It's The End Of The World escrita por Fernanda Yumi


Capítulo 6
Alma Solitária?


Notas iniciais do capítulo

Heey Heey!! Então povinho, não demorei tanto né?! Tava sem criatividade para escrever o final desse capítulo... Pois é, ele está uma bosta, por completo! kkkk
Então, quero agradecer a todos aqueles que estão comentando e acompanhando isso aqui!! Valeu mesmo, vocês são fodas!! Quero agradecer também a uma pessoa que me ajudou em umas partes da história, Lindsay, sua coisa!!
Entããão, é só isso mesmo...

Boa Leitura!!



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29 de junho de 2014

Já é de manhã. Devem ser umas seis horas, por aí. Estou arrumando minhas coisas, juntando tudo que é extremamente necessário para o caso de ninguém aparecer. O que provavelmente vai acontecer. Há muito tempo parei de ter essas esperanças bobas. Tento ser realista ao máximo. Já me decepcionei muito nesses últimos meses. Não quero mais uma decepção me atrapalhando, me afastando do meu real motivo por ainda lutar pela minha vida.

Acho que vou esperar somente até umas onze horas, talvez até meio dia. Não posso ficar muito tempo parado, vou atrair muitos walkers, e isso só vai complicar ainda mais a minha vida.

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Estou olhando pro mato já faz horas. É quase meio dia, e nada aconteceu. Nenhuma alma viva ou morta apareceu. Pois é, vou ter que ir a pé mesmo. Começo a pegar as minhas coisas, coloco a mochila nas costas e pego as outras bolsas. Quando estou quase indo embora, vejo uma luz no final da rua. Então o som do motor de um carro invade meus ouvidos. É algo tão surreal que simplesmente não consigo acreditar. E então o carro para do meu lado. Depois de tanto tempo sozinho... Não consigo acreditar.

Eu fico encarando o carro, tentando assimilar tudo o que está acontecendo. Isso é, inacreditavelmente, real! Então uma garota desce do carro. Ela tem os cabelos ruivos, de um vermelho tão intenso que é impossível não notar; olhos, aparentemente, verdes; e seu rosto é cheio de sardas, não de um jeito que a deixasse feia, mas sim, ainda mais intrigante. Eu posso dizer que ela é uma mulher muito atraente.

Ela fica me encarando por um bom tempo. Olho para dentro do carro e não vejo mais ninguém. Aparentemente, somos só nós dois. Talvez ela esteja com medo. Eu também estaria. Sou um cara no meio do nada, que ela nunca viu na vida, com uma arma empunhada e que provavelmente deve estar imundo, fedendo, já que não toma banho a uns bons dias. É, não estou nos meus melhores dias.

Não sei quanto tempo se passou, mas ela começou a se aproximar, bem devagar.

– Você é Percy Jackson, certo? – apenas assenti com a cabeça – Prazer, sou Rachel Elizabeth Dare.

Ela ergueu seu braço num ato formal. Levantei meu braço e a cumprimentei.

– Rachel Elizabeth Dare, eu não acredito que você é real! – falei ainda pasmo.

– Há quanto tempo você está sozinho?

– Já faz 90 dias que não encontro ninguém.

– Você não é nenhum tarado, né?

– Não – falei rindo e dando um sorriso de canto.

– Assassino, pervertido, ladrão, louco...? – ela ainda falava receosa.

– Pode ter certeza que não – ri mais forte.

– Ok então. Acho que você não é nada disso mesmo...

– Dá pra confiar?

– Dá pra confiar – ela conseguiu sorrir – Então, belo carro você tem aí, hein!

– Não podia deixar ele pra trás né?

– Então ele é realmente seu?! – ela perguntou chocada.

– É sim – ri – Meu xodó.

Então comecei a ouvir uns rosnados, cada vez mais próximos.

– Então Percy, eu tenho um galão de gasolina no porta-malas. Acho melhor a gente dar o fora daqui logo.

