Escudo escrita por Melzinha


Capítulo 1
Capítulo I "Salvando sua Vida"




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800DC. O pré-adolescente pobre, filho único de um simples soldado viúvo se arrisca para salvar a vida da princesa herdeira do trono de Tomoeda e muda seu destino para sempre, em uma história de amor irresistível, cheia de intrigas, sentimentos e aventuras em que os jovens protagonistas terão que lutar com todas as forças para alcançar um final feliz. Romance/Drama/Aventura (Syaoran & Sakura)

Escudo

Capítulo I

Por Mel

Salvando sua vida

Parecia apenas uma manhã comum, como qualquer outra naquela época específica do ano. Os raios de sol formavam desenhos na grama ao tocarem timidamente a copa das árvores refletindo a grandiosidade da floresta que compunha a paisagem das colinas imperiais. O melodioso som ecoou pelos ares obrigando alguns passarinhos a saírem de suas tocas para contemplar o início da primavera. Sakura ria animadamente ao ver alguns peixes pularem no grande rio respingando algumas gotinhas geladas em seu delicado vestido branco.

“Papai?” – Sorriu graciosamente enquanto olhava para a roupa- “Viu como os peixinhos parecem felizes hoje? Não param de pular!”-Completou colocando um dedinho no queixo, enquanto seu vestido molhava mais.

O rei Fujitaka sorriu carinhosamente olhando para sua bela esposa que sorriu pela constatação inocente da pequena filha, que cada vez se afastava mais da margem.

“Talvez eles saibam que hoje é o seu aniversário” – Ponderou com um sorriso enquanto a via retribuir contente. - “Não se afaste muito meu bem, a correnteza está muito forte depois do degelo”. - a viu concordar e dar uns passinhos para frente novamente.

“Eu nem acredito que a minha menininha está completando dez anos” – a rainha sorriu nostálgica – “O tempo passa tão rápido”.

“Passa mesmo” – Olhou para o céu- “Não parece que estamos há mais de vinte anos juntos…”-Brincou- “Ainda lembro a primeira vez que te vi naquele baile real. A cobiçada princesa de Ueda... Linda com aquele vestido cor-de-rosa brilhante”.

“Você continua um galanteador barato, sabia?”- deu um soco de leve no braço do marido-“Não é a toa que as garotas solteiras eram loucas por você”.

“Mas você sabe muito bem, minha cara rainha”- Fez reverência- “Que eu só tive olhos para uma mulher na minha vida e ela sempre foi você”.

Sorriu ao ganhar um beijo carinhoso na bochecha. O dia do aniversário de sua filha era uma data muito importante para todos. Após perderem o primeiro filho, ainda bebê de pneumonia e vários abortos consecutivos, o nascimento de Sakura marcara a continuação de sua linhagem. Ela era a esperança do reino e mesmo com tão pouca idade mostrava a fibra que apenas uma rainha regente poderia ter. Colocaram-lhe o nome das flores-de-cerejeiras, porque para eles ela viera trazer vida a copa seca de seus corações. A olhou novamente, mas o que assistiu fez os seus olhos se arregalarem e sua testa branca franzir em completo desespero. Sentiu seu coração bater descompassado e quase falhar.

Em câmera lenta, viu a pequena princesa se arriscar mais um pouco para tocar um peixe dourado, se desequilibrar e cair no rio selvagem. A rainha não precisou virar para saber que algo acontecera com sua menina. A expressão do seu marido falava tudo. A princesa era carregada pela veloz correnteza, em direção a grande queda água e não tinha forças para lutar contra a corrente.

“Sakura…” – O grito saíra como se fosse um assobio trêmulo. As pernas bambearam pelo medo e em choque a rainha não conseguiu dar um passo para frente. Flashes de memórias invadiram sua mente. Lembrou-se do corpo frio de seu primogênito em seus braços e por um momento vacilou, e os grandes orbes verde-oliva secaram.

Desesperado, Fujitaka correu até a margem do rio tentando alcançá-la, sem se deixar levar pela força da água, mas o pânico de sua filha era tão grande que não ajudava o resgate. Ele entrou mais no rio tentando agarrá-la, mas não conseguiu. Viu um galho grosso boiando e o esticou para a filha, mas quando a princesa conseguiu pegá-lo, uma pedra entre eles fez o objeto quebrar e a correnteza a arrastou novamente para frente. Agora a madeira não era grande o suficiente e tudo o que viu foram os dedinhos de porcelana escaparem mais uma vez e a pressão sobre o pequeno galho diminuir drasticamente.

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Suado e cansado. Havia três horas que o filho de Shang Li golpeava o espantalho que fazia o papel de seu adversário. O dia de folga do pai era o seu pior dia de treinamento. Sentia as gotinhas escorrerem por seus cabelos rebeldes e tocarem a testa numa tentativa de seu organismo em diminuir a temperatura corporal. Respirou fundo para não gritar de dor quando sentiu a espada de madeira tocar fortemente suas costas.

