Sangue Divino escrita por Bianca Bittencourt


Capítulo 26
Cap. 26 - Magia.


Notas iniciais do capítulo

Eee, cap 26, nesse dia 26, naquela melancolia depois do Natal...
Hey pessoal, pse, atrasei minha postagem em 2 dias...
*Perdoem se houver erros de mais, eu estou usando o World 2007 pra escrever agr pq estou na casa dos meus avós e esse World não está de acordo com a nova ortografia.
Anti ontem eu ia postar, mas eu viajei, cheguei no interior e minha mãe fez eu ficar na casa da minha prima. Ontem foi natal, fiquei rodando pela cidade mais q CD em toca disco. Sinto MT pessoal.
Mil Desculpas! Principalmente a Sophia, a menina a quem dedico a personagem Samantha ;) !
Meu especial de natal é dar a vcs 2 PVO de personagens que não explorei mt. Um hj e um (espero que possa postar) amanhã.
Esse PVO é da minha personagem favorita, espero que fique digno já que não é nada fácil explorar a cabeça de uma personagem como essa.
Hora de esclarecer algumas coisas...

PVO Annabeth Chase



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Quando vi minha menininha ir embora, me forcei a permanecer firme, como fiz durante todos esses anos, principalmente como mãe, eu não posso me dar ao luxo de ser frágil. Depois que ela foi eu já sabia que teria meios de descobrir o que ela estava fazendo, graças a uma campista muito especial e minha amiga, mas hesitei querer saber de algo, já que não posso interferir e isso pode apenas me torturar ainda mais.

Recentemente, Thalia veio ao acampamento com as caçadoras, fiquei muito feliz em revê-la, mas eu sabia que algo estava errado, principalmente quando ela se dirigiu diretamente a mim. Respirei fundo antes de me afastar um pouco para falar a sós com ela. Thalia me contou que encontrou Courtney numa ilha próxima ao acampamento, um Mishepishu atacou minha filha. Quase desmaie ao ouvir isso, tive que me apoiar em uma coluna de pedra, mesmo depois que a caçadora me contou que Court estava bem, porque as caçadoras chegaram bem a tempo de salva-la. Suspirei de alívio. Depois ela disse que achou Courtney muito parecida comigo, todos dizem isso alguma hora, ela é mesmo muito parecida comigo, eu me orgulho disso, espero que ela se orgulhe também. Todas as vezes que vi minha filha meu coração apertava por saber que talvez nunca pudesse ser tão próxima dela, afinal deixei-a sozinha por tantos anos... nunca vou me perdoar por isso, no fim isso tudo foi culpa minha, mesmo que de uma maneira distorcida, essa é minha punição e do Percy, ela nem tinha nascido, e a maior punição foi a dela. Como eu gostaria de encontrar Nyx de novo... mas não seria sábio, seria impulsivo, e não teria resultado nenhum. Se o oráculo diz que essa missão é dela, é porque não pode ser cumprida por ninguém mais.

Hoje eu tomei uma decisão, e vou pedir ajuda para saber onde está minha filha, mesmo que isso só me faça lamentar ainda mais depois, só quero poder saber como ela está, vê-la mesmo que ela não possa me ver, assim como fiz durante muitos anos. Tortura e acalma ao mesmo tempo.

Não sei o que teria me acontecido se não tivesse o Percy, ele conseguiu ser um marido melhor ainda do que imaginei, eu sei que ele me entende, e ele sempre está lá quando eu preciso de alguém para me apoiar, cada dia que passo com ele eu penso que nunca vou me arrepender de ter escolhido viver com ele, foi a melhor escolha da minha vida. Eu sei que ele se culpa tanto quanto eu, mas não falamos sobre isso. Durante muito tempo, só tínhamos um ao outro, não tínhamos motivos para ficar com raiva, só sofremos calados por anos. Percy conseguiu se manter mais firme do que eu pude, eu se que ele se forçou a isso, já que, eu sempre fui firme e se eu estava caindo, então ele é que precisava se manter firme, para me sustentar. Agradeço todos os dias aos deuses por ele, sei que nada disso foi justo com ele, nem comigo, mas termos um ao outro foi o que tornou isso ligeiramente suportável.

Levantei hoje determinada a visitar o Chalé de Hécate. E vou.

