O escárnio do desejo. escrita por Thaty Crippa


Capítulo 15
Capítulo 15:O começo de um fim


Notas iniciais do capítulo

Porque o fim é apenas um começo..



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Enfim a festa havia acabado e já era tarde da noite, onde Gina e Ferdinando estavam parados a porta de um quarto de hotel extremamente chique e pomposo na Cidade das Antas. Parados não era exatamente o termo já que estavam se beijando loucamente em frente a porta. Ferdinando parou por um momento, abriu a porta, grudou seus lábios novamente aos de Gina e fez menção de pega-la no colo. esta por sua fez parou de beija-lo e grudou-se ao chão.
–Que qui ocê tá fazeno, Ferdinando?
–Tô te levando no colo até a cama, como manda o costume, ara!
–Mais Nando ieu devo di tá muito pesada cum tudo essas coisa que a Juliana e a mãe mi puséro!
–Não mais ieu insisto!
–Ara, má é por sua conta i risco!! Ieu avisei qui tô pesada!!
Ferdinando a levantou no colo, mas não esperava que Gina estivesse tão pesada, assim cambaleou, quase derrubando a ruiva no chão.
–Ara, pera ai qui eu guento!
–Iiiih, pelo visto vô te qui chamá ocê de "fracotinho" a parti de agora...
–Ocê num mi provoque minininha!!
Dizendo isso, Ferdinando jogou Gina na cama.
–Nando!! ... Ara Nando, ocê feiz tudo isso?? Mais tá lindo por dimais sô!
Olhando em volta, Gina percebera como o quarto estava cheiroso e arrumado. A cama com um lindo acolchoado florido em tons de vermelho e coberto de pétalas brancas de rosa e de margarida. Em volta, em cima das estantes e dos criados mudos, espalhadas em uma fila que ia até a porta do banheiro do quarto, haviam velas vermelhas e amarelas, perfumadas e acesas. O chão estava forrado de pétalas vermelhas, de rosa naturalmente. Estava tudo maravilhoso.
–Tá indo mermo... apenas sinto lhe decepcionar minha cara, mas não fui eu que fiz tudo isso não.
–Ara, mais intão quem... oia aqui!
Gina se esticara e pegara um bilhete que estava em cima do criado mudo, do lado da cama.
–Nando, tem um bilhete aqui. Ieu vô lê!
–Oce não prefere qui ieu leia?
–Não. Ieu sei lê, tá certo?
–Tá certo, tá certo, pois leia intão!
Assim Gina começou a ler, de seu jeito calmo e atrapalhado:
–"Cara âmiga Gina - iessa sô eu- e dê erre ponto - "É Doutor Gina" "Ah, tá certo. Ieu já sabia.." - E Doutor Ferdinando - ocê - Venho por mei..o desta carta lhes desejá toda a feli-cí-dade i amor que eu, Juliana, - "Ah é da professora!" "Sim, continue lendo, querida!"- vós desejo de todo o cora... coração. An..assim sendo, eu e Milita, que gostar..ia de presen..ti..a-la, presente-ala, pelo nosso gés..to de arrumar seu quarto na sua noite de nú...nup...-"Qui qui é isso aqui, Ferdinando?" "Núpcias, Gina."- na sua noite de núpcias, viemos até aqui um pouco antes de vo..cês se retira.. rem, retirarem da festa lhes fazer esta bela surpresa. Espero que gostem e apo..ro..vei..tem, aproveitem. Com todo o carinho, Juliana.
–Ora, que belo gesto dessa professorinha, né mermo Gina?!
–Ara... a Juliana é muito das amiga mermo...
–É... ela é mermo. Mais, onde qui nóis tava Gina?
–Huuum, na cama?
–Isso! E fando oquê?
–Se... bejando?
–Exato! Olha como ocê e esperta... e oque mais?
–Ieu acho qui ocê ia abri meu vestido, só acho...
–Ara, é mermo? Pois intão eu vô abri, imagina si eu ia dexá minha menininha esperando.
Estavam adorando esse jogo e estavam adorando ainda mais o fato de saber que não precisavam fazer nada correndo com medo de que alguém os visse, com medo de que alguém desconfiasse. Sendo assim aproveitaram cada momento. Gina estava sentada de costas para Ferdinando enquanto este abria seu vestido enquanto beijava seu pescoço e ombros, ao final dos botões, Gina virou de frente para ele e com beijos delicados foi abrindo sua camisa pois o terno já havia ido a muito tempo. Ferdinando propriamente tirara as calças mas deixaram as cuecas enquanto Gina o observava. sem demora foi até a amada e lhe tirou o vestido vagarosamente e quando o fez viu que a ruiva estava usando uma lingerie azul e branca, deste jeito que irei lhes descrever. O corpet azul claro com laços e enfeites brancos e a cinta-liga ao contrário deste branca com laços azuis, enquanto as meias que deixavam Ferdinando louco e aguçado eram brancas, transparentes e sensuais.