“Você baixou a guarda novamente, filho” – o ex-soldado ralhou com o menino. “Enquanto uma mão empunha a espada, a outra segura o escudo”.

“Eu sei disso pai…” –Revirou os olhos. A verdade era que desde as cinco da manhã estava de pé caçando esquilos e animais silvestres para que o pai e a prima não morressem de fome e hoje não fora um bom dia. A falta de alimento o deixava um pouco tonto.

“Você precisa ficar atento aos sons ao seu redor”- Explicou com calma.

Nos seus treze anos de existência, já havia escutado isso pelo menos 300 vezes. Desde muito pequeno sonhava em se tornar membro do exército real, assim como seu pai fora. Um homem que teria atingido uma alta patente se não fosse a atrofia na perna esquerda após um golpe em campo de batalha.

O que mais queria na vida era se tornar general do exército imperial, servir ao seu rei e trazer honra a sua família, que não era muito grande. O pai lhe criara sozinho depois da morte de sua mãe e ainda adotara sua prima quando a tia morreu. Sofrera desprezo de todo vilarejo por ser o filho de um soldado raso aposentado por incapacidade e que agora trabalhava como um simples pescador, endividando-se muitas vezes em baixa temporada de pesca, para colocar pão na mesa, mas isso nunca o abalou, pelo contrário, as adversidades sempre o motivaram a transformar esse sentimento de rejeição em força de vontade e acreditar que um dia tudo mudaria. E por isso treinava, com todo seu ser, com todas as suas forças, todos os seus dias...Para poder se alistar quando completasse dezessete anos já com experiência em treinamento e alcançar um dia o seu grande objetivo.

“Também sei disso pai”- Suspirou.

“Sabe, mas não faz”- Balançou a cabeça.- “Eu sou seu pai Syaoran. O inimigo não estará com uma espada de madeira e nem será misericordioso” – Tocou os ombros de seu menino.

Ele resmungou novamente, a pequena barriga roncando de fome.

Shang empunhou a espada outra vez- “Agora, se prepara, vamos treinar alguns golpes diferentes e-”

O barulho de gritos desesperados as margens do rio chamou a atenção dos dois, que correram rapidamente para ver o que acontecia. Shang franziu a sobrancelha ao reconhecer o rei completamente molhado e a rainha e não gostou nada da expressão de desespero de seus governantes. Foi então que viu uma pequena figura sendo arrastada pelas águas revoltas.

“Mas...mas...é a princesa!”- O ex-soldado constatou aflito entendendo a gravidade da situação. Todos sabiam que o trono de Tomoeda tinha apenas uma herdeira legítima.

Bastou apenas essa frase sair dos lábios do ex-soldado para que o ruído de algo caindo dentro da água soasse alto. Syaoran havia pulado no rio sem pensar duas vezes. Com toda força que ainda possuía impulsionou-se até a apavorada menina que não parava de gritar. Ele se aproximou dela e segurando umas das mãos em uma rocha saliente, prendeu o punho delicado com a outra. Ela o olhava em pânico. Os cabelos molhados colados no belo rosto.

“Segura firme a minha mão” – a voz dele saiu tão autoritária que o próprio rei obedeceria a esse pedido.

“Eu não consigo” – Os olhos esmeraldas relutantes.

“Consegue sim! Haja o que houver, não solte a minha mão”.- Falou novamente. Ele fazia tanta força que seus braços formigavam e tremiam.

“Eu estou com medo”- Disse entre lágrimas e se debateu fazendo com que o braço de segurança do menino escorregasse da pedra.

Agora a correnteza levava os dois e a grande cachoeira estava muito próxima aumentando a força das águas.

“Não me solta”- Foi o pedido da linda menina que via a força das águas aumentarem.

“Eu não vou soltar você”.- Ele a encarou sério.- “Eu prometo”.

E tirando força de onde não tinha, se impulsionou para frente alcançando uma outra rocha. Os dedos das mãos rasgaram com o contato e gritou de dor assustando ainda mais a menina. Aquela era a hora da verdade ou a salvaria ou morreriam juntos, mas não a soltaria, nem por um decreto real. Dera sua palavra.

“Eu vou te jogar para frente” – A encarou profundamente- “Você precisa acreditar em mim”.

Ela assentiu. Algo naqueles olhos âmbares a fizeram simplesmente confiar que tudo daria certo. Vendo que a resistência dela diminuíra, arrastou-a para a frente de seu corpo, sem soltar a pedra.