Depois de tomar um banho vou até o Chalé de Afrodite, como tenho feito nos últimos dias, desde que Piper me confiou à filha dela. É uma honra ter amigos que confiam tanto em mim, e também é muito bom poder cuidar de Lola, ela é uma menina de ouro, faz tudo o que pode para me distrair. Quando Piper me disse que a filha não queria voltar à Nova Roma, eu fiquei chocada, ela sempre gosta de retornar para casa, principalmente pela irmã, e então, Piper me disse que reconheceu nos olhos da filha aquilo que ela via no espelho mais jovem... um brilho diferente que qualquer filha de Afrodite sabe distinguir por amor. A garota tem sangue de Afrodite também, tem sentimentos acentuados, Piper não podia deixar ela ficar sozinha, mas se sentia mal em afastar a filha de quem ela amava. Me candidatei para cuidar de Lola, não me dá trabalho algum, ela já é crescida, alias, também me senti comovida por ela ter arrumado um namorado, ela merece, eu posso dizer com certeza que o amor é uma das melhor coisas na vida, não quero que Lola desista dele. Já a vi com o garoto algumas vezes, é o menino que costumava atormentá-la, já tinha deduzido que provavelmente seria ele. Eric tem um coração muito bom, é uma boa escolha para Lola.

Lola sai do chalé, me cumprimenta e me agradece, como em todas as manhãs. Eu sorrio para ela. Vamos até o refeitório. Percy chega logo depois e senta ao meu lado. Depois de comer eu me despeço de Lola e Percy faz o mesmo, costumamos fazer isso para que ela possa ir atrás com o Eric sem ficar envergonhada. Depois de estarmos um pouco afastados dos outros, Percy pega minha mão e eu sorri para ele. Na maior parte do tempo, não precisamos conversar para nos entender, nem demonstrar muito afeto em público. Ele sabe que eu o amo, demais, e eu sei que ele me ama. Estamos há anos e anos juntos, palavras não podem expressar todo o que sinto por ele.

– Vai para onde agora? – Pergunta Percy. Normalmente vou até o Templo de Artes para dar aula, e ele sabe quando desvio do caminho e costuma perguntar para onde vou aos finais de semana, na maior partes das vezes, como hoje, já tenho planos, mas alguns poucos dias passamos um tempo juntos, mesmo que em silêncio, aproveitando a companhia um do outro.

– Vou falar com Sammy. – Digo.

– Vai mesmo quer fazer isso? – Ele indaga, se virando para mim.

– Vou. E... quero fazer isso sozinha se não se importar.

– Não me importo, sei como você prefere fazer as cosas. Mas você sabe que isso pode só te deixar ainda mais preocupada, não sabe?

– Claro que sei, Percy. – Me aproximo mais. – Obrigada por se preocupar comigo, mas eu realmente não suporto ficar sem notícias da nossa filha. – Dou um beijo nele o sorrio. Ele não sorri de volta, continua a me encarar, preocupando. Sempre irritantemente fofo.

– Me procura depois? – Ele pergunta enrolando um cacho meu com os dedos.

– Está bem. – Sussurro.

Afasto nossas mãos com delicadeza e seguimos em rumos diferentes. Consigo me surpreender cada vez mais com o quanto meu marido pode ser compreensivo, eu gosto de fazer as coisas sozinha, sofrer sozinha, se possível, e apesar de Courtney também ser filha dele, ele constantemente me deixa saber das coisas antes dele. Eu sei que ele ama ela tanto quanto eu, mas ele sempre pensa em mim também. Eu não sei quantas vezes já devo ter deixado ele aflito e ele não falou nada. Percy deve ser simplesmente o marido mais compreensivo do mundo, eu me sinto muito mal por não poder compensar isso, mas nossa filha vem em primeiro lugar e ele entende. Eu só espero que meu amor baste para retribuir tudo que ele faz por mim.

Um tempo depois, chego ao Chalé de Hécate. Esse chalé parece em constante mudança, com certeza tem a fachada sustentada por névoa, já que muda todo mês. Esse mês, o chalé está pintado de lilás brilhante e branco, cores claras como essas são raras. As maçanetas da porta dupla são de brilhante, e a porta, é de ferro. Giro a maçaneta e empurro a porta.

Samantha está ajoelhada diante sua cômoda e de olhos fechados. Apenas ela está no chalé, tem três irmãos, mas eles devem estar no refeitório, ela não costuma sair.

– Sammy? – Chamo.

A garota se vira para mim. Samantha Maggin tem quatorze anos, é teimosa e orgulhosa como uma filha de Atena, e também consegue ser muito inteligente, é minha melhor aluna em muitas matérias. Costumo conversar com ela quando preciso de um ouvinte, Sammy é muito gentil comigo. É como um filha para mim, mas mais que isso, é uma grande amiga, não quis falar dela para Courtney, minha filha poderia achar que troquei ela, algo que nunca faria, Sammy nunca poderia substituir minha menininha. Eu vi como Court ficava enciumada discretamente de Nathan e tive certeza de que não devia falar sobre Samantha.

A maior parte dos filhos de Hécate é reservada. Sammy pode parecer reservada... mas quando você a conhece...

– Annabeth! Bom dia! – Ela levanta e vem até mim, sorrindo.

