Stay With Me escrita por Lady Liv


Capítulo 32
Capítulo 32 - I'll be the one, if you want me to


Notas iniciais do capítulo

E ESSE É O ÚLTIMO CAPÍTULO DE DRAMA AQUI, PROMETO
Não gostei do título do capítulo. Passei meia hora tentando arranjar um título bom e só vem merda na minha cabeça. ¬¬'
Desculpa a demora galera, e olha que nem foi tanta assim né? Eu estive muito ocupada sofrendo com o final de Jogos Vorazes. Genteney, que filme foi aquele? ♥ Muito fiel, podem comentar comigo nos reviews sobre tudo.
Viram o trailer de Guerra Civil? Não me senti animada, gente. Até agora, BVS está tendo mais pontos comigo.
Depois de horas tentando, consegui mudar o gif do capítulo 25. Antes era o Harry sorrindo, mas eu vou precisar dele pra outra coisa, e agora o gif está mais fiel a cena.
A música que eu usei pra simbolizar os momentos do capítulo é ‘Say Something – A Great Big World ft. Christina Aguilera’.
Well, pretendo postar o próximo antes do Natal! Beiijus e até lá!



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Gwen Stacy

 

'Tá, então eu estava com um problema.

Quando eu não estava? Quer dizer, meu histórico é bem complicado. Mas devia ser problema quando você vai a uma festa (e é tudo lindo e colorido e animado) com pessoas da sua faixa etária e tudo que você quer é-

— Estou considerando a ideia de voltar pra casa e nunca mais sair.

Por que tudo era tão alto?! Pelo menos cinco pessoas muito suadas já haviam esbarrado comigo.

— Gwen, você prometeu!

— Eu sei.

Era disso que eu me arrependia.

Eles dançavam como se não houvesse amanhã, pinturas neons cobrindo seus corpos e brilhando cada vez que as luzes piscavam. Os que preferiam o balcão, mal estavam se aguentando de pé com os drinks que tomavam.

— John deve estar aqui em algum lugar. — Allison disse pela primeira vez, mas também parecia um discurso repetido. Ela estava naquela fase do relacionamento onde tudo que se passava pela cabeça era a imagem do outro e- oh céus, era o mesmo comigo e Peter e nós nem estávamos mais juntos! 

Foco Gwen! Você veio pra se divertir... mesmo que pareça ser algo difícil agora. Nada de Peter. Nem pense.

— Vai atrás dele. — resmunguei sem me controlar.

Minha amiga se virou pra mim, sorrindo enquanto desabotoava a camisa que vestia.

— Vou me preparar primeiro, querida.

— Preparar? — perguntei confusa, Jennie já me arrastando pelo braço, nós duas seguindo Allison até uma mesa mais afastada. — Ah não!

— Ah sim!

— O que acham de uma pintura aqui? — ela pegou um lápis especial e começou a desenhar em sua própria barriga exposta, a tinta neon já brilhando na escuridão. — Vem, Gwen! Me ajuda.

Tive que rir, aceitando minha tarefa. Desenhei algumas cerejas com tinta vermelha em suas costas, enquanto Jennie abria gavetas e abria pacotes individuais.

— Passa nos lábios, vai ficar lindo. — ela disse, me estendendo um potinho.

Pensei em recusar, mas elas nunca iam me deixar viver depois.

— Hey! — Allison reclamou. — Ok então, eu faço tudo sozinha.

— Se quiser mais neon no corpo, por que não se banha logo? É que mais está brilhando aqui! — Jennie retrucou, as duas começando a se alfinetar.

As ignorei, me olhando no espelho da parede. Meus lábios se sobressaiam com uma cor rosa choque, pontos verde envolvendo meus cabelos soltos como purpurina.

Observei a festa por um momento. Eu podia fazer isso, eu era jovem, eu tinha energia, eu.... devia ser uma das poucas que mantiveram as roupas intactas e, quantos garotos tinham aqui mesmo? Certamente haveria de ter algum que-

Um garoto sem camisa passou, puxando Jennie para dançar. Allison me deu um tapinha nas costas antes de ir procurar John.

Assenti pra mim mesma enquanto olhava ao redor.