Shang rapidamente jogou uma corda que usava para o treinamento do garoto que a agarrou fortemente enquanto que ele e o próprio rei os puxavam para fora dali. A rainha correu ao encontro de sua pequena e a abraçou com força, chorando aliviada enquanto a tocava por todos os lados se certificando de que ela estava bem. O rei caiu de joelhos diante da filha sem conter as lágrimas. Syaoran lançou um sorriso tímido antes de desmaiar de cansaço. Ele havia não apenas salvo o dia, mas uma dinastia inteira. Mal sabia ele que aquele simples ato de coragem mudaria sua vida para sempre.

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Syaoran abriu os olhos demoradamente para encontrar com as mais belas esmeraldas que já havia visto. A pequena menina o olhava de maneira preocupada. Sentiu o corpo todo tremer ao observá-la de perto. Seria essa a beleza de uma ‘princesa’ afinal? Mesmo com tão pouca idade? Ela parecia tão irreal como seus sonhos e ao mesmo tempo tão real como uma lembrança. E por Deus! Ela tinha apenas dez anos. Aquilo não poderia ser possível.

“Papai!”- Ela deu um grito contente- “Ele está acordando”.

O menino esfregou os olhos e sentou-se assustado ao perceber que não estava em sua casa e sim em um cômodo luxuoso do palácio. Seu pai o olhava com um misto de orgulho e preocupação. Mas o que mais o admirou foi ver o próprio rei diante dele com os olhos repletos de água e gratidão. Quando se remexeu para se curvar em respeito ao soberano do reino, foi impedido por uma confortadora mão e atônito viu o homem mais poderoso da sua terra se curvar diante dele, um menino que sonhava em ser general, o filho de um ex-soldado inválido, um rapaz que não tinha nada o que oferecer a não ser honra e mesmo assim quem estava sendo honrado era ele.

“Muito obrigado” – a voz embargada pela emoção – “Você salvou a vida da nossa filha e eu não sei o que teria acontecido se eu a perdesse”.

A rainha o surpreendeu com um abraço, que totalmente em choque não conseguiu reagir.

“Obrigada, meu querido, muito obrigada”. –virou-se para a filha- “Sakura, venha aqui, quero apresentar formalmente vocês dois”.

Timidamente ela se reaproximou e as esmeraldas brilharam ao vê-lo bem. Ele era o herói que havia a salvo da morte e por isso seria eternamente grata.

“Essa é Sakura Kinomoto, minha filha, princesa e herdeira desse reino” – virou-se para ela com um misterioso sorriso – “E esse filha é Syaoran Li, o corajoso garoto que salvou a sua vida”.

Ela apenas sorriu, um sorriso tão sincero que fez o menino corar e o pequeno coração acelerar fora de controle. De repente soube que fizera a coisa certa. Talvez a mais certa de sua vida.

“Muito prazer, princesa”.- Ele se curvou com dificuldade. O abdômen dolorido pelo esforço, as mãos enfaixadas tocando o músculo.

“Muito obrigada. Você é meu herói”. – ela estendeu um pequeno arranjo de flores de cravos silvestres – “Eu as colhi para você. Espero que goste, são as minhas flores favoritas”.

Syaoran segurou as flores, ainda um pouco atordoado pela beleza da garota que salvara. Sakura virou-se para o pai- “Papai, já que é o meu aniversário o Syaoran poderia ficar para festa, não acha?”.

“Eu acho uma excelente ideia...”-Sorriu para a pequena que imediatamente puxou o menino pelo braço.

“Vem Syaoran”. –O viu levantar-se rápido –“Vou te mostrar o meu bolo de aniversário. Ele tem três camadas coloridas”.

E desde aquele momento o garoto soube que toda vez que ela o chamasse ele iria, mesmo que ninguém lhe ordenasse, mesmo que ninguém lhe pedisse.

Fujitaka virou-se para Shang assim que a porta fechou. A rainha se acomodou em uma cadeira observando os dois. Um silêncio constrangedor no ar.

“Ainda tenho algo a falar” – O rei virou-se para o ex-soldado – “Andei pesquisando sobre sua vida...Shang Li. Um homem que desde cedo entrara para o exército”- começou a narrativa- “Que com vinte e quatro anos já era comandante... e que na batalha contra o reino de Osaka fora golpeado na perna tentando salvar um amigo”.

“Sim, majestade”- Ele concordou tristemente mostrando que tudo era verdade.

“Perdeu a esposa no parto de seu filho...a irmã de doença desconhecida e desde então trabalha como pescador para alimentar a família que consiste em um filho e uma sobrinha”.- Fez uma pausa- “Um homem que tinha tudo para desistir, mas que não o fez...a minha pergunta é: Por quê?”.

Os olhos castanhos marearam por instantes enquanto que a mão esquerda apertou mais a bengala.

“Esperança...”- Encarou seu governante.