– Com toda a certeza. Você põe a gasolina e eu mantenho os walkers afastados, pode ser? – ela assentiu com a cabeça, e correu em direção ao carro dela.

Não sei de onde surgiram tantos walkers, mas de repente uma manada inteira estava próxima de nos cercar. Eu comecei a matar os que se aproximavam de nós, ia acertando com meu machado a cabeça deles, mas eles não paravam. Iam chegando cada vez mais.

– Pronto Percy! – Rachel gritou – Entra no carro e me segue! Podemos ir para West Virginia, só voltarmos um trecho dessa rodovia!

– Não, não, não! – gritei – Eu tenho que ir para Pittsburgo!

Ela me olhou com uma cara meio que dizendo você não é louco mesmo, né?! Mas no final ela bufou e concordou. Entrou no carro, e deu ré, atropelando todos os walkers que estavam mais próximos de mim. Saí correndo e entrei em meu carro, e aceleramos pela Penn Lincoln Parkway.

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Já fazia algum tempo que chegamos a Pittsburgo. Rodamos a cidade por um bom tempo, e não encontramos nada. Rachel reclamou algumas vezes, me questionou várias, mas eu não consegui respondê-la. Eu estava muito ansioso, talvez eu encontrasse Annabeth. Mas no fim, minha sorte não foi das maiores. Mais uma vez, sai de mãos vazias.

Agora estamos parados, perto de um posto, retirando e armazenando o máximo de gasolina que conseguimos. Até que Rachel solta uma lufada de ar bem grande e se volta pra mim.

– Ok Percy. Não dá para continuarmos se você não me explicar o que está acontecendo! Há horas é como se você nem estivesse aqui. A gente ficou rodando a cidade a tarde toda, e ao menos sei o porquê disso! Tem como você me falar?!

– Desculpa Rachel, eu só estava com esperança - falei tentando evitar encará-la.

– Esperança de que, Percy? - ela perguntou já mais calma.

– Esperança de encontrar meus pais, ruivinha. De encontrar minha irmã, meu melhor amigo, Annabeth... E-eu só achei que depois que eu encontrei você hoje, eu teria sorte, também, de encontrá-los. - ela me olhava como se finalmente tivesse entendido – Olha, me desculpa se eu fui um idiota e te deixei no vazio, sem saber nada.

– Tudo bem Percy, eu te entendo. - ela tentou sorrir - Vamos encontrar algum lugar para passar a noite e você me conta a sua história, e se você quiser saber, também conto a minha.

– Pode ser Rach. Mas se quiser a gente pode dormir no meu carro, não é lá essas coisas, mas é mais prático. - ela assentiu.

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30 de junho de 2014

Eu e Rachel, passamos boa parte da noite conversando. Contei a ela toda a minha história, desde a época que não éramos castigados por essa praga até esses dois meses. Contei sobre minha família e sobre Annabeth. Rachel estava sendo uma grande amiga.

Rachel também me contou sobre como era sua vida. Ela sempre foi de uma família muito rica, seu pai era um empresário muito famoso que nunca deu atenção a sua filha. Ela me contou que antes de tudo começar, já fazia dois meses que ela não falava com o pai, então ela simplesmente não sabe o que aconteceu com ele. Rach também me falou sobre seu trabalho, ela era uma professora de artes numa instituição para crianças carentes. Também me contou o que estava fazendo no primeiro dia deste caos. Ela estava no Central Park tirando fotos para uma exposição que ela faria num importante ateliê.

Agora estávamos tentando fazer o seu carro funcionar, já que um problema no motor fez com que ele parasse no meio do caminho para Ohio. Sim, Rachel aceitou ir nessa loucura para encontrar meus pais, totalmente ao contrário do que eu pensava que ela faria. Quando eu perguntei o porquê, ela simplesmente respondeu: “O que eu teria de melhor para fazer do que ajudar um amigo que acabei de conhecer no meio de um apocalipse zumbi?”. Pois é, Rachel tinha um incrível humor negro, diferente? Sim, mas combinava perfeitamente com ela.

