Dani cair ao chão e começava a gritar tentando tirar a faca que Hugo havia gravado em seu pé. Com Frederik distraído tinha a chance de acabar com o autor de tudo isso, a gorda já estava morta, e o maldito velho estava em minha frente, não hesitei em atirar, apontei brevemente a espingarda em sua testa e antes dele se quer falar gritava apertando o gatilho como fiz com sua mulher.

– Velho, desculpe, mas você me obriga a fazer isto. – E a bala é disparada em sua testa, furando e acabando com o crânio do mesmo, que cai morto ao lado de sua mulher maldita. Havia matado mais uma pessoa, estava me sentindo mal, Elisa levou suas mãos até a boca assustada, mas se não fora assim iríamos morrer.

– Hugo! – Gritava Elisa – Corra. – E sem esperar, eu e Elisa pegamos Dani que estava quase inconsciente e a levantamos apoiando-a pelos ombros. Hugo corria e abria a porta, o garotinho gritava como nunca.

– Vamos fugir daqui! – Começamos a andar com Dani para longe de Frederik que estava voltando a si, havia retirado a faca de seu pé e já se recuperava com uma fúria ainda maior, mas antes de fazer qualquer coisa apontava a arma para seu corpo e falava com palavras firmes a ponto de acabar com todo aquele inferno.

– Você mereceu tudo isso seu desgraçado. – Apertei o gatilho que era direcionado até sua cabeça, mas o desgraçado pulava para o lado, e apenas sua perna é atingida de raspão.

– Que porra não o acertei como deveria, – virava para Elisa e começava a gritar. – Corra para longe salve Dani rápido. Com lagrimas nos olhos, mas disposta a salvar a amiga, ela me deixa e sai ela porta junto com Dani, aliviou-me, estava disposto em acabar com tudo isto, mesmo tendo que morrer.

Frederik se levanta derrubando varias mesas do lugar com uma fúria gigantesca, mancava e vinha em minha direção sem se preocupar com minha arma, não acreditava na resistência do maldito, segurei firme a espingarda e apontei para ele, com a minha fúria no auge eu exclamava.

– Isso é por tudo o que você fez, e desta vez não vou errar. – Apertava o gatilho novamente, mas a merda da arma não dispara, com uma fúria desumana Frederik me acertava ao rosto e caia ao chão do posto, caia para a esquerda e a arma para a direita, e no mesmo instante ele pegava a arma e a jogava para longe. Estava acabado não conseguiria confrontá-lo. Olhava para os lados e Hugo ainda permanecia agachado em meio às cadeiras, e percebendo minha situação ele jogava para mim uma faca, a mesma faca que havia atingido Frederik.

– Hugo, - segurei a faca com força, e tentei alertar o garoto, - por favor, fuja com Elisa, salvem-se.

– Alan! Cuidado. – Não percebia, mas Frederik vinha com uma cadeira para cima de mim, quando iria me atingir rolava para debaixo de uma mesa, e a cadeira se despedaça onde estava, sussurrei de alivio, pois poderia estar sendo quebrada em minha cabeça. Mas não era tempo de se aliviar ele estava mais uma vez indo a minha direção.

Com Frederik distraído, Hugo teve a chance de sair do posto e correr para fora onde encontrava-se as garotas. Vendo a cena conseguia respirar um pouco melhor, saber que estavam longe da mira de Frederik me dava forças. Comecei a rolar por debaixo das pequenas mesas, Frederik ia derrubando uma a uma com sua fúria tentando me acertar de todas as formas.

Em meio aquele desespero e a incerteza de viver não conseguia raciocinar, porem via uma porta tinha que chegar até ela, por debaixo da mesa rezei um segundo e com força jogo a mesa para cima caindo sobre Frederik dando uma chance de eu correr. Não sabia onde a porta daria, porem entrei a ponto de se salvar. Segurava a faca que Hugo havia me dado, e corria porta adentro. A porta dava em varias outras portas, tentei abrir todas, mas elas estavam trancadas, a única aberta fora a que estava marcada como sanitário. Sim, um banheiro enorme cheio de divisórias sanitárias, mas não consegui achar uma saída, perdido entrava em uma das divisórias fechando a porta e subindo ao vaso sanitário. Meu suor descia pela testa, meus batimentos cardíacos eram intensos, meu medo era tremendo. Segurando firmemente a faca começava a escutar os passos do assassino. Estava no ultimo banheirinho, pelo barulho da porta do sanitário ele havia entrado, começava a chutar todas as portas a ponto de me encontrar de qualquer maneira.

