Sad Betrayal escrita por Mel Valdez


Capítulo 2
Capítulo 2 - O sonho de Melody.


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente! Sei que demorei e tudo o mais, mas está aí! Espero que gostem, comentem por favor!

~Mel



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NO CAPÍTULO ANTERIOR

“Em algum canto, pude ver Percy Jackson esperando por mim. Nico sorria feliz e orgulhoso. E no meio da muvuca toda, estava meu irmão, novamente com a camiseta do Acampamento Meio-Sangue.”

Luke descruzou os braços e veio sorrindo em minha direção. Após certificar a todos que “eu estou bem, eu estou bem”, abri passagem até Castellan e lhe dei um forte abraço, um abraço que não pude lhe dar no Elísio.

– Hey, Mel. – ele falou encostando o queixo na minha cabeça – Você cresceu.

– Ou você diminuiu. – sorri.

Ele deixou escapar uma risada.

– Você vai ser sempre a minha baixinha.

Era tão bom tê-lo de volta. A sensação era que eu estava voltando, inesperadamente, no passado, quando ele dizia: “Isso, Mel! Está indo muito bem, continue”, quando estava me ensinando esgrima. Ou quando estava me ensinando a andar de bicicleta. Ou quando estávamos roubando algo da lojinha do Acampamento.

– Eu senti sua falta. – sussurrei, chorosa. – Muita falta.

– Eu também, irmã. – ele me respondeu, passando a mão por meus cabelos. – Mas eu voltei. Eu voltei graças à você.

– Obrigada. – falamos em uníssono. Então, sorrimos.

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O dia com Luke de volta foi muito divertido. Nós lanchamos juntos, corremos juntos, brincamos juntos. Fizemos tudo que nos permitia fazer no Camp juntos. Na fogueira, eu ao seu lado, o braço dele pendia do meu pescoço. Ele sorria toda hora pra mim, enquanto comíamos marshmallows. Aquilo realmente me fazia feliz, estar com ele, senti-lo, vê-lo.

Entrei no chalé ao lado dele, sorrindo. Ele ficava bem de laranja. Principalmente com a roupa do Acampamento. Luke sorria observando o chalé.

– A primeira noite. – Ele me falou. – É a primeira, Mel.

– Seja bem-vindo, novato. – Falei sorrindo também.

Todos já estavam se preparando para dormir. Uns já roncavam nos beliches amontoados de roupas, que eles nem faziam questão de guardar em algum lugar. Luke suspirou ao olhar o beliche em que ele sempre dormia; o mesmo acolchoado verde, trançado. Subi no beliche de cima, sorrindo. Minhas pernas pendendo da cama e balançando no ar, faziam um tec tec tec na cama. Alguns gemidos de indignação vieram dos que já estavam dormindo e eu parei, rindo. Luke balançou a cabeça negativamente, em gesto de desaprovação, sorrindo. Colocou a coberta para o lado e tirou os tênis. Colocou-os embaixo da cama, e andou até a chave elétrica, desligando as luzes.

Não lembro como dormi. Mas meu pesadelo foi assim:

Eu estava em um lugar escuro, era como se fosse tudo completamente oco, sem nada. Um vazio na escuridão. Lembro de tentar dar um passo e pisar em algo pontudo. Esquivei minha perna do local e percebi que estava na beira de uma montanha rochosa.

Percebia-se que um vento batia forte no meu rosto, fazendo meu cabelo ricochetear o ar e em minhas bochechas, tentando me empurrar para algum lugar. Lembro que me virei e vi que o outro lado era claro. Como o Elísio.

Comecei a andar para a claridade. Sentia as rochas se distanciando. A escuridão me perseguindo, vacilante. Meus pés estavam doendo, provavelmente sangrando, mas eu precisava alcançar a parte clara para fugir do escuro.

Mas de nada adiantava. Quanto mais eu corria, mais parecia que a escuridão me perseguia, que a claridade fugia de mim, se alongava. Aumentei meus passos, em esperança. Comecei a ficar ofegante, meus pés latejando. Nada a não ser aquela faixa de luz que eu precisava alcançar. O calor, o suor, o frio e a escuridão.

Corri até a faixa de luz que finalmente consegui alcançar. Suspirei, vitoriosa, olhando para escuridão que parecia se esgueirar para não tocar a claridade. Vi a sombra de um garoto de lado um pouco mais alta que eu ao longe. Cerrei os olhos, tentando enxerga-lo. Parecia que ele estava absorvendo as sombras, deixando tudo claro.

Me aproximei.

– Olá! – acenei com a mão esquerda pra ele.

Ele me fitou, ainda na escuridão. Aquele garoto me lembrava alguém... Desviou os olhos.

– Onde eu estou? Como está fazendo isso? Quem é você?

Ele voltou seus olhos em mim. Eram escuros, negros, pareciam duas contas. Seus cabelos, igualmente negros, lisos e lhe caíam sobre os olhos. Sua pele era pálida e a boca arroxeada. Seu aspecto me lembrava um morto.

Então eu percebi. Quando sua voz pronunciou “Você fala demais, Melody Johnson”, eu vi. Era Hades. O garoto se virou. Um lado do rosto dele era normal. Lívido, olhos escuros. O outro lado era assustador: era como se fosse ma caveira. Seus dentes à mostra, sem ter gengiva alguma. Meu sonho acabou, quando seus dentes castanholaram e eu acordei suando frio.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Comentem.

~Mel



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