Estamos há horas nisso e a porcaria do carro não volta a funcionar. Já mexi em tudo, não tem nada que eu não tentei fazer. Só pode ser praga comigo, mesmo.

– Hey Rach, essa merda não vai “pegar”. Acho melhor a gente continuar amanhã, ou se preferir, podemos deixar o carro pra trás. Você pode ir comigo no meu tranquilamente. Mas aí é você quem decide. – Falei enquanto tirava a cabeça do motor e a encarava. Rachel pareceu pensar um pouco, afinal era o carro dela. Talvez a última coisa que a lembrava da vida que um dia teve.

– Ok. – Ela bufou – A gente larga o carro aqui e eu vou contigo.

– Tem certeza?

– Absoluta.

Rachel e eu, então pegamos todas as malas que estavam em seu carro e colocamos no meu porta-malas. Assim que terminamos, entramos no carro e demos partida. Como Rachel estava cansada, eu falei que dormisse, e quando ela acordasse, inverteríamos os papéis.

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Já faz umas duas horas que Rachel está dormindo. Nada de anormal aconteceu até agora. Era eu, uma estrada vazia, alguns walkers vagando e minhas memórias. Como de costume, eu ficava lembrando de alguns momentos em minha vida.

*FLASHBACK ON*

Era o meu primeiro dia de aula numa escola. Eu estava totalmente assustado, ficava me agarrando na perna da minha mãe enquanto ela tentava me fazer entrar naquela prisão. Eu nunca fui uma criança que chorava muito, então eu apelava pro sentimental da minha mãe. Mas, incrivelmente, daquela vez não estava adiantando de nada.

Quando chegamos em frente à porta do diretor, minha mãe me deixou sentado no lado de fora, num banquinho de madeira, do lado de uma garota que deveria ter a minha idade.

Assim que eu a vi, ela me chamou atenção. Pra uma criança, pra alguém da minha idade, ela estava muito tranquila por estar lá, na escola. Além disso, o que me deixou mais pasmo, foi o fato dela estar lendo um livro. E não era qualquer livro, desses de fadas, princesas e seus príncipes encantados. Era um livro de prédios.

– Oi. – falei tentando puxar assunto.

– Oi. - Ela respondeu sem ao menos me olhar na cara.

– Por que você está lendo um livro sobre prédios?

– Não é sobre prédios. - a garota me respondeu rudemente, como se eu tivesse a ofendido - É um livro de arquitetura.

– Grande coisa! Livros são chatos, você deveria estar fazendo outra coisa. - Quando eu falei isso, a garota me fulminou com os olhos. Eu fiquei com tanto medo, mas tanto medo, que logo abaixei a cabeça, como se estivesse recebendo uma bronca de minha mãe.

– Não fale assim! Livros são muito importantes! Sem eles não saberíamos muita coisa. – A loirinha continuou falando sem parar. Mas naquele ponto eu já havia parado de prestar atenção. Na verdade, outra coisa tirou minha atenção, seus olhos cinza.

– Hey, garoto?! Você tá prestando atenção?

– Ahn, sim. – menti. Ela me encarou, fazendo seus olhos mudarem e passarem a ter um jeito mais ameaçador – Não, desculpa. É que seus olhos, eles são cinza!

– É claro que são cinza!

– Não é isso. É que quando você fica nervosa, parece que eles são duas tempestades. Mas quando você começou a falar do seu livro, eles criaram um brilho muito legal e pareciam um nevoeiro. São os mais lindos que eu já vi.

A garota ficou vermelha. Eu não tinha entendido na época o porquê disso, eu costumava, simplesmente, falar o que eu pensava.

– Você só pode ser um cabeça-de-alga...

– Mas, hey, eu não sei o seu nome.

– Annabeth Chase.

– Prazer! - dei um sorriso de canto - Sou Perseu Jackson, mas pode me chamar de Percy.

– Perseu... Igual ao semideus filho de Zeus.