Pode fazer isso, Gwen.

 

Peter Parker

 

— Onde está a imprensa!? — Mary Jane reclama ao meu lado. — Liz é uma grande modelo, qual a graça de uma grande festa sem fotos?

— Liz deve estar cansada de fotos.

— Ugh, é bom que essa festa esteja de arrasar.

Não era meu plano estar naquela boate, principalmente com tudo acontecendo na S.H.I.E.L.D de repente. Antes de me encontrar com Mary Jane, ninguém menos que Maria Hill havia ligado. Nick Fury havia sido assassinado. Quer dizer, o que!?! Fiquei em choque demais para expressar alguma reação, e apenas ouvi ela dizer para não entrar em contato com a agência pelos próximos dias. Por segurança, ela disse.

Ainda não havia entendido o que estava acontecendo, mas deixei o pesar para trás e acompanhei a ruiva como havia prometido.

Sei que parece ser egoísmo da minha parte, mas eu mal conhecia o cara. Se havia o visto duas vezes, havia sido bastante. Tudo que eu podia fazer era esperar.

Mesmo que seja em uma festa que eu não me sentia à vontade.

— Ah, uma festa de luz negra! — Mary Jane se animou ao entrar. — Mal posso esperar pra me pintar, Pete, você vai amar!

— É, parece legal.

— Vem, vamos tomar uma bebida primeiro!

Deixei que ela me guiasse entre as pessoas. Algumas delas tiravam a camisa e faziam desenhos pelo corpo. A música eletrônica alta o suficiente para fazer meus sentidos vibrarem de modo ruim, quase sobrecarregados.

Respirei fundo, me concentrando. Eu não ia ter uma crise dessas agora. Não mesmo.

— ...e você Pete? Vai querer o quê? — Ouço Mary Jane perguntar pra mim, se apoiando no balcão.

— Ah, eu não sei... Água?

Ela ri, balançando a cabeça.

— Você é tão engraçado. Ele vai querer o mesmo.

 

Gwen Stacy

 

É, nop!

Eu não podia fazer isso.

Depois de uma tentativa muito falha de tentar dançar com um rapaz (e ter lhe dado uma cotovelada sem querer quando ele chegou muito perto), eu havia tido minha promessa com as meninas ali cumprida.

O pior é que eu nem havia visto a dona da festa, Liz, em lugar algum. Então qual era o ponto em ficar? Me afastei da pista de dança e me encostei no balcão de pinturas, procurando pelas meninas. Meus olhos varriam entre as pessoas, que não paravam de pular. Meu Deus, onde estava aquela energia nas aulas de educação física?

Depois de procurar por um bom tempo, percebi que aos poucos a música animada foi parando, dando espaço a uma mais lenta.

— Até que enfim.

Meus ouvidos agradecem.

Alguns casais se formavam, deixando-se levar pelo toque suave. Sai do meu canto e fui em direção a mesa de ponche. Sentia minha garganta seca.

— Ah. Claro. — murmurei, bebericando minha bebida enquanto finalmente encontrava Allison e John dançando abraçados. Que amor, rolei os olhos. Caramba, quando eu tinha ficado tão enojada assim? Eu devia estar mesmo na foça, era a única explicação.

Olhei mais uma vez pelo salão e vi Jennie dançando enquanto revezava entre um garoto e outro.

— Típico. — balancei a cabeça.

Certo, elas nem iam notar se eu fosse embora sem avisar-

Chocada, apertei os olhos. Não, eu não podia estar enxergando direito.

Peter?

Deixei minha bebida na mesa, sem me importar. Do outro lado da pista, apoiado no balcão. Oh caramba, era ele mesmo! Uma sombra ruiva ao seu lado, gargalhando enquanto estapeava o braço dele. Mary Jane.

Ah, é claro! Senti meu peito apertar em irritação, é claro que eles estavam juntos, o que você esperava?! Ter visto eles se beijando não foi o suficiente, não é? Não, aparentemente.

Mas ele estava com o simbionte quando a beijou, minha parte clínica teve a decência de analisar a situação. Senti os olhos queimarem. Ainda assim, lá estava ele. Choro. Raiva. Seja lá o que fosse, o que eu sentia era forte, com certeza não era a bebida. O ponche nem tinha tanto álcool assim. 

