– Então quer dizer que o idiota do Hagrid tem um monstro de estimação ? - perguntou friamente , Tom Riddle , que estava sentado em uma das cadeiras de espaldar alto , no Salão Comunal da Sonserina .

– Sim , mi lorde . - respondeu Rodolfo Lestrange , visivelmente nervoso . - Ele se encontra nas masmorras ...

– Isso é ótimo , Lestrange . - disse , rindo e se levantando lentamente . - Lorde Voldemort está muito satisfeito com os seus serviços . - e saiu andando em direção a saída , queria ir a sala de Dippet o mais rápido possível .

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– Minha filha chamará Gwenog e será a melhor jogadora de quadribol do mundo ! - falou Daisy alegremente , agitando os braços no ar . Charlie riu , adorava o bom - humor da amiga .

– Sabe Charlie , Rúbeo está muito abatido esses tempos ... Aconteceu alguma coisa ? - perguntou ela , fixando os olhos em Charlotte.

Daisy era baixa e loira e tinha grandes olhos verdes .

– Não sei , Daisy . - mentiu Charlie , evitando olhar para a amiga .

– Você podia dar uma chance para o coitado , todo mundo sabe que ele te ama .

– Chega , Daisy ! - falou , irritada . - Já te disse que não vejo Rúbeo desse jeito !

– Não precisa falar assim comigo , Charlotte , só queria ajudar !

– Me desculpe ... estou apenas preocupada - suspirou lentamente . - Agora me conta , você e o David já fizeram amor ? - perguntou entre risadinhas .

– Não , Ainda não ! - disse ela , destacando a última palavra

As duas continuaram rindo e conversando até o Salão Principal .

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– Entre . - disse o Prof. Dippet com a voz fraca .

Tom Riddle entrou tirando o chapéu cônico .

– Ah , Riddle ! - exclamou o diretor .

– O senhor queria me ver , Prof . Dippet - disse Riddle , que parecia nervoso .

– Sente - se . - convidou Dippet. - Acabei de ler a carta que você me mandou .

– Ah - disse Tom , e se sentou apertando as mãos com força .

– Meu caro rapaz . - disse Dippet bondosamente . - Não posso deixá- lo permanecer na escola durante o verão . Com certeza você quer ir para casa passar as férias ?

– Não . - respondeu Riddle na mesma hora . - Preferia continuar em Hogwarts do que voltar para aquele ... aquele ...

– Você mora num orfanato de trouxas nas férias , não é ? - perguntou Dippet , curioso .

– Moro , sim , senhor . - respondeu Riddle , corando ligeiramente .

– Você nasceu trouxa ?

– Mestiço . Pai trouxa e mãe bruxa .

– E seus pais ...

– Minha mãe morreu logo depois que eu nasci . Me disseram no orfanato que ela só viveu o tempo suficiente para me dar um nome ...Tom, em homenagem ao meu pai , Servolo ao meu avô.

Dippet deu um muxoxo de simpatia .

– O problema é , Tom . - suspirou ele . - que talvez pudéssemos tomar providências para acomodá - lo , mas nas atuais circunstâncias ...

– O senhor se refere aos ataques ? - perguntou Riddle .

– Precisamente . - disse o diretor . - Meu rapaz , você deve entender que seria muito insensato da minha parte permitir que você permaneça no castelo quando terminar o ano letivo . Principalmente a luz da recente tragédia ... a morte daquela pobre menininha ... Você estará muito mais seguro no seu orfanato . Aliás , o Ministério da Magia está neste momento falando em fechar a escola . Não estamos nem perto de identificar a ... hum ... fonte de todos esses contratempos ...

Os olhos de Riddle se arregalaram.

– Diretor , se a pessoa fosse apanhada , se tudo isso acabasse ...

– Que quer dizer ? - perguntou Dippet esganiçando a voz e aprumando - se na cadeira . - Riddle , você está me dizendo que sabe alguma coisa sobre esses ataques ?

