O escárnio do desejo. escrita por Thaty Crippa


Capítulo 6
Capítulo 6: Doce Tentação




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Todos já almoçaram. Pedro voltara pra roça, Dona Tê estava na cozinha com Juliana arrumando a louça e Gina estava de novo no quarto escuro com Ferdinando em sua companhia. Curiosamente os dois estavam rindo.
–Hahaha e dai....ai.... eu cai da arvore em cima do meu pai! Ele ficou possesso comigo! Fiquei de castigo três dias seguidos!! -Contava Nando para ela.
–Aii... aiii, Ferdinando. Mas ocê era artero mermo!!
–Pois é... já fiz tanta coisa nessa minha vida Gina, ocê num tem ideia.... -Disse ele recuperando o folêgo.
Passou o momento os dois ficaram em silêncio, Nando estava olhando para a janela, Gina estava olhando para ele, ele percebeu e se virou, esperando.
–Sabe Ferdinando -disse ela finalmente- eu gosto bem mais docê quando ocê conversa cumigo sobre coisa decenti
–Coisa decenti? Como assim Gina? -Disse o engenheiro rindo da afirmação mas curioso ao mesmo tempo.
–Comassim? Quando a gente conversa, ri. Ou seja, quando ocê não tenta mi bejá! Disse ela rindo, tentando ter uma conversa normal e amigável com o agrônomo, mas falhou, pois esse já estava sério, a olhando com cara de bezerro desmamado.
–Gina... -murmurou ele
Quando ela percebeu o que acontecia e viu o engenheiro se aproximando foi tratando de falar.
–Oh Ferdinando, ocê não cumece pur favor!Nóis tava tendo uma cunversa boa e decente...
–Oh Gina -interrompeu o engenheiro -aquela hora, antes do almoço... -ele sentara ao seu lado na cama-ocê ia mi deixá beijá ocê?
Ele estava próximo demais, Gina se afastou um bocadinho e disse.
–Ó--óia Ferdinando.... ieu, bão ieu acho assim.... que se a mãe não tivesse chegado, tarveiz, mais só tarveiz..... eu teria bejado ocê.
–Ara essa Gina, ocê não pode de tá falando sério! -Disse Nando rindo.
–Ara e purque não? Mas agora num importa mai, pur causo que eu já perdi a vontade, i além do mais, ieu tô doente.
–Perdeu a vontade é?! -Nando se aproximava mais de Gina- Pois eu posso acha-la procê.
Aaah, como Gina queria que ele tentasse, adorava deixar o rapaz louco, mas estava dando errado, pois dessa vez ela estava cedendo.
–Mais....ieu tô doente Ferdinando, ocê não vai querer me beijá.... num é?!
Disse Gina incontrolavelmente olhando para a boca de Nando.
–Ara, acho qui que tenho um organismo forte, sinão não tinha mi apaixonado por ocê.
–Ocê num desiste nunca né?
–Até ocê mi dá um bejo... não! -Disse ele sorrindo marotamente, se aproximando mais e mais, Gina estava deixando, qual o problema?
Ferdinando pegou em sua mão, Gina estremeceu ao toque a mão de Nando estava gelada.
–Ocê tá muito quente Gina -disse ele extremamente perto, com seu modo sedutor, porque ele nunca ia direto ao ponto?-É pur minha causa, ou é a febre?
–Ara, ieu num sei de mai nada Ferdinando!
Gina o puxara para si, lhe dera um selinho e rapidamente o soltara, escondeu o rosto vermelho em seus cabelos de mesma cor. Ferdinando de início ficou surpreso, mas depois sorriu com carinho, pegou em seu rosto, levantou a sua face e lhe beijou apaixonadamente.
Ele foi encostando-a levemente na cabeceira da cama enquanto a beijava com mais paixão, mais vigor. Já era tarde e o quarto estava um breu, alguém acendeu a luz, ofuscando a visão dos amantes Gina levantou de um salto, deixando Ferdinando jogado na cama.
–Ai, graças a Deus é ocê Juliana!! -Disse Gina aliviada e envergonhada ao mesmo tempo.
Juliana estava boquiaberta, mas encarou na brincadeira.
–O que significa isso, Doutor Ferdinando? Está se aproveitando de uma moça doente, que não tem nem forças para falar?
–Ela num mi parecia nada doente quando me agarrô, professora.
–Agarrei? Agarrei nada! -Gina estava pasma com Ferdinando, sua dor de cabeça estava começando a querer voltar.