A observo. Samantha Maggin é a filha de Hécate mais talentosa que o acampamento já teve em décadas. Apesar de trabalhar muito bem com a névoa outras magias é também um talento em arco e flecha. Os cabelos castanho-claros cobrem seus ombros, soltos como sempre, batem quase em sua cintura, completamente lisos. Os olhos castanho claro, cor de mel, me encaram, curiosos.

– Bom dia, Sammy. Eu quero que você me mostre ela. – Digo objetiva. - Consegue?

– Sabe que eu consigo. – Afirma. – Tem certeza de quer isso?

– Absoluta.

Ela dá de ombros e volta para perto da cômoda. Retira de uma gaveta duas velas roxas e um espelho. Eu me aproximo. Samantha posiciona as duas velas uma de cada lado do espelho de prata e as acende.

– Conhece as regras, não é?

– Conheço. Você vai pedir para que isso mostre o que Sophie Diway vê. Vai estar nos olhos dela. Isso não vai funcionar se ela estiver no submundo, na presença de uma deusa ou deus ou morta.

– Eu sei que quer ver sua filha, mas elas podem não estar juntas e...

– Sei, sei. – Murmuro ansiosa.

Ela se vira para o espelho e diz baixinho algumas palavras em grego antigo. “Mãe, peço que me permita ver através dos olhos de Sophie. Invoco humildemente tua presença, e como filha, seu auxilio”. O espelho fica negro segundos depois, arregalo os olhos para Samantha e ela explica:

– Está funcionando. É isso que ela vê. Ou está dormindo, ou está no escuro.

– Então só vamos ver preto? – Indago.

– Sim. Mas podemos acabar ouvindo algo. Sinto muito.

– Está tudo bem.

– Eu não vou poder fazer isso por um tempo... seria abusar da bondade da minha mãe.

– Eu sei. Não se preocupe. – Ela já ia voltar a falar de novo quando interrompo: - Vamos esperar ouvir algo. Melhor ficarmos em silêncio.

Sammy assente de leve e volta os olhos para o espelho. Passamos alguns momentos desconcertantes olhando até que ouvimos alguns ruídos de luta que me deixam aflita e um tempo depois ele param a uma voz masculina sussurrar:

– Dá para vocês andarem logo?

É Nathan. Para mim não é difícil reconhecer a voz dele.

– Você tá legal?

É um sussurro feminino dessa vez. É Courtney. Graças aos deuses.

– Estou inteiro, venham. – Responde Nathan. – Acho que esse monstro devia ser alguma espécie de guardião. Isso confirma que tem alguma coisa importante aqui, e que não estamos muito longe.

Onde será que eles estão?

– Procuram por mim, crianças?- Diz uma voz áspera. A mesma voz que ouvi num sonho anos atrás. A mesma voz que ecoa na minha cabeça há muito tempo. A mesma voz que anunciou a ruína de tudo que eu prezava.

O espelho fica imediatamente da maneira convencional e reflete nossas expressões assustadas. Sammy se vira para mim.

– Nyx. – Sussurro quase engasgando.

Samantha arregala os olhos e apaga as velas. Viro-me e saio do chalé, sei que Sammy entende e não vai ir atrás de mim. Preciso encontrar o Percy. Eu preciso dele, como em muitas vezes nesses últimos anos, ele é a única pessoa com quem quero falar agora, o único que vai entender a minha dor e me consolar, a única pessoa para quem posso chorar sem ter vergonha. É ele quem amo, o único que permito que veja como eu posso ser de vidro por dentro. Minhas barreiras podem parecer ferro, mas são vidro, quebram com uma facilidade incrível, a diferença é que antes eu acreditava que era a única que podia reunir os cacos. Eu e senti sozinha durante anos. Não mais. Os anos passaram, e desde o dia em que vi aquele garoto na enfermaria do acampamento depois de ter enfrentado um minotauro, minha vida mudou de uma maneira que ninguém poderia prever.


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Notas finais do capítulo

• Desculpem-me, de nv. E se estiverem se perguntando porque não escrevo Nyx com I (Nix) a resposta é pq eu gosto mais com Y e não está errado, é apenas outra maneira de escrever ;)
• A personagem Samantha Maggin, teve a maior parte das características determinadas por Sophia black ^-^ E é dedicada a ela também.
• Até - espero – amanhã! Um PVO especial... :3
• Mais um aviso, eu vou postar o próximo cap assim que eu puder, mas cap 27 vai depender de vocês. Eu pretendendo postar ele na quarta que vem, mas só vou fazer isso se tiver 45 ou mais acompanhamentos. Essa é a meta, preciso de mais 7 acompanhamentos, fala sério gnt, não é nada difícil, é só vcs indicarem para um amigo aqui e outro ali. Tenho certeza que vcs conseguem né?!



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