A cada porta arrombada sentia um medo que me consumia, não sabia o que fazer, ele estava a ponto de me achar, olhava para todos os lados e não haveria saiba, entretanto quando olho para cima via uma entrada de ar, rapidamente me inclino para cima e a abro, era estreita, mas meu corpo passaria por ela. Tinha que ser rápido, pois ele estava se aproximando me impulsionei e entrei na passagem de ar. E foi neste mero instante que Frederik arrombava a porta do banheiro onde eu estava, e me pegou entrando na passagem de ar, porem agarra apenas um de meus pés.

– Me solte, seu desgraçado. – Ele mantivera seu silencio, Frederik era muito forte me puxava com muita forças, comecei a golpea-lo com chutes, era toda força que tinha, percebi que seu ponto fraco era o rosto devido a sua deficiência e o acertei devidamente em sua face, por consequência ele me larga vindo a cair no boxe do banheiro.

Comecei a me arrastar pela passagem de ar, não consegui ver mais Frederik, porem sabia que ele me acharia novamente. Era quente, me faltava o ar naquele minúsculo lugar a cada arrastada que dava passava por uma pequena abertura, assim via cada quarto que havia no posto. Era horrível a sensação de angustia, ao ver aquelas camas onde eles prostituiam as garotas e depois a mandavam para Frederik. Estava preocupado com Elisa, pensava em reencontrá-la. Mas meu pensamento era outro ao ver em uma das passagens de ar uma cena horrível. Uma garota estava amarrada na cama, banhada por seu próprio sangue estava morta. Lembrei no exato momento do que o velho falara, haviam três garotas mortas e uma dela era Geovana. Acelerei o meu arrastar de corpo, e quando passei por mais uma passagem me deparava com mais uma garota morta. Era verdade, Frederik havia matado as garotas que estavam presas no posto. Estava com medo de olhar no próximo quarto, mas me encaminhei até a passagem de ar. A cena era chocante, Geovana estava deitada em uma cama, parecia que sua garganta fora cortada, suas pernas e braços estavam amarrados e ela não se mexia, será que estava realmente morta?

Desvia o olhar não conseguia acreditava que eles haviam a torturado, a garota que fora tão gentil em ajudar estranhos agora estava naquela situação, angustia era o que mais sentia, e culpa por ter a colocado nisto. Mas continuava a me arrastar e procurar uma saída, mas comecei a sentir um impulso debaixo de minha barriga, e antes de pensar em algo a passagem de ar de alumino e rasgada com uma fúria enorme e caiu brutalmente. Caia em cima de uma mesa de escritório, olhei para os lados, e antes de se quer conseguir levantar, sou jogado violentamente contra a parede e a faca que estava comigo se perde em meio a vários papeis que caiam de uma prateleira, Frederik estava pronto para me matar.

– Acabou Alan, todo o seu esforço para se livrar de nossas mãos falhou.

– Frederik você é um monstro.

– Alan, você realmente me surpreendeu, acabou com tudo o que nós fazíamos, todos os planos;

– Sempre tem um fim para o começo. – E ele começava a caminhar, eu tentava me levantar, mas não conseguia.

– Sim, esta é a origem da vida, um começo e um fim, minha mãe foi morta no fogo, ela sofreu com a morte, e levei comigo as marcas do sofrimento.

– Cale-se seu assassino, isso não justifica as atrocidades que você faz.

Tentava procurar algo para acertá-lo, mas era impossível, a única coisa que havia no local eram arpões, mas estavam atrás de Frederik e acoplados na parede. Não sábia o que fazer, sem forças me ajoelho ao chão deitando minha cabeça em minhas mãos apoiadas no piso, apenas esperei minha morte.

– Alan, você realmente fora forte, o admiro e lhe dou a morte de presente, com sua dor limparei minha angustia que levo neste momento. – fechava os olhos e começava a lembrar de tudo o que eu já tinha passado, lembrando dos bons momentos junto com Rique e Marcus, lembrando de minha família, de Carla e Barbara na escola quando Rique e eu brigávamos por elas e principalmente de Elisa que eu já amava muito. Minha vida passou diante dos meus olhos, era o fim.