“Esperança”- Fujitaka levantou uma sobrancelha- “Um sentimento muito poderoso meu caro Li...”- olhou para a rainha – “Mas não foi a ‘esperança’ que fez o seu filho se colocar em risco para salvar a princesa...e pior, a herdeira de um reino que não lhe oferecera nada até hoje”- Suspirou e riu de lado – “O que vi hoje foi devoção incondicional. Foi amor a pátria e nunca vi isso antes em todos os meus anos” – Ele permanecia sério enquanto olhava pela janela-“Ouço sobre motins em todos os lugares...e você meu caro demonstrou fidelidade”.

Shang o olhou confuso. Não estava entendo aonde seu rei queria chegar com tudo aquilo.

“Depois do que passamos hoje, lembramos o quão frágil a vida é”- Os olhos escurecidos de repente- “E não queremos arriscar perder a nossa menina novamente, por isso preciso dos melhores homens a meu lado”- Fujitaka continuou- “Seu filho será responsável por treinar e proteger a princesa”-O encarou- “Será treinado por mim pessoalmente, receberá instruções de línguas e cultura com tutores reais”.- Respirou fundo- “E a partir da sua total recuperação, entrará para o exército real mesmo com tão pouca idade”.

“Ma-majestade?” – Ele não sabia o que dizer. Era como se Deus não os tivesse esquecido afinal. Sentiu a perna de apoio vacilar.

“No futuro, por ser mulher a minha filha poderá sofrer nesse mundo machista...”-colocou as mãos nas têmporas – “E eu quero que ela seja forte para enfrentar o que poderá vir” – fez uma pausa – “A coragem do seu filho me surpreendeu e eu acredito que não haverá professor melhor do que ele...há rapazes com muito mais idade que não possuem a metade da fibra que seu filho tem.”.-Suspirou novamente- “Passamos por diversas pessoas as margens daquele rio. Alguns rapazes fortes viram a situação, mas não fizeram nada, até que Deus enviou o seu menino ao ouvir as nossas silenciosas orações”.

“Estou lisonjeado com a confiança, majestade, tenho certeza de que ele ficará honrado com a missão, assim como eu estou.”. – Fez esforço para curvar-se.

“E tem mais um detalhe” – Olhou para o homem que se colocava ereto novamente- “Eu gostaria que o senhor e seu filho se mudassem para as terras reais”.

Ele piscou atônito e acabou deixando cair a bengala no chão, que para a surpresa daquele pobre homem foi recolhida pela própria rainha, que mantinha um sorriso secreto no rosto o tempo todo.

“Majestade, eu não sei como agradecer, mas”- O olhou preocupado- “Como o senhor já sabe, eu tenho uma sobrinha, um ano mais velha do que a princesa...filha da minha falecida irmã e eu não posso deixá-la sozinha.”.

“Traga-a junto”- Foi a vez da rainha falar- “Um homem que negaria uma vida confortável por causa de uma criança provou mais uma vez hoje a lealdade...” – Olhou pela janela e sorriu ao ver Syaoran corar com um comentário de Sakura. As garotas da corte em volta do rapaz, enquanto a princesa narrava seu salvamento- “O que fizeram por nós hoje não poderia ser pago nem com metade do nosso reino. Se vocês não tivessem agido rápido...Se seu filho não a tivesse alcançado”- Fez uma pausa percebendo as lágrimas voltarem a seus olhos verde-oliva- “Ficaremos felizes em poder oferecer o melhor para seu filho e sua sobrinha. Quero que eles recebam o mesmo tratamento da princesa, porque o que importa mesmo não são os títulos ou as riquezas”.- Sorriu fracamente- “Mas o que trazemos no coração”.

Aquele ex-soldado inválido olhou para a expressão grata de seus governantes sem acreditar no que acontecia. Pensou que a qualquer momento acordaria em sua cama, como sua sobrinha o acordando dizendo que estava com fome. Um homem sem perspectiva de nada, com um filho que trabalhava como caçador de manhã e treinava durante a tarde e uma sobrinha que limpava a casa de nobres em troca de pão velho... Viver dentro das terras reais...Sem precisar se preocupar com o que comer no outro dia. Só poderia ser um sonho. Ajoelhou-se com o rosto em terra e chorou lágrimas amargas. Lágrimas essas que marcavam o começo de uma nova história para sua família.

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7 anos depois...

Aquilo só poderia ser um pesadelo. Era a quinta vez que as trombetas reais tocavam e ele não conseguia encontrá-la. Seu sexto sentido lhe dizia que ela precisava dele. Sentia todo seu ser estremecer como um choque elétrico. Aonde ela se metera? Seu coração estava acelerado com a remota possibilidade de algo ter acontecido a sua princesa. Na confusão de pessoas se aglomerando na frente do palácio trombou com a prima sem querer.

“Também não a encontrei Syaoran” – a bela morena de olhos rubis respondeu.- “Não tenho ideia de onde ela tenha se metido”.