–Mas minha cara... oque é isso?
–Ocê gosto Ferdinando? Ieu precebi seu carinho pelas minhas meia i comprei essa especiarmente procê frangotinho.
–Ara, Gina, minha vida.... ocê tá tão linda que mi dá inté uma pena de tirá...
–Ara Ferdinando! Ocê tá mangando d'eu, é? Ocê me tire logo esse resto de pano que eu quero é lhe usar!
–Tá certo Gina... mais num chama de resto de pano não tá...
E assim Ferdinando como um cão com o rabo entre as pernas atende o pedido de sua amada e tira-lhe a lingerie. Assim depois de tirar sua roupa de baixo também, os dois começaram a se beijar, com calma, deliciosamente nus. A pele macia de um encostando na do outro, um encontro de sensações maravilhosas e palpitantes, dois corpos unidos em todos os sentidos possíveis. A partir de um tempo, de tanto se beijarem e aproveitarem aquele momento a sós que os dois nunca tiveram sem aquela afobação, eles finalmente decidiram que era a hora de fazer sexo, e dessa vez decidiram fazer do jeito calmo e relaxante, tentando todas as posições possíveis.
Gina adorava quando Ferdinando se movia dentro dela o mais rápido que ele podia, mas ela devia admitir que daquele jeito calmo e tranquilo também era bom. Ela sentia tudo com mais detalhes, eles faziam tudo com mais carinhos, mais beijos, sem suor, sem pressa, apenas amor e sexo. Ele passava a mão por todo seu corpo, era uma delicia para o rapaz sentir as curvas da ruiva, normalmente ele só batia em suas nádegas de vez em quando, mas sentia falta de sentir seus seios como da primeira vez, em seu quarto. ah, havia tanto tempo desde aquele ocorrido. Aquela foi a única vez que os dois fizeram algo com calma, pois esqueceram de todos lá em baixo. Nando se lembrava, mas queria se concentrar no agora. Beijar atrás das orelhas de Gina, sentir suas pernas, seus seios, seu pênis se movendo vagarosamente dentro dela.
Era como uma dança, movimentos lentos, calmos, delicados, bem explorados para causar prazer, uma cumplicidade entre os dois que ali estavam, como uma Valsa. Mas chega!
–Ferdinando?
–Diga?
Diziam os amantes enquanto ofegavam.
–Eu tô amando tudo isso...
–Sim?
–Mas acho que prefiro do nosso véio jeito de sempre.
–Pois eu também minha cara.
E chegara a hora da Salsa!
Gina rolara Nando para o lado da cama como costumava fazer e após se ajeitar se sentou nele jogando os cabelos para cima, tornando aquela uma das visões mais tentadoras, que Nando levaria para o resto da vida. Gina começara com movimentos lentos mas logo os dispensara e voltara aos antigos costumes. Aqueles costumes rápidos e selvagens que ela tanto adorava. Aquele ato de entrar e sair, entrar e sair, era de deixar qualquer um louco, e Gina fazia isso bem que só ela. Para Ferdinando, era como se ela soubesse exatamente o momento de tirar e colocar, o momento certo, ir mais rápido ou devagar para lhe satisfazer por completo, isso o deixava completamente insano. Ele estava insano e estava disposto a fazer insanidades.
Ferdinando a jogou do lado contrário, de modo que ele ficara em cima dela novamente e que ambos estavam de cabeça para baixo devido ao lado correto da cama. Ele abriu-a as pernas com uma brutalidade extremamente interessante e usava seu membro mais rápido que podia. Aquele voltara a ser seu sexo selvagem e as vezes brutal, mas que satisfazia os dois de uma maneira que era também insaciável. Nando ia o mais fundo que podia e Gina estava chegando ao seu ponto máximo e enfim chegaram ambos ao mesmo tempo, mas não pararam. Continuaram e continuaram até perceberem que haviam alcançado o seu objetivo.
Ambos estavam ofegantes, não se mexiam, depois de muitos gritos e gemidos fazia bem respirar um pouco, ele não tinha forças para sair dela e a única força que ela tinha, usou para olhar no relógio.
