Junto com a primavera escrita por Winky
Notas iniciais do capítulo
Demoreiiii demaaaaaaaaais !!!
Sorry ... Mas ta aí , mais um capítulo pra vcs .
Boa Leitura!
– Sabia que você fala enquanto dorme ? - falou Charlotte , olhando para Tom com uma expressão divertida no rosto .
– É mesmo ? - perguntou ele , fazendo careta enquanto acariciava os cabelos dela . - E o que é que eu falo ?
– Não sei, você fala numa língua estranha ... Mas mudando de assunto, o que você acha de eu e você , dois orfãos livres e desimpedidos aproveitarmos a casa de tia Bonnie por um dia ? - perguntou , olhando para Tom com um brilho intenso nos olhos .
Tom analisou-a por um momento , antes de falar rindo :
– Você é estranha , sabia ? - ele beijou o canto da boca dela . - Mas mesmo assim , eu adoraria aproveitar a casa da Tia Bonnie com você ...
– Ótimo , agora levanta essa bundona daí e vai se arrumar ! - e falando isso , ela se enrolou em um lençol e rumou direto para o banheiro .
Enquanto a observava , Tom tinha uma certeza : A única coisa previsível na vida é sua imprevisibilidade .
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Tom e Charlotte estavam passando pela rua Vauxhall , em frente a papelaria L & W , quando Charlie parou de repente e disse :
– Céus ! Antes de morrer , papai deixou uma ... uma encomenda ... Me esqueci completamente - ela entrou na papelaria , examinando tudo com Tom em seu calcanhar .
A papelaria era pequena e apertada , e suas paredes tinham um tom berrante de vermelho . Um homem gorducho de aproximadamente 40 anos , guardava livros em uma prateleira e se mostrou surpreso quando avistou os dois jovens .
– Olá , posso ajudá-los ?
– Olá - respondeu Charlie , olhando - o . - Meu pai , Joseph Adler deixou uma encomenda para mim , antes de ... bem , partir desse mundo ...
– Ah sim , me lembro bem , foi uma das últimas encomendas feitas antes dessa terrível guerra ... Espere um segundo . - Ele desapareceu pela porta instantemente e voltou trazendo um embrulho laranja . Charlie o pegou com as mãos trêmulas e encarou Tom , fazendo um pedido mudo de ajuda .
– Abre ... - falou , se pondo do lado dela e a observando com olhos ternos . - Vamos ver o que papai Adler deixou ... - Charlie deu um sorrisinho e abriu o embrulho lentamente . Seu pai lhe deixara um livro pequeno e fino , que tinha uma capa preta e um pequeno envelope dentro .
Ela abriu o envelope e se deparou com uma pequena carta . Tom vendo que Charlotte seria incapaz de prosseguir , tomou a carta das mãos dela e começou a ler em voz alta :
Querida Charlotte ,
Sei que estarei morto quando ler isto , mas quero que saiba que você sempre foi e sempre será a melhor coisa que já me aconteceu , e que espero que me perdoe por sempre ter sido tão ... inconstante , e se lembre que a vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal .
Abraços ,
Papai
Charlotte estava com os olhos vidrados de lagrimás , quando Tom terminou de ler , e sem pensar duas vezes , ela lhe entregou o diário .
– Por que você está me dando o diário do seu pai ? - perguntou , confuso .
– Porque eu sinto que é o certo ... - disse Charlie , se aproximando mais dele e o abraçando , conseguindo dessa forma , sentir aquele cheiro sensacional que ficara nos lençóis e insistira em grudar na sua pele . - e também , porque eu sei que você ... Nós estamos atrasados ! - berrou , olhando para o relógio prateado em seu pulso .
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– Onde é que a sua tia mora mesmo ? - perguntou Riddle , quando eles já estavam no trem .
– Ela mora em uma aldeia chamada Great Hangleton , que fica bem perto de Elephant and ... O que foi ? - Charlie parara repentinamente ao ver que Riddle empalidecera e seus olhos perderam o foco momentaneamente .
– Eu ... Não posso ir com você , Charlie ... - murmurou , olhando para ela .
– E por que não ? - disse Charlie , com uma nota de raiva na voz .