“Nem eu”- Yamasaki comentou preocupado.- “Já olhei por toda campina. Nem sinal dela ou de seu corcel branco”.

“Droga”- Praguejou irritado – “Será que é tão difícil para ela entender que não pode desaparecer desse jeito, sem avisar?!”.

“Você já deveria estar acostumado” – a jovem fez uma pausa arrumando a grossa trança- “Ela vive sumindo”.

“Ela nunca deixou de avisar...”- Os olhos âmbares cheios de preocupação- “Toda vez que ela precisa de um tempo sozinha, ela fala que vai sair...Ela nunca simplesmente desaparece”.

“Vai ver está com namorico com algum lorde por aí”.- O moreno baixinho brincou recebendo um olhar assassino como resposta.

“Ficou DOIDO?”- ele não conseguiu controlar seu tom de voz – “Sakura não é desse jeito, ela jamais faria isso e-“.

“Eu só estou brincando”- o tom de voz saiu chateado- “Mas eu esqueço que você fica sensível quando a brincadeira é a vida amorosa da nossa princesa”. – Enfatizou a última palavra.- “Você precisa controlar os seus sentimentos, amigo”.

Ele não respondeu, apenas resmungou de leve apertando o punho fortemente. Sakura se tornara sua vida desde que se mudara para o palácio.

“De qualquer forma”- Meyling começou trazendo a mente do primo de volta a realidade- “Eu ouvi cochichos. Algo muito grave está acontecendo no castelo...as pessoas parecem estar de luto e essas trombetas não param de soar”.- Comentou apreensiva.

Syaoran piscou algumas vezes. Agora que a prima falara percebera que havia algo errado na atmosfera daquele lugar, sempre tão alegre. Percebeu o olhar interessado de algumas damas da corte sobre ele e resolveu usar seu charme para descobrir o que queria.

“Boa tarde, senhoritas” – Falou galanteador causando arrepios nas pobres moças – “Mas as senhoritas sabem o porquê desse clima tão sombrio hoje?”.

Uma delas sorriu para ele completamente encantada, aumentando o decote do vestido armado e se aproximou devagar sem quebrar o contato visual.

“Bem, eu soube caro comandante que algo muito grave aconteceu” –Tocou o braço dele piscando sedutoramente- “Mas sabendo da sua proximidade com a princesa, pensei que tivesse sido o primeiro a saber”. –Ela estava jogando verde.

Syaoran Li era o mais respeitado e jovem comandante do exército real. O guerreiro mais poderoso do reino, filho de um dos conselheiros reais mais próximos ao rei e tratado como membro da família real pelos próprios soberanos de Tomoeda, além de possuidor de uma rara e estonteante beleza.

Sua pele levemente tocada pelo sol, os olhos dourados como o âmbar em contraste com cabelos castanhos rebeldes, um sorriso tão branco quanto a própria neve. Alto, extremamente forte e torneado, além de um caráter honesto, corajoso e imponente. Características essas que o tornara muito popular entre as damas da corte.

As moças eram loucas por ele, que apesar de tudo, era muito reservado e sorria pouco, exceto quando estava com a princesa ou com a prima Meyling, que também chamava a atenção por onde passava. Sua pele branca como a lua e longos cabelos grossos da cor do ébano a tornaram objeto de desejo de muitos homens. O corpo malhado pelo treinamento e a expressão forte, acentuada com o brilho mortal que os rubis refletiam intimidavam e ao mesmo tempo encantavam qualquer um. Takashi não era diferente. Apesar dos cabelos alinhados e negros, assim como seus olhos, o pequeno e definido rapaz de pele clara chamava a atenção por sua inteligência e habilidades com o arco e flecha. Era um ano mais velho que Li e capitão do exército do norte, além de melhor amigo do jovem comandante. Os quatro eram inseparáveis e entre eles não havia fronteiras de títulos ou riquezas.

“Saber o quê?” – Seu tom lhe traía. Uma onda de preocupação invadiu o seu corpo fazendo seu coração bater mais rápido do que o normal.

“A rainha...” – a loira começou tristemente – “Não resistiu a esse inverno. Nesse momento o rei está se preparando para emitir um comunicado oficial”.-Soltou um soluço forçado, apoiando-se no peito do comandante.

Como se um raio o tivesse lhe atingido. Seu coração doeu ao imaginar que tipo de dor sua princesa estava passando. Ele se virou empalidecido para Meyling que soube imediatamente que algo grave acontecera apenas pela expressão do primo. Os cochichos aumentaram. Ela não podia acreditar que a rainha havia morrido. A mulher que considerava como uma segunda mãe, que a colocou ao lado da própria princesa e lhe dera uma chance de ser alguém naquela vida injusta. Se ela era uma respeitada amazona do exército imperial, devia isso a rainha. Aquilo não poderia ser verdade. Lágrimas banhavam os olhos rubis sem que ela pudesse controlar, Takashi piscou várias vezes na tentativa de acordar desse terrível pesadelo. Sua rainha, a mulher mais bondosa que já conhecera na vida, a que contratara sua avó como cozinheira real lhe dando a chance de se alistar e participar do treinamento junto a princesa, havia morrido?! Respirou fundo tentado recuperar o ar.