...

Mas segundos se passaram e nada, quando retomei os sentidos e abri os olhos me surpreendia, e não acreditava no que presenciava... Frederik estava parado em minha frente, sua mascara estava quase encostada em minha face, o branco amarelado da velha mascara de seu rosto começava a ficar vermelha. Parecia que ele cuspia sangue, pois sua mascara tingia mudando de cor, estava de joelhos perante a mim. Levei meus olhos para cima e entendia o motivo dele cair de joelhos ao chão. O que menos esperava estava diante de mim.

Elisa havia cravado o arpão que servia de enfeite para o pequeno escritório, nas costas de Frederik, o arpão havia atravessado seu corpo e saído em seu peito. Ela não dizia uma palavra só olhava assustada para o assassino, que por mais ferido que poderia estar se levantava e acertava um tapa em Lisa que caia ao chão.

– Elisa! – Gritava – Corra, este monstro não vai morrer tão fácil. – Elisa olhava para os lados, com sua face em pânico, Frederik se rebatia e caia sobre tudo, derrubando moveis a frente.

– Desgraçada, vou te cortar, vou te despedaçar. – Levantei com dificuldade do chão. Elisa me erguia com ferocidade e falara em um tom de pavor.

– Não iria te deixar, não poderia ir embora sem você. – Estava feliz em vela, mas não consegui dizer nada. Saindo mancando e com fortes dores do escritório, deixava a imagem de Frederik para trás, ele estava se rebatendo e puxando o arpão de seu peito.

Correndo com dificuldades, passamos pelas portas dos quartos, e uma coisa veio a minha mente, uma inquietação. Queria ter certeza que Geovana realmente estava morta.

– Elisa eu tenho que conferir algo, vamos comigo.

– Não, vamos sair logo daqui, temos que ir ate a ponte e procurar ajuda, rápido, vamos.

– Eu vi Geovana em um dos quartos, tenho que ver se ela está realmente morta. – Elisa então concorda e olhando para o teto, fui calculando onde foi que tinha visto, parando diante de uma porta familiar, tinha que abrir rpara ter a certeza que ela estava naquele cômodo. Paramos por um segundo em ver aquela cena aterrorizante, como era de se esperar Geovana estava realmente naquele quarto, mas estava pior do que tinha visto. Ela estava com um enorme corte em sua garganta que sangrava muito, suas pernas e braços estavam esticados e sangue saia de suas costas que banhava os lençóis da cama. Corremos ao encontro dela, e a olhando falava para Elisa.

– Ela esta morta, não está Lisa?

– Não tenho certeza – Elisa fora levando suas mãos ate a boca de Geovana, para retirar sua mordaça, foi quando um susto nos fez tirar a duvida, assim que Elisa tira a mordaça, Geovana da um longo suspiro, e abre os olhos.

– Você esta viva. – Falei e a garota com muita dificuldade e quase sem voz dizia.

– Alan é você? – Ela falara cuspindo muito sangue, - eles tentaram abusar de mim, um homem subiu encima de meu corpo, mas não deixei Alan, mordi o pescoço dele e arranquei sua carne. – Geovana não merecia meu Deus, tentei ajuda-la.


– Vamos tirar você daqui, não se preocupe. – Parecia que ela não reagia direito,apenas sua boca mexia.


– Não á maneiras de eu levantar, Frederik cortou minhas costas e fraturou minha espinha, estou invalida não sinto meu corpo, não consigo sair daqui de cima desta cama

– Meu Deus, o que faremos Alan. – Olhando para Geovana não sabia o que fazer, não poderia deixar ela naquele lugar, ela estava em estado gravíssimo não sentia seu corpo, e mesmo a levando, iria morrer por perda excessiva de sangue.

– Alan acabe com minha dor. – Exclamou Geovana. Arregalei os olhos, e não acreditava no que ela falava, Elisa se afastava dando passo para trás e dizia desesperada.

– Alan, não faça isso.

– Eu não posso Geovana

– Acabe com minha dor, por favor, acabe com ela, não posso mais ficar aqui.

– Não posso, não me peça isso, por favor.