–Eu tô brincando, minha cara. -Falou Nando se levantando da cama, ajeitando-se e indo em direção a Gina. -Eu não poderia tê ficado mais feliz com um bejo seu.
Gina iria beija-lo de novo, mas enfraqueceu, todo seu corpo esquentou e foi consumida por uma dor latejante na cabeça. Ferdinando a segurou preocupado e com a ajuda de Juliana a deitou na cama.
–Gina ocê tá bem? -Perguntava Ferdinando para a ruiva.
–Ora, não é obvio Ferdinando?! Ela gastou uma força que não tinha ao te beijar. E além do mais foi muita emoção, deve tê-la abalado um pouco.
–Ara, tá duendo demai Juliana!!- Gina estremecia.
–Eu sei minha cara, vou chamar sua mãe. E você Ferdinando, acho que está na hora de ir, já está tarde.
–Mas Juliana...
–Ferdinando ouça sua amiga, Gina não está bem.
Ferdinando relutava mas sabia que só atrapalharia ali.
–Tá certo. Até mais minha cara. Melhoras, ieu vorto pra vê ocê.
E dando um beijo na testa de sua amada, ele se foi.
Já se passara três dias, Gina já melhorara e Nando ainda não viera vê-la. Gina estava sentada na sala pensando o porque de tal coisa. Então ouviu uma voz a porta, uma conversa e o leitor já deve ter imaginado porque isso despertara a atenção da ruiva.
–Mas ocê pode i intrando fio. A Gina deve di tá ali na sala, mais acredito qui ela não vai atrapaiá a nossa prosa.
Nando entrara, fora até Gina com a esperança de receber um beijo, um carinhoso olá, mas foi exatamente o contrário disso.
–Olá Gina.
–Ocê não tá um poco atrasado não?
–Não estou lhe entendendo, minha cara?
–"Ieu vorto pra vê ocê." Trêis dia Ferdinando, ieu já tava boa no dia seguinte.
–Do que ocê tá falando minha fia?
–Nada Seu Pedro, é assunto nosso. -Ferdinando olhava sério para Gina, pelo visto tinha mexido om fogo.
–Intão eu vô dexá qui ocêis si intendão, ieu hein....
Seu Pedro se retirara e Gina virara as costas para Ferdinando. Os dois estavam a sós, então ele começou.
–Gina..Gina? Ocê me de atenção agora, por favor!
A ruiva se virou para Ferdinando.
–E agora me diga-falou Nando com mais calma-o porque de tanta brabeza.
Gina parecia incrédula.
–O porque? Ara, o porque? Ocê me dá um bejo, por causa disso eu fico doente, ocê diz que vortá pra mi ver i não vorta. Como ocê qué qui eu te trate Ferdinando?
–Eu esperava uma recepção mais amigável, afinal eu tô aqui não tô. Eu vim lhe vê. Disse ele com tanta determinação quanto a ruiva.
–É depois de três dias Ferdinando. A ruiva virara a cara novamente.
Ferdinando nunca perde a oportunidade como o leitor bem sabe. Ele não estava nem um pouco a fim de brigar com Gina, então como sempre, foi amolecendo o coração da geniosa. Se aproximando, pegando em sua mão e lhe dizendo.
–Intão ocê sentiu minha farta, hum? -Foi subindo com a mão pelo braço da ruiva, parou em seus ombro e puxou seus cabelos para trás, de modo que chegou bem pertinho de seu ouvido-Sentiu farta do meu beijo? Ocê não esqueceu...
–Má é claro que não, Ferdinando -Disse a ruiva em voz alta, se desvencilhando da caricias do rapaz-Ocê tá achando qui eu tenho minézia, é?
–Hahaha, longe disso minha cara! Mais eu confesso qui eu não sabia qui ocê si importava tanto cumigo. -E novamente foi chegando perto da ruiva, dessa vez ela não se desvencilhou
–Ara, depois daquele beijo Ferdinando. Até.... sei lá, até o Seu Giaco si importaria!
–Hahaha. Então deixe-me tornar mais importante.
Dizendo isso deu um grande beijo apaixonado em Gina, que sorriu.
–Agora deixe-me falar com seu pai, sim?
–Tá certo. Ooohhh Paaai!!
–Gina! -Ralhou Ferdinando.
–O quê? -Perguntou-se Gina. Seu Pedro viera correndo.