– Porque eu preciso resolver algumas coisas .
– Que tipo de coisa você precisa resolver ?
– Alguns problemas antigos ... - falou , passando a mão no rosto de Charlie , que logo se levantou com uma expressão indecifrável no rosto .
– Tudo bem , então ... - ela deu um rápido selinho em Tom . - Se precisar de algo , você sabe onde me encontrar . - e dizendo isso , ela se afastou sem olhar para trás .
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Tom caminhara uma pequena distância até o letreiro que dizia : Elephant and Castle , 1.2 km e Little Hangleton , 5 km.
Ele então se dirigiu até uma trilha estreita , onde o caminho era torto , rochoso e esburacado , e desceu um morro que parecia conduzir a um arvoredo sombrio .
Tom demorou alguns segundos para enxergar uma casa semioculta por gingantescas arvores . Por um momento , ele hesitou um pouco antes de bater na porta . Depois de alguns segundos , a porta se entreabriu , rangendo . Tom entrou e seu olhar percorreu lentamente o casebre e deparou com um homem na poltrona . O homem tinha cabelos e barbas tão crescidos que era impossível distinguir seus olhos e sua boca .
Por alguns segundos , eles se encararam , então o homem se pôs de pé com dificuldade , derrubando as muitas garrafas em sua volta .
– VOCÊ ! - berrou ele . - VOCÊ ! - e ele se arremessou ebriamente contra Riddle , com a varinha e a faca erguidas .
– Pare . - falou Tom em linguagem de cobra . O homem derrapou e bateu na mesa , lançando algumas panelas emboloradas no chão , onde caíram com estrépito . Ele encarou Tom . Fez - se um longo silêncio enquanto se estudavam . O homem perguntou :
– Você sabe falar ?
– Sei falar . - respondeu Riddle , permitindo que a porta se fechasse às suas costas . Seu rosto expressava desagrado e desapontamento .
– Onde está Servolo ? - perguntou ele .
– Morreu . Morreu há anos , não foi ?
Tom franziu a testa e disse :
– Quem é você , então ?
– Sou Morfino , não sou ?
– O filho de Servolo ?
– Claro que sou , então ... - Morfino afastou os cabelos do rosto sujo e Tom notou que ele usava um anel de pedra negra na mão .
– Pensei que você fosse aquele trouxa - sussurrou Morfino . - Você é a cara daquele trouxa .
– Que trouxa ? - perguntou Riddle , com rispidez .
– Aquele trouxa que minha irmã gostava , aquele trouxa que mora na casa adiante na estrada . - respondeu Morfino , e inesperadamente cuspiu no chão entre os dois . - Você é igualsinho a ele . Riddle . Mas ele está mais velho agora , não é ? Mais velho do que você agora que estou pensando ...
Morfino pareceu ligeiramente atordoado e oscilou um pouco , ainda se apoiando na borda da mesa .
– Ele voltou , sabe - acrescentou tolamente .
Tom mirava Morfino como se avaliasse suas possibilidades . Aproximou -se mais e perguntou :
– Riddle voltou ?
– Ar, deixou ela , e foi bem feito , casar com ralé . - explicou Morfino , e tornou a cuspir no chão . - E roubou a gente , veja bem , antes de fugir ! Onde está o medalhão , eh , onde está o medalhão de Slytherin ?
Riddle não respondeu . Morfinofoi se enraivecendo outra vez , brandiu a faca e gritou :
– Ela desonrou a gente , foi o que ela fez , a vadia ! E que é você para entrar aqui e ficar fazendo perguntas sobre isso ? Já acabou , não é ... acabou ...
Ele desviou o olhar cambaleando um pouco , e Riddle se adiantou , com a varinha em mãos . Um segundo depois , Morfino com uma expressão de raiva e irritação no rosto . Tom se ajoelhou junto a ele e começou a murmurar febrilmente com a varinha apontada para a cabeça de Morfino .
Depois de terminar o complexo feitiço de implantação de memórias falsas , Riddle olhou para Morfino durante alguns segundos e pegou o anel de pedra negra em sua mão direita e o colocou em seu próprio dedo .
Ele , então , partiu para a casa grande adiante na estrada , com a pior das intenções .
David Jones
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