– Não , senhor . - mentiu Riddle depressa.

Dippet se recostou parecendo ligeiramente desapontado .

– Pode ir , Tom ...

Riddle se levantou e saiu acabrunhado da sala .

Ele desceu pela escada em caracol e saiu ao lado da gárgula no corredor que escurecia .

Riddle parou de repente , perdido em pensamentos .

Saiu depressa ao chegar a uma decisão . Não viu mais ninguém até chegar ao Saguão de Entrada , onde um bruxo alto, com barba e longos cabelos acajus , chamou Riddle da escadaria de mármore .

– Que é que você está fazendo , andando por aí tão tarde , Tom ?

Tom se virou e deu de cara com Alvo Dumbledore , seu professor de Transfiguração .

– Tive que ir ver o diretor .

– Então vá logo para a cama . - disse Dumbledore , fixando em Riddle um olhar penetrante . - é melhor não perambular pelos corredor hoje em dia . Não desde que ...

Ele soltou um pesado suspiro , desejou boa noite a Tom e foi - se embora . Tom observou - o desaparecer de vista e então , andando depressa , rumou direto para a escada de pedra que levava as masmorras, em direção a masmorra mais escura .

Tom ficou pelo menos uma hora espiando pela fresta , esperando como uma estátua .

De repente , ouviu alguém andando sorrateiramente em que ele se encontrava . Tom esgueirou - se pela porta e seguiu a pessoa o mais rápido possível .

Por uns cinco minutos , ou mais , ele seguiu as pegadas , até ouvir ruídos e parar subitamente , com a cabeça inclinada , atento a novos ruídos .

De repente uma porta abriu com um rangido , e Tom ouviu alguém falar num sussurro rouco .

– Vamos ... preciso sair daqui ... Vamos logo ... Para a caixa ...

De um salto , Tom contornou um canto . Via a silhueta escura de um garoto enorme , agachado diante de uma porta aberta , com uma grande caixa ao lado .

– Boa Noite , Hagrid . - disse Riddle , rispidamente .

Hagrid bateu a porta , se levantou e falou com raiva :

– Que é que você está fazendo aqui em baixo , Riddle ?

Riddle se aproximou com um sorriso debochado no rosto .

– Acabou - disse , friamente . - Vou ter que entregá - lo , Hagrid . Estão falando em fechar Hogwarts se os ataques não pararem .

– Que é que ...

– Você , talvez , não teve intenção de matar ninguém . Mas monstros não são bichinhos de estimação . Imagino que você o tenha soltado para fazer exercícios e ... Foi uma sorte ele não ter topado com a Charlie ... - falou , com raiva .

– Ele nunca mataria ninguém ! - disse Hagrid , recuando contra a porta fechada . - Você nem se importa com a Charlie , você só está ...

– Vamos , Hagrid - falou Riddle , aproximando - se ainda mais . - Os pais da garota morta estarão aqui amanhã . O mínimo que Hogwarts pode fazer é garantir que a coisa que matou a filha deles seja abatida ... Pense nela , Hagrid !

– Eu ... penso nela ... todos os dias - rugiu Hagrid . - Aragogue não faria isso ! Não foi ele ! Nunca !

– Afaste - se - disse Riddle , puxando a varinha .

Seu feitiço iluminou repentinamente o corredor com uma luz flamejante . A porta atrás de Hagrid se escancarou com tal força que o empurrou contra a parede oposta . E pelo vão saiu um filhote de aranha gigante .

Tom tornou a erguer a varinha , mas demorou demais . A aranha derrubou - o e fugiu , desembestou pelo corredor e desapareceu de vista. Tom levantou - se correndo , procurando a aranha ; ergueu a varinha , mas Hagrid pulou em cima dele ,tirou -lhe a varinha e o derrubou de novo no chão , gritando :

– Nãããããããããão !!!

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