– Preste atenção, dentro daquela gaveta vi um homem colocar uma arma, pegue a arma Alan, é o meu ultimo desejo. – Geovana estava sofrendo, estava morrendo aos poucos, mas não iria conseguir tirar sua vida. Olhava para Elisa que se mantivera quieta, entretanto levava uma face de desespero estampada. Não poderia deixar ela sofrer, o que faço? O seus olhos me transmitiam desespero, fechei meus punhos e corri para a gaveta, pegando a arma.

– Geovana me desculpe. – Geovana dava um ultimo suspiro e sorrindo falara.

– Você é realmente o herói, obrigada e se um dia nosso pesadelo virar uma historia, não deixe de citar sobre mim.

– Alan, não. – Gritava Lisa, e desesperado e tremendo. Acerto com um tiro a testa da garota vinda a acabar com eu sofrimento. Chorei em um choro de agonia, tremia dos pés a cabeça, tudo o que fiz ate agora realmente ajudou alguém? Será que apenas atrapalhei todos, meu Deus me ajude.

– Vamos Alan. – Elisa chorava desesperada com as mãos na boca, mas não poderíamos esperar mais, pois escutamos alguém nos corredores, era Frederik. Quebramos a janela do quarto com uma poltrona e pulamos do posto, saindo daquele inferno.

Ainda estava em estado de choque, havia acabado com o sofrimento de Geovana, mas ao mesmo tempo havia tirado seu restante de vida, estava totalmente desesperado. Corremos o mais rápido que podemos e avistamos Hugo deitado com Dani atrás de uma arvore. Tentamos correr mais meu corpo insistia em desobedecer meus comandos, estava no meu limite. Olhava brevemente para trás e Frederik estava saindo do posto e levava consigo aquele maldito arco-e-flecha, o que fazer? Levava em mãos uma arma, mas checando concluía que só me restava uma bala.

– O que vamos fazer, ele está vindo em nossa direção. – Elisa me ajudava a correr, olhava para aqueles olhos por debaixo daquela mascara, os olhos do demônio que deveria matar. Analisei tudo e me deparei com vários botijões de gás atrás de Frederik, botijões que deveriam abastecer o posto, e tive uma ideia.

– Vamos correr o mais rápido que podermos para trás das arvores. – Elisa não entendeu, mas quando adentramos a Floresta apontei a arma para os botijões e apertando o gatilho acerto um deles, vindo a ocasionar uma enorme explosão, que devastou todo o posto ao atingir as bombas de gasolina. Com o impacto caímos morro abaixo vindo a encontrar a margem do rio. Olhava para o céu e via um grande clarão, conseguimos destruir o posto de gasolina onde fora por muito tempo o palco de horríveis atrocidades. Mas será que Frederik havia morrido? Dani estava igual a mim, machucada a ponto de quase não andar, mas tínhamos que fazer algo, pois não tinha a certeza que Frederik estava morto.

– Rápido vamos entrar no rio, podemos despistar caso ele esteja vivo. – Dani me olhou nos olhos e sorriu, vindo a me abraçar.

– Obrigada Alan, obrigada Elisa. – Lisa chorava abraçando Dani, mas não tínhamos tempo. Elisa retirava partes de sua camisa e enrolava nas feridas de Dani, Hugo gritava entrando rapidamente na água.

– Pessoal rápido escutei algo encima do morro, vamos entrar no rio, e nos esconder.

Nós quatro entramos na água e ficamos só com uma parte da cabeça para respirar e para ele não nos achar pegamos folhas e cobrimos a parte que ficava para fora, assim nos camuflamos com os pedaços de arvores quebradas que boiavam no rio.

– Vamos conseguir sair dessa gente, vamos sim. – Elisa falava com palavras encorajadoras enquanto segurava Dani pelo braço.

– Sim Lisa – respondia e ela completava

– Sim, mas você e Dani estão feridos e se ficarmos na água ira piorar temos que ir depressa.

– Tudo bem, não me importa só quero ver Frederik morto e nós salvos. – Hugo estava na água meio cansado e se batendo.

– Você esta bem Hugo?

– Sim fui campeão de natação no meu colégio, só estou um pouco cansado.

– Suba nas minhas costas.

– Mas você está muito machucado Alan.