“Como assim?” – Os olhos vermelhos arregalados “Não pode ser...Ela só estava resfriada”.

“Pelo o que eu sei”- Uma morena comentou jogando a loira para o lado- “Os pulmões dela foram comprometidos”.

“Não pode ser...” – A voz falha pela dor latente. Olhou para o primo- “Isso só pode ser um pesadelo”.

Syaoran não respondeu. Seu coração doeu ainda mais. Agora mais do que nunca precisava encontrar Sakura.

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A cachoeira corria normalmente indiferente a baixa temperatura e o barulho das águas quebrava o silêncio sombrio. Havia tantas lágrimas descendo pelo belo rosto que pensou que se acabariam a qualquer momento. Sentia frio não só no corpo como na alma. Deixou um soluço alto ecoar pelas árvores desfolhadas sem forças para detê-lo.

Sem fôlego pela busca, Li viu a delicada figura de longe e seu coração se comprimiu dentro do peito. Não precisava se aproximar para perceber que ela sofria e isso o matava por dentro. Retirou a sua capa de pele e suavemente colocou sobre os ombros delicados, que não protestou com o aquecimento repentino, e apenas sentou-se ao lado dela sem dizer uma palavra pensando que nem as lágrimas eram capazes de esconder a beleza daquela linda mulher.

A coroa de cristal brilhava a luz da lua, se não estivesse sentindo o calor dela tão de perto pensaria que estava tendo uma visão. Como uma sereia mítica, assim era a herdeira do trono de Tomoeda. Os longos cabelos da cor do mel e a pele de porcelana já chamariam atenção por si só, mas como um capricho de Deus, os traços delicados e o corpo curvilíneo eram acentuados pelos incríveis olhos verdes, que brilhavam a distÂncia causando arrepios em qualquer observador, e por lábios desenhados e rosados, enfatizados pelo sorriso branco.

“Sakura?”. – Começou depois de uns quinze minutos quietos. Na verdade queria perguntar como ela estava, mas pensou em começar devagar.- “Por que sumiu sem avisar ninguém?”.

“Não queria ver ninguém e acho que essa cachoeira me acalma”- Disse entre um soluço e outro.- “Foi aqui que nos vimos pela primeira vez, lembra?”.

Era claro que lembrava. O dia em que ele, um menino sem perspectiva, arriscara tudo para salvar a vida de uma pessoa tão preciosa, sem ter ideia de que ela se tornaria a própria vida para ele.

“Claro que me lembro...”.- Sorriu carinhosamente.

“Minha mãe estava tão aliviada quando você me tirou de lá”- Continuou relatando o fato, tentando guardar cada segundo na sua mente.-“Dói tanto Syaoran...tanto”- A esmeraldas quebradas pela dor – “Eu ainda não acredito que ela se foi”.

“Vai passar Sakura...”. – A alma rasgada ao vê-la daquele jeito. Faria qualquer coisa para que o sorriso dela voltasse. Qualquer coisa, mas não podia. Sabia que ela teria que enfrentar essa dor sozinha e se xingou por não conseguir protegê-la- “Vai passar, eu estou aqui”.

“Eu queria ter morrido junto”.- Confessou sincera.- “Queria arrancar meu coração do peito”.

Ele travou ouvindo isso. Não permitiria que ela falasse essa bobagem nem por brincadeira.

“Nunca mais fala uma coisa dessas”- Ralhou puxando-a para um abraço, sentindo as lágrimas molharem sua camisa.- “Nunca mais”- Deus! Será que ela não percebia que ele não suportaria viver sem ela?- “Fala para mim, Sakura o que fazer... Fala pelo amor de Deus”.

“Não tem o que fazer”- Chorou- “Só não me deixa sozinha”.- Pediu sussurrando enquanto sentiu o abraço ficar mais apertado- “Eu quero a minha mãe...Aqui comigo...De volta”.

“Ela não gostaria de vê-la assim”- Passou as mãos pelos longos cabelos cor de mel lutando contra as próprias lágrimas- “Ela sempre amou o seu sorriso”.

Os soluços altos sonorizando o ambiente.

“Você sentiria a minha falta?”- Foi a pergunta boba que deixou os lábios rosados – “Você choraria a minha morte?”.

Ele a apertou ainda mais, totalmente em choque pela pergunta inesperada.