–Qui que aconteceu fia?
–Nada pai, mais o Nando qué falá cocê.
Ferdinando olhara para Gina e murmurando perguntara a ela:
–Nando?
–Ara que que tem?- Gina se afastara e sentara no sofá.
Nando ria consigo mesmo mas falou:
–Seu Pedro, venho aqui em nome de meu Pai, pra convida ocê e sua família para ir jantar lá em casa. I eu temo que a professora Juliana não será bem vinda, já que ele i meu pai ainda não se acertaro.
–Ah sim, eu entendo meu fio, apesar de não concordá.
–Bom, nem eu. Mas ele também pede que ocêis cheguem um poco mais cedo, pra modo de nóis não ficá falando de politica na hora da janta.
–Mais ocê considere o convite do seu pai aceito. Que hora mais ô menos nóis é pra tá lá fio?
–Umas 17:00 horas tá bão, Seu Pedro.
–Intão tá certo, ieu vô lá avisa a mãe. Ocê fique a vontade.
–Na verdade, acho que eu já vou me indo. Nóis si vê mais tarde, Seu Pedro. Tchau Gina.
–Ahm? A Ferdinando, espera qui eu vô com ocê. Eu preciso tê uma prosa com a professora pai.
–Intão tá certo fia. Ocêis vão cum Deus.
–Amém pai.
E lá se foram os dois, pelos trilhos do trem. Conversando normalmente, como se o beijo nunca tivesse acontecido, mas eles sabiam que acontecera, havia uma harmonia entre eles, uma doçura inexplicável em suas trocas de palavras. Chegaram na frente da escola.
–Então, acho que ocê fica aqui. Disse Ferdinando sem jeito para a ruiva.
–É... i ocê vai pra sua casa?
–Sim, sim, tenho umas papeladas pra organizar... i além do mais.... tenho que me arrumar pro jantar de hoje.... pra ocê na verdade....
–Ocê não precisa se arrumá por minha causa Ferdinando, ocê tá bem do jeito que tá.
–Hahaha, acho que devo encarar isso como um elogio?!
–Acho que deve. Disse Gina, sorrindo e escondendo a vermelhidão de suas bochechas com os cabelos.
–Então te espero hoje a tarde, minha querida.
–Querida..... ara... Gina estava ainda mais vermelha. Ferdinando se aproximava dela, dizendo:
–Adoro quando ocê fica assim....
–Assim como?
–Assim, cum vergonha. Pois fique ocê sabendo que não carece, embora seja adorável!
Gina olhava nos olhos do agrônomo, sabia que ele esperava por outro beijo seu, mas assim como ele adorava vê-la tímida, ela adorava faze-lo esperar.
–Pois ocê aguarde, que eu estarei im sua casa hoje. E espero que ocê esteja lá, me aguardando.
Gina lhe dá um beijo na bochecha, sobe as escadas para a escola, para a porta e lhe manda um olhar estilo 43, e entra.
–Licença. Boa tarde Juliana.
–Ora, boa tarde Gina. Mas oque faz aqui?
–Bom Juliana, é que aquele coisa ruim do Epaminondas convido o Pai mais a mãe i eu pra i jantá lá na casa deles i.... bão, eu queria qui ocê mi arrumasse bem bonita de novo.
–Mas é claro que eu arrumo minha amiga! -Afirmou Juliana com um sorriso de orelha a orelha-Só que nós temos um problema.
–I que probrema é esse? Indagou Gina preocupada.
–Você só tem um vestido, e não pode usa-lo sempre. Não posso arruma-la sempre da mesma maneira. Vão estranhar, achar que você é pobre ou coisa parecida.
–Ara, mais isso eu não sô! I pior qui num dá tempo de ir nas Antas comprá um.
–Não, não dá.... se bem que.....
–Se bem que oque Juliana? Perguntara a geniosa curiosa.
–Eu tenho um vestido guardado, que meu ex namorado me deu antes de eu vir pra cá. Mas acontece que ele fica apertado pra mim, e como você é mais magra, acho que pode te servir. Venha comigo está ali no meu quarto.
Gina entrou com a professora no pequeno quarto da escola, sentou-se em sua cama e esperou enquanto Juliana pegava uma caixa em seu guarda-roupa.
–Aqui está Gina.
Disse Juliana tirando da caixa um vestido azul e lilás. Com mangas pomposas e enfeites floridos por cima. A anágua não era muito volumosa e por cima do tecido azul safira havia um tecido lilás brilhante, assim como uma fenda no vestido que revelava uma anágua inferior igualmente lilás porém sem brilho algum.