– Não me importo, sei muito bem nadar, também sou campeão no meu colégio – O garoto dava um sorriso e subia em minhas costas. A água estava muito fria, congelava minhas mãos ou o que sobrou delas, a correnteza estava ficando forte cada vez mais forte, me obrigando a segurar em um tronco, Elisa que estava com Dani nas costas para um pouco atrás de mim.

– O que foi Alan?

– Escutei algo se mexendo vamos encostar-nos a essa pedra e esperar para ver o que pode ser. – Olhávamos para as margens aflitos e escondidos, até que do meio dos arbustos um veado salta para aos lados

– É apenas um animal. – Elisa falava aliviada, porem nossa preocupação logo volta quando o veado some abrindo espaço a uma flecha que atinge uma arvore do lado da margem que estávamos.

– Ah! Ele nos achou rápido para a correnteza. - Se jogamos para as águas agitadas elas nos levavam em alta velocidade para frente, Frederik na margem corria rapidamente tentando nos seguir, atirava flechas, mas não acertava uma, pois se mexíamos muito na água. Ele estava banhado a sangue, e já não estava com o seu capuz, parecia ter sido atingido pela explosão que causei.


– RAPIDO ELISA, VENHA PARA PERTO DE MIM. – Gritava para Elisa

– ESTOU INDO. – Elisa se aproximou e me deu a mão junto com Hugo e Dani, começamos a afundar, mergulhamos e tentamos escapar submersos, mas logo voltamos para a superfície, pois estávamos sem ar. No ato que voltamos não avistamos o maldito, então Hugo dizia ofegante.

– Onde está Frederik?

– Não sei. – Percorremos água abaixo pela correnteza, até chegarmos a águas calmas. Frederik havia sumido, e por sorte de longe avistava a ponte.

– Olhem a ponte de Valesco temos que chegar a ate lá. – Realmente era muito longe para irmos nadando tínhamos que chegar a margem, a parte que estávamos do rio era fundo de mais não conseguia a tempos encostar o pé no fundo. Nadamos muito estávamos quase sem fôlego, Hugo saia das minhas costas e começava a nadar sozinho, enquanto Elisa levava Dani que ainda estava muito debilitada, devido a isso Lisa estava ficando para trás, ao estava aguentando o peso da amiga.

– Elisa quer ajuda? – Falava com muita dificuldade, pois a água agitada insistia em entrar em minha boca, mas Elisa estava decidida em ajudar.

– Não, eu consigo levar a Dani. – Estava afastado de Lisa e Dani, olhava para trás para ter a noção de onde elas estavam, mas em vez disto avisto na margem da esquerda Frederik que parado, apontada suas terríveis flechas para as meninas.

– ELISA CUIDADO ELE VAI ATIRAR. – Uma flecha foi atirada em direção a elas. Naquele momento meu coração parecia ter parado, meu olhar parecia acompanhar aquela flecha indo em direção a Elisa por vários minutos, mas não, tudo aconteceu rápido, por um segundo Elisa afunda soltando Dani que afunda junto com ela

– Não! – Mergulhava e começava a nadar, no fundo procurava por Elisa ou Dani, mas minha visão submersa era horrível, não conseguia mais prender a respiração e subo a superfície.

Desesperei-me, Frederik continua lançando as flechas que eu tentava desviar, mergulhava novamente. Submerso a única coisa que via era as flechas cortando a água e fazendo um som assustador, não achava Elisa, a água estava muito escura, depois de tudo que passei não poderia voltar sem a Lisa, e volto a superfície novamente Hugo gritava boiando na água.

– Olhe para trás Alan. – Olhei para trás e das águas o inesperado e revelado. Dani saia com Elisa nos ombros, ela estava com uma face determinada e nadava com a amiga inconsciente, com rapidez nadava até o encontro delas para ajudar.

– Rápido ela foi atingida no braço. – Elisa estava desmaiada com o braço perfurado, com ela em meus braços conseguimos chegar até a margem do rio.

– Frederik está do outro lado e não vai demorar pra chegar aqui. – Hugo saia do rio, e logo respondia deitando Elisa em meu colo.

– Calma Hugo, vamos tirar essa flecha do braço dela enquanto ela esta desmaiada, pois vai doer muito. - Quebrei a ponta da flecha e com um impulso, puxei com estrema rapidez. Elisa suspira cuspindo a água que estava em sua boca, e com um longo e ardido grito ela se corroeu de dor.