“Eu nunca vou deixar nada acontecer com você Sakura”- Foi a resposta sincera. ‘Eu morreria se algo acontecesse com você’ – foi a resposta mental.- “Shiii...Eu estou aqui com você...”- Depositou um beijo carinhoso na testa branquinha.- “E não vou te soltar, lembra?”.

Aos poucos os soluços foram cessando e uma grande sonolência se apoderou dela. Aquecida pelos braços fortes de Li adormeceu em meio aquele caos sentimental. O cheiro dos cabelos dela invadiram suas narinas. Cada dia que passava estava mais difícil lutar contra aquele sentimento. Takashi tinha toda razão.

Com carinho a pegou no colo e saiu dali. Estava frio de mais e teve medo que ela se resfriasse.

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Flores silvestres rodeavam o barco com o corpo da bela rainha. Fujitaka tentava conter o choro, mas falhava miseravelmente. O exército estava alinhado em respeito ao momento, esperando as ordens do rei para lançar as flechas de fogo. Sakura estava ao lado do pai, usando um longo vestido de seda preto... Lágrimas e mais lágrimas caindo pelo rosto delicado. Syaoran, Takashi e Meyling estavam a seus postos, fardados. Shang sentado junto aos cinco conselheiros reais. A morena e o capitão choravam abertamente, enquanto Li limpava uma lágrima teimosa que insistia em cair. As ordens foram dadas e cobrindo o céu de fogo, o barco queimou enquanto era levado pela correnteza do grande rio. Sakura sentiu os seus sentidos estourarem. Desejou estar lá no lugar de sua mãe em meio as chamas. Ela abraçou o pai que mal reagia a dor.

SSSS Flash Back SSSSS

“Bom dia majestade”- Um Syaoran com dezessete anos se curvou- “Como a senhora está se sentindo?”.

“Muito melhor”- Respondeu a rainha com um doce sorriso- “Foi apenas uma indigestão”.- Repousou os olhos verde-oliva sobre o menino- “E você capitão, como se sente tendo alcançado esse cargo?”

“Grato a senhora e ao rei”.- Respondeu sincero

“Nós só demos um empurrãozinho ao colocá-lo no exército. Quem conseguiu esse feito foi você e seu talento”.

Ele corou.

“Sakura vai ficar muito contente por você”- Sorriu ao ver a face do rapazinho se iluminar – “Ela está no salão tendo aula de dança, por que não vai contar a novidade?”.

“Não quero atrapalhá-la majestade”.- Falou sincero corando de leve.- “Posso esperar a aula terminar”.

Ouviu a porta abrir atrás de si e curvou-se em respeito a seu rei. Shang acompanhava o soberano uns dois passos atrás.

“Jovem Syaoran”- O rei começou contente- “Ou devo chamá-lo de capitão Li?”.

O rapazinho sorriu.

“O senhor pode me chamar da forma que quiser, majestade”- Fez uma pausa para curvar-se em respeito ao pai.

“Acho que esse dia merece uma comemoração”- A rainha começou- “Que tal um jantar especial?Com bolos de especiarias?”

“Não é necessário, majestade”.- Balançou as mãos.- “Realmente não precisa e-“.

O riso de sua menina invadiu a sala. Sakura abriu um grande sorriso ao vê-lo e foi impossível controlar o próprio coração.

“Princesa”- Ele fez reverência.

“Syaoran estava te procurando filha, ele tem uma notícia para te dar”.

Ela encarou o amigo, sentindo a face esquentar. Estava começando a se tornar frequente essas reações ao se aproximar dele.

“Fui promovido a capitão”- Ele falou de uma vez sorrindo ao vê-la sorrir tão abertamente.

“Isso é maravilhoso”- Correu para abraçá-lo e virou-se para a mãe- “Precisamos comemorar”.

“Foi exatamente isso que eu pensei”- a rainha comentou vendo a alegria latente nos olhos dos dois.

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“O que está fazendo?”- A voz melodiosa invadiu suas orelhas deixando que as flores caíssem de sua mão.

“O-Olá majestade”- Se curvou – “É que hoje a princesa faz dezesseis anos e eu gostaria de surpreendê-la com flores”.

“Entendi”- Sorriu para o belo rapaz – “Então acho que falta algo”- Retirou uma fita que prendia os longos cabelos amadeirados – “Tome. Prenda as flores com isso”.

Ele pegou a fita delicada e encarou sua rainha recolhendo os cravos silvestres espalhados pelo chão de pedra.

“Obrigado, majestade”- Curvou-se.

“Sakura ainda não acordou. Por que não a acorda?” – Sugeriu- “Já passa das dez da manhã e aniversário dela ou não ela não estará livre de treinar com você hoje.”.- O encarou –“Ordens expressas do rei”.

“Sim- Sim majestade”- Tentou controlar os próprios batimentos, mas era quase impossível. Ser o primeiro a parabenizar a princesa era algo que seu coração não conseguia aguentar e tudo graças a rainha. Sorriu, sem conseguir se conter, sorriu abertamente enquanto se dirigia ao corredor.