–Ara Juliana, é muito bonito, mais ocê num acha que é muito cheio de frufru não?
–Como assim Gina? Eu acho esse vestido lindo, e acho que ficará muito bom em você.
–Aaah Juliana, eu não sei, parece que esse vestido não é pra mim.
Juliana pensou um pouco e disse:
–Está certo. Sua mãe tem uma maquina de costura não é?
–Eu acho que tem sim.
–Pois então guarde esse vestido que eu vou pegar umas coisas aqui e vamos muda-lo.
Já na casa da família Falcão, Gina e Juliana se apressavam com as coisas.
–Mãe!! Oh, mãe!!
Dona Tê descia as escadas. Não estava pronta pois ainda era cedo.
–Que foi minha fia? Dona Juliana, oque ocê faiz aqui? Achei que ia dormir na escola hoje!
–E vou Dona Tê, mas preciso da Senhora e de sua maquina de costura, temos trabalho pela frente.
Juliana descarregou as coisas na mesa, e ela e Dona Tê começaram o trabalho enquanto Gina só palpitava. Enfim terminaram e subiram para o quarto para modo de provar o vestido em Gina.
E o leitor acredite ou não, estava completamente diferente.
As mangas pomposas se foram para serem substituídas por duas tiras de pano que deixavam os ombros de Gina a mostra, assim como o tecido lilás brilhante também se fora deixando a mostra o tecido azul safira, em seu lugar fora colocado um tecido vermelho transparente trazido por Juliana e que dava contraste com o tom se misturando ao azul. A fenda lilás permaneceu. no tronco substituíram o fio lilás por um vermelho, e assim o vestido ficou mais simples, mas infinitamente mais belo e sensual.
Agora era hora de aprontar a ruiva e rapidamente já que a preparação do vestido custara tempo. Assim, deixaram seu cabelo solto apenas preso para trás, não exageraram nos olhos mas passaram um belo batom vermelho. os brincos eram os mesmos, mas a gargantilha de preta fora para vermelha, também feita por Juliana. E completaram tudo isso com luvas pretas emprestadas pela Professora. Gina estava pronta, estava linda.
–Aaah minha fia, ocê tá dislumbranti!!
–Ara, que isso mãe... -Disse uma Gina envergonhada.
–Ela tem razão Gina, conseguimos fazer um bom trabalho.
–Bão, ocêis mi dão licença, que já é quase cinco hora i nóis num ué si atrazá, num é mermo?! Ocêis dão licença viu.
Enfim estavam todos prontos, trancaram a casa e saíram em rumo a casa dos Napoleão. A caminho, deixaram a professora a professora na escola.
–Fica com Deus fia. Se despediu Seu Pedro, e assim seguiram além.
Chegaram a bendita casa, Pedro bateu na porta, o coração de Gina não se contia no peito.
–Boa noite amigo Pedro. Vamo entrando.
–Boa noite. Vamo vamo.... -Murmurou Seu Pedro chamando a filha e a esposa.
Após todos se cumprimentarem incluindo Gina e Ferdinando, escondendo as risadas, ele Nando dá um jeito de levar a ruiva para um canto.
–Ocê veio mesmo! Disse ele
–Craro que ieu vim, eu disse que vinha.
–I posso sabê aonde arranjo esse vestido. Falou Ferdinando que ainda não acreditara como a ruiva tinha sido ousada em usar um vestido daquele. Com cores extremamente fortes, que ainda lhe marcavam mais o corpo e lhe aumentavam o desejo.
–A Juliana arranjo pra mim. Ocê gosto?
–Você não imagina o quanto. E como o leitor está bem acostumado, Nando estava cada veiz mais próximo de Gina.
–Acho mió a gente vorta pra perto deles, Ferdinando, vão começá a repará.
–Ocê tá certa a úrtima coisa que queremos é uma briga.
Voltando para perto dos outros, Pituca cercou Gina com seu jeito doce.
–Ocê tá muito bonita Gina. Ieu num sabia qui ocê usava vestido.
–Ara, obrigado Pituca. Ieu também num sabia, até seu irmão comprá aquele pra mim.
–Gina?! Posso lhe fazê uma pergunta?
–Ocê digue Pituquinha.
–Ocê e o Nnado tão namorando?