– Quem?

– Você não conhece “O” Perseu?! – perguntou incrédula.

– E deveria? – respondi, fazendo-a bufar.

– É claro que deveria! Ele foi simplesmente um dos maiores semideuses da história! Simplesmente matou a Medusa!

– Você é meio Sabidinha não acha?

– E você é meio cabeça-de-alga, né?!

– Cabeça-de-alga? - perguntei não entendendo nada.

– Isso! Você é muito lerdo! Até parece que tem algas na cabeça. - Eu fiquei com uma cara meio lesada, aquela garota inventava cada coisa!

Depois daquele dia nos tornamos grandes amigos, e com o passar dos anos, fui me apaixonando por aquela garota teimosa e mandona que me encantava cada dia mais.

*FLASHBACK OFF*

Voltei à realidade com a Rachel me chamando incansavelmente.

– Percy, tá aí? - perguntou balançando a mão na minha frente.

– Oi Rachel. Tô sim, só estava pensando no passado...

– Tava pensando nela, né?

– Tá tão na cara assim?

– Dá pra perceber quando você tá pensando nela, meio que seus olhos ganham um brilho diferente. Você parece mais feliz. – Eu apenas sorri. Era bom saber que Annabeth tinha esse efeito em mim, mesmo estando tão distante. É bom saber que nada mudou, pelo menos para mim.

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01 de julho de 2014

Acabamos de chegar à Ohio City, um vilarejo não muito movimentado, mas perfeito para um acampamento seguro. Estamos parados no cemitério de carros que se formou na entrada do lugar e tentando decidir se deixamos o carro por aqui e seguimos à pé, que é o que acontece depois de uma breve discussão. Voltaríamos antes do anoitecer.

Deve ser umas duas da tarde, por aí, então temos que nos apressar. Então descemos do carro, e começamos a ir em direção ao centro da cidade. Vamos passando por diversas ruas. Nenhuma com grandes complicações para nós dois, apenas alguns walkers idiotas que logo derrubamos com nossas armas.

Ohio City não é um lugar muito grande, apesar de bem conhecido. Na época em que eu e Annabeth estávamos em Nova Iorque, separamos algumas cidades para onde iríamos caso algo acontecesse, e é por essa lista que comecei as minhas buscas. Esse lugar sempre foi um dos lugares preferidos de Annabeth, mas nunca arrisquei perder tempo vindo até aqui, atravessar diversos estados para ter que voltar. Eu preferi ir aos estados vizinhos primeiro, para depois, talvez, me aventurar numa viagem maior. E finalmente estou aqui, e mais do que nunca, minhas esperanças são grandes.

Já, já, vai começar a escurecer e estamos andando há horas. Provavelmente rodamos quase a cidade inteira, e boa parte desse tempo, eu passei fora do ar. Provavelmente, vamos percorrer só mais esse quarteirão e depois voltaremos para o carro para decidirmos o que fazer, ficar mais um dia ou ir embora mais uma vez...

– Percy, já chega por hoje, certo? Estou muito cansada. – Rachel falou me olhando, com o cansaço evidente em seus olhos.

– Vamos sim Rach... Só mais esse quarteirão. - Então prosseguimos enquanto o sol se punha atrás dos arranha céus.

Fomos até o final da rua, que acabamos descobrindo ser sem saída. Quando começamos a voltar, ouvimos um grito agudo, sôfrego e de desespero, vindo de um dos prédios. Assim, começamos a correr. Quem quer que estivesse em apuros, não teria muito tempo. Talvez fossemos a sua última esperança.


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Notas finais do capítulo

Heey, então, espero que tenham gostado! Se quiserem, comentem, favoritem e deixem recomendações...
Ah, e eu não revisei esse capítulo, então perdoem qualquer erro e me avisem, ok?
O próximo capítulo não vai demorar mesmo!! Já comecei ele e também estou sem aula esses dias, então logo logo já posto!! Beijos pessoas!!



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