– Calma amor estou aqui. – A abraçando, ela sussurra de dor

– Meu braço esta doendo, e sangrando muito, ao menos vi o que me atingiu – Hugo tirava sua camisa e rasgava um pedaço para fazer compressa no braço de Elisa. Depois que cuidamos andamos em direção à ponte

A ponte era enorme, e alta muito alta. Em sua estrutura uma escada que ia até seu topo, onde sonhava em achar uma ajuda, esperava que os policiais chegassem. Não aguentava este inferno, esta dor, queria ver novamente minha mãe, meu pai, minha irmã. Com determinação comecei a subir a escada e exclamando ao mesmo tempo para os outros.

– Com fé iremos sair deste inferno, vamos subir. – Elisa me puxava e com um beijo me fortalecia com sua doçura.

– Tudo bem. – Elisa também subia, mas Dani ainda com dores parecia fraquejar

– Meus pés estão doendo e minhas pernas estão piores, não vou conseguir.

– Você chegou ate aqui, não vamos desistir. - Com um sorriso e um forte respiro ela pareceu me escutar e começou a subir as escadas, Hugo logo a seguiu. A ponte era muito alta, enquanto subíamos olhava para os lados e via a enorme serra onde estávamos rodeadas de mata, lembrava-se de tudo o que passamos para chegar até aqui. Mas me foquei em chegar ao topo, e em instantes já pisava no asfalto seco da ponte.

– E agora o que fazemos? – Perguntava Elisa abraçando Dani que chegara logo depois dela. Estava perdido, não entendia era para terem policiais aqui.

– Não sei eles disseram que viriam nos resgatar.

– Quando foi isso? – Perguntava Dani que não sabia do telefonema.

– Ontem. – Respondia seco olhando para todos os lados.

– Ontem, então eles já devem ter vindo e não encontraram ninguém.

– É mesmo, com o sou burro, e agora o que fazemos? – Sentei ao chão e começava a pensar e nada vinha em minha cabeça. Começamos a andar sobre a ponte ate que de longe vemos alguém parado em meio ao nada, nos observando. No fim Frederik estava tão debilitado quanto nós, seu ombro sangrava e jorrava sangue, estava sem seu capuz negro e sua cabeça e mascara fora tingido com seu próprio sangue, ele estava muito ferido, mas demonstrava que era tão forte quanto sua sede de sangue.

– Frederik. – Hugo gritava

– Esse cara quer nos matar de qualquer jeito. – Não tinha como fugir de sua mira, correr não seria o suficiente, e de longe escutava sua voz rouca e devastadora.


– No final são apenas crianças.

– Frederik, nos deixe ir não fizemos nada para você – Dani tentava convencer o maníaco, mas sabia que nada do que disséssemos iria adiantar

– Não deixarei nem mesmo a alma de vocês livrarem-se do terror. - O assassino ia aproximando-se e a cada passo dele nos dávamos um passo para trás. – Vocês merecem a morte

– Você é um psicopata assassino – Gritava Elisa em desespero, e ele continuava a falar com sua voz que me estremecia a cada palavra.

– Vocês são tão assassinos quanto eu, mataram, feriram pessoas, qual é a sensação de sentir o sangue de sua amiga em seu rosto Alan? – Ele estava falando de Geovana, desgraçado.

– Não ouse falar de Geovana seu monstro.

– Agora esta me entendendo? – Ele levantava as mãos ao céu, – está vendo o que faço, meu trabalho neste mundo fora o mesmo que o seu quando tirou a vida de sua amiga, tiro a dor das pessoas dando a morte, no final você não passa de um ser asqueroso, não passa de um assassino igual a mim.

– Não me assemelhe a você, nunca serei igual a você Frederik – De alguma maneira Frederik se enfurecia e começava a correr em nossa direção, não conseguimos correr para longe de sua fúria, em um minuto ele tinha Hugo em seus braços.


– Vocês não entendem o que é ter o dom da morte, o dom de leva-los a um mundo de paz, matarei este garoto que você tanto lutou para salvar em sua frente Alan, vou adorar levar as suas tripas comigo como premio.