Agora todos na sala escutavam atentamente, Gina e Nando se entreolharam, não sabiam oque falar. Salvos por Amância que chega e anuncia.
–Óia madama Catarina, hove um imprevisto lá na cozinha e a jantá vai demorá um bocadinho.
–Aaah, tá certo tá certo Amância. -Dizendo isso Catarina se dirigiu aos convidados- Ocêis não si incomodariam de esperá um bocadinho, não?
–Imagina Madame Catarina... disse-lhe Dona Tê. -Pai, ué, cadê a Gina e o Nando.
–Ah, eles devem tá extorando por ai, num vamo si preocupá atoa.
O sol já se já havia se ido, e Gina e Ferdinando se aventuravam nos trigais da família Epa. Gina estava correndo de Ferdinando, os dois brincavam como duas crianças.
Ela provocava o engenheiro com o olhar, que era mais negro sob a luz daquela Lua que iluminava o passo dos amantes. Entraram no mato e Gina se escondia de Nando entre as arvores. Mas ele a surpreendeu dando a volta na arvore a prendeu em seu tronco. Gina estava ofegante, Ferdinando a deu um grande beijo que foi correspondido instantaneamente.
–Ara, eu daria tudo pra ficá aqui coê e não tê que vortá pra fala aquelas besteras com o meu pai.
–Pois então ocê fique.
Disse Gina se desvencilhando do rapaz e andando entre as arvores. Nando a seguia cheio de desejo.
–Sabe Gina, eu fico pensando... quar é a sua resposta pra pergunta da minha irmã Pituca?
–Si nóis somo namorado?
–Isso.
Gina parou no meio de sua caminhada sedutora e andando até Ferdinando o encarou dizendo.
–Ocê me digue Ferdinando. Nóis tamo namorando.
Nando não aguentava de desejo. Nessa noite a ruiva estava extremamente tentadora. A luz da Lua só piorava o mistério de seu corpo, de seus olhos, oque ela escondia?
–Sabe Gina... acho que se nóis tivesse em um lugar mais reservado, só nóis dois... ieu poderia responder melhor a sua pergunta.
Gina se virou novamente para as arvores e continuaou caminhando sensualmente, até que parou, olhou de canto para Nando e disse.
–A Professora Juliana vai dormi na escola hoje.
–E isso qué dizê?
–Isso qué dize, que não tem ninguem na minha casa.
E lá foi ela dando gargalhadas e correndo pelos trilhos, com um Ferdinando a provocando atrás. De vez em quando eles paravam, se agarravam e Gina voltava a correr.
Chegando na casa da família Falcão, Gina tratou de pegar a chave reserva que ficava bem escondida. Abriu a porta, olhou para trás, viu Ferdinando escorado na madeira esperando, lhe estendeu a mão.
–Vamo? Disse.
–Vamo. Concordou o rapaz e pegando na mão da ruiva, adentrou a casa.
Gina fechou a porta e com cuidado em um imenso breu, subiram as escadas.
–Cuidado Ferdinando! Ocê vai cai hahaha
–Hahahahahaha.
No corredor, Nando jogou Gina na parede e a beijou loucamente, a coisa começara a esquentar. As mãos de Nando corriam o corpo da ruiva, até que pegou Gina pelas pernas e ela no embalo o envolveu com ambas. Assim ele pegou Gina no colo e levou até o quarto que costumava ser seu, jogando-a na cama. Começou a beijar loucamente seu pescoço, enquanto Gina desabotoava-lhe o colete.
–Ocê tem certeza disso Ferdinando.
–Nunca tive tanta certeza na minha vida!
Diziam os dois entre os beijos e as peças de roupa que voavam pelo antigo quarto do agrônomo.
–Ieu até que prefirto que seje aqui no seu quarto...aii... em respeito a Dona Juliana.
–Acho certo, meu amor.
–Do que ocê me chamou?
–Meu amor! Disse Ferdinando chegando pertinho do ouvido da ruiva e mordendo o mesmo.
–Aaah Ferdinando!!
Gina o jogou na pequena cama e desceu em beijos abrindo sua camisa e arrancando-a do corpo do rapaz.
–Ferdinando? nóis vamo fazê isso no escuro?
–Quar o problema?
–No iscuro totar? Aaah, não custa desce e pegar umas vela. Disse ela se levantando da cama.
–Pois eu lhe ispero aqui. Afirmou ele.
–Pois ispere, mais quando eu chega, não quero vê nem uma ropa in ocê.