Meu corpo tremeu e bastou apenas 8 segundos parada o encarando que ele me notou ali também, virando o rosto e fixando seu olhar no meu.

Senti meu estômago gelar.

A chama crescente em meu peito se apagando de repente. 

 

"E eu, estou me sentindo tão pequeno,

Foi demais para minha cabeça...

Eu sei absolutamente nada,"

 

Mary Jane não havia me visto, distraída com o barman que daqui eu podia ver que estava de olho nos seios dela. Céus, ela era linda. Não era á toa que Peter estava com ela.

Vá até ele! Alguma coisa dentro de mim gritava. Confronte-o! Ata, e fazer mais papel de idiota de novo? Não dava. Eu não conseguia me mexer, não conseguia tirar os pés do chão, eles pareciam grudados. E eu tinha certeza que minha voz não estava disponível pra nada no momento.

Mas o que ele estava fazendo com ela?

E por que eu me importo mesmo? Afinal, o que nós somos? Namorados? Ex-namorados? Eu não sabia dizer, mas doía bastante. Meu coração me traia. Meus sentimentos eram jogados contra mim naquele momento. Sentia tanta mágoa de Peter... e mesmo assim, mais uma vez, ele conseguia me deixar sem saber como falar ou reagir.

Não precisei me preocupar, o próprio Peter deu passos em minha direção.

Esperei ele chegar até mim, mexendo meus pés de um lado para o outro. Minhas botas sempre foram desconfortáveis ou era impressão minha?

— Oi.

Sua voz parecia cansada, por que ele estava cansado? Ele não estava dormindo direito? Ele-

QUEM SE IMPORTA?! Eu. É claro. Senti vontade de lhe bater. Parece que eu sempre tenho essa vontade.

— Podemos... conversar?

— Ah! É que... Eu... Err... — ele olhou pra trás, na direção de Mary Jane. Putz! Um soco na minha cara teria doído menos. Ele deve ter visto minha expressão, pois- — Gwen, eu...

 

"Diga algo, estou desistindo de você.

Me desculpe, eu não consegui chegar até você.

Eu teria te seguido para qualquer lugar..."

 

E então me olhou nos olhos. Senti vontade de chorar. E me odiei por isso.

Gwen, diga alguma coisa! Meu cérebro clamava por uma resposta minha. Por favor, Peter, diga alguma coisa! Enquanto meu coração pedia por uma dele.

Pelo visto, como sempre, era eu quem deveria dizer algo. Mas a voz simplesmente não saia. E então eu fiz algo que nunca pensei que faria numa situação dessas.

Eu sorri.

Foi quase involuntário.

Não foi um grande sorriso. Ou um sorriso de deboche. Foi apenas... um sorriso. Uma simples inclinação em meus lábios.

Parece que nada estava colaborando ao nosso favor. Idas e vindas enquanto estudávamos, depois Oxford, depois Max e Harry, depois perda de memória, depois simbionte... Tudo ao nosso redor estava ruindo como um castelo de areia. Por que só eu parecia lutar por isso? Por que só eu tinha que correr atrás? Eu estava machucada aqui! Helloooo!

Observei Mary Jane mais uma vez. Ela parecia confusa, mas ergueu a cabeça levemente como se me cumprimentasse. Quase sorri de volta. É, ela era engraçada. Fazia todo mundo rir, até mesmo eu, até... ele.

E isso bastava pra mim.

— Tudo bem. – eu disse, voltando a encarar Peter por uma última vez. — Tchau.

Não esperei por sua resposta. Apenas me virei e caminhei normalmente até o corredor de saída.

Foi só chegar do outro lado que meus pés se moveram mais rápido. Correndo. Queria chegar logo em casa e talvez chorar um pouquinho.

Eu era forte. Eu iria me recuperar.

Eu sempre me recuperava.

 

"Você é a pessoa que amo.

E estou dizendo adeus..."

 


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Notas finais do capítulo

TÃN-TÃN-TÃN-TÃN-TÃN-TÃN!!!
E ACABOU O DRAMA, PREPAREM OS FORNINHOS!!! :V