Stay With Me escrita por Lady Liv


Capítulo 4
Capítulo 4 - Sensação


Notas iniciais do capítulo

Hi guy's !
Então, aproveitem esse capítulo maravilhoso *-*
Peter: Humilde sempre né?
Eu: Always baby, agora sai das minhas falas !
Então, eu não sabia direito como começar o dialogo entre o Peter e a Gwen, já que eles sempre tiveram uma relação engraçada, então, me esforçei bastante aqui >< ..
Ah! E caso vocês não saibam, os olhos da Gwen nas HQ's são azuis, mas os da Emma Stone são verdes... Então, aqui na fic vai ser azul esverdeado okay?
Deixei um video pra vocês verem nas notas finais, Beijus *-* !!



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Gwen Stacy

 

— E aí, quer ajuda? — perguntei enquanto entrava na lavanderia. Minha mãe estava segurando algumas roupas.

— Gwen! Você devia estar descansando!

Sorri.

Sim, descansar. É o que todos querem que eu faça no momento. Mas por que sinto meu corpo querer correr? Como se houvesse algo muito importante-

Ugh. Odeio essa sensação.

— Por favor, me deixa ocupar minha mente em alguma coisa! Sinto que vou enlouquecer!

— Tudo bem, filha? — ela me olha preocupada.

— Sim, é só... quero me fazer de útil.

Minha mãe se aproxima, largando as roupas em um canto e me abraçando. — Sabe que não é sua culpa não é? As memórias vão voltar, não se preocupe.

— Só se você fizer o mesmo.

Ela ri.

— Certo, querida. Quer fazer alguma coisa? Vou te dar o que fazer, — ela brinca, apontando para a pilha de roupas. — Na máquina, agora. Vamos ver se ainda é inteligente.

— Assim você me ofende.

Trocamos mais algumas palavras e ela sai para ajudar meu irmão Simon com o deve de casa. É algo muito familiar estar entre eles, minha família de fato. Me sinto melhor.

Um sobretudo acaba se encontrando em minhas mãos uma hora, e percebo que é o sobretudo do acidente. Meu humor cai novamente e o mesmo senso de urgência de sempre volta com força total. Há manchas de graxa no tecido... graxa? Onde eu teria sujado aquilo? Meu Deus, coloco as mãos sobre o peito. Meu coração está acelerado. O que aconteceu aquela noite? Precisava de respostas. Ficar trancada em casa não ia ajudar em muita coisa.

Precisava me lembrar. Precisava da minha vida de volta.

— Aonde você vai? — Meu irmão do meio Howard me pergunta, me vendo arrumada próxima a porta. — Não pode sair, mamãe vai ficar uma fera.

— Só quando descobrir.

Me olhei no espelho da sala, arrumando o cachecol preto em meu pescoço. Jeans, camisa vermelha de renda sobre uma marrom de mangas longas, botas de cadarço... é, bem apresentável sim.

— Gwen, é sério. Aonde vai?

— Tranquilo, só vou até a Oscorp.

— Oscorp? — ele franze o cenho, confuso. Eu assinto, decidindo colocar umas luvas também. Vai saber quantas horas eu ia ficar fora de casa.

— Era onde eu trabalhava não é? Com sorte consigo meu emprego de volta.

— De volta?! — Howard indaga, se aproximando. — Mas e a Oxford? Você vai pra Inglaterra em um mês!

Dou de ombros, quando eu chegar lá... chegarei lá. Um passo de cada vez. Havia muito para entender até essa viagem.

— Escuta, não sabe se eu tenho um diário ou algo assim? Já revirei tudo no quarto e nada.

— Não, foi mal.

— Bom, então deseje-me sorte.

Sai do prédio e peguei um taxi, mas ao passar em frente ao jornal do Clarim Diário, pedi para descer. A sensação familiar me guiou até aqui e eu me forcei para lembrar o por quê...

Peter.

Oh, Peter! Ele trabalhava aqui.. certo? Fotografo? Freelancer, eu acho. É, isso parecia certo.

Perdida em dúvidas, quase cai ao trombar com alguém que-

— Gwen?

Você. — Eu concluí. — Peter.

Era ele! Meu ex! Eu o reconheci... bom, eu já tinha o visto antes e também haviam fotos dele no meu celular (o que ajudava bastante!).

— O que você tá fazendo aqui? — Ele perguntou limpando a garganta. — Você... sabe quem eu sou?

— Claro que eu sei quem você é. — Eu estava sorrindo que nem boba. Por que eu estava sorrindo?! Os olhos dele se arregalaram um pouco. — Meu ex-namorado Peter... certo?

— Ah. — Por que ele parecia aliviado? — Caramba, você está bem?

— Err... Sim, acho que 'tô, olha eu nem agradeci... por aquela noite.

— Não, que isso. 

— Obrigada mesmo.

— Não precisa agradecer.

— Okay. — Eu sorri, ele riu nervoso. Eu ri também. — Você quer... tomar um café comigo? Tenho algumas... perguntas. Se puder.

Ele me olhou mais atentamente, como se estivesse pensando.

— Ah, eu não sei, eu...

— Por favor.

— Eu...

