Junto com a primavera escrita por Winky


Capítulo 2
Ataque inesperado


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês , Amores !!!
Comentários ??

Cada capítulo terá uma foto de um personagem ....



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Charlotte estava voltando rapidamente a Torre da Grifinória, quando escutou uma voz na escuridão :

– Estava te esperando, amor . - Quem quer que fosse , logo se revelou e ela reconheceu : Argo Filch , o mais novo zelador de Hogwarts.

Ele tinha a mesma idade dela : 15 anos, embora fosse forte , era baixo e tinha cabelos cor de poeira e um rosto extremamente feio.

– O-oque você ta fazendo aqui ? - perguntou Charlie, embora soubesse a resposta.

– Esperando você , claro... Nunca te vi sozinha , tinha que aproveitar não acha? - ele se aproximava cada vez mais dela. Pela primeira vez na noite , Charlie sentiu pânico , suas mãos tremiam tanto que a varinha caiu com um baque e os pelos da sua nuca eriçaram . Agora eles estavam tão próximos que ela conseguia sentir seu cheiro : Uísque de fogo e madeira.

– Vo-você está bêbado , Argo...- ela deu um sorriso amarelo - Dei-deixa eu te levar ao Prof. Slughorn , tenho certeza que ele tem um tô-tônico...

– Eu estou bêbado de desejo por você ! Deixa eu te tocar, deixa! - ele começou a beijar o pescoço dela e a rasgar a sua roupa. Lágrimas de raiva saltavam dos seus olhos, não queria fazer um escândalo , mas não via alternativa , começou a gritar o mais alto que podia :

– Socorro ! Socorro! Para com isso ! Me deixa em paz !

– Para de gritar, amor, Para !

Nesse momento , Filch se jogou no chão , gemendo de dor , parecia que alguém invisível estava lhe torturando.

– Você está bem ? Esse aborto nojento te machucou ? - Charlie que se abaixara para pegar a varinha , se deparou com a pessoa que menos esperava encontrar : Tom Riddle.

– Eu... você... ele , para de fazer isso ! - falou , se virando para Filch que estava com o rosto roxo e gritava sem parar.

– Você é uma sangue-ruim mesmo , eu acabo de te tirar das mãos desse nojento e você não sabe nem agradecer ! - disse com raiva.

Charlotte agora se levantava e consertava suas roupas sem olhar para Riddle. Tom nunca era ignorado e não iria ser ignorado por uma sangue-ruim suja como ela . Ele chegou mais perto dela e segurou seus braços , forçando- a a olhar nos seus olhos.

– Obrigada por salvar a minha virtude , Tom ... - disse com visível irritação, embora sorrisse. - Mas isso não me faz esquecer o desprezo que eu sinto por você... Agora me solta e libera o garoto.

Tom estava petrificado e completamente confuso. Ele sentia um misto de emoções e reações que nunca sentira antes , e o perfume doce dela não ajudava em nada. Ele liberou Filch , que saiu falando asneira e soltou os braços dela. Charlie o olhou mais uma vez antes de falar descaradamente :

– Obrigada, mas eu não precisava de você...

– Você se vira sozinha da próxima vez. - disse secamente e saiu sem olhar para trás.

******************************************

Tom já estava tomando café , quando ela chegou . Charlotte estava com os cabelos ruivos presos num rabo de cavalo, e vinha conversando com um garoto gigante que Tom reconheceu como : Rúbeo Hagrid , e que tinha suas intenções estampadas em seu rosto.

Ela sorria bastante e o olhava com admiração. Seriam namorados ? Não , estavam distantes demais , e o sorriso de Hagrid vacilou ao vê-la abraçando Daisy Waterhouse e logo depois David Jones . Ela se sentou do lado de Daisy e ambas soltavam risadinhas , até que Daisy falou algo no ouvido de Charlotte que fez seu sorriso morrer e seus olhos encararem Tom.

Ele desviou rapidamente o olhar para o seu prato. Estava perdendo o foco por causa de uma sangue-ruim qualquer , não , isso não iria acontecer , nada nem ninguém iria lhe atrapalhar.

Retirou-se rapidamente sob o olhar curioso de seus seguidores, vigilante do velhote Dumbledore e irritado de Charlotte.

Ele entrou correndo em um corredor deserto e cheio de armaduras, quando ouviu sua voz :

– Eu sei que você está aqui , Riddle , eu só não sabia que você fosse tão covarde ao ponto de se esconder de uma ... - se esconder de quê ninguém nunca soube , pois naquele momento uma mão grande tampou- lhe a boca e apontou para o fim do corredor, onde Argo Filch vinha andando com uma expressão voraz no rosto . Charlotte passou de irritada a apreensiva ao avistar Filch, não sabia do que aquele abutre era capaz de fazer. E passou de apreensiva a surpresa ao perceber que Riddle estava rindo.

– Do que é que você está rindo ? - perguntou séria , depois que Filch saiu.

– De você . - Ele agora ria tanto que saía lágrimas de seus olhos. - Deveria ter visto sua cara ... Acha mesmo que eu não acabaria com esse aborto nojento em menos de cinco segundos ?

– Não sei , a única coisa que eu sei, é que a sua risada é cruel e debochada, e dá medo... - disse , encarando os olhos escuros . Riddle se aproximou tanto dela , que poderia contar todas as suas sardas sem a menor dificuldade.

– Eu te dou medo , é ? - debochou Riddle , se perdendo no azul dos olhos dela.

Charlie encarou Riddle como um igual , embora fosse uma cabeça mais baixa que ele.

– Claro que você não me da medo , mas seu sorriso é debochado e eu vejo maldade nos seus ... Que foi ? - ela parou ao perceber que ele agora encarava seus lábios.

– Sua boca é ... - Sem conseguir se conter , Riddle a puxou para si e a beijou . Não era um beijo calmo e apaixonado , era agressivo e sôfrego . Charlie logo percebeu o que estava fazendo e se afastou dele.

– Eu ... você ... - disse , ofegante , com os lábios vermelhos e inchados . Num gesto rápido , Charlotte deu um tapa em Riddle , que falou com raiva :

– Arrependeu - se , é ? - disse , esfregando o lugar esbofeteado - Você não se arrepende de andar com ralé ... - Suas feições ficaram duras , de repente .

– Mas eu sou ralé , não sou ? - falou ela , apontando para o próprio peito , completamente irritada . - Eu não sou descartável , Riddle ! Eu não sou mais uma nascida apenas para satisfazer seus desejos físicos ! - falou , ofegante .

Dando mais uma olhada em Riddle , ela saiu depressa.

Tom continuou a encarar sua nuca , até ela desaparecer no meio da multidão . Começou , então , a andar de um lado para o outro , perdido em pensamentos.

Charlotte Adler


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Notas finais do capítulo

Eai ??? O que acharam ??