– Não! – Elisa e Dani gritavam juntas.

– Solte ele Frederik, me mate no lugar do garoto. – Ele não me dava ouvidos, e começou a sussurrar para o garoto que chorava em pânico.

– Garoto sabia que você era corajoso, quando matei seus pais senti isso no sangue deles, senti que seu papai era forte quando tentou se livrar do arpão que passava pelo seu coração.

– Não fale do meu pai, não fale da minha mãe, me solta, me solta. – De sua roupa Frederik tirava uma navalha.

– Que pele macia, irei arrancar uma orelha, para guardar comigo e fazer um colar.

– NÃO!

– Pare, solte-o. – As garotas começavam a chora, e Frederik, mas uma vez falava.

– Alan veras a morte dessa criança, e depois dela irei matar estas meninas de que tanto gosta. - Corria o mais rápido que podia, Hugo gritava por socorro. Frederik levanta a navalha, em um segundo tudo parecia em câmera lenta, corria para impedir, mas minhas pernas travaram. Foi quando caia e não conseguia mais me levantar, estendi minhas mãos e suspirei.

– Hugo... – As garotas gritavam gritos de pânico, Hugo chorava e Frederik gargalhava, minha vista começou a escurecer meu corpo já não me respondia, era realmente o fim... O Inesperado, um barulho de tiro vinha de longe. Era um policial que saia de trás de uma arvore, vários barulhos de sirene se entendiam pelo local

O policial acertava as costas de Frederik com um tiro, fazendo o maníaco soltar Hugo e o mesmo começava a se afastar. Não estava acreditando, um policial de moto surge na frente das viaturas e antes mesmo de pular da moto mirava sua arma em Frederik, desviei meu olhar para trás e conseguia enxergar, viaturas fechando a ponte de ambos os lados, Frederik estava cercado. Hugo corria ao encontro de Dani e Elisa, e uma das autoridades ia até nosso encontro nos ajudando.

– Vocês estão bem garotos? – Perguntou, enquanto o outro policial da moto apontava a arma para Frederik o ameaçando.

– Largue a faca ou atiremos novamente.

– Vocês não irão me matar, suas crianças insolentes. – Frederik mesmo na mira das armas dos policiais e com um tiro em suas costas começava a andar com dificuldades para a minha direção. O desespero em nossos rostos assustou até mesmo os policiais, a vontade de matar que Frederik levava em si era tanta que ele ignorava tudo a sua volta. Mas no momento que Frederik da mais um passo ele recebe mais um tiro na altura de seu peito, mas não caia andava para trás até a ponta da ponte e gritava

– ESCUTE PIVETE, NEM QUE EU TENHA QUE VOLTAR DO INFERNO, MAS VOLTAREI PARA TE MATAR. – Não consegui desviar o olhar do maldito em minha frente. Inesperadamente Frederik retirava sua mascara vinda a cair ao chão, pela ultima vez via aquela face destruída, seus olhos estavam pedindo socorro, e sua face deformada escondia seu desespero. Entretanto eu não abaixava a cabeça, e respondia o desgraçado seco e friamente.

– Pode acreditar Frederik, que do inferno você não sairá. – Ele sorria com dificuldade cuspindo sangue e fixando o olhar frio e maligno ao meu, Frederik pulava da ponte, sumindo de nossas vistas, me levanto criando forças para ter a certeza que Frederik estaria morto. Sua morte fora inevitável, Frederik despenca de mais de quarenta metros queda abaixo, e some na imensidão do lago. – Será que era o fim? Será que conseguimos? – Pensava até alto de mais, Dani, Lisa e Hugo se aproximavam de mim, finalmente via uma luz nos olhos de Elisa que me abraçando exclamava.

– Acabou Alan, Frederik está morto. - Ambulâncias começavam, a chegar à ponte para nos socorrer. E uma mulher vestida com uniforme policial aproximava de nós e assustada em ver a situação que nos encontrava dizia nos fitando dos pés a cabeça.

– Esta tudo bem vocês estão salvos – Porem estava intrigado, e perguntava curioso para a policial.

– Como vocês souberam que estaríamos aqui, se a minha ligação fora ontem?