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“Eu nunca vou conseguir”- Meyling pegou a pena pela décima vez – “Eu sou muito burra mesmo”- Repetiu para si mesma enquanto tentava escrever o seu nome pela quarta vez.

“Não diga isso”- A rainha ralhou delicadamente com a menina- “Você é uma menina capaz e inteligente e será uma excelente amazona, não tenho dúvidas disso”.

“Mas majestade”- Suspirou rendida- “Eu não consigo escrever o meu próprio nome”.

A bela rainha segurou a pequena mão calejada da menina guiando a caligrafia.

“Viu?”- Sorriu- “Não é tão difícil quanto parece”- Olhou para a filha que trazia mais folhas em branco- “Venha Sakura, vamos ajudar Meyling a se tornar uma exímia escritora”.

A pequena princesa sorriu empolgada, enquanto desenhava a letra para a amiga copiar.

SSSSS

“Surpresa!”- Carregando um bolo de frutas a princesa entrou em seu quarto juntamente com a rainha, o rei, o tio e o primo – “Feliz aniversário Meyling. 16 anos é uma idade muito importante para uma mulher”.- Nadeshico começou – “Espero que goste de frutas”.

Os olhos rubis brilharam sem saber como agradecer.

“Isso tudo é para mim?”- Lágrimas emocionadas banhavam o bonito rosto.

“Sim!”- Sakura começou empolgada estendendo um embrulho –“Esse é o meu presente, como somos melhores amigas você tem que abrir o meu primeiro”.

Ela pegou timidamente a caixa de madeira para encontrar um belo colar de pérolas negras, daqueles que pessoas trocariam a vida para ter um igual.

“Mas isso é-” – Ela não encontrava palavras para descrever- “Muito obrigada Sakura”- Abraçou a princesa com carinho que olhou para a mãe-“Agora sua vez mamãe”.

E com os olhos cheios de água viu a rainha estender uma pulseira. Era delicada e possuía um pequeno rubi. Reconheceu como sendo a única coisa que herdara de sua mãe.

“Mandei restaurá-la para você”.

Agora as lágrimas corriam livremente sem cessar.

SSSSSS

“Gostaria de comprar pães, senhora?”- o pequeno menino perguntou mostrando uma cesta. – “Minha avó os assou hoje”.

“Quanto custa?”- a rainha disfarçada perguntou para o garoto.

“Uma moeda de cobre cada um”- Respondeu prontamente sorrindo.

Viu a bela mulher remexer em um saquinho e colocar duas moedas de ouro em sua mão. Pulou assustado. Aquilo alimentaria ele e sua avó por dois meses inteiros.

“Eu gostaria de ficar com a cesta toda”.

“Mas senhora...isso é mu-muito”- Estendeu o dinheiro de volta- “A cesta não passaria de uma moeda de prata”.

“Aceite como um presente”- Deu uma mordida em um dos pães arregalando os olhos em deleite- “E eu adoraria conhecer a sua avó”.- Comentou para o pequeno que concordou prontamente a arrastando pela mão até sua humilde casa na vila, sem ter noção de que tocava a própria rainha de Tomoeda.

SSSS Fim do Flash Back SSSSS

O barco desapareceu de vista. A multidão começou a dispersar. O rei beijou a testa da filha antes de se retirar. Sakura olhava de forma perdida o incenso queimar diante da oferta de gratidão pela vida de sua mãe. De longe, olhos curiosos a observavam. Alguns diziam que ela era filha dos céus, outras que era uma bruxa que enfeitiçava as pessoas com sua beleza, mas sempre alheia ao que acontecia, as belas esmeraldas estavam apenas vazias.

Syaoran se aproximou juntamente com Meyling. Yamasaki ficara organizando os soldados.

“É melhor sairmos daqui Sakura”- O comandante começou com o tom de voz preocupado. A verdade é que não estava gostando nada da forma com que os lordes a olhavam.

“Vamos”- A morena pegou na mão da princesa- “Está na hora de se retirar e descansar”.

“Posso dormir com você hoje?”- Foi a pergunta inocente.

“Claro”- Meyling respondeu de pronto- “Tem espaço de sobra no meu quarto”.

E sendo guiada pelos amigos, Sakura sentiu-se protegida. Sabia que eles estariam lá para ela. Sempre.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Olá meus amores, voltei! Com um universo alternativo em uma história épica. Gostaria de agradecer novamente a Pri pela paciência de revisar meus textos! (Obrigada, minha amiga) e por todos vocês que de alguma forma acompanham as minhas histórias.
Espero de coração que vocês gostem tanto quanto estou gostando de escrevê-la.
Deixem comentários, eles me ajudam a melhorar!

Muitos Beijos

Melzinha



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