–São 4:30 Ferdinando.... fizemo sexo por mais de trêis hora seguidas.
–E isso é ruim?
Os dois riram e tentaram se beijar, mas nem força para isso tinham. Começaram tão lentos e delicados, tentando aproveitar o momento, mas quando perceberam que não se tratava disso, não tentaram mais e se entregaram a selvageria de sempre.
Se ajeitando na cama, os dois voltaram a posição correta, estavam suados e cansados mas nem pensaram em tomar banho, só queriam dormir e assim fizeram. Tiraram as pétalas que ainda estavam grudados em seus corpos e cabelos, principalmente nos de Gina, arrumaram os cobertores e ali se jogaram, quando estavam quase adormecendo se abraçaram e ali ficaram.
Já devia ter passado das 10:00 horas da manhã quando Ferdinando acordara e demorou um tempo para perceber que Gina não estava ao seu lado, mas onde ela estava afinal? Foi ai que Nando ouviu um barulho vindo do banheiro, era o som de algo caindo na água, repetidamente.
–Gina? Nada veio em resposta. Ferdinando colocou o roupão e foi a procura da amada no banheiro.
–Gina? Querida?
Chegando lá nando viu Gina, debruçada sobre a privada, com os cabelos presos e o roupão vermelho aberto caindo sobre os braços.
–Meu Deus Gina, ocê tá bem? Perguntou Ferdinando acudindo a amada e a colocando de pé.
Gina fechou a privada e após dar a descarga sentou em cima da mesma.
–Ara Nando, acho que já faz mais de meia hora qui eu tô vumitano nesse trem ai...
–Ora, mas oque foi dessa vez eu meu amor? Foi algo que ocê comeu? Bebeu, talvez? Ocê sabe que ocê fica impossiver quando bebê!
–Frangotinho, ocê já orviu falá de "enjoo matinar"?
–Já já, mais isso gerarmente só acontece cum as grávidas.
–Ferdinando, a quanto tempo nóis faiz isso?
–Isso oque?
–Sexo. Sem os otro sabê?
–Acho que a uns três meses já. Desde a primeira vez na sua casa.
–Pois intão Ferdinando... num é a primeira vez qui eu tenho isso de manhã...
–Gina ocê tá querendo me falá que...?! Gina nessa hora levantou e encarou Ferdinando com uma cara que ficava em meio a um sorriso e uma dúvida.
–Nando, eu tô gravida i já faiz uns dois mêis já....
–Gina, ocê tem certeza disso? Tem certeza absoluta?
–Tenho Ferdinando - disse ela de costas para o amado, como costumavam fazer- que otra explicação pode de havê, sô? Ieu tô cum esses injoo a um tempo já i nóis nunca tomo precaução ninhuma, também...
Ferdinando calara Gina com um beijo, lágrimas escorriam de seus olhos apenas coma a possibilidade de ser pai. Após um longo beijo e terminara em um sorriso, Nando falou para a amada.
–Gina, nóis vamo no médico hoje a tarde, i si ele confirmá oque ocê tá me falando, ocê pode tê certeza, qui eu vô fazê de tudo pra sê o melhor pai do mundo pra esse menininho que tá aqui dentro docê..
–Ou menina.
–...ou menina, hahaha...
–Ou os dois?
–Os dois?
–Ara, porque não? Ieu sempre quis tê uma familia grande. I eu sinto Ferdinando, que essa sementinha qui ocê pranto aqui dentro de mim cum tanto carinho, vai sê o pezinho de côve mais bem tratado desse mundo!
–O pé de couve mais feliz do mundo!! Hahahahahaha
Ali estavam eles, finalmente, com o amor selado por uma amor ainda maior, um amor que em breve não ia lhes caber no peito, pois aquelas crianças, sim!, eles não sabiam, mas viriam três de uma pancada só, fariam deles a família mais feliz e mais maluca que Santa Fé já viu!!
Uma menina ruiva de olhos azuis, braba como a mãe e culta como o pai. Um garoto de cabelos castanhos claros e olhos azuis, rebelde como o pai e maroto como a mãe. E ainda outro menino ruivo de olhos castanhos, amigo como a mãe e malicioso como o pai. Todos eles com um grande amor a terra, prometendo muitas confusões a Vila de Santa Fé.
Mas essa, já é outra história.


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Notas finais do capítulo

Capítulo Incrível! Lindo! Surpreendente!



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