Saiu ela dizendo isso as gargalhadas. Gina desceu cuidadosamente as escadas, pegando as velas no armário e voltando ao quarto, teve uma curiosa idéia.
Se despiu, deixando o vestido em sua cama, e ficando apenas com as roupas de baixo, contando que não estava usando sutiã, já que o vestido deixava os ombros a mostra.
Pegou as velas e voltou pro quarto extremamente escuro, bestificada com a própria ousadia. Chegando lá, avisou para Nando que havia voltado e que esperava que ele já tivesse tirado as roupas enquanto acendia as velas uma por uma e as colocava em pontos estratégicos do quarto para melhor iluminação.
Assim que Gina acendeu a última vela, ele percebeu que a geniosa estava semi nua, a luz misteriosa das velas deixava a silhueta de Gina perfeitamente desenhada e desejosa, e ela percebeu que Nando ainda estava de cueca, assim como ela, a luz da velas deixavam os olhos azuis do agrônomo cheio de mistério e malicia.
–Ieu não disse que queria ocê sem roupa quando eu vortasse?
–Ara, ocê tá de carcinha, estamos quites?
–Tamo oque, Ferdinando?
–Quites.
–O que?
–Nada, venha aqui.
Gina aceitou o convite e foi ao encontro da boca do agrônomo. Ele a deitou na cama e foi descendo devagar e deliciosamente por seu busto, enquanto Gina lhe agarrava o pescoço experimentando cada sensação que os beijos e a barba do rapaz a proporcionavam.
Ferdinando continuou descendo com sua língua no corpo da ruiva e encontrou seus seios, e concluindo que tinham um sabor doce deliciou-se com seus com seu mamilos. Ele chupava, passava a mão e a língua freneticamente, oque fazia Gina estremecer e gritar de prazer.
Ele voltou para a boca da ruiva, enquanto seu corpos se esfregavam um ao outro, Nando apertava a bunda de Gina enquanto ela enchia suas costas de deliciosos arranhões. Agora era a vez de Gina provar que sabia alguma coisa, e agindo por instinto deitou-se sobre Nando e como fizera ele começou a beijar seu pescoço, extremamente cheiroso, enchendo-o de chupões.
Mas não era só isso a ruiva se atreveu, e com a mão foi descendo vagarosamente o corpo do rapaz, chegou em sua cueca, colocou a mão por dentro e acariciou seu membro com todo o carinho, deixando ele louco. Nando não aguentava, e assim como Gina o satisfazia, ele também queria satisfaze-la, mas a ruiva não dava nenhuma brecha. Sentada em cima do rapaz, fazia movimentos com a pélvis em cima de seu membro enquanto beijava sem parar a sua boca.
Até que então ele a pegou pela cintura e a jogou para baixo de si. enquanto beijava novamente seus seios, ele foi tirando calmamente sua calcinha. Enquanto descia com a peça pelo corpo da ruiva, ele ia beijando sua barriga, sua pélvis, sua virilha, suas coxas, sua perna, seu pé e finalmente tirara a calcinha.
Cheio de desejo voltara correndo para as partes da ruiva, e para deixa-la maluca tirara a cueca, seu membro estava bem aquecido, mas ele não fez oque ela esperava. Na verdade, se dirigiu a barriga de Gina e dali foi descendo até suas partes, onde começou a beijar com calma, enquanto ela gemia. Para piorar, ou melhorar, a situação, Ferdinando resolveu e começou a lamber Gina de uma forma enlouquecida. Ele lambia, beijava mordiscava prazerosamente, matando a ruiva de sensações deliciosas.
Ele foi se aprofundando, ela gemia e se contorcia na cama de prazer, enquanto forçava a cabeça dele pedindo mais. Ela não aguentava mais. queria Ferdinando dentro de si, assim então disse.
–Aaaaaaaah, Ferdinando?!....
–Ocê digue minha cara! Falou ele entre as lambidas e gemidas que ele mesmo dava.
–Eu...aaah...eu não aguento mais!! Ocê faça oqui tem que fazê! Eu preciso docê ni mim....aaaaaaaaaaaah.... AGORA!!
Ferdinando não desperdiçara um só momento. Voltando para a boca da ruiva, a beijava, enquanto ajeitava o seu instrumento, que enfim, com uma explosão de desejo invadiu o corpo da ruiva.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo é cheio de... fogo, pura paixão e desejo,fome um pelo outro..



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