— Por favor. — pedi, e me esforcei para fazer uma cara fofa... caramba, por que eu estava fazendo aquilo? Algumas expressões minhas pareciam mais um reflexo quando eu estava perto dele.

Peter aceitou por fim. — Okay, mas vai ter que parar com isso.

— Com o que? — eu perguntei ainda rindo, nós começamos a caminhar.

— É, você sempre faz isso... essa coisa com os olhos, é... é golpe baixo.

— Não tem nada de golpe baixo, são apenas meus olhos.

— Olhos grandes azuis esverdeados... Ou seria verdes azulados?! — Ele pensou alto e eu ri. Eu ia preferir muito mais ter olhos chocolate de cachorrinho como os dele.

— Não sei, me responda você.

Nós fomos até uma cafeteria que tinha ali perto. Sentamos e começamos a conversar sobre nada e tudo. Era como se nos conhecemos muito. Me sentia confortável, como com a minha família. Talvez até mais do que isso, como se não houvessem segredos entre nós. Eu mantinha segredos da minha família? Por que eu sentia que sim?

Peter insistiu em pagar por nosso café quando saímos, infelizmente, uns bons quarenta minutos depois. Atravessamos a rua e nos aproximamos de uma praça, o movimento das pessoas ficando cada vez mais menor.

Ele me contou sobre a escola que frequentamos e os professores.

— Eles só faltavam lamber o chão por onde você pisava, é sério. — Ele começou a rir, me contagiando. —E o pior era que você sempre foi a melhor da turma.

— E você pelo visto, era o segundo? — Eu perguntei enquanto dava a volta em uma das árvores dali. Ele riu concordando.

— Você fazia questão de sempre me lembrar disso.

— Eu era a oradora da turma, e fiz um discurso.

— Não precisa me lembrar disso também.

— Eu sei, foi mal. — Sorri, mordendo os lábios. — Mas bem que você-

— Não. Já chega.

Rimos.

Suspirei.

— Tá diferente. — Peter falou fazendo eu olhar pra ele.

— Como assim?

— Quando comprou essas luvas? Não me lembrava delas. 

Subitamente, puxou minha mão para a dele, tocando meus dedos descobertos. Senti algum tipo de eletricidade quando ele fez isso e o observei atentamente. Nossos olhares se encontraram e eu tive a impressão que ele queria conversar sobre outra coisa, como estivera fazendo nos últimos minutos, mas sempre mudava de assunto.

— Posso perguntar uma pergunta?

— Acabou de fazer.

— Outra? — Rolei os olhos.

— O que foi?

— Err... — Mordi os lábios. — O que eu fui falar com você no dia do meu acidente?

Ele ficou calado.

— É que, eu sei que eu estava indo pro meu voo... mas aí eu fui falar com você, né? — franzi o cenho, e Parker me olhou sem graça.

— Você foi... pegar... uns cadernos que havia se esquecido comigo. —  Peter fez pouco caso.

Fiquei um pouco confusa, mas desisti de insistir.

— Mas então.. Quando você vai?

— Pra onde?

— Para a Oxford. Por que.. Você ia agora, né? No inicio do verão... Você...

Olhei para Peter um pouco sem graça e sorri amarelo. Me encostei na árvore ali.

— Eu não sei ainda, eu não gosto de pensar nisso.

— É, eu também não.

Arqueei a sobrancelha.

Peter tossiu e apoiou a mão na árvore que eu estava apoiada, me prendendo. Por alguma razão, não me senti desconfortável.

— Acho que você devia ir. — ele sussurrou como uma confidência. Me inclinei em sua direção.

— Sério? Por que?

— É uma oportunidade única. Afinal, quantas pessoas por ai recebem uma bolsa para Oxford?

— Você iria? — Não sei o que deu em mim, mas de repente eu precisava daquela resposta. — Você iria, Peter?

— Eu não... — Peter franziu o cenho enquanto mexia a cabeça confuso. — Isso não se aplica a mim e sim a você, eu acho... que...

— E você quer que eu vá? — Eu dei um passo pra frente tentando ver seu rosto, pois Peter tentando a todo custo desviar o olhar, mas eu não tinha percebido que estávamos tão perto. Ele se virou pra mim e ficou me encarando. O que estava acontecendo? Aquele olhar...

Eu sentia meu estômago formigar só de estar perto dele.

— Você sempre quis ir e... — Peter olhou pros meus lábios e depois olhou pros meus olhos. Não consegui controlar o suspiro que me escapou. — Foi... — Estava tão perto. Ele. Meu ex. Nós dois. Perto. — Foi por isso... que... — Um passo e eu o beijaria. Só um passo. Eu podia ver nos seus olhos que ele queria também. — F-foi por isso que nós terminamos.

O momento se quebrou e eu me apoiei na árvore, quase caindo pra trás.

— Que?

— Err... sim! — Peter virou-se olhando pros pés. — Você terminou comigo. Você queria ir pra Oxford. Parece que seria mais fácil.

Estava incrédula.

— Nossa, eu não... Fazia ideia.

— Tudo bem, você... perdeu a memória, não é culpa sua.

E pelo visto...

Eu havia o perdido também.


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