– Vasculhamos este local pela sua ocorrência, porem algumas famílias já estavam a procura de vocês, provavelmente seus pais. Assim que escutamos a explosão do posto de Gasolina encaminhamos batalhões para aquela área e para ponte, no fim deu tudo certo. - Alguns carros comeram a chegar ao local, e de um dos carros minha família sairá. Meus olhos encheram-se de lagrimas, com dificuldade corria e abraçava todos e não poderia deixar de agonizar de felicidade.

– Está tudo bem filho, acabou, você está a salvo – Chorei lagrimas de dor e alegria ao mesmo tempo em sentir o calor de minha família, percebia que as famílias de Rique, Marcus, Carla e Barbara estavam aqui também, aquela cena de suas famílias despencando de dor e desespero de não ver os seus filhos, me doeu de mais, não consegui ir diretamente até a Dona Carmem mãe de Rique, mas ela sorriu para mim ao me ver bem, mesmo sabendo que seu filho nunca mais voltaria ao seus braços.

– Alan, você está muito ferido, se eu perdesse você não saberia o que seria de mim. – Minha irmã Sarah completava me dando um longo abraço.

– Não me aperta minhas costas doem. - Elisa e Dani também abraçavam suas mães. Dani retirava de seu bolso um artefato que ela jamais esqueceria. Os óculos de Marcus ainda estavam com ela e sorrindo ela olhava para mim.


– Tudo que me restou de Marcus fora seus óculos, irei guardar com muito carinho. – Abraçando Dani chorava ao lembrar-se de tudo, pensar que nunca mais poderíamos ver novamente nossos amigos doía como se retirassem nossos corações, mas o que me confortava era ter guardado a nós momentos especiais, estes que nunca poderiam ser apagados.

– Tudo acabou bem não foi?

– Não tão bem não é Hugo, perdemos pessoas muito importantes, mas aonde quer que eles estejam estão felizes por nós, enfim consegui manter a promessa que fiz a Rique, que sairia desta serra vivo, que conseguiria sobreviver ao Assassino de Valesco.

As ambulâncias começaram seu trabalho socorrendo Elisa, Hugo e Dani, colocando eles em ambulâncias, mas antes de eu entrar na ambulância, encaminhei-me até onde Frederik havia pulado, e me agachando ao chão pegava algo que o pertencia, sua horrível mascara.

– Frederik, no fim de tudo você não passava de um ser humano que sofreu muito, perdeu a mãe e fora manipulado por pessoas ruins, no fim de tudo a divina morte de que você tanto falava te levou, e agora você sentira na pele o que varias vitimas sentiram, a dor. – E levantando sua mascara suspiro e a jogo ponte a baixo, acabando com á ultima presença do mal.

Dia 11 de Dezembro de 2014 – Jornal Cruzeiro do Sul

NOTICIAS.

Nesta tarde policias militares do estado de são Paulo, foram acionados a comparecer a uma pequena cidade chamada Valesco na serra Litorânea paulista, porem não esperavam encontrar uma cena que já mais saíram de suas memórias. Um massacre, uma chacina onde três adolescentes e uma criança conseguiram sobreviver.

Daniella Marques Lourenzo de Dezessete anos
Alan Araujo de Andrade de Dezessete anos
Elisa Camargo Dantas de Dezessete anos

Foram os sobreviventes da maior tragédia que o nosso pais poderá vivenciar, e no local conseguiram resgatar uma criança que estava sumida a mais de um ano.

Hugo da silva Ferraz de onze anos

Com ferimentos gravíssimos foram encaminhados até o hospital mais próximo. Junto a eles estavam mais adolescentes que não tiveram a mesma resistência e foram brutalmente assassinados pelos maníacos da pequena cidade. Junto aos jovens mortos foram encontrados mais de setenta corpos ainda não identificados devido ao estado que foram encontrados. Depoimentos dados pelas vitimas, esclarecem que uma família agia em um posto de gasolina na estrada da serra onde capturavam as vitimas usavam os corpos das garotas para prostituição e depois as mandavam para outra cabana onde eram torturadas e mortas.

O Assassino levou dois tiros sendo um no peito e outro nas costas e caiu de uma ponte com altura de quarenta metros, a pericia e policiais vasculharam o rio, mas não encontraram seu corpo ainda, buscas serão reatadas no próximo dia.


Mais detalhes na pagina 25 A.

FIM

